sexta-feira 03 2014

Cinco razões da 'Forbes' por que Dilma não deve ser reeleita

O Brasil não cresceu tanto quanto poderia - e deveria - sob seu governo


É a primeira vez em cinco anos que o Brasil registra retração da economia, lembra o colunista. Em 2010, o país cresceu 7,5%, compara a publicação. "Embora Dilma diga que a performance fraca da economia seja fruto da crise internacional, os números a provam errada", diz o texto. “Até o fim de seu mandato, o crescimento do país deve ser dois pontos porcentuais menor do que a média da América Latina entre 2010 e 2014. Pela primeira vez em 20 anos os vizinhos do Brasil deixam o país comendo poeira".

A maior empresa estatal do país é seriamente prejudicada

A Petrobras está sob investigação por abrigar "dentro de suas paredes" um esquema de corrupção multimilionário, lembra o colunista. “As finanças da Petrobras sob administração petista não são nada menos do que desapontadoras”, diz o texto. A estatal está sendo usada pelo governo como uma forma de conter a inflação do país, segurando os preços dos combustíveis, o que causou um rombo de 20 milhões de reais à empresa em 2013. Segundo a revista, a ironia neste caso é que a 'úncia solução lógica' para o problema da Petrobras veio de sugestão do nanico Pastor Everaldo: "privatizar a estatal". 

A estratégia de manter a inflação em alta para manter empregos é questionável

Para inflação e baixo desemprego conviverem bem – como é o desejo de Dilma Rousseff -, é necessário que a economia apresente crescimento. No entanto, não é o que está ocorrendo no Brasil. A Forbes afirma que a piora da inflação se deve ao aumento dos salários e da diminuição dos lucros de empresas. Dilma entende que a solução seria aumentar as taxas de juros, enrijecer a política fiscal brasileira e permitir que os preços se ajustem. No entanto, essas medidas afetam diretamente o consumo no país, que representa 63% da economia brasileira. A revista afirmou que para uma governante populista, é como um remédio caro que, mesmo que o paciente precise comprá-lo, não terá condições de acesso.

Dívida Pública cresce. E o governo poupa menos

“O orçamento federal está constantemente em déficit, e Dilma se comprometeu a cumprir uma meta de superávit primário de 1,9% do PIB neste ano e 2% no próximo ano”, diz Antunes. Os gargalos do sistema brasileiro causam ineficiência e corrupção - e são responsáveis por um sistema de impostos bizantino.

Dilma não promoveu as mudanças para tornar a vida dos mais pobres melhor

O PT, partido que declarou o objetivo de defender os pobres e socialmente excluídos, não promoveu durante o governo Dilma a melhora na condição de vida dessa parcela da população que prometeu. Segundo o colunista, uma das razões é o retorno da inflação, que tem assustado brasileiros desde a década de 1970. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2012, a desiqualdade de renda melhorou de 2002 até a década seguinte. No entanto, essa melhora empacou há dois anos. Ao mesmo tempo, a receita arrecadada pelos ricos cresceu 50%. Isso significa que o governo Dilma quebrou um padrão de dez anos de progresso na distribuição de renda. Em outra questão, Forbes cita que o número de analfabetos também cresceu pela primeira vez em quinze anos, durante o governo de Dilma – tanto a presidente quanto Lula haviam prometido erradicar o analfabetismo do país

'Forbes' lista cinco motivos para o Brasil não reeleger Dilma

Eleições 2014

Revista americana publica em seu site texto de colunista em que afirma que má gestão da presidente coloca em risco avanços econômicos e sociais do país

Dilma: para 'Forbes', o mercado não quer a presidente
Dilma: para 'Forbes', o mercado não quer a presidente (Ueslei Marcelino /Reuters)
A revista americana Forbes divulgou em seu site uma lista com cinco razões pelas quais acredita que os eleitores brasileiros não deveriam reeleger a presidente-candidata Dilma Rousseff (PT). Em texto que elenca os avanços econômicos e sociais no Brasil ao longo dos últimos vinte anos – transformações que tiveram início, lembra a revista, no governo de Fernando Henrique Cardozo –, a Forbes afirma: sob o comando de Dilma, o país passou da expansão para a melancolia.
Depois de elencar os avanços dos governo FHC e Lula, o texto ressalta a situação econômica do país, que vive um quadro de recessão técnica e inflação no teto da meta. “Os investidores de todo o mundo, que chegaram a fazer fila para comprar um pedaço do ‘sonho brasileiro’, olham agora para mercados mais atrativos, como o México (e celebram todas as vezes que Dilma perde pontos nas pesquisas eleitorais)”, diz o colunista Anderson Antunes. E encerra: Dilma não apenas falhou em manter tudo em ordem, como está colocando os avanços em risco.


Mendes nega pedido de resposta do PT contra VEJA

Imprensa

Decisão liminar do ministro lança luz sobre os parâmetros do STF para o direito de resposta e para o trabalho da imprensa nos períodos eleitorais

