sexta-feira 16 2015

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Toffoli adia decisão sobre relator de ação contra Dilma no TSE

O ministro Dias Toffoli, do STF
O ministro Dias Toffoli, do TSE(Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil/Divulgação)
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro José Antonio Dias Toffoli, deu nesta quinta-feira prazo de três dias para que os advogados do PSDB e da presidente Dilma Rousseff se manifestem sobre a relatoria do processo que pede a cassação da chapa de Dilma e do vice, Michel Temer. Dessa forma, Toffoli adia a decisão sobre o caso: a expectativa era que o relator fosse conhecido hoje. Ao término da sessão que abriu a ação contra Dilma, a ministra Maria Thereza de Assis Moura, relatora original do caso, pediu para deixar o posto, uma vez que foi voto vencido. Ela havia negado seguimento da ação em fevereiro, mas o plenário da corte acabou por decidir o contrário após recurso dos tucanos. Maria Thereza sugeriu que o ministro Gilmar Mendes assumisse a relatoria. Conhecido pelos duros votos em casos envolvendo o Partido dos Trabalhadores - chegou a dizer que a sigla instaurou uma 'cleptocracia' -, Mendes se tornou alvo da ira petista. Com a decisão de Toffoli, os advogados do partido poderão opinar sobre sua ida para a relatoria do processo que pode custar o mandato de Dilma.(Carolina Farina, de São Paulo)

Sobrinho de Lula admite contrato de US$ 2 mi com a Odebrecht


Taiguara Rodrigues afirmou à CPI do BNDES que recebeu o montante ao longo de quatro anos por meio de contratos firmados com a empreiteiraAudiência pública para tomada de depoimento do proprietário da empresa de engenharia Exergia Brasil, Taiguara Rodrigues dos Santos - 15/10/2015

Taiguara Rodrigues dos Santos, sobrinho do ex-presidente Lula(Lucio Bernardo Junior/Câmara dos Deputados)
Considerado uma peça-chave para explicar o envolvimento do ex-presidente Lula com a empresa Odebrecht, alvo de investigação no esquema de corrupção na Petrobras, o empresário Taiguara Rodrigues dos Santos, sobrinho do petista, afirmou à CPI do BNDES nesta quinta-feira que, ao longo de quatro anos, recebeu de 1,8 milhão a 2 milhões de dólares em contratos firmados com a empreiteira em Angola. Taiguara negou a influência do petista nas obras, mas não convenceu os deputados ao tentar esclarecer como conseguiu firmar parceria com a gigante nacional.
Conforme reportagem de VEJA revelou, Taiguara ganhou contratos de obras após o ex-presidente Lula ter viajado, com dinheiro da Odebrecht, para negociar transações para a empreiteira. O empresário é filho de Jacinto Ribeiro dos Santos, o Lambari, amigo de Lula na juventude e irmão da primeira mulher do ex-presidente, já falecida. Foi na obra de ampliação e modernização da hidrelétrica de Cambambe, em Angola, que o sobrinho de Lula, como é conhecido no meio empresarial, firmou contrato milionário com a Odebrecht. O acerto entre as partes foi formalizado no mesmo ano em que a empreiteira conseguiu no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) um financiamento para realizar esse projeto na África. O episódio levou o Ministério Público a abrir inquérito para investigar a suspeita de tráfico de influência de Lula em benefício da empreiteira. O petista prestou depoimento ao MP nesta quinta-feira para dar explicações sobre o caso.
Aos deputados, Taiguara admitiu outros contratos com a Odebrecht, um de 280.000 dólares - não deu detalhes do serviço prestado -, e outro de 750.000 dólares, para a reforma de uma casa de alto padrão em Angola.
Questionado pelos membros da CPI, Taiguara negou as evidências e disse que o ex-presidente teve "influência zero" nos negócios. Para ele, a relação que mantém com o ex-presidente e o filho dele, Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, "não interfere em nada, nem positivamente nem negativamente". O empresário, por outro lado, não conseguiu comprovar as credenciais que lhe aproximariam dos contratos milionários com a Odebrecht, a maior empreiteira da América Latina. Ao detalhar o currículo, Taiguara afirmou ser vendedor desde os 14 anos e negou ter formação acadêmica. "Com o passar dos anos, foram aparecendo oportunidades, como a que me fez chegar aqui, a de trabalhar em Angola".
"O senhor tinha uma relação de parentesco com o Lula. Esse era o seu capital. É isso que lhe abriu portas", rebateu o deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA). "Que razões o senhor acha que levaria uma gigante como a Odebrecht a contratar a sua empresa, que ocupava uma parte de um prédio de Santos com cinco funcionários, jamais teria realizado uma obra em São Paulo para trabalhar numa obra de ampliação de hidrelétrica em Angola? Me dê essa receita para que todos nós possamos saber como se consegue um negócio desses", continuou o parlamentar. Não houve resposta convincente.
O empresário também confirmou uma mudança nos seus padrões de vida: de um morador de um apartamento de um quarto, ele passou a viver em um duplex de 255 metros quadrados em Santos e a andar de Land Rover. Taiguara, no entanto, tentou novamente desvincular a influência de Lula na sua ascensão social. Agora, ele narra estar passando por momentos difíceis: "Nesse período em que eu estava em um quarto e sala eu estava bem melhor. De meados de 2014 para cá, com essa queda brusca do petróleo, Angola não tem trabalho. Nossa empresa está há muito tempo sem contrato".
O empresário tentou escapar do depoimento à CPI alegando dificuldades para pagar passagem e hospedagem. Segundo ele, sua defesa viajou a Brasília arcando os próprios gastos por uma "gentileza".

