quarta-feira 04 2013
Pearl Jam - just breathe
Just Breathe
Yes, I understand that every life must end, uh-huh
As we sit alone, I know someday we must go, uh-huh
Oh I'm a lucky man, to count on both hands the ones I love
Some folks they've got one, yeah, others, they've got none
Stay with me
Let's just breathe
Practiced all my sins, never gonna let me win, uh-huh
Under everything, just another human being, uh-huh
I don't wanna hurt, there's so much in this world to make me bleed
Stay with me
You're all I see
Did I say that I need you?
Did I say that I want you?
Oh, if I didn't I'm a fool you see
No one knows this more than me
As I come clean
I wonder everyday, as I look upon your face, uh-huh
Everything you gave
And nothing you would save, oh no
Nothing you would take
Everything you gave
Did I say that I need you?
Oh, did I say that I want you?
Oh, if I didn't I'm a fool you see
No one knows this more than me
And I come clean, ah
Nothing you would take
Everything you gave
Hold me til I die
Meet you on the other side
Apenas Respirar
Sim, eu entendo que toda vida deve acabar
Enquanto nos sentamos sozinhos, sei que algum dia nós também devemos ir
Eu sou um homem de sorte, por contar em ambas mãos as pessoas que amo
Algumas pessoas só tem uma, outras, não tem nenhuma
Fiquei aqui comigo
Vamos apenas respirar
Pratiquei todos meus pecados, nunca me deixarão ganhar, uh-huh
Por baixo disso tudo, apenas outro ser humano, uh-huh
Eu não quero magoar, há tanto nesse mundo para me fazer sangrar
Fiquei aqui comigo
Você é tudo o que vejo
Eu já te disse que preciso de você?
Eu já te disse que quero você?
Se eu não disse, então eu sou um tolo
Ninguém sabe disso mais do que eu
Enquanto saio ileso
Me pergunto todo dia, enquanto observo seu rosto
Tudo o que você deu
E nada que você guardaria
Nada que você levaria
Tudo o que você deu
Eu já te disse que preciso de você?
Eu já te disse que quero de você?
Se eu não disse, então eu sou um tolo
Ninguém sabe disso mais do que eu
E eu saio ileso, ah
Nada que você levaria
Tudo o que você deu
Me abrace até eu morrer
Te vejo do outro lado
Brasileira cria pele artificial com tecido de porco
Inovação
Se for compatível, o material poderá ser uma alternativa barata para a pele usada em transplantes, tecido mais escasso em bancos de órgãos
Pele artificial: o material vai passar por estudos de compatibilidade com a pele humana e, após a confirmação, testes clínicos poderão ser realizados (Divulgação)
Uma brasileira especialista em aproveitamento de resíduos sólidos desenvolveu uma pesquisa inusitada para a produção de pele artificial. O material, produzido com base na pele de porcos, pode ser uma alternativa barata para a pele humana, o tecido mais escasso em bancos de órgãos. O trabalho foi realizado pela química Joana D’Arc Félix de Sousa, com seus alunos do curso técnico em curtimento (tratamento de pele de bois e porcos para a fabricação de couro) da Escola Técnica Estadual (Etec) de Franca, no interior do estado de São Paulo.
Segundo a pesquisadora, a inspiração para este trabalho surgiu ao ver uma notícia de que estava faltando pele humana para transplantes. Na ocasião, só havia três bancos de pele funcionando no país — em Porto Alegre, São Paulo e Recife. Há alguns meses, no entanto, Curitiba também inaugurou o seu.
A pele de porco, que tem 78% de semelhança com a humana, já é usada em enxertos temporários, mas não de modo definitivo, por causar rejeição. Para resolver este problema, a equipe utilizou derme (camada intermediária da pele, localizada abaixo da epiderme) de porcos como matriz para criar um modelo mais adequado ao ser humano.
Com um processo de purificação da pele, que eliminou gordura, proteínas e células suínas, todo o material genético do animal foi retirado do tecido. Com o material limpo, a etapa seguinte foi preenchê-lo com colágeno de boi, para manter as características estruturais da pele humana.