O PODER E O CRIME - Enivaldo Quadrado (à direita), o chantagista, é pago pelo PT para manter em segredo o golpe que resultou no desvio de 6 milhões de reais da Petrobras, em outro caso de chantagem que envolve o ministro Gilberto Carvalho, o mensaleiro José Dirceu e o ex-presidente Lula
O PODER E O CRIME - Enivaldo Quadrado (à direita), o chantagista, é pago pelo PT para manter em segredo o golpe que resultou no desvio de 6 milhões de reais da Petrobras, em outro caso de chantagem que envolve o ministro Gilberto Carvalho, o mensaleiro José Dirceu e o ex-presidente Lula (Montagem com fotos de Ailton de Freitas-Ag. O Globo/Joel Rodrigues-Folhapress/Rodolfo Buhrer-Estadão Conteúdo/Jeferson Coppola/VEJA)
Desde que sepultou a Lei de Imprensa promulgada no regime militar, num julgamento histórico de 2009, o Supremo Tribunal Federal vem construindo, sentença após sentença, uma sólida jurisprudência em resguardo da liberdade de expressão – “irmã siamesa da democracia”, na expressão do ex-ministro Carlos Ayres Britto. Nesta quinta-feira, o ministro Gilmar Mendes reforçou os alicerces desse edifício, ao negar um pedido de resposta ajuizado pelo PT contra VEJA.  A decisão foi liminar, e ainda será discutida no plenário do STF. Mas suas 37 páginas, apoiadas em decisões recentes do tribunal, lançam luz sobre a arquitetura traçada pelo Supremo em dois temas  – os parâmetros para o direito de resposta e para o trabalho da imprensa nos períodos de eleição – que ainda ensejam decisões contraditórias de outras instâncias do Judiciário. 
A reportagem que levou o PT e requerer um direito de resposta foi publicada por VEJA na edição de 17 de setembro com o título O PT sob chantagem. O subtítulo informa: “Para evitar que o partido e suas principais lideranças sejam arrastados ao epicentro do escândalo da Petrobras às vésperas da eleição, a legenda comprou o silêncio de um grupo de criminosos – e pagou em dólar”. O partido alegou que a reportagem era inverídica, difamatória e extrapolava os limites da liberdade de imprensa. A reclamação tramitou na Justiça Eleitoral e, em 25 de setembro, o TSE acolheu o pleito do PT e determinou que uma resposta de uma página fosse publicada na revista. 
VEJA recorreu ao Supremo. A petição assinada pelo advogado Alexandre Fidalgo procurou demonstrar que a sentença do TSE contraria o entendimento do STF sobre liberdade de imprensa – em especial, os acórdãos da ADPF 130 e da ADIN 4451, que consagram o direito da imprensa não apenas de informar, mas também de exercer a crítica, ainda que nos termos mais contundentes, mesmo em período eleitoral. Argumentou-se, além disso, que o rito sumário dos processos na Justiça Eleitoral não permite avaliar adequadamente a veracidade das informações de uma reportagem – mais ainda de uma reportagem de caráter investigativo. Assim, durante as eleições, a imprensa poderia acabar submetida  a um regime mais rígido do que aquele aplicado aos próprios políticos, aos quais o TSE só costuma conceder direito de resposta quando os ataques de um rival são flagrantemente mentirosos. Foram esses os argumentos acolhidos pelo ministro Gilmar Mendes em sua sentença. 
Mendes observa que a reportagem de VEJA foi calcada em depoimentos à Polícia Federal ou ao Ministério Público, em conversas com a polícia e em fatos revelados por CPIs. “Essa espécie de matéria jornalística, baseada na investigação de documentos e de depoimentos prestados por investigados às autoridades estatais, deve, para ser honesta e cumprir a função de informar, revelar as fontes nas quais se baseou. Esse foi exatamente o procedimento adotado pela revista”, afirma o magistrado. E acrescenta: “É simplesmente impossível afirmar, desde já e em processo de cognição sumária, típico da celeridade requerida da Justiça Eleitoral, que os fatos descritos pela reportagem impugnada no TSE sejam inverídicos”.
Em termos genéricos, o que o ministro defende é que “o direito de resposta admitido constitucionalmente é aquele decorrente de informação falsa, errônea. Significa dizer que é preciso haver comprovação nos autos de que a informação veiculada na mídia é inverídica”. Se for reafirmada no STF, essa tese deve limitar bastante as chances de autoridades e partidos políticos tentarem constranger a imprensa valendo-se das circunstâncias eleitorais. A tese está em perfeita consonância com aquilo que o tribunal já afirmou sobre a centralidade da liberdade de expressão para o Estado de Direito. A menos, é claro, que se considere que o processo eleitoral é uma espécie de estado de sítio, em que a informação deve ser tolhida, em vez circular com maior intensidade. 
A reclamação do PT, é bom que se diga, não foi a primeira nem a última desse tipo ajuizada pelo partido. Em 2010, também durante a campanha presidencial, a legenda obteve sucesso num pedido de direito de resposta contra VEJA. E, neste momento, tramita contra a revista pedido semelhante contra a reportagem O Núcleo Atômico da Delação - Paulo Roberto Costa diz à Polícia Federal que em 2010 a campanha de Dilma Rousseff pediu dinheiro ao esquema de corrupção da Petrobras,  veiculada em 1º de outubro.  Sobre esse fato, escreve Gilmar Mendes:  “A similitude entre as representações e, portanto, a provável similitude entre as decisões do TSE em ambos os casos leva à real e iminente possibilidade de que a Corte Superior Eleitoral transforme-se em corresponsável pela edição da revista, em virtude da jurisprudência que está a construir em homenagem ao direito de resposta e em desprestígio da liberdade de imprensa e de informação”.
Diz Alexandre Fidalgo: “A meu ver, a questão já está definida no Supremo. Esperamos que a sentença de Gilmar Mendes ajude a criar um novo paradigma para todo o Judiciário na apreciação do material jornalístico no período eleitoral.” 

