terça-feira 29 2012

Autoritários do Brasil, vocês perderam! Se Lula insistir em violar a Constituição, tem de fazer a sua pregação na cadeia! Ou: Queremos os mensaleiros algemados! Ou: CHEGA, LULA!!!



Duas expressões do território do sagrado se confrontaram nesta segunda-feira nas redes sociais: a falsa e a verdadeira. De um lado, Luiz Inácio Lula da Silva, o falso sagrado; de outro, a Constituição da República Federativa do Brasil, o verdadeiro. De um lado, a mistificação, a empulhação político-ideológica, a mesquinharia travestida de força popular; de outro, os fundamentos do estado de direito, da democracia e da liberdade.
De um lado, o vale-tudo que está na raiz das ditaduras, da violência institucional, do mandonismo; de outro, as instituições. De um lado, a lógica dos privilégios, da inimputabilidade, da impunidade; de outro, o triunfo da igualdade perante a lei, que faz de Lula um homem como outro qualquer.
E EU LHES DIGO: DESTA FEITA, E NÃO TEM SIDO ASSIM TÃO USUAL, O BEM TRIUNFOU SOBRE O MAL; a legalidade rechaçou o arbítrio; a democracia repudiou a vocação tirana.
Nas redes sociais, os porta-vozes das trevas gritavam: “Não toquem em Lula, ou haverá rebelião popular!”. E uma autêntica rede da legalidade tecia a sua teia para gritar em uníssono: “Demos a Lula, segundo os limites da lei, o direito de governar o país por oito anos, mas não lhe entregamos a nossa honra, a nossa dignidade, a nossa liberdade!”. De um lado, em suma, um passado que não quer passar vociferava: “Ele é intocável!”. Do outro, com voz ainda mais potente, ouvia-se a resposta: “Intocável é a Constituição da República Federativa do Brasil”!.
E a luz se impôs sobre as trevas.
Eles bem que tentaram. Os falsos perfis e os robôs atuaram com força inédita nas redes sociais, buscando dar o tom do debate, “trollando” os que ousavam manifestar uma voz divergente, molestando os adversários, atacando-os com a brutalidade oficialista, cavalgando as mentiras de sempre, esgrimindo as generalizações mais grosseiras, ressuscitando os preconceitos mais rombudos. Mas nada conseguia disfarçar o real propósito de sua ação. Ali estava uma súcia encarregada de defender bandidos, de amparar malandros, de endossar larápios, de apoiar ladrões de dinheiro público e ladrões da institucionalidade.
Lula tentou roubar do Brasil e dos brasileiros aquilo que não o faz especialmente rico, mas que nos deixa pobres como nação, como país, como povo: o império da lei. Lula tem tentando reescrever o passado à custa do futuro. A constatação indeclinável e a verdade inescapável é que um país que deixe impunes os mensaleiros estará assinando um compromisso com a fraude, com a mentira, com a empulhação, com a roubalheira. Um país que — desta feita sim, com a devida condenação legal — não meta algemas nos pulsos desses malandros estará condenando a si mesmo ao atraso, ao vexame, à ignomínia.
Há muito Lula ultrapassou o limite do aceitável, com seus discursos bucéfalos, com suas escandalosas falsificações da história; com sua vocação para mentir sobre o próprio passado e o passado do país; com sua disposição para empenhar o futuro em nome de arranjos presentes; com sua disposição para acomodar interesses subalternos; com sua inclinação para lavar a reputação, por mais suja que fosse, de quantos lhe prestassem vassalagem e sujar a biografia, por mais limpa que se mostrasse, de qualquer um que ousasse enfrentá-lo. Há muito Lula escandaliza o bom senso com sua incrível capacidade de amordaçar o debate, reduzindo-o a um mero arranca-rabo de classes — já que “luta de classes” é debate para gente com mais preparo intelectual do que ele, ainda que equivocada —, enquanto, que espanto!, se beneficia dos privilégios que ele e os seus concederam e concedem a alguns eleitos da República. Não por acaso, em 2011, num ano não eleitoral, empresas doaram a seu partido mais de R$ 50 milhões! Essa é a República de Lula, que faz da concessão desses privilégios um ato de resistência ideológica.
Dada a condescendência com que sempre foi tratado, pouco importava a besteira que dissesse ou fizesse, Lula foi criando balda. Com o tempo, até ele próprio acreditou que, de fato, era o Lula criado pela máquina de propaganda e endeusado pela súcia de “funcionários” do partido. Com o tempo, ele passou realmente a acreditar que era aquela figura mágica que recebe títulos de doutor honoris causa às baciadas. Com o tempo, imaginou que o Brasil inteiro cabia naquela sala de professores e reitores áulicos, que se dispunham a lhe entregar tudo, muito especialmente a honra. E partiu, então, para o gesto tresloucado: chantagear um ministro do Supremo Tribunal Federal, depois de ter molestado, ainda que com sua famosa e falsa candura, alguns outros.
Desta feita, no entanto, deu tudo errado. Um valor mais alto se alevantou. O verdadeiro se impôs sobre o falso. Acabou a era do bezerro de ouro. Ou Lula se submete à Constituição ou diz na cadeia por que não. Este país, como estado, adora um único Deus: a Constituição!
Chega, Lula!
Chega de Lula!
Lula já era e não quer que o Brasil seja!
Por Reinaldo Azevedo
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/autoritarios-do-brasil-voces-perderam-se-lula-insistir-em-violar-a-constituicao-tem-de-fazer-a-sua-pregacao-na-cadeira-ou-queremos-os-mensaleiros-algemados-ou-chega-lula/?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+ReinaldoAzevedo+%28Reinaldo+Azevedo%29&utm_content=FaceBook

CPI do Cachoeira quebra sigilo da Delta nacional


Congresso

Apenas o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) foi contra o requerimento. Convocação de governadores não chegou a ser apreciada