Economia — A substância, utilizada em cosméticos, é comercializada a preços que podem chegar a 53 reais o quilo. Para evitar esse gasto, a alternativa foi extrair a substância de resíduos de couro curtido. Dessa forma, os pesquisadores obtiveram o colágeno a um custo de apenas dois reais o quilo. Segundo Joana, 1,5 metro da pele obtida com base na derme de porco custa 83 reais, enquanto a mesma quantidade de pele artificial pode custar até 5.000 reais.
Amostras do material estão sendo enviadas para serem analisadas pela pesquisadora Silvya Stuchi Maria-Engler, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP), que também desenvolve peles artificiais. Ela vai testar a compatibilidade com a pele humana e, após a confirmação, testes clínicos poderão ser realizados.
(Com Estadão Conteúdo)
Joaquim Barbosa deve pedir que réus sejam presos imediatamente
Por Mariângela Gallucci e Felipe Recondo, estadao.com.br
Restam apenas seis embargos de declaração, que devem ser julgados nesta quarta-feira; ao menos dois ministros defendem o cumprimento imediato das penas
BRASÍLIA - O presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, deve pedir nesta quinta-feira, 5, a prisão imediata dos réus do mensalão. Se for concluída nesta quarta a análise de todos os embargos de declaração e rejeitada a possibilidade de novo julgamento para 11 dos 25 condenados, Barbosa e ao menos outros dois ministros defenderão que a pena comece a ser cumprida imediatamente.
Barbosa deu sinais, desde o início do julgamento dos primeiros recursos, de que pediria a antecipação do cumprimento da pena. Em vários momentos, o relator da ação penal afirmou que os recursos dos réus eram "meramente protelatórios" e visavam apenas a postergação da execução da pena.
O ministro Gilmar Mendes, que deverá apoiar a proposta, afirmou, ainda antes de iniciado o julgamento dos recursos, que os embargos de declaração eram protelatórios. Já dava sinais, portanto, de que defenderia a prisão célere dos condenados.
Normalmente, o tribunal só determina a execução imediata da pena depois de julgados os segundos recursos. Foi o que aconteceu recentemente no caso de Natan Donadon (RO). Condenado, o deputado recorreu da decisão. O tribunal rejeitou o recurso.
Novamente, Donadon contestou a decisão e depois de quase três anos de espera, o segundo recurso foi julgado e rejeitado também. Só então, em meio às manifestações de rua de junho, o tribunal determinou a execução da pena, alegando que os novos embargos tinham a intenção apenas de protelar o fim do processo.
Jurisprudência. Advogados dos réus já discutiam essa possibilidade nesta terça-feira. E ressaltavam que esta seria uma nova alteração na jurisprudência da Corte. Alguns dos condenados, como o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, prepararam-se para o fim antecipado do processo.
Todavia, parte dos ministros resiste a essa proposta. Alegam eles, essencialmente, que o tribunal inovaria se determinasse a prisão imediata dos réus após o julgamento dos primeiros recursos. A Corte daria motivo para os condenados reforçarem as acusações de que teriam sido submetidos a um julgamento de exceção.
Embargos. O tribunal retoma mnesta quarta-feira o julgamento dos embargos de declaração dos seis últimos réus. Em um dos recursos, os ministros terão novamente de discutir a quem cabe a decisão sobre a cassação do mandato de parlamentares condenados.
O deputado João Paulo Cunha (PT-SP), cujo embargo ainda precisa ser julgado, contestou expressamente a decisão da Corte do ano passado, quando a maioria dos ministros decidiu que caberia ao Congresso apenas homologar a perda do mandato.
A discussão ganhou força nesta semana em razão da decisão do ministro Luís Roberto Barroso. Liminarmente, o ministro suspendeu a decisão da Câmara de absolver o deputado do processo de cassação.
Barroso argumentou que, no caso de pena em regime inicialmente fechado, só caberia ao Congresso declarar a perda do mandato. O ministro alegou que seria impossível o deputado cumprir o mandato de dentro da cadeia.
Essa discussão e a decisão sobre a possibilidade de novo julgamento para parte dos réus podem se estender e adiar para a próxima semana o cronograma traçado pelo presidente da Corte.