P.S. Eu Te Amo - Dublado (Completo)





No Doubt - Don't Speak - Legendado





35 milhões de brasileiros falam de eleições no Facebook

Redes sociais

Segundo a rede, cadastrados produziram cerca de 240 milhões de interações desde o início da campanha eleitoral

Os candidatos à Presidência da República antes do debate promovido pela Globo, no Rio
Os candidatos à Presidência da República antes do debate promovido pela Globo, no Rio (Ivan Pacheco/VEJA.com)
Mais de 35 milhões de brasileiros já falaram sobre as eleições deste ano no Facebook desde o início da temporada oficial de campanha, no dia 6 de julho. Foram registradas cerca de 240 milhões de interações públicas, número que inclui postagens, comentários, curtidas e compartilhamentos realizados na rede social. As palavras "voto" e "eleição" são as mais citadas até aqui. No Brasil, o Facebook registra 89 milhões de usuários ativos por mês, sendo que 68 milhões deles acessam o serviço por meio do celular.
Usuários com idade entre 18 e 34 anos são os que mais interagiram com conteúdos relativos às eleições, enquanto cadastrados com mais de 50 anos são os menos ativos. São Paulo e Rio de Janeiro concentram mais atividades na rede.
Os debates presidenciais na TV resultaram em 20 milhões de interações na rede social, segundo o Facebook. Somente durante o encontro realizado na noite desta quinta-feira, pela TV Globo, foram registradas 12,9 milhões de interações.
Embora sejam líderes de citações durante toda a campanha, os principais candidatos à Presidência – Aécio Neves (PSDB), Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB) – foram menos citados durante o debate da Globo. Luciana Genro (PSOL), Levy Fidelix (PRTB) e Eduardo Jorge (PV) lideraram as discussões na rede. Eduardo e Levy chegaram a ser mencionados a uma taxa de 134 e 107 vezes por segundo, respectivamente.

11 coisas que o Android faz e o iPhone não


Por Redação Olhar Digital - em 01/10/2014 às 15h21


A Apple vem implementando recursos das concorrentes em seus aparelhos a cada nova versão, o que também ocorreu com o iOS 8 e os iPhones 6 e 6 Plus. Mas o Android, principal adversário da marca, ainda tem algumas funcionalidades exclusivas que podem causar inveja aos clientes da Apple.
Business Insider destacou onze possibilidades que o usuário de Android tem, mas quem usa iPhone não. Confira:
1) Trocar a bateria
Muitos aparelhos com Android permitem a troca da bateria por uma versão melhorada, caso do Galaxy S5 (Samsung) e do G3 (LG). No iPhone isso não é possível; só que pode abrir um aparelho desses com segurança são os técnicos da Apple.
2) Multi-tarefas
Crítica antiga dos clientes Apple, a possibilidade de abrir vários aplicativos simultaneamente e trabalhar com todos está presente no Android. No caso dos aparelhos da LG, dá até para movimentar as janelas dos apps que estiverem abertos pela tela.
3) Micro USB
Faz tempo que as fabricantes de smartphone estão usando micro USB como principal porta de saída dos aparelhos para facilitar a vida dos consumidores. A maioria dos celulares com Android já é assim, enquanto os iPhones usam o Lightning, que só serve para os últimos smartphones e tablets da Apple.
4) Micro HDMI
Alguns usuários de Android conseguem ligar os smartphones à televisão através de uma porta micro HDMI. Não é uma funcionalidade comum em tops de linha, mas a Motorola está entre as que possuem aparelhos assim. O iPhone tem duas aberturas: a Lightning e a do fone de ouvido.
5) Sem as mãos
Dá para usar o Moto X, da Motorola, sem usar as mãos. Basta configurar o smartphone para que ele realize tarefas específicas quando ouvir a sua voz. O iPhone tem a Siri, mas é preciso acioná-la manualmente antes de fazer um pedido por voz (e ela não entende português).
6) MicroSD
Você pode comprar um iPhone 6 Plus de 128 GB (o que é bastante espaço), mas se isso ainda não for suficiente, será obrigado a deletar alguma coisa para continuar usando o aparelho. Já os smartphones com Android, em sua maioria, têm espaço para cartões externos microSD, que podem ser trocados quando estiverem cheios.
7) Configurações rápidas
Uma das coisas que o iOS copiou do Android foi o menu de configurações rápidas que aparece quando o usuário arrasta o dedo de baixo para cima na tela, mas essa cópia tem duas limitações. A primeira é a quantidade de tarefas que podem aparecer ali; enquanto o Galaxy S5 exibe 20 possibilidades, o iPhone só mostra 10. Além disso, não é possível escolher quais configurações estarão disponíveis naquele espaço.
8) Personalização
Os smartphones com Android podem ser totalmente personalizados, e não apenas trocando ícones de lugar e colocando novos papeis de parede, a customização é tão profunda que o usuário consegue transformar a interface em outra coisa completamente diferente daquela que vem de fábrica.
9) Widgets
No iOS 8 a Apple liberou widgets na central de notificações, mas eles não chegam perto das possibilidades do Android. A tela inicial do sistema do Google pode abrigar widgets que controlam de tudo, desde aplicativos de rádio a outros que exibem a flutuação das moedas e informações de redes sociais.
10) Controle remoto
Sim, você pode controlar a TV da sua casa usando um smartphone com Android. Isso é possível porque aparelhos como Galaxy S5, HTC One e LG G3 vêm com infravermelho que permite não só mexer na TV, mas também no ar-condicionado, no aparelho de som, entre outras coisas.
11) Capa removível
Você não pode abrir a traseira do iPhone, ele terá sempre a mesma aparência a menos que seja coberto por uma capinha. Mas vários modelos com Android permitem personalização. O Galaxy S5 é um deles.

Dez fatos econômicos que você precisa saber antes de votar

Eleições 2014

Dos juros à inflação, do câmbio às contas públicas, saiba como os indicadores econômicos podem impactar, para o bem e para o mal, a vida dos brasileiros

A presidente Dilma Rousseff durante coletiva, no Palácio do Planalto, nesta sexta-feira (19)
A presidente Dilma Rousseff durante coletiva, no Palácio do Planalto (Ueslei Marcelino/Reuters)
O ano de 2014 se sobressai quando se trata de indicadores econômicos ruins. Tudo piorou: dos juros à inflação, da balança comercial ao emprego, das contas públicas à política cambial. São informações que afetam diretamente a vida dos brasileiros e precisam ser levadas em conta na hora do voto. O site de VEJA preparou uma lista que mostra como a deterioração dos indicadores pode mudar a realidade da população a partir do ano que vem.
10 fatos econômicos que você precisa saber antes de votar

Comprar carros não é mais tão simples. Por quê?