Gabriel Castro e Carolina Freitas
O presidente da CPI do Cachoeira, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) (e), conversa com o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) no depoimento do ex-vereador Wladimir Garcez (PSDB) na CPI do Cachoeira
O presidente da CPI do Cachoeira, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) (e), conversa com o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) no depoimento do ex-vereador Wladimir Garcez (PSDB) na CPI do Cachoeira (Antonio Cruz/Agência Brasil)
Os parlamentares integrantes da CPI do Cachoeira votaram na tarde desta terça-feira a quebra de sigilo bancário, fiscal e telefônico da construtora Delta, em âmbito nacional. O requerimento foi aprovado por larga vantagem. Apenas o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) votou contra o pedido. Com isso, a CPI dá um passo importante para esclarecer o grau de envolvimento da Delta com o esquema do contraventor Carlinhos Cachoeira.
Até agora, as investigações da Comissão Parlamentar de Inquérito estavam restritas à diretoria da construtora no Centro-Oeste. A quebra do sigilo da Delta nacional pode ter reflexos sobre o governo federal e o governo do Rio de Janeiro, comandado pelo peemedebista Sérgio Cabral. A empresa executa boa parte das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), bandeira da presidente Dilma Rousseff.
"Abrir o sigilo da Delta é colocar o dedo na ferida", afirmou o deputado Rubens Bueno (PPS-PR). "Com essas informações poderemos explicar por que tanto dinheiro saiu da Delta e foi para empresas laranja e, daí, para outras contas." O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AM) também comemorou a decisão: "Antes tarde do que nunca. A CPI não é só de Carlos Cachoeira, mas da empresa Delta." 
Único a se opor à abertura das contas da Delta, Vaccarezza tentou se justificar após a sessão, dizendo que a quebra de sigilo da empresa deveria ser restrita a relação dela com o grupo do contraventor. "Essa CPI não tem a chancela para fazer uma devassa no país inteiro. As obras da Delta pelo Brasil não fazem parte do foco da CPI", disse o petista, que se apressou a esclarecer. "Eu não tenho nenhum interesse com a Delta, não conheço Fernando Cavendish, nunca recebi um tostão dessa empresa."
Governadores - A convocação de governadores Marconi Perillo (PSDB-GO), Agnelo Queiroz (PT-DF) e Sérgio Cabral (PMDB-RJ), citados nas investigações da quadrilha de Cachoeira foi, mais uma vez, adiada. A comissão nem mesmo chegou a analisar a questão. O deputado Gladson Cameli (PP-AC) apresentou uma questão de ordem alegando que a CPI não tem poder legal de questionar governadores. O presidente da comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), pediu que a área técnica analisasse a procedência da tese de Cameli. Antes que houvesse uma resposta, a sessão teve de ser encerrada: como o Senado havia iniciado a ordem do dia, a CPI já não podia votar qualquer requerimento.
Marconi Perillo surpreendeu os parlamentares a apareceu no meio da sessão. Ele entregou uma carta de três páginas ao presidente da CPI em que se coloca à disposição para prestar esclarecimentos à comissão. "Um dos governadores já compareceu, Marconi Perillo. Onde estão Agnelo Queiroz e Sérgio Cabral?", questionou Rubens Bueno.
Randolfe lamentou que a convocação dos governadores não tenha sido votada. "O governador Perillo cumpriu o seu dever, mas não adianta ele vir aqui se colocar a disposição se, no meio da CPI, alguém apresenta uma questão de ordem para blindar os governadores", disse o senador. "Os parlamentares não tiveram coragem de convocar os governadores."
O relator da CPI, Odair Cunha (PT), esforçou-se para sair pela tangente e disse que é preciso mais trabalho de investigação antes de trazer os governadores para depor.  "Eu defendo a convocação dos governadores, mas agora não é o momento", disse o deputado. "Não é momento de pessoas importantes como governadores virem à CPI. Estamos criando um conjunto de provas necessárias para a oitiva de governadores mais para frente." Ainda assim, o relator disse não ver qualquer impedimento jurídico para que os chefes de executivo estadual falarem à comissão.
Requerimentos - Ainda na sessão desta terça-feira, a CPI aprovou um requerimento que pede o compartilhamento das informações da operação Saint Michel, que foi deflagrada pela Polícia Civil do Distrito Federal e prendeu comparsas de Carlinhos Cachoeira. Foi aprovada ainda a quebra de sigilo fiscal, bancário e telefônico dos ex-diretores da Delta Cláudio Abreu e Heraldo Puccini. 
Mais cedo, os integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito haviam elegido o deputado Paulo Teixeira (PT-SP) para a vice-presidência do colegiado. A CPI volta a se reunir nesta quarta-feira às 10h15. Os requerimentos de convocação dos governadores continuam na pauta. Depois da sessão administrativa, a comissão ouvirá cinco comparsas de Carlinhos Cachoeira.

Em suma, ninguém fica bem nessa história, mas Lula fica pior ao deixar que a soberba e o ressentimento o façam porta-voz do pior combate: a desqualificação das instituições. Entre elas o papel de ex-presidente da República.


Não, o ex-presidente Lula não perdeu o juízo como sugere em princípio o relato da pressão explícita sobre ministros do Supremo Tribunal Federal para influir no julgamento do mensalão, em particular da conversa com o ministro Gilmar Mendes eivada de impropriedades por parte de todas as partes.

Dora Kramer - O Estado de S.Paulo
Lula não está fora de si. Está, isto sim, cada vez mais senhor de si. Investido no figurino do personagem autorizado a desrespeitar tudo e todos no cumprimento de suas vontades.
E por que o faz? Porque sente que pode. E pode mesmo porque deixam que faça. A exacerbação desse rude atrevimento é fruto de criação coletiva e não surgiu da noite para o dia.
A obra vem sendo construída gradativamente no terreno da permissividade geral onde se assentam fatores diversos e interesses múltiplos, cuja conjugação conferiu a Lula o diploma de inimputável no qual ele se encontra em pleno usufruto.
Nesse último e bastante assombroso caso, produto direto da condescendência institucional - para dizer de modo leve - de dois ex-presidentes da Corte guardiã da Constituição: o advogado Nelson Jobim, que convidou, e o ministro Gilmar Mendes, que aceitou ir ao encontro do ex-presidente.
Nenhum dos dois dispõe da prerrogativa da inocência. Podiam até não imaginar que Lula chegaria ao ponto da desfaçatez extrema de explicitar a intenção de influir no processo, aconselhando o tribunal a adiar o julgamento e ainda insinuar oferta de "proteção" ao ministro.
Inverossímil é que não desconfiassem da motivação do ex-presidente que anunciou disposição de se dedicar diuturnamente ao desmonte da "farsa do mensalão" e provou isso ao alimentar a criação de uma comissão parlamentar de inquérito no intuito de embaralhar as cartas e embananar o jogo.
Mas, apenas para raciocinar aceitemos o pressuposto da ingenuidade, compremos a versão do encontro entre amigos e consideremos natural tanto o convite quanto a anuência.
À primeira questão posta - "é inconveniente julgar esse processo agora" -, à primeira pergunta feita pelo ex-presidente - "não tem como adiar o julgamento?" -, se o ministro Gilmar Mendes tivesse agradecido ao convite e polidamente se retirado, não teria ouvido o que viria a seguir, segundo o relato que fez depois ao presidente do STF, ao procurador-geral da República e ao advogado-geral da União.
Narrativa esta que se pressupõe verdadeira. Se aceitarmos a versão do desmentido apresentada por Nelson Jobim teremos de aceitar a existência de um caluniador com assento no Supremo Tribunal Federal e de esperar contra ele algum tipo de interpelação.
Tivesse dado por encerrado o encontro logo de início, o ministro Gilmar Mendes não teria ficado "perplexo com o comportamento e as insinuações despropositadas do presidente Lula".
Não teria ouvido alusões ao seu possível envolvimento com o esquema Cachoeira - razão da oferta de proteção na CPMI -, não teria escutado o ex-presidente chamar o ministro Joaquim Barbosa de "complexado".
Não teria testemunhado Lula desqualificar ao mesmo tempo o ex-ministro Sepúlveda Pertence e a ministra Cármen Lúcia ao sugerir a existência de uma cadeia de comando com a frase "vou falar para o Pertence cuidar dela".
É verdade que se tivesse ido embora o ministro Gilmar Mendes teria poupado a si um enorme constrangimento.
Mas não daria ao País a oportunidade de saber que o ex-presidente tem acesso a informações de um inquérito na data da conversa (26 de abril) ainda protegido por sigilo de Justiça.
Não saberíamos que Lula diz orientar a conduta do ministro Dias Toffoli - "eu falei que ele tem que participar do julgamento"- e que afirma acompanhar de perto os passos do ministro revisor do processo do mensalão, Ricardo Lewandowski - "ele só iria apresentar o relatório no semestre que vem".
Em suma, ninguém fica bem nessa história, mas Lula fica pior ao deixar que a soberba e o ressentimento o façam porta-voz do pior combate: a desqualificação das instituições. Entre elas o papel de ex-presidente da República.

