O juiz federal Sergio Moro enviou nesta segunda-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) os grampos feitos pela Operação Lava Jato em conversas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na decisão, Moro entendeu que a parte da investigação em que políticos com foro privilegiado foram grampeados fortuitamente deve ser analisada pelo STF.
Embora Lula não tenha foro - pelo menos enquanto sua nomeação para a Casa Civil continuar barrada -, diversas autoridades com foro privilegiado aparecem como interlocutoras nas conversas interceptadas pela força-tarefa, como a presidente Dilma Rousseff, os ministros Jaques Wagner e Nelson Barbosa e o senador Lindberg Farias.
"Como fortuitamente foram colhidos diálogos com interlocutores ocupantes de cargos com foro privilegiado, é o caso de, independentemente da situação jurídica do ex-presidente, ainda assim remeter ao Egrégio Supremo Tribunal Federal para eventuais medidas cabíveis", explicou o juiz.
Com base na decisão proferida pelo ministro Gilmar Mendes, do STF, que determinou, na sexta-feira, que Lula continue sendo investigado pela Justiça Federal em Curitiba, Moro decidiu que a parte da investigação em que pessoas com foro não aparecem deve continuar com ele.
(Com Agência Brasil)