O governo protelou até onde foi possível, mas permitiu a subida dos juros a partir de 2012. Com os financiamentos mais caros, menos brasileiros se sentem seguros para assumir uma dívida tão alta como é a compra de um veículo. Além disso, diante do crescimento baixo da economia, os bancos se tornaram mais criteriosos na hora de conceder empréstimos, o que fez com que menos brasileiros tivessem acesso a crédito. O resultado é que as montadoras enfrentam um de seus piores anos, com queda de 9% nas vendas de veículos somente em 2014. Com isso, as fábricas passaram a demitir. O setor automotivo, que inclui também as fábricas de autopeças, é um dos maiores empregadores da indústria brasileira. Se o setor vai mal, o emprego é sacrificado. Segundo o IBGE, a indústria automotiva já demitiu mais de 8.000 funcionários até agosto deste ano.

A inflação voltou para ficar. Isso faz diferença?

A inflação tem sido o grande inimigo dos brasileiros. No acumulado de doze meses, ela bate 6,5%. Esse patamar é o teto da meta estabelecida há quase vinte anos com o objetivo de domar a alta dos preços que era tão feroz no Brasil nos anos 1980. O centro da meta é de 4,5% e é esse número que deve ser perseguido pelo Banco Central, o órgão responsável por controlar o indicador. A inflação, contudo, tem sido sentida com muito mais força pelos brasileiros do que os 6,5% indicam. Aluguéis, mensalidades escolares, compras de supermercado e preços de serviços têm sofrido reajustes mais dolorosos. Alimentos, por exemplo, subiram 8% em 2013 e 4,8% no acumulado de janeiro a agosto de 2014. Já os serviços subiram 6,64% nos primeiros oito meses nesse mesmo período. A inflação só não está mais alta porque há os chamados preços administrados, como a gasolina, energia elétrica e impostos, como o IPVA, por exemplo. São valores que precisam da chancela de governos federal, estaduais e municipais para serem reajustados. O governo dispõe de mecanismos para contribuir com o controle da inflação, como redução dos gastos públicos, por exemplo. Contudo, essa não tem sido a diretriz da atual presidente. Ela tem sacrificado o controle inflacionário em função de políticas de aumento de gastos. Outra forma de controlar a inflação é subindo os juros. Na prática, com juros mais altos, a população reduz o consumo num primeiro momento e os preços se reequilibram. O problema é que o BC não teve liberdade para subir juros quando necessário. No momento em que recebeu o aval, passou a elevá-los, mas já era tarde demais. Há três anos o Brasil não consegue trazer a inflação para o centro da meta.

Os ricos estão cada vez mais ricos. O que aconteceu?

Está engavetado no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) um estudo inédito que mostra uma realidade bem diferente da que vem sendo pregada pelo PT na campanha eleitoral de Dilma Rousseff. O mostra que a concentração de renda aumentou no Brasil entre 2006 e 2012. Dados do Imposto de Renda dos brasileiros coletados por pesquisadores do Instituto mostram que os 5% mais ricos do país detinham, em 2012, 44% da renda. Em 2006, esse porcentual era de 40%. Os brasileiros que fazem parte da seleta parcela do 1% mais rico também viram sua fatia aumentar: passou de 22,5% da renda em 2006 para 25% em 2012. O mesmo ocorreu para o porcentual de 0,1% da população mais rica, que se apropriava de 9% da renda total do país em 2006 e, em 2012, de 11%. Outro estudo feito pelos mesmos pesquisadores, usando dados da Pnad e do imposto de renda, mostram que houve sim crescimento da renda durante os governos petistas. Porém, diz o estudo, "os ricos se apropriaram da maior parte desse crescimento”.

O dólar disparou. Isso é um problema?

Quando a presidente Dilma assumiu, o dólar estava cotado a 1,68 real. Hoje, está em 2,49 reais. As razões da subida são muitas e incluem desde erros cometidos pelos governantes até uma tendência internacional de alta da moeda. No caso do Brasil, os problemas internos contaram mais que as situações vindas de fora. Quando o dólar custava menos que 1,70 real, o governo o considerava baixo demais e começou a cobrar mais impostos sobre os investimentos estrangeiros que eram feitos no país. O objetivo era limitar a entrada de dólares justamente para sua cotação subir. Num primeiro momento, não adiantou nada. Mas, conforme os investidores foram perdendo a confiança no Brasil, os dólares, de fato, começaram a minguar. Com isso, a moeda passou a subir até superar o patamar de 2 reais. O dólar mais alto encarece os produtos que o Brasil importa, como gasolina e trigo. Mas, por outro lado, beneficia os exportadores brasileiros. O dólar começou a subir tanto que o governo mudou de ideia. Descobriu que, se moeda ficasse muito cara, a inflação subiria muito — o que é ruim para o bolso da população e pode gerar um alto índice de desaprovação nas urnas. Assim, por meio do Banco Central, o governo começou a estimular a entrada de dólares. Os efeitos dessas ações, no entanto, não impediram a moeda de subir. Aliás, quanto mais as pesquisas mostram que a presidente Dilma tem chances de se reeleger, mais dólares deixam o Brasil e mais alto fica o valor da moeda americana.

O setor elétrico está em crise. Como isso afeta o seu bolso?