Estudo sugere que analgésicos podem reduzir risco de câncer de pele


Pele

Pesquisa mostrou que uso frequente de medicamentos como a aspirina pode diminuir em até 15% as chances de um dos tipos da doença

Aspirina e outros medicamentos da classe dos anti-inflamatórios não esteroides podem proteger contra alguns tipos de câncer de pele
Aspirina e outros medicamentos da classe dos anti-inflamatórios não esteroides podem proteger contra alguns tipos de câncer de pele (Thinkstock)
Um novo estudo feito no Hospital Universitário de Aarhus, na Dinamarca, sugere que fazer uso de aspirina e outros analgésicos pode proteger contra alguns tipos de câncer de pele. Segundo a pesquisa, uma pessoa que toma frequentemente algum anti-inflamatório não esteroides ao longo de sete anos chega a ter um risco 15% menor de desenvolver a doença. O trabalho foi publicado nesta segunda-feira no site do periódico Cancer, uma publicação da Sociedade Americana de Câncer.

Opinião do especialista

Veridiana Pires de Camargo
Oncologista clínica do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP) e do Hospital Sírio-Libanês. É especialista em melanoma e sarcoma

"Associar analgésicos a um menor risco de câncer de pele é, definitivamente, algo novo e ainda inicial, embora o efeito protetor desse tipo de medicamento já tenha sido atribuído a outros tipos de câncer, especialmente ao de intestino.
Como o câncer está relacionado a muitos quandros de inflamação, esses resultados podem se mostrar verdadeiros, já que drogas como a aspirina funcionam como anti-inflamatórios muito potentes.
Como os três tipos de cânceres estudados apresentam mecanismos diferentes, a droga pode agir de maneiras diversas em cada tipo da doença, o que explica as diferenças da redução de risco demonstrada pelas substâncias.
É preciso que mais estudos sejam feitos, comparando pacientes com câncer de pele que fazem uso de analgésicos a pacientes que nunca tomam esses medicamento".
Anti-inflamatórios não esteroides são um grupo de medicamentos usados para controlar a dor, a febre e a inflamação. Nesse estudo, os pesquisadores buscaram descobrir os efeitos de alguns tipos de drogas dessa classe, como a aspirina, o ibuprofeno e o naproxeno, sobre três dos principais tipos de câncer de pele: o carcinoma basocelular, o carcinoma de células escamosas e o melanoma maligno. Eles analisaram dados de 6.532 pacientes que haviam sido diagnosticados com alguma dessas doenças e os compararam a outros 178.655 indivíduos que não tinham câncer.
Os resultados indicaram que as pessoas que seguiram ao menos duas prescrições de uso de algum desses medicamentos ao longo de sete anos ou mais tiveram 15% menos chances de desenvolverem carcinoma de células escamosas e 13% menos riscos de terem melanoma maligno em comparação com aquelas que seguiram menos do que duas prescrições. De maneira geral, no entanto, as drogas não protegeram os indivíduos contra o carcinoma basocelular. A diminuição de risco para esse tipo da doença foi de 15% a 21% apenas quando o paciente tomou a droga em grandes quantidades e durante muito tempo, e mesmo assim só ocorreu em relação a tumores em partes do corpo que não costumam ficar expostas ao sol.
Segundo os autores do estudo, pesquisas anteriores já haviam sugerido que essa classe de medicamentos pode diminuir o risco de uma pessoa desenvolver alguns tipos de câncer, mas essa é a primeira a olhar para o câncer de pele. “Esperamos que o efeito protetor dos anti-inflamatórios não esteroides em relação ao câncer demonstrado por nós inspire novos estudos em relação à doença de pele. Nossos resultados também devem contribuir com as discussões sobre benefícios e malefícios do uso dessas drogas”, afirma Sirgún Johannesdottir, que coordenou o trabalho.

OAB defende Supremo e cobra explicação de Lula



A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) divulgou nota nesta segunda-feira (28) cobrando explicações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre uma possível pressão a ministros do Supremo Tribunal Federal para adiar o julgamento do processo do mensalão.

"A ser confirmado o teor das conversas mantidas com um ministro titular do Supremo, configura-se de extrema gravidade, devendo o ex-presidente, cuja autoridade e prestígio lhe confere responsabilidade pública, dar explicações para este gesto", diz a nota assinada pelo presidente da organização, Ophir Cavalcante.



