Protestos reunirão as centrais sindicais e grupos apartidários que organizaram e participaram das principais manifestações na cidade nas últimas semanas
Os protestos desta quinta-feira, 11, no Rio vão reunir as centrais sindicais e grupos apartidários que organizaram e participaram das principais manifestações na cidade nas últimas semanas. Uma série de atos simultâneos está programada. À frente da principal manifestação do dia, com concentração marcada para as 15 horas na Candelária, estão os sindicatos (CUT, Força Sindical, CSP-Conlutas, Nova Central, UGT, CGTB e CTB) e o Movimento dos Sem Terra (MST). O ato contará com o apoio do Fórum de Lutas contra o Aumento da Passagem, coletivo que reúne estudantes e movimentos sociais e que organizou os protestos mais expressivos da cidade no mês passado.
Mais cedo, um grupo se reunirá a partir das 13 horas da sede administrativa da Prefeitura e deve seguir pela Avenida Presidente Vargas até a estação ferroviária Central do Brasil. Também haverá concentração no mesmo horário na Praça XV, no centro. Às 17 horas, no Largo do Machado, manifestantes se concentrarão para o ato "Ocupa Guanabara", que deve seguir pelo bairro de Laranjeiras até o Palácio Guanabara, sede do governo estadual.
Reivindicações
Em plenária realizada na noite de terça-feira, representantes do Fórum de Lutas aprovaram temas como a desmilitarização da Política Militar, a estatização das empresas de transporte, 10% do PIB para saúde e educação, e a saída do senador Renan Calheiros (PMDB/AL e presidente do Senado), entre outros. Por haver divergências entre os sindicatos, o protesto unificado das centrais sindicais não vai abordar temas como o plebiscito para a reforma política proposto pelo governo federal. De acordo com o presidente da CUT no Rio, Darby Igayara, foram aprovados temas como o fim do fator previdenciário e dos leilões do petróleo. Os sindicalistas também vão protestar contra o PL 4330/2004, projeto de lei que regulariza terceirizações, de autoria do deputado federal Sandro Mabel (PMDB/GO).
Segundo o presidente da CUT, outros atos estão programados pela manhã e no início da tarde, e são organizados por petroleiros, professores, bancários e servidores da saúde que aderiram à paralisação. O sistema de transporte público deverá funcionar normalmente.
Policiamento
A Polícia Militar está monitorando pela internet os locais onde manifestações estão sendo marcadas, e o policiamento será reforçado. Folgas foram adiadas e a maior preocupação da PM é com o Palácio Guanabara - além de ser a sede do governo estadual, o palácio não possui muros.
Como de costume, policiais da Coordenadoria de Inteligência estarão à paisana para filmar a manifestação. PMs do Batalhão de Choque estarão nas ruas desde antes das manifestações, com capacetes, escudos, bombas de gás lacrimogênio e gás de pimenta. Agentes das delegacias da Polícia Civil no centro e na zona sul que estariam de folga foram colocados de sobreaviso.
Ao contrário do protesto do dia 30 de junho nos arredores do Maracanã, na final da Copa das Confederações, desta vez a PM não convocou representantes da Ordem dos Advogados do Brasil, da Defensoria Pública e do Ministério Público para acompanhar e fiscalizar a ação dos policiais. Mesmo assim, promotores da Auditoria Militar do MP-RJ pretender acompanhar in loco as manifestações, a fim de identificar possíveis excessos cometidos pela polícia. O MP já tem um inquérito que apura ações violentas de policiais em outros protestos no Rio.
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