Operador do PMDB cita pagamento de R$ 2 milhões para quitar dívida de nora de Lula, diz TV


Fernando Baiano diz que dinheiro foi repassado a pedido do empresário José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente

Fernando Soares, o Fernando Baiano, durante a CPI da Petrobras na sede Justiça Federal Curitiba (PR) - 11/05/2015
Fernando Soares, o Fernando Baiano, durante a CPI da Petrobras na sede Justiça Federal Curitiba (PR) - 11/05/2015(Vagner Rosario/VEJA)
O lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, afirmou que pagou 2 milhões de reais para quitar uma dívida de uma das noras do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Operador do PMDB no petrolão, ele disse que o repasse foi cobrado por um amigo de Lula, o pecuarista José Carlos Bumlai, de quem buscou auxílio para favorecer a empresa OSX na exploração do pré-sal. Soares fez essa declaração à força-tarefa da Operação Lava Jato no mês passado, em acordo de colaboração premiada, segundo o Jornal Nacional, da TV Globo.
Conforme o telejornal, Baiano explicou aos investigadores que trabalhava para que a OSX, empresa de construção naval de Eike Batista, fosse convidada pela SeteBrasil a participar de contratos que seriam fechados com a Petrobras. Para tanto, Baiano contou que pediu a ajuda de Bumlai e que o próprio Lula fez reuniões com a cúpula da SeteBrasil em favor da OSX.
As tratativas, contudo, não deram certo, mas José Carlos Bumlai teria cobrado mesmo assim uma comissão de 3 milhões de reais para pagar a uma nora de Lula - ela teria uma dívida, uma parcela de um imóvel, a ser quitada. Segundo a TV Globo, Baiano afirmou ter repassado 2 milhões de reais a Bumlai por meio de um contrato falso de aluguel de equipamentos de uma companhia do empresário.
Lula negou ao telejornal ter atuado como intermediário de empresas e disse que nunca autorizou Bumlai a fazer lobby em seu nome. Segundo o petista, nenhuma de suas quatro noras recebeu dinheiro de Baiano.
Lobby - Nesta quinta-feira, Lula teve de dar esclarecimentos ao Ministério Público sobre as nebulosas articulações que fez ao longo dos anos em benefício de companhias nacionais. Como esperado, negou ter interferido no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em favor da empreiteira Norberto Odebrecht, cujos executivos integram a extensa lista de réus da Lava Jato. Ainda assim, o petista tentou justificar o lobby feito em favor de empresas brasileiras e disse que "sempre procurou ampliar as oportunidades de divulgação dessas companhias no exterior, com vistas à geração de empregos e de divisas para o Brasil".
(da redação)

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