"O Supremo Tribunal Federal, como instância máxima da Justiça brasileira, deve se manter imune a qualquer tipo de pressão ou ingerência. Ainda que o processo de nomeação de seus membros decorra de uma escolha pessoal do presidente da República, não cabe a este tratá-los como sendo de sua cota pessoal, exigindo proteção ou tratamento privilegiado, o que, além de desonroso, vergonhoso e inaceitável, retiraria dos ministros a independência e impessoalidade na análise dos fatos que lhe são submetidos."
Editoria de Arte/Folhapress
A OAB diz no documento que reafirma a sua confiança na independência dos ministros do Supremo Tribunal Federal para julgar, com isenção e no devido tempo, as demandas que constitucionalmente lhe são apresentadas.
Segundo reportagem da revista "Veja", Lula ofereceu ao ministro blindagem na CPI que investiga as relações do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com políticos e empresários.
Mendes confirmou à Folha o encontro e o teor da conversa, revelada ontem, mas não quis dar detalhes. "Fiquei perplexo com o comportamento e as insinuações despropositadas do presidente."
O encontro aconteceu em 26 de abril no escritório de Nelson Jobim, ex-ministro de Lula e ex-integrante do STF.
O petista disse ao ministro, segundo a revista, que é "inconveniente" julgar o processo agora e chegou a fazer referências a uma viagem a Berlim em que Mendes se encontrou com o senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO), hoje investigado por suas ligações com Cachoeira.
Membro do Ministério Público, Demóstenes era na época um dos interlocutores do Judiciário e de seus integrantes no Congresso.
Procurada pela Folha, a assessoria de Lula negou o conteúdo da conversa e afirmou que nunca interferiu em processo judicial. À "Veja", Jobim disse não ter escutado a conversa.
No encontro com Lula, Gilmar teria se irritado e dito que o ex-presidente poderia "ir fundo na CPI". Em abril, a Folha revelou que Lula havia organizado uma ofensiva, com a participação de integrantes do PT que possuem interlocução no Judiciário, para aumentar a pressão sobre o STF.
O petista disse a aliados temer que a análise do mensalão se transforme num julgamento de seu governo.
Segundo a "Veja", o próximo passo de Lula seria procurar o presidente do STF, Carlos Ayres Britto, também para adiar o julgamento. Em recente almoço no Alvorada, Lula convidou Britto para tomar um vinho com ele e Celso Bandeira de Mello, um dos responsáveis pela indicação do atual presidente do STF.
À Folha Britto também confirmou o convite, mas disse que não percebeu malícia e que não houve encontro.
"Tive com Lula umas quatro vezes nos últimos nove anos e ele sempre fala de Bandeirinha [Celso Bandeira]. Nunca me pediu nada." Britto diz que a "luz amarela" acendeu quando ouviu o relato de Mendes. "Mas de imediato apaguei. Lula sabe que eu não faria algo do tipo."
A revista também diz que Lula contou a Mendes que delegaria ao ex-ministro do STF e presidente da Comissão de Ética da Presidência Sepúlveda Pertence a tarefa de falar sobre o julgamento com a ministra Cármen Lúcia.
Sepúlveda negou ontem que Lula tenha feito o pedido e disse lamentar que Mendes tenha dado "declaração sobre conversas, reais ou não, que tenha tido com um ex-presidente da República".

Reynaldo-BH reconstitui a reunião que pariu a nota concebida para assassinar a verdade