Com o intuito de reduzir a conta de luz em cerca de 20%, a presidente Dilma anunciou, em 2012, um pacote de medidas para o setor elétrico. Em suma, as geradoras e distribuidoras que levam a energia até as residências teriam de se adaptar a novas regras que, num primeiro momento, reduziria seus ganhos. Nem todas as geradoras aceitaram os novos termos e deixaram de fornecer para o mercado regulado, que é o jargão do setor para explicar o mercado residencial. Com isso, a oferta de energia se arrefeceu para as residências. Outro agravante foi a estiagem que atingiu o centro-sul do país. As distribuidoras que estavam descontratadas, ou seja, precisavam fechar novos contratos com as geradoras para oferecer energia aos brasileiros, tiveram de comprar energia a um preço cinco vezes maior no mercado de curto prazo. As distribuidoras também tiveram de arcar com o custo das termelétricas. Devido à estiagem, muitas hidrelétricas não conseguiram suprir a demanda de energia. Por isso as térmicas, que são movidas a combustível e por isso são mais caras, tiveram de assumir o fornecimento. Sem caixa para bancar esse aumento de custo, as distribuidoras tiveram de pedir ajuda ao governo e reajustar a tarifa de energia dos brasileiros. Resultado disso é que o corte na conta de luz anunciado em 2012 causou tamanho desequilíbrio no mercado que gerou um ônus de mais de 60 bilhões de reais para o país. Essa conta está sendo paga pelos consumidores, por meio do aumento da conta de luz, e pelos contribuintes, que financiam a ajuda que o governo deu às distribuidoras. 

Contas públicas estão um desastre. E daí?

O que o governo faz do dinheiro arrecadado com impostos pagos pela população é de grande importância. Pena que os governantes não se preocupam muito em prestar esclarecimentos sobre esses gastos. Por isso muitos brasileiros nem sabem ao certo o que são as contas públicas, que nada mais é do que o fluxo de caixa do governo — ou seja, o dinheiro que recebe em impostos e como esse valor é aplicado para o bem estar da população. A forma como o governo gasta o dinheiro público é um indicador importantíssimo da saúde financeira do país, sobretudo no caso do Brasil, que tem de pagar mensalmente os juros sobre sua dívida com outros países, investidores, bancos nacionais e estrangeiros, entre outros credores. Para pagar os juros, é preciso economizar mensalmente. Ou seja, gastar menos do que se arrecada. Assim, consegue-se o superávit primário, que é o jargão econômico usado para descrever essa economia. Quando o governo não cumpre o superávit, tem de aumentar sua dívida para conseguir pagar os juros. É como se o governo recebesse dos brasileiros o valor suficiente para pagar seus compromissos mas, por má gestão, não conseguisse pagar as contas devidas. Assim, ele toma mais empréstimo em nome dos brasileiros para conseguir pagar os juros. 
O governo Dilma tem deixado de lado o superávit. Somente em 2011 conseguiu cumpri-lo. Em 2014, o governo precisa economizar 80,7 bilhões de reais para o pagamento de juros. Até agora, a economia não passa de 4 bilhões de reais. O prejuízo de se ter as contas públicas no vermelho é o mesmo que se tem quando um indivíduo entra no cheque especial. Ao gastar mais do que ganha, o cliente paga juros mais caros e o banco começa a restringir seu acesso a mais crédito. Se sua renda cai, o cliente pode entrar numa bola de neve que, cedo ou tarde, pode fazer com que ele venda bens para saldar suas dívidas. Ele perde credibilidade na praça e corre o risco de ter que diminuir outros gastos com saúde e educação para pagar dívidas.

Arrumar trabalho não é mais tão fácil. Por quê?

Com a inflação no teto da meta, os juros começaram a subir e o emprego, consequentemente, deu sinais de esgotamento. A criação de vagas com carteira assinada em 2014 (até agosto) é a mais baixa desde 2002, início da série histórica disponibilizada pelo Ministério do Trabalho. Dados do Ministério mostram que, em 2014, alguns segmentos já registram mais demissões do que contratações. É o caso do Comércio, que fechou mais de 6.000 vagas nos oito primeiros meses deste ano. Não à toa, justamente o setor varejista, que foi o que mais cresceu durante o boom econômico dos últimos anos, é a ponta mais sensível à variação no bolso da população. Com a inflação acima do teto da meta (de 6,5% ao ano) e os juros em seu maior patamar desde 2011 (11% ao ano), a renda e o consumo diminuem. Os brasileiros estão também menos confiantes de que terão emprego no ano que vem, como mostra levantamento recente da CNI. O mercado de trabalho é o principal termômetro da economia. Se os empresários estão confiantes, investem e criam emprego. Mas, diante dos problemas econômicos que se colocam, a confiança do empresário também está no nível mais baixo da história, segundo a CNI.

Os brasileiros estão mais endividados. Quem discorda?

Com a inflação corroendo a renda da população e as parcelas de financiamentos abocanhando grandes pedaços do orçamento das famílias, é natural que o consumo caia. As vendas no varejo, por exemplo, cresceram apenas 4,2% no primeiro semestre — o segundo pior resultado desde 2006, diz o IBGE. Além disso, o último dado de inadimplência contabilizado pela Serasa mostrou que 57 milhões estão com contas em atraso. Um número recorde que representa mais de 40% da população adulta.  Nessa dinâmica, o mercado de trabalho tem papel vital. Numa situação de pleno emprego, ainda que as dívidas assustem, tem-se a perspectiva de conseguir pagá-las. Esse já não é o caso, segundo aponta a pesquisa da CNI, que mostra que os brasileiros estão temerosos em perder o emprego e não conseguir recolocação. 
A Petrobras foi devastada. E daí?
A Petrobras é uma empresa mista. Uma fatia minoritária pertence a investidores e a outra, majoritária, está sob o comando do governo. A Petrobras opera num setor estratégico, que é o óleo e gás, e por isso é compreensível que tenha entre seus acionistas o governo. Contudo, a empresa se transformou num centro de corrupção operado por partidos políticos. Isso significa que o governo deixa à disposição de legendas alguns cargos estratégicos da empresa. O escândalo envolvendo o doleiro Alberto Yousseff e o ex-diretor da empresa Paulo Roberto Costa trata justamente disso: as denúncias apontam que o diretor favorecia determinadas empresas prestadoras de serviços para, em troca, receber propina e repassá-la parcialmente a partidos políticos. A derrocada da empresa significa que boa parte do dinheiro público investido lá dentro, pois o governo é seu maior acionista, foi pelo ralo. Dinheiro dos contribuintes brasileiros, que não sabem ao certo como foi gasto, investido ou desviado. Mesmo com o benefício de ser a "dona" do pré-sal, a Petrobras tem 300 bilhões de reais de dívida. É a empresa de petróleo mais endividada do mundo. Mais da metade dessa dívida será paga pelo governo, ou seja, novamente pelo dinheiro dos impostos dos brasileiros.