Minirreforma eleitoral avança em comissão do Senado
Congresso
Proposta foi aprovada em primeiro turno na Comissão de Constituição e Justiça, mas deve voltar à pauta do colegiado na semana que vem
Gabriel Castro, de Brasília
Projeto prevê limite de gastos e novas regras para propaganda eleitoral (Nelson Junior)
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou nesta quarta-feira, em primeiro turno, uma proposta de minirreforma eleitoral. O colegiado ainda precisa dar um segundo aval ao texto, na semana que vem. Depois, o projeto segue para votação no plenário.
A proposta teve aprovação unânime. Mas, como a maior parte das 35 emendas ao relatório do senador Valdir Raupp (PMDB-RO) foi apresentada em cima da hora, ainda pode haver mudanças dentro da própria CCJ. O segundo turno da votação deve acontecer na terça-feira que vem.
O texto prevê que, a cada ano eleitoral, seja promulgada uma lei estabelecendo o limite de gastos para candidatos segundo cada cargo disputado. Mas, se a legislação não for elaborada, caberá a cada partido estabelecer o próprio limite de gastos e informá-lo ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Os candidatos também ficam obrigados a divulgar, em 8 de agosto e 8 de setembro dos anos eleitorais, relatórios com a prestação de contas parcial das campanhas. Mas o nome dos doadores só precisa ser informado na prestação final de contas – depois da votação. O senador Pedro Taques (PDT-MT) defendeu uma mudança neste ponto: “Imaginem um candidato evangélico que é contra o aborto e que, depois de eleito, descobre que recebeu doações de uma associação favorável ao aborto", questionou.
De acordo com a proposta, a substituição de candidato só pode ocorrer até vinte dias antes da votação, o que impede manobras para que políticos com problemas na Justiça usem sua popularidade – e o nome na urna – para garantir a eleição de um aliado.
Propaganda – O projeto ainda proíbe a veiculação de propaganda eleitoral – faixas, placas ou pinturas – em bens particulares. Os adesivos veiculares são uma exceção, mas com limite: a peça deve ter, no máximo, a medida de 50 x 40 centímetros.
Por outro lado, o texto dá mais liberdade para a exposição de candidatos nos meios de comunicação e nas redes sociais. Práticas hoje proibidas – como a realização de evento partidário para debater as eleições – deixariam de ser vistas como propaganda antecipada.
A Câmara dos Deputados também discute uma proposta de minirreforma eleitoral, que tramita independentemente da do Senado.
Bate-boca – A reunião teve discussões intensas. Uma dela opôs os senadores Aécio Neves (PSDB-MG) e Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) a Aníbal Diniz (PT-AC). Os tucanos criticaram a defesa, feita pelo petista, de que as doações de empresas fossem banidas. Eles lembraram que, no ano passado, o PT arrecadou 52 milhões de reais nessa modalidade. Aníbal respondeu acusando o PSDB de "arrecadar dinheiro com corrupção."
O senador Roberto Requião (PMDB-PR) também criticou a posição do colega Romero Jucá (PMDB-RR), que era contra a divulgação imediata da lista de doadores de campanha. Jucá se exaltou e disse que não aceitaria “leviandade, brincadeira e má intenção”.
Ministério do Trabalho suspende pagamento de ONG e exonera servidor investigado pela PF
Operação Pronto Emprego
Medidas são uma reação à Operação da Polícia Federal; oito pessoas foram presas em fraude milionária, entra elas um assassor da pasta
Felipe Frazão
Policial federal apreende documentos no Centro de Atendimento ao Trabalhador, em São Paulo (Divulgação/PF)
O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) informou que suspendeu os pagamentos ao Centro de Atendimento ao Trabalhador (Ceat), ONG investigada pela Polícia Federal por desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro. Os recursos eram repassados pela pasta por meio de convênio. O ministério também afirmou ter exonerado Gleide Santos Costa, lotado na Secretaria de Políticas Públicas de Emprego que foi flagrado nesta terça-feira com propina de 30.000 reais em dinheiro, pagos pela diretoria do Ceat em São Paulo.
O convênio, que agora será auditado pelo Ministério, rendeu ao Ceat cerca de 47,5 milhões de reais desde 2009. Para a PF, parte do dinheiro foi desviada para o bolso dos dirigentes da entidade, que subcontratavam empresas registradas em seus nomes para prestar serviços nos centros de qualificação profissional e de gerenciamento de empregos mantidos pelo Ceat.