REYNALDO ROCHA
Resumo de reunião dos assessores de Lula. Marqueteiros, advogados e jornalistas chapa-branca. O próprio não está presente. Discute-se como formular uma resposta à imprensa sobre os fatos envolvendo o ex-presidente e o Ministro Gilmar Mendes.
Ambiente tenso. Televisores ligadas nos canais noticiosos. Tablets e computadores em permanente pesquisa nos blogs de colunistas e dos jornais e revistas. Lula recusa-se a participar da reunião, esperando o resultado final, que virá do conselho de próceres reunido.
A primeira questão é colocada em discussão. Lula deve dar uma entrevista? Se sim, a qual veículo de comunicação? Com qual teor?
A decisão é unânime. Lula tem que permanecer calado. Alguém, para ter certeza da decisão tomada, resolve consultar Lula por telefone. E sugere ─ como teste ─ o pronunciamento esclarecedor. Ouve um palavrão como resposta. Todos já sabem que Lula não falará.
A tensão cresce. As análises de jornalistas isentos e imparciais (os tais da dita grande imprensa) são demolidoras. Vão da revolta à vergonha. A esgotofesra não consegue conter a enxurrada de indignação. Estão, todos, sem argumentos. Esperam alguma orientação ─ como bons blogueiros de aluguel ─ para saber o que escrever.
Chegam a um acordo. Uma nota oficial.
Um ex-ministro da Justiça, atarefado com a defesa de bicheiros e bandidos do mesmo quilate, adverte para o risco de Lula declarar algo que possa ser desmentido posteriormente, até mesmo na esfera judicial.
Novo impasse. O homem não irá falar. E não dá para assinar uma nota oficial. Volta-se à estaca zero. Enfim aparece a solução! A nota será assinada pelo Instituto Lula. Pessoa jurídica que não mente por absoluta incapacidade (factual e legal) para tanto: empresas nunca mentem, só seus dirigentes. Se der problema, será coisa do administrador do Instituto. Que não é Lula.
Resolvido o detalhe da assinatura da nota (mais ou menos) oficial, passa-se ao texto.
O PARTO DO MONSTRENGO 
A tensão está no limite. Todos têm na cabeça a mesma pergunta que ninguém tem coragem de expressar: alguém vai acreditar? Pior que todos sabem a resposta.
Depois de dez rascunhos e centenas de hesitações, a nota finalmente encontra um início.
“Sobre a reportagem da revista ‘Veja’ publicada nesse final de semana, que apresenta uma versão atribuída ao ministro do STF Gilmar Mendes sobre um encontro com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no dia 26 de abril, no escritório e na presença do ex-ministro Nelson Jobim, informamos o seguinte:”
Alguém lembra que Nelson Jobim, o estuprador de Constituições, já havia dito que não esteve presente em todos os momentos da conversa. Assim, a nota começa com o desmentido do desmentido. Ninguém se entende na sala. Afinal, o que seria melhor? Obrigar Jobim a desmentir o que disse ─ agora afirmando ter presenciado toda a conversa, o que era a única verdade ─ ou insistir na tese da ausência nos momentos cruciais da negociação/chantagem? Acabam decidindo que, se alguém ficar com a pecha de mentiroso, melhor que seja Jobim. Ele haveria de entender.
Mas como qualificar o fato? Reunião? Audiência? Conversa? Mais discussões. Melhor “encontro”, palavra suficientemente vaga para ser aplicada ao enlace do casal de amantes num motel ou à festa de fim de ano das ex-alunas do Colégio Sion.
Restam os fatos. Como tocar no assunto? Já estão todos de acordo quanto à citação expressa da revista VEJA. Lula não admitiria deixá-la de fora. Como foi citada (pior, foi ela quem divulgou a matéria),  então os fatos teriam de ser rebatizados de …versão! Suspiro de alívio. O monstrengo está tomando forma. Um mais esclarecido lembrou-se: versão do jornalista? Desta vez não dava para culpar o Policarpo. Versão do Cachoeira? De novo, problemas à vista. Ainda está preso. Versão da direita raivosa? Embora esteja sempre por trás de tudo, ela não compareceu ao “encontro”. A versão teria que ser do ministro!
Nova rodada de água com Lexotan. É suspensa a distribuição de cafés e chás de qualquer espécie. O homem é um ministro do Supremo! Solução: a versão é da revista VEJA, que a atribuiu ao ministro.
Mas a revista não afirmou que o ministro havia confirmado o teor do “encontro”?, pergunta alguém, imediatamente expulso do recinto para aprender a não tumultuar os trabalhos com meros detalhes. Não há tempo a perder com miudezas. Gilmar Mendes, afinal, há de entender o momento delicado urdido pelas oposições com vistas a derrubar Lula…derrubar Dilma … derrubar os avanços do governo mais popular da história deste país!
O ARGUMENTO QUE FALTAVA
Continua a confecção da nota quase oficial.
“1. No dia 26 de abril, o ex-presidente Lula visitou o ex-ministro Nelson Jobim em seu escritório, onde também se encontrava o ministro Gilmar Mendes. A reunião existiu, mas a versão da Veja sobre o teor da conversa é inverídica. ‘Meu sentimento é de indignação’, disse o ex-presidente, sobre a reportagem.”
Este trecho ─ todos concordam ─ é o cerne da nota oficiosa. A resposta. A porrada nas acusações mentirosas. O argumento que faltava aos blogs progressistas. Portanto, é necessário cuidado! Discute-se de início se seria razoável admitir que houvera (ou não) o “encontro”. Não dá para negar. Motoristas, ascensoristas, copeiros e serviçais (essa gente que gosta de aparecer em CPI’S) acabariam confirmando a presença de Lula e Gilmar no escritório de Jobim. A discussão esquenta. O “encontro” virou reunião.
Já que a reunião (o revisor será demitido amanhã pela manhã!) aconteceu, restam as alternativas de sempre. Lula não sabia! O problema é que desta vez não há o que “não saber”. Não sabia que não podia tentar corromper um ministro? Ou intimidar um juiz? Ou, ainda, chantagear um dos julgadores do mensalão? Não, definitivamente não é caso para outro “não sabia”.
Desta feita, o argumento sempre disponível não cabe. O pânico se espalha entre os escribas de aluguel. Algum gênio da linhagen frankliniana sugere a alternativa já largamente utilizada: “é algo que todo mundo faz”. Não, não é. Uma pesquisa no Google informa que não existe um único episódio na história do Brasil que possa sustentar o argumento do “sou, mas quem não é?” Nada. Desta vez – todos os arquitetos do lulopetismo admitem constrangidos – Lula foi longe demais. Inovou perigosamente.
Resta desmentir. Peremptoriamente. De modo cabal. Mas ─ alerta outro marqueteiro presente ─ não seria perigoso desmentir um ministro do Supremo Tribunal Federal?
Nova pausa para consultas e avaliações. Consulta-se o advogado ─ que interrompe de novo o esforço para livrar da cadeia o cliente de R$ 15.00.000,00 ─ em busca de (mais) uma saída. Até por ser caro e estar habituado a clientes com perfil de bandidos, o advogado alerta: não dá. É arriscado demais acusar de mentiroso ─ ou criminoso ─ um juiz do STF.
Então a coisa ficará assim, sem desmentido? Isso jamais! A versão passa a ser da revista VEJA. Não do ministro (ok, ok, vamos esquecer que o ministro, na mesma entrevista, confirmou o teor da reunião). Caso surjam problemas, Lula nunca disse que o ministro mentiu. A desmentida foi a revista, que publicou uma versão.
Em frente! Liberado o cigarro na sala. Alguém pergunta se a “porra da cachaça do Lula” ainda está na gaveta debaixo da escrivaninha.
Pronto! Dada a resposta. O resto será completado com declarações de princípios, uma das quais reafirmará que nunca antes neste país um presidente teve em tão alta conta o Poder Judiciário.
Por telefone, Lula ouve a leitura da nota oficiosa. Outro esporro. Quer dizer que o grupo reunido por mais de 6 horas não preparou sequer um discurso de “autoria” do chefe?
Voltam todos para o término da missão. Há que se colocar, na nota, uma declaração definitiva do próprio Lula. Mais 2 horas de intensas elucubrações sobre o momento doloroso que Lula enfrentava, frente à “versão da VEJA” sobre o “encontro”.
COMEMORAÇÃO PRECIPITADA
O resultado do esforço coletivo finalmente aparece: “Estou indignado!”. A declaração mais sucinta da história política do planeta. O poder de síntese levado ao extremo! O gênio da raça em seu momento mais glorioso. O bichinho palanqueiro resumindo numa frase outro episódio de mau-caratismo explícito de opositores.
E basta! Mais um é convidado a retirar-se da sala por ter proferido a inconveniência: “Gente, quem fica indignado se indigna com algo! Com que ou com quem Lula está indignado? Com Gilmar? Jobim? Com a VEJA? Com a vida? Com Obama?”
“2. Luiz Inácio Lula da Silva jamais interferiu ou tentou interferir nas decisões do Supremo ou da Procuradoria-Geral da República em relação a ação penal do chamado mensalão, ou a qualquer outro assunto da alçada do Judiciário ou do Ministério Público, nos oito anos em que foi presidente da República.”
“Ação penal do chamado mensalão”? Como assim? O correto não seria “ação penal derivada da FARSA do mensalão!”. A besta do revisor deixou passar….Como prudência e caldo de galinha nunca fazem mal, melhor limitar o prazo aos OITO anos de presidência. Depois, bem , depois destes anos a nota não tem nada a dizer.
“3. “O procurador Antonio Fernando de Souza apresentou a denúncia do chamado Mensalão ao STF e depois disso foi reconduzido ao cargo. Eu indiquei oito ministros do Supremo e nenhum deles pode registrar qualquer pressão ou injunção minha em favor de quem quer que seja”, afirmou Lula.”
Lula fica possesso ao saber que a nota já fora enviada aos jornais com a referência ao procurador Antonio Fernando. Quem foi o desavisado que esqueceu de lembrar a FARSA criada pelo ex-procurador? Parece até que Lula concorda com a denúncia! Tem motivos para comentar o escorregão com voz alterada.
“4. A autonomia e independência do Judiciário e do Ministério Público sempre foram rigorosamente respeitadas nos seus dois mandatos. O comportamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o mesmo, agora que não ocupa nenhum cargo público.”
Mais um deslize que só depois da publicação da nota oficiosa foi notado: a acusação de agir FORA da Presidência como agiu quando a exercia.
Fim da reunião. Todos respiram aliviados. O texto já está em circulação. Comemora-se mais uma crise vencida. A verdade oficial está apresentada. Lula não se expôs a nenhum processo. Nem precisou assinar a nota. Os participantes da reunião se preparam para a retirada quando Gilmar Mendes aparece na TV para reafirmar o que disse. Não foi uma versão da revista; foram fatos. Não foi uma reunião; foi uma cobrança recheada de ameaças. Jobim a tudo ouviu e até tentou ajudar Lula na argumentação, usando o suspeitíssimo Protógenes, o suplente de palhaço. E ainda acrescentou detalhes.
Faz-se um profundo silêncio na sala do Instituto Lula. Até que alguém se levanta e desliga a televisão. Alguém comenta: “Amanhã vai chover…” Todos vão embora.
Pano rápido.
Ficção? Certamente…
Nenhum autor conseguiria escrever um roteiro tão cheio de erros quanto este. Pleno de dubiedades. Um texto que começa e termina sem afirmar nada. Uma peça assim teria que ter, necessariamente, uma plateia de idiotas e imbecis.
Só gente assim acreditaria na verossimilhança do teatro de horrores, onde a ignorância faz par com a ofensa. Ignorância do autor que ofende a inteligência dos espectadores.
Melhor devolver o valor do ingresso.