O país está em recessão técnica. O que é isso?

O Produto Interno Bruto (PIB) é o resultado de todas as riquezas produzidas pelo país. É um dos principais sinais de que a economia está avançando, a população está vendo sua renda aumentar e mais empregos estão sendo gerados. Quando o PIB cai, sinaliza que essa riqueza recuou. Se cai por dois trimestres consecutivos, o país entra em recessão técnica. E isso não é bom. O PIB é importante porque sintetiza em um único número os resultados de políticas do governo, o ânimo dos empresários para investir e criar emprego e o ímpeto de consumo da população. Quando não há nenhuma crise grave no mundo e, mesmo assim, o PIB de um país mostra retração, significa que algum desses três fatores (ou todos eles) não vão nada bem. O governo tem afirmado que o PIB brasileiro, que recuou 0,6% no primeiro semestre de 2014, vai mal por causa da crise internacional. Fica difícil acreditar nisso quando apenas o Brasil está em recessão, se comparado aos Estados Unidos, à Alemanha, à França e outros países atingidos pela crise financeira de 2008. O problema de se estar em recessão é que o país se torna menos atrativo para investimentos que geram emprego. Uma empresa alemã, por exemplo, investirá mais na filial do país que mais cresce, não daquele que está em recessão. Um PIB ruim cria um círculo vicioso. E revertê-lo não é fácil, nem rápido.

Debate TV Globo dos Candidatos a Presidente ao vivo 02/10/2014





Marina confessa: seu plano de governo é muito parecido com o da socialis...





Aécio Neves "Não seja leviana" X Luciana Genro "Não levante o dedo pra mim"





Considerações finais de Aécio Neves no debate presidencial da Globo - El...





Petrobras: esquema continuou operando após saída de Paulo Roberto Costa

Lava Jato

Polícia Federal comprova desvio de 37 milhões de reais nas obras da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Dinheiro foi repassado ao doleiro Youssef

O doleiro Alberto Youssef em depoimento
O doleiro Alberto Youssef em depoimento (VEJA)
Paulo Roberto Costa, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, deixou o cargo em 2012, mas o esquema de corrupção que ele montou continuou operando normalmente na estatal. A Polícia Federal já sabe que, de outubro de 2010 a dezembro de 2013, pelo menos 37,7 milhões de reais desviados da obra da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, foram repassados a empresas do doleiro Alberto Yousseff.  
O golpe foi aplicado da seguinte maneira: para repassar o dinheiro desviado, o consórcio responsável pela obra, liderado pela empreiteira Camargo Correa, simulou a contratação de serviços da empresa Sanko Sider. Esta, por sua vez, simulou a contração de duas empresas de Alberto Youssef.  Ninguém prestou serviço algum. O dinheiro, na prática, saiu dos cofres da Petrobras para os corruptos que se alimentavam no caixa da estatal.
Essa triangulação, feita para dificultar uma eventual investigação, para dar certo, precisava do aval da Petrobras. As normas da estatal obrigam todos os prestadores de serviço a possuírem uma certificação concedida pela própria empresa – uma forma de garantir que participem dos negócios apenas pessoas jurídicas idôneas. A  polícia descobriu que a Sanko Sider, a intermediária entre a empreiteira e o doleiro, operou durante oito anos com um certificado obtido de forma fraudulenta. 
Já se sabia que entre as fontes de corrupção da Petrobras estava a comercialização dos certificados. O que não se sabia é que mesmo depois de Paulo Roberto Costa ter deixado a estatal, em 2012, o esquema continuou operando. Os certificados precisam ser renovados todos os anos. As prestadoras de serviço são obrigadas a apresentar uma espécie de atestado de boa saúde financeira. A Sanko Sider, mesmo enfrentando graves problemas em seus balancetes, conseguiu a certificação em 2013, já sob a presidência de Graça Foster, apresentando documentos de uma outra empresa. 
A fraude na emissão dos certificados que permitiam a contratação da Sanko Sider e o mapa do dinheiro desviado das obras da Petrobras para as empresas de fachada de Youssef fazem parte de um laudo recém-concluído por peritos da Polícia Federal e anexado nesta quinta-feira a um dos processo que o ex-diretor Paulo Roberto Costa responde na Justiça Federal do Paraná.
Os investigadores vão partir agora para a etapa mais importante da operação: descobrir o destino final do dinheiro. As pistas apontam para políticos e partidos aliados do governo, como o PT, o PMDB e o PP. Nesta quinta-feira, o doleiro Alberto Youssef assinou um acordo de delação premiada com a Justiça. Suas revelações são capitais nesta fase do processo. Youssef  sabe o nome dos corruptos, os valores recebidos por cada um, o local onde o dinheiro foi entregue, a exata localização das contas abertas no exterior. E ele já se comprometeu a colaborar.