A pasta disse também ter aberto um procedimento administrativo disciplinar contra o assessor, que ocupava cargo em comissão. De acordo com delegados da PF, que não revelaram a identidade do funcionário, ele teria cerca de 20 anos de carreira no serviço público. O servidor assinou aditamentos irregulares no convênio do Ceat, diz a investigação.
As medidas do Ministério são uma reação à operação Pronto Emprego, deflagrada pela Polícia Federal em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. A sede do MTE foi alvo da investigação. A PF cumpriu dois mandados de busca e apreensão nas dependências da pasta. Ao todo, oito pessoas foram presas - o servidor público e mais sete diretores do Ceat, entre eles a presidente, Jorgette Maria de Oliveira.
O ministério disse, em nota, que "está cooperando com todas as investigações da Polícia Federal". "Como o processo tramita em segredo de Justiça, o ministério encaminhou ofício ao diretor-geral da Polícia Federal solicitando informações acerca da investigação", diz a nota.
Estudo mostra como o cérebro relaciona músicas e cores
Cérebro
Músicas mais agitadas se relacionam a cores claras e vivas, enquanto melodias lentas e tristes são ligadas a cores escuras e frias
"Emoções em comum são responsáveis pela associação entre música e cor", afirma Karen Schloss, uma das autoras do estudo (Thinkstock)
Um estudo da Universidade da Califórnia, em Berkeley, mostrou que o cérebro humano é capaz de fazer relações entre cor e música, dependendo das sensações que uma melodia provoca. Essas associações, segundo a pesquisa, podem superar barreiras culturais, como se todas as pessoas tivessem uma "paleta emocional" em comum.
CONHEÇA A PESQUISA
Título original: Music–color associations are mediated by emotion
Onde foi divulgada: periódico Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS)
Quem fez: Stephen E. Palmer, Karen B. Schloss, Zoe Xu e Lilia R. Prado-León
Instituição: Universidade da Califórnia, em Berkeley, EUA; e Universidade de Guadalajara, no México
Dados de amostragem: 97 participantes, sendo 48 dos estados Unidos e 49 mexicanos
Resultado: Os participantes relacionaram 18 trechos de música clássica e diversas cores. Os resultados do estudo mostram que pessoas de diferentes culturas (no caso, americanos e mexicanos) tendem a relacionar músicas e cores da mesma forma, escolhendo cores claras e vívidas para músicas mais animadas e cores escuras e frias para trechos mais tristes.
Participaram do estudo 97 voluntários, dos quais 48 residiam na região da Baía de São Francisco, nos Estados Unidos, e 49 em Guadalajara, no México. Eles escutaram 18 trechos de música clássica, de compositores como Bach e Mozart, e os associaram a uma paleta de 37 cores. Cada participante também classificou os trechos em uma escala de feliz a triste, forte a fraco e irritante a calmo.
Os cientistas observaram que pessoas do México e dos Estados Unidos fizeram as mesmas correlações. A tendência é que músicas mais rápidas sejam relacionadas a cores claras e vívidas, como amarelo, e melodias mais lentas, a tons escuros, acinzentados ou azulados.
"Os resultados foram muito consistentes para indivíduos e culturas diferentes e claramente apontam um papel importante que as emoções desempenham na maneira com que o cérebro humano ouve música e enxerga cores", afirma Stephen Palmer, principal autor do estudo, publicado na última edição doPNAS, periódico da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos.
Emoções e cores – Outros dois experimentos tiveram como foco associações entre música e expressões faciais e entre expressões faciais e cores. Aqui também os resultados corroboram a hipótese de que "emoções em comum são responsáveis pela associação entre música e cor", segundo Karen Schloss, coautora do estudo. Músicas mais agitadas foram relacionadas com expressões felizes, enquanto músicas mais lentas foram associadas à tristeza. Ao mesmo empo, os rostos felizes foram ligados ao amarelo e outras cores claras, e expressões sombrias foram associadas a tons de vermelho escuro.