Maria Bethânia - Pra Que Mentir

Em nota, Lula sugere que Gilmar Mendes mentiu


Política

Ex-presidente confirma encontro no escritório do ex-ministro Nelson Jobim, mas diz que conversa sobre mensalão relatada pelo ministro do STF é inverídica

Gabriel Castro
O ministro Gilmar Mendes, no STF: primeiro voto contra a Lei da Ficha Limpa no julgamento que vai decidir o futuro da lei
O ministro Gilmar Mendes, no STF: primeiro voto contra a Lei da Ficha Limpa no julgamento que vai decidir o futuro da lei(Nelson Jr/SCO/STF)
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu, enfim, comentar a reportagem de VEJA que revelou a ofensiva do petista sobre o Supremo Tribunal Federal. Mas não foi convincente. Em nota divulgada na noite desta segunda-feira, ele confirma o encontro com o ministro Gilmar Mendes em 26 de abril e não nega que tenha tratado do mensalão durante o encontro. Como tentativa de resposta, lança apenas afirmações genéricas e cautelosas.
O texto, redigido pela assessoria de imprensa do petista, diz que Lula "jamais tentou interferir nas decisões do Supremo ou da Procuradoria Geral da República em relação à ação penal do chamado mensalão". Não se aprofunda, porém, no que é mais importante: o teor da conversa com Gilmar Mendes.
A maior parte da nota é preenchida com frases que apelam a um suposto histórico abonador do presidente: “O procurador Antonio Fernando de Souza apresentou a denúncia do chamado Mensalão ao STF e depois disso foi reconduzido ao cargo. Eu indiquei oito ministros do Supremo e nenhum deles pode registrar qualquer pressão ou injunção minha em favor de quem quer que seja”, diz Lula no texto. 

O tom, comedido, diverge do adotado pelo presidente diante de outras denúncias. A reação de Lula veio com dois dias de atraso. O ex-presidente foi procurado antes da publicação da reportagem, mas preferiu não comentar o caso. Optou por divulgar a nota por meio de assessores do Instituto Lula e assim, esquivou-se de enfrentar as perguntas de jornalistas. 
Pressão - Na edição desta semana, VEJA mostrou como o ex-presidente tem se lançado em uma ofensiva sobre o STF para protelar o julgamento do mensalão. O encontro com Gilmar Mendes foi intermediado pelo ex-ministro Nelson Jobim. Em troca da lealdade do integrante do Supremo, Lula ofereceu uma blindagem na CPI do Cachoeira – Mendes poderia se tornar alvo da investigação porque se encontrou com Demóstenes Torres em Berlim. Lula também planejava ter conversas semelhantes com os ministros Cármen Lúcia e Carlos Ayres Britto, o presidente da corte.
Veja a íntegra da nota da assessoria de Lula:
 
Sobre a  reportagem da revista Veja publicada nesse final de semana, que apresenta uma versão atribuída ao ministro do STF, Gilmar Mendes, sobre um encontro com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no dia 26 de abril, no escritório e na presença do ex-ministro Nelson Jobim, informamos o seguinte:

1.   No dia 26 de abril, o ex-presidente Lula visitou o ex-ministro Nelson Jobim em seu escritório, onde também se encontrava o ministro Gilmar Mendes. A reunião existiu, mas a versão da Veja sobre o teor da conversa é inverídica. “Meu sentimento é de indignação”, disse o ex-presidente, sobre a reportagem.

2.   Luiz Inácio Lula da Silva jamais interferiu ou tentou interferir nas decisões do Supremo ou da Procuradoria Geral da República em relação a ação penal do chamado Mensalão, ou a qualquer outro assunto da alçada do Judiciário ou do Ministério Público, nos oito anos em que foi presidente da República.

3.   “O procurador Antonio Fernando de Souza apresentou a denúncia do chamado Mensalão ao STF e depois disso foi reconduzido ao cargo. Eu indiquei oito ministros do Supremo e nenhum deles pode registrar qualquer pressão ou injunção minha em favor de quem quer que seja”, afirmou Lula.

4.   A autonomia e independência do Judiciário e do Ministério Público sempre foram rigorosamente respeitadas nos seus dois mandatos. O comportamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o mesmo, agora que não ocupa nenhum cargo público.
Assessoria de Imprensa do Instituto Lula

Hospitais estão proibidos de pedir cheque-caução a partir de hoje


Saúde pública

Multas e pena de prisão estão previstas a estabelecimentos que pedirem garantias antes de qualquer atendimento emergencial

Internação: hospitais que exigirem garantia serão penalizados
Internação: hospitais que exigirem garantia serão penalizados (Thinkstock)
A partir de hoje, hospitais brasileiros estão proibidos de exigir garantias em dinheiro - o cheque-caução ou nota promissória - antes de qualquer tipo de atendimento emergencial.  A lei que torna crime essa exigência foi publicada nesta terça-feira no Diário Oficial da União (DOU) e aprovada no início do mês pela Câmara dos Deputados e pelo Senado.
A lei prevê multas e pena de prisão de três meses a um ano aos responsáveis pelos estabelecimentos que exigirem qualquer garantia ou o preenchimento prévio de formulários administrativos, como condição para atendimento médico-hospitalar emergencial. A pena pode chegar a triplicar caso a falta de socorro resulte em lesão corporal grave ou em morte do paciente. O texto ainda determina que os hospitais fixem, em local visível, um cartaz informando que é crime a exigência de qualquer garantia para atendimentos de emergência.
Falta de socorro — O projeto foi encaminhado ao Congresso pelo Executivo, depois da morte do secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvanier Paiva Ferreira, que sofreu um infarto, em janeiro deste ano. Ele morreu depois de procurar atendimento em dois hospitais privados de Brasília. A família de Ferreira afirmou que o socorro foi negado, porque lhe foi exigido um cheque-caução, mas o ex-secretário estava sem o talão de cheques. Os hospitais procurados não aceitavam o plano de saúde do servidor.