Debate da Globo: Aécio finalmente venceu de lavada. Veja vídeos e notas do último confronto do primeiro turno

Veja.Com

Debate-presidente-globo-07-size-598Os dois primeiros embates do candidato do PSDB, Aécio Neves, contra Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB) no debate da TV Globo já mostraram que a noite era dele. Aécio começou afiado e detonou as duas adversárias sem a menor cerimônia – felizmente sem dar ouvidos àqueles que, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, pediam direta ou indiretamente que ele poupasse Marina, coisa de que este blog sempre discordou. Era mesmo necessário chegar com tudo, não só pelo velho ditado de que “a primeira impressão é a que fica”, mas também porque o debate começou tarde, por volta das 23 horas, e o público poderia dormir.
Comentei o programa em tempo real no Facebook e no Twitter, com notinhas que seguem abaixo do vídeo completo, algumas já acompanhadas dos trechos correspondentes. Depois de uma campanha que, como tantas vezes esculhambei, começou polida demais, como vinha sendo o PSDB nestes últimos 12 anos de governo petista, Aécio finalmente venceu de lavada. De quebra, ainda colocou Luciana Genro em seu devido lugar.
Independentemente do resultado das urnas no domingo, seu exemplo de personalidade nesta reta final após sofrer tantas pressões externas e internas para que desistisse de sua candidatura e/ou apoiasse Marina como um bom amarelão subserviente é digno dos aplausos que ele, de fato, recebeu no debate, após suas considerações finais.
No começo da noite, o Datafolha havia divulgado pesquisa em que Aécio já aparece tecnicamente empatado com a pessebista, com diferença de apenas 3 pontos, 2 a menos do que na anterior. Marina caiu 1, Aécio subiu 1, e o resultado é 24% a 21% das intenções de voto.

Aquecimento:
1) Dilma “propõe” pacote anticorrupção (que já tramitava no Congresso). Mas o melhor pacote anticorrupção para o Brasil é tirar o PT do poder.
2) Mais abuso do PT: Sindicato dos petroleiros, filiado à CUT, envia e-mail a funcionários da Petrobras pedindo votos em Dilma. O ato é ilegal.
3) PetrolãoCorreios, propaganda em Caixa e Petrobrasdiálogo com terror. Peraí. Não vai caber no debate da Globo. Melhor cancelar o Corujão.
4) Aécio e Marina tiveram tempo para aprender a reagir contra ataques a suas fragilidades. As de Dilma aumentam a cada minuto.
5) Começou o debate na Globo‬. Dilma já está lendo as colinhas.
6) Aécio detona Dilma por Petrolão, uso eleitoral dos Correios e mentira sobre demissão de Paulo Roberto da Costa. Tudo numa só resposta. Boa!
7) Marina cinicamente igualou mensalão do PT, que comprou Congresso e resultou na prisão da alta cúpula do partido, a uma denúncia de Caixa 2. Aécio irritou e desconcertou a canditada pelo silêncio diante dos escândalos petistas. Começou muito bem ele! Pra cima delas!
8) Aécio não pretende privatizar a Petrobras, mas Dilma insiste nessa mentira, porque petista é assim: fatos não interessam. Só rótulos.
9) Aécio detonou Dilma por elogios ao diretor da Petrobras que foi parar na cadeia. Roubar, aliás, sempre rende elogio dos petistas. Vide mensaleiros.
10) ”Custo Brasil”, “logística”, “sistema tributário”, “oneroso”, “exequível”, “valor agregado”! Tudo isso que quase ninguém entende somado com Eduado Jorge, querendo uma boquinha no eventual governo Aécio. Que momento!
11) Marina diz que programa dela é muito parecido com o da socialista Luciana Genro! É isso aí que vocês querem pro Brasil? Que faaaaaase!




13) Aécio finalizou muito bem contra Dilma: “Eu quero diminuir a pobreza. Eu não me contentarei em administrar a pobreza, como faz o seu governo.” É isso.
14) Aécio falou a verdade sobre o Bolsa-Família. Dilma queria levar créditos que não eram dela e ainda acusava Aécio disso. Provas estão aqui.
15) Marina e Dilma discutindo após o tempo regulamentar e atrapalhando o programa. Muito embora cômica, uma cena que revela a falta de educação de petistas de raiz. [1h18min do vídeo]
16) Aécio ironiza Dilma: “A senhora acabou de nos brindar com uma pérola: ‘a inflação está sob controle’.”
17) Aécio: “Dilma, se você nos brinda com essa piada de que a inflação está sob controle, deve estar satisfeita com o crescimento do país.” Boa!
18) ”Mudanças climáticas” estão acontecendo nas eleições. Aécio subiu a temperatura de sua campanha e detonou o “governo de improviso” de Dilma Rousseff. [1h36min]
19) Aécio para a “metamorfose ambulante” Marina: “Não bote palavras na minha boca. Quemmuda de posição a todo momento não sou eu.”
20) Só em cabeça de marinista que uma listinha escrita de propostas (“muito parecida” com a de Genro) vale mais que um histórico de realizações.
21) Aécio também mostrou a omissão criminosa do governo Dilma nas fronteiras, por onde entram drogas que destroem as famílias do Brasil. E disse que terá uma posição altiva com governos de países produtores [parceiros do PT no Foro de São Paulo]. Lembrou ainda que a presidente prometera 14 VANTS (Veículos Aéreos Não Tripulados) e apenas dois estão em precário funcionamento. Ou três, acrescento, se contarmos com o cérebro de Dilma Rousseff.
22) Marina se gaba de ter posto no papel o que fala. E só sabe falar que fez isso. Parece que seu plano de governo é ter plano de governo.
23) Nas considerações finais, Aécio relembrou a avó e mulher do ex-presidente Tancredo Neves, Dona Risoleta, que citava a frase “A gratidão é a memória do coração” [atribuída ao filósofo grego Antístenes]. Gratidão, digo eu, que Dilma e Lula nunca tiveram com aqueles que lhe legaram o Plano Real (contra o qual os petistas lutaram, incluindo aí Marina), a estabilidade econômica, o Bolsa-Família. Coração de petista é assim: se existe, também não sabe de nada.

Felipe Moura Brasil ⎯ http://www.veja.com/felipemourabrasil



Dilma e Aécio polarizam debate eletrizante na TV

Eleições

Na última aparição na TV, petista e tucano travaram confrontos diretos em debate marcado por momentos de tensão e até de protagonismo de nanicos

Daniel Haidar, Gabriel Castro e Marcela Mattos
Os candidatos à Presidência da República, Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) se cumprimentam antes do debate promovido pela Globo, no Rio
Os candidatos à Presidência da República, Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) se cumprimentam antes do debate promovido pela Globo, no Rio - Ivan Pacheco/VEJA.com
O último debate na televisão entre os candidatos à Presidência da República antes das eleições, realizado pela TV Globo, foi eletrizante. Houve de tudo: embates diretos entre os principais presidenciáveis – Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB) –, momentos de nervosismo explícito e de humor, dobradinhas entre candidatos e até um tenso confronto entre nanicos.

O resultado da mais recente pesquisa do Datafolha, segundo a qual Aécio segue crescendo e empatou tecnicamente com Marina no segundo lugar, também ditou as estratégias dos candidatos: Dilma e o tucano travaram os confrontos mais explosivos. Líder nas pesquisas, Dilma teve de responder várias vezes – e se enrolou devido à já conhecida dificuldade com os microfones – sobre escândalos de corrupção que assolam a Petrobras. Logo na primeira resposta, feita por Luciana Genro, do PSOL, a petista deu uma resposta de difícil – e intrigante – interpretação: "Ninguém está acima da corrupção, todo mundo pode cometer, as instituições que devem investigar".
A estratégia da petista para revidar não poderia ser diferente: repisou o ataque antigo – que funcionou desde 2006 – de dizer que o PSDB de Aécio sempre quis privatizar a Petrobras e os bancos públicos. O tucano devolveu mantendo a crise da Petrobras em tela: "Faltou a senhora explicar quais foram os relevantes serviços prestados pelo diretor Paulo Roberto Costa". Aécio falava do delator do petrolão, o ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa, que aceitou um acordo de delação premiada para deixar a cadeia e entregar uma constelação de políticos e partidos que orbitam o governo federal.

Dilma também foi emparedada duas vezes sobre a afirmação feita no debate anterior, da TV Record, quando disse ter demitido Paulo Roberto Costa. Segundo os documentos, Paulo Roberto renunciou ao cargo. Dilma disse que todo servidor público tem a oportunidade de abandonar o cargo antes em caso de demissão -- mas não explicou porque ele foi elogiado ao deixar o posto.

A dois dias das eleições – o debate começou na noite de quinta-feira, mas terminou na madrugada de sexta –, alguns acenos também puderam ser facilmente flagrados – o que não significa nenhuma novidade em debates. O caricato candidato do PV, Eduardo Jorge, ajudou Dilma a esfriar o debate no momento mais tenso para ela, no primeiro bloco. A petista questionou Jorge sobre o Pronatec, programa do governo federal voltado ao ensino técnico. O debate gelou. No segundo bloco, quando os temas foram estipulados por sorteio, Jorge deveria questionar a petista sobre corrupção, mas a pergunta foi: “O que você acha da lei que mata mulheres?”. Ele falava sobre o aborto. Ela falou sobre o que quis.

O tucano Aécio Neves trocou confortáveis perguntas com Pastor Everaldo, do PSC, abordando o uso político dos Correios para distribuir material de campanha do PT e barrar material do PSDB nestas eleições e a corrupção na Petrobras. Everaldo também teve a oportunidade de apontar seu rival para responder a uma pergunta sobre a Previdência, mas escolheu Aécio e o questionou sobre o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) – o mediador chamou a atenção. Nas considerações finais. Everaldo lembrou o triste episódio no qual Dilma defendeu na Assembleia Geral da ONU a necessidade de diálogo com o grupo terrorista Estado Islâmico (EI), responsável por decapitar pessoas no Oriente Médio.

Mais uma vez apagada – exceção a um vistoso broche com seu número na urna –, Marina Silva apostou em duas linhas: inicialmente, lançou a promessa de pagar 13º salário aos beneficiários do programa Bolsa Família. Depois, tentou chamar Dilma para o confronto aberto: "Você não cumpriu seus compromissos de campanha e a corrupção foi varrida para debaixo do tapete. Você tem o projeto contra corrupção, mas não regulamentou. Houve uma ‘demissão premiada’ no caso da Petrobras?". Dilma devolveu: "Vamos colocar os pingos nos is. O diretor nomeado por você no Ibama foi afastado no meu governo por crime de desvio de recursos. E eu não saí por aí dizendo que você sabia disso. Esse diretor nós investigamos e prendemos", afirmou, em referência ao período em que as duas eram ministras do governo Lula.

Com as eleições nos estados encaminhadas, Aécio fez um aceno duplo: aproveitou para falar do "amigo" Geraldo Alckmin (PSDB), favorito à reeleição no primeiro turno em São Paulo, o maior colégio eleitoral do país, e citou nominalmente seu candidato ao governo mineiro, Pimenta da Veiga (PSDB), que corre o risco de perder a eleição para PT já no domingo.

Nanicos – Eduardo Jorge e Luciana Genro aproveitaram o debate para fuzilar o folclórico Levy Fidelix (PRTB), conhecido candidato do Aerotrem, sobre a fala homofóbica no debate da Record, quando ligou homossexualidade a pedofilia. Jorge e Luciana sugeriram que Fidelix "pedisse perdão" pelas declarações. "Você só falou o que falou porque não há lei que torne homofobia crime. Você deveria sair daquele debate algemado, direto para cadeia", disse a candidata do PSOL. "O senhor envergonhou o Brasil", afirmou Jorge. Fidelix se defendeu dizendo que os rivais "fazem apologia às drogas" e ao aborto. Mas sobraram provocações, dedo em riste e tensão.

The Doors - Touch Me (Live)