Police - Every breath you take (Live Madrid) Legendado PT-BR HD

Eu Sei

Desde o fim da ditadura, Lula foi o presidente que mais nomeou ministros ao STF


STF
http://politica.estadao.com.br/
29.maio.2012 11:41:53
Lula foi o presidente brasileiro que mais indicou ministros para o Supremo Tribunal Federal (STF) desde a época da ditadura. O ex-presidente, que governou o país de 2003 a 2010, indicou um total de oito magistrados ao órgão do judiciário. Atualmente, dos 11 juízes da composição atual do STF, seis foram indicados por Lula.
Os ministros nomeados pelo ex-presidente petista são Eros Grau, Carlos Alberto Menezes Direito, Ayres Britto, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Cezar Peluso, Joaquim Barbosa e Dias Toffoli. Os dois primeiros já não atuam mais como magistrados do STF.
As nomeações colocam Lula como o presidente que mais indicou ministros ao STF desde o fim da ditadura militar, em 1985. José Sarney governou por cinco anos, até 1990, e apontou cinco magistrados. Fernando Collor, derrubado por impeachment pouco antes de completar três anos na presidência, recomendou quatro. Itamar Franco nomeou apenas um, enquanto Fernando Henrique Cardoso apontou três e Dilma Rousseff, atualmente com um ano e meio de governo, indicou dois.
Três juízes indicados por Sarney, Collor e Cardoso ainda compõem o quadro atual – Celso de Mello, Marco Aurélio e Gilmar Mendes, respectivamente. Os outros dois, Luiz Fux e Rosa Weber, foram nomeados por Dilma.
Em toda a história do Brasil, Lula é o quinto presidente que mais nomeou ministros ao Supremo, junto do marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, primeiro presidente do regime militar. O líder que mais apontou magistrados foi Getúlio Vargas (21), seguido dos marechais Floriano Peixoto e Deodoro da Fonseca (15 cada). O general João Baptista de Oliveira Figueiredo apontou nove ministros.
Segundo a lei, os ministros do STF são indicados pelo presidente da República e devem ter mais de 35 e menos de 65 anos. O aspirante, então, é sabatinado pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado. Depois, ocorre votação secreta em plenário para aprovar ou não a nomeação do magistrado. O mínimo necessário para a aprovação é de 41 votos.

Velha Infância AO VIVO (Marisa Monte)

Tribalistas - Velha Infancia

Sintomas de saudade - Marisa Monte

Em nova entrevista, Gilmar Mendes confirma, com detalhes, pressão de Lula. E diz: “Jobim sabe de tudo”




Gilmar Mendes: o ministro do Supremo dá detalhes sobre a pressão de Lula, seu oferecimento de "proteção" na CPI e diz que o ex-ministro Nelson Jobim sabe de toda a conversa com o ex-presidente (Foto: Supremo Tribunal Federal)
Amigos, reproduzo nota do Blog do Josias, do respeitado jornalista Josias de Souza, que por 25 anos integrou os quadros da Folha de S.Paulo como repórter, diretor da Sucursal de Brasília e secretário de Redação e articulista.
O texto fala por si, encabeçado pelo título original.

Em entrevista, Gilmar confirma pressão de Lula
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, confirmou nesta segunda, 28, o teor da conversa que manteve com Lula, em 26 de abril, no escritório do ex-ministro Nelson Jobim. Segundo ele, Lula disse que não seria “adequado” julgar o processo do mensalão em 2012. E insinuou que poderia proteger o interlocutor na CPI do Cachoeira.
“Foi uma conversa repassando assuntos variados”, disse Gilmar. “Ele [Lula] manifestou preocupação com a história do mensalão e eu disse da dificuldade do tribunal de não julgar o mensalão […]. Mas ele [Lula] entrava várias vezes no assunto da CPI, falando do controle [que exerceria sobre a CPI (esclarecimento do blog)], como não me diz respeito, não estou preocupado com a CPI.”
Gilmar falou à repórter Adriana Irion [do jornal Zero Hora, de Porto Alegre]. Revelou que o amigo Jobim, que vem negando a pressão exercida por Lula, não só testemunhou a conversa como interveio nos diálogos. A íntegra da entrevista, vai reproduzida abaixo:
Quando o senhor foi ao encontro do ex-presidente Lula não imaginou que poderia sofrer pressão envolvendo o mensalão?
Não. Tratava-se de uma conversa normal e inicialmente foi, de repassar assuntos. E eu me sentia devedor porque há algum tempo tentara visitá-lo e não conseguia. Em relação a minha jurisprudência em matéria criminal, pode fazer levantamento. Ninguém precisa me pedir para ser cuidadoso. Eu sou um dos mais rigorosos com essa matéria no Supremo. Eu não admito populismo judicial.
Sua viagem a Berlim tem motivado uma série de boatos. O senhor encontrou o senador Demóstenes Torres lá?
Nos encontramos em Praga, eu tinha compromisso acadêmico em Granada [na Espanha], está no site do Tribunal. No fundo, isto é uma rede de intrigas, de fofoca e as pessoas ficam se alimentando disso. É esse modelo de Estado policial. Dá-se para a polícia um poder enorme, ficam vazando coisas que escutam e não fazem o dever elementar de casa.
O senhor acredita que os vazamentos são por parte da polícia, de quem investigou?
Ou de quem tem domínio disso. E aí espíritos menos nobres ficam se aproveitando disso. Estamos vivendo no Supremo um momento delicado, nós estamos atrasados nesse julgamento do mensalão, podia já ter começado.
Esse atraso não passa para a população uma ideia de que as pressões sobre o Supremo estão funcionando?
Pois é, tudo isso é delicado. Está acontecendo porque o processo ainda não foi colocado em pauta. E acontecendo num momento delicado pelo qual o tribunal está passando. Três dos componentes do tribunal são pessoas recém-nomeadas. O presidente está com mandato para terminar em novembro. Dois ministros deixam o tribunal até novembro. É momento de fragilidade da instituição.
Quem pressiona o Supremo está se aproveitando dessa fragilidade?
Claro. E imaginou que pudesse misturar questões. Por outro lado não julgar isso agora significa passar para o ano que vem e trazer uma pressão enorme sobre os colegas que serão indicados. A questão é toda institucional. Como eu venho defendendo expressamente o julgamento o mais rápido possível é capaz que alguma mente tenha pensado: “Vamos amedrontá-lo”. E é capaz que o próprio presidente esteja sob pressão dessas pessoas.
O senhor não pensou em relatar o teor da conversa antes?
Fui contando a quem me procurava para contar alguma história. Eu só percebi que o fato era mais grave, porque além do episódio (do teor da conversa no encontro), depois, colegas de vocês [jornalistas], pessoas importantes em Brasília, vieram me falar que as notícias associavam meu nome a isso e que o próprio Lula estava fazendo isso.
Jornalistas disseram ao senhor que o Lula estava associando seu nome ao esquema Cachoeira?
Isso. Alimentando isso.
E o que o senhor fez?
Quando me contaram isso eu contei a elas [jornalistas] a conversa que tinha tido com ele [Lula].
Como foi essa conversa?
Foi uma conversa repassando assuntos variados. Ele manifestou preocupação com a história do mensalão e eu disse da dificuldade do Tribunal de não julgar o mensalão este ano, porque vão sair dois, vão ter vários problemas dessa índole. Mas ele (Lula) entrava várias vezes no assunto da CPI, falando do controle [que exerceria sobre a CPI], como não me diz respeito, não estou preocupado com a CPI.
Como ele demonstrou preocupação com o mensalão, o que falou?
Lula falou que não era adequado julgar este ano, que haveria politização. E eu disse a ele que não tinha como não julgar este ano.
Ele disse que o José Dirceu está desesperado?
Acho que fez comentário desse tipo.
Lula lhe ofereceu proteção na CPI?
Quando a gente estava para finalizar, ele voltou ao assunto da CPMI e disse “que qualquer coisa que acontecesse, qualquer coisa, você me avisa”, “qualquer coisa fala com a gente”. Eu percebi que havia um tipo de insinuação. Eu disse: “Vou lhe dizer uma coisa, se o senhor está pensando que tenho algo a temer, o senhor está enganado, eu não tenho nada, minha relação com o Demóstenes era meramente institucional, como era com você”. Aí ele levou um susto e disse: “E a viagem de Berlim?” Percebi que tinha outras intenções naquilo.
O ex-ministro Nelson Jobim presenciou toda a conversa?
Tanto é que quando se falou da história de Berlim e eu disse que ele [Lula] estava desinformado porque era uma rotina eu ir a Berlim, pois tenho filha lá, que não tinha nada de irregular, e citei até que o embaixador nos tinha recebido e tudo, o Jobim tentou ajudar, disse assim: “Não, o que ele está querendo dizer é que o [deputado pelo PC do B e delegado licenciado da Polícia Federal] Protógenes está querendo envolvê-lo na CPI.” Eu disse: “O Protógenes está precisando é de proteção, ele está aparecendo como quem estivesse extorquindo o Cachoeira.” Então, o Jobim sabe de tudo.
Jobim disse em entrevista a Zero Hora que Lula foi embora antes e o senhor ficou no escritório dele tratando de outros assuntos.
Não, saímos juntos.
O senhor vê alternativa para tentar agilizar o julgamento do mensalão?
O tribunal tem que fazer todo o esforço. No núcleo dessa politização está essa questão, esse retardo. É esse o quadro que se desenha. E esse é um tipo de método de partido clandestino.
Na conversa, Lula ele disse que falaria com outros ministros?
Citou outros contatos. O que me pareceu heterodoxo foi o tipo de ênfase que ele está dando na CPI e a pretensão de tentar me envolver nisso.
O senhor acredita que possa existir gravação em que o senador Demóstenes e o Cachoeira conversam sobre o senhor, alguma coisa que esteja alimentando essa rede que tenta pressioná-lo?
Bom, eu não posso saber do que existe. Só posso dizer o que sei e o que faço.

Chico Buarque - Construção

Zizi Possi - Per Amore

Britto e Gurgel têm que expulsar Gilmar



    Publicado em 29/05/2012Vote 
  • )
Diante da indignação de Lula com a mentira de Gilmar Dantas (*) e da ainda que remota possibilidade de Gilmar ter usado o jatinho do Carlinhos, não resta alternativa.

Como sempre souberam Dalmo Dallari e este ansioso blogueiro – “Gilmar e Ali Kamel – como PHA se defendeu” – Gilmar Dantas (*) não tem condições técnicas nem morais para ser Ministro da Suprema Corte.

Gilmar é o maior legado que Fernando Henrique Cardoso deixou: e olha que ele presidiu a Privataria tucana !

Não é à toa que, quando em perigo, o Padim Pade Cerra bradou “meu Presidente!”, em busca de socorro.

Segundo Demóstenes, “Gilmar mandou buscar” ação judicial que beneficiava o Carlinhos.

“Gilmar intimou Demóstenes a comparecer a um jantar”.

Gilmar recebeu o Perillo e o Leréia – jóias do goiano tucanato – para instalar uma fábrica de amianto em Goiás.

Sem falar no menosprezo ao vídeo do jornal nacional que comprovava que o passador de bola passava bola: o segundo HC em 48 horas, que entrou para a História da Magistrartura Universal como o HC Canguru !

Sem esquecer que esse trio do barulho (mas sem áudio), Gilmar-Robert(o) Civita-Demóstenes já produziu o grampo sem áudio que defenestrou Paulo Lacerda, tirou Danial Dantas da forca e acobertou a Privataria Tucana.

Os três tocam (sem áudio) de ouvido.

Esses fatos são de conhecimento do mundo mineral, diria o Mino, que tem especial apreço pelo Gilmar – que o processou – e pelo  passador de bola, que o processou através do escritório de Márcio Thomaz Bastos.

Todos eles comprovam a profética acusação do Ministro  Joaquim Barbosa, naquele histórico vídeo: Gilmar tem capangas e desonra a Justiça brasileira.

Por isso, parece a este ansioso blogueiro inevitável que Ayres Britto, que depois de quatro sombrios anos, abriu a janela do Supremo para o sol entrar, é inevitavel que Ayres Britto inicie um processo disciplinar contra Gilmar, por falta de decoro, e promova o seu impedimento.

O mesmo deve fazer o Ministério Público Federal.

Com ou sem o brindeiro e sua mulher.

Este ansioso blogueiro conversou nesta segunda-feira em Brasília com Procurador da República, que disse: se ele mentiu e se andou no avião do Carlinhos, eu entro com uma ação contra ele.

Bendita CPI !

Collor chama de “ação criminosa” o que o brindeiro e a mulher fizeram.

E como chamar a  nova face cachoeirense do Gilmar, exposta pela CPI ?

Expulso o Gilmar, em nome da probidade, o Supremo julga logo o  mensalão,  que está por provar-se.

E este ansioso blogueiro quer ver o Supremo condenar o Jose Dirceu sem provas.

Em seguida, o Supremo legitima a Satiagraha e devolve o passador de bola à suíte que o espera no PF Hilton.

O Ministro Joaquim Barbosa, naquele histórico vídeo, errou num ponto.

Gilmar não é o que é só com os capangas.

Ele trata o Brasil como trata capangas.

E de hubris, Prometeu perdeu o fígado.

 “PT vai para cima de Gilmar”.

“Johnbim chama Gilmar de mentiroso, de novo”.


Paulo Henrique Amorim