Para os autores, os resultados podem ter implicações em terapias criativas, na propaganda e até em softwares de execução de música, que poderiam, por exemplo, criar imagens animadas em sintonia com a música que está sendo tocada, em vez de utilizar padrões aleatórios. Eles também acreditam que o estudo pode fornecer evidências para o estudo da sinestesia, condição neurológica que faz com que o estímulo de um sentido provoque reações de outro. Os pesquisadores agora planejam repetir o estudo com participantes de países de diferentes tradições musicais, como China e Turquia.
Música ajuda a melhorar saúde cardíaca
Coração
Pesquisa afirma que ouvir música durante a prática esportiva ajuda na manutenção e na recuperação dos vasos sanguíneos
Ouvir música em conjunto com um treinamento físico diário foi um tratamento mais efetivo para a saúde cardíaca do que a realização dos exercícios sem o acompanhamento musical (Thinkstock)
Uma nova pesquisa apresentada neste domingo no Congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia, realizado em Amsterdã, na Holanda, mostrou que a audição de música pode ajudar na recuperação de pacientes com doença arterial coronariana. O ritmo e a banda não importam, desde que sigam o gosto musical do paciente — e que a música seja acompanhada por uma série de exercícios físicos.
Saiba mais
DOENÇA CORONARIANA
Também chamada de coronariopatia, é uma frequente doença cardiovascular na qual o transporte que leva o sangue ao músculo cardíaco está bloqueado parcial ou completamente. É provocada pelo depósito de colesterol e outras gorduras nas paredes das artérias coronárias. Embora atinja os dois sexos, acomete os homens em geral dez anos mais cedo e, geralmente, acomete as mulheres após a menopausa. Idade avançada, pertencer ao sexo masculino, e ter histórico familiar na doença na família são alguns dos fatores de risco do problema, que também envolvem hábitos de vida, como tabagismo, má alimentação, sedentarismo e obesidade.
Também chamada de coronariopatia, é uma frequente doença cardiovascular na qual o transporte que leva o sangue ao músculo cardíaco está bloqueado parcial ou completamente. É provocada pelo depósito de colesterol e outras gorduras nas paredes das artérias coronárias. Embora atinja os dois sexos, acomete os homens em geral dez anos mais cedo e, geralmente, acomete as mulheres após a menopausa. Idade avançada, pertencer ao sexo masculino, e ter histórico familiar na doença na família são alguns dos fatores de risco do problema, que também envolvem hábitos de vida, como tabagismo, má alimentação, sedentarismo e obesidade.
Os pesquisadores já sabiam que a atividade física é uma importante ferramenta para melhorar a função das células endoteliais — que cobrem o interior dos vasos sanguíneos e são responsáveis por criar novas veias e recuperar as danificadas. Por isso, os exercícios costumam fazer parte do tratamento receitado a pacientes que tenham passado por doenças coronárias. "O treinamento físico tem sido usado para melhorar a função endotelial, e é a pedra fundamental de um programa multifacetado de reabilitação cardiovascular. No entanto, pouco se sabe sobre o papel da música na reabilitação desses pacientes”, diz Marina Deljanin Ilic, pesquisadora da Universidade de Nis, na Sérvia, e autora do estudo.
Em sua pesquisa, a cientista avaliou os efeitos da música sobre a recuperação de 74 pacientes com doença arterial coronariana. Para isso, ela mediu o nível em seu sangue de marcadores que indicam a ação das células endoteliais e, portanto, a recuperação de seus vasos sanguíneos.
Os pacientes foram divididos em três grupos. Dez foram submetidos a um tratamento que envolvia a audição de suas músicas preferidas durante 30 minutos por dia, 33 passaram por um treinamento físico aeróbico diário, e outros 31 pacientes foram submetidos a um tratamento que combinava tanto os exercícios físicos quanto a audição de música.
Três semanas após o início do experimento, os pesquisadores perceberam que os marcadores analisados haviam aumentado sua concentração no sangue dos três grupos de pacientes. Os voluntários que obtiveram os melhores resultados — apresentando uma taxa de função endotelial significantemente maior que os outros — foram aqueles que combinaram o tratamento musical com os exercícios físicos.
Eles foram seguidos pelo grupo que utilizou apenas os exercícios físicos e, em último lugar, apareceu o grupo que se utilizou apenas da música em seu tratamento. "Os benefícios da música para a saúde vascular podem ter acontecido por causa das endorfinas liberadas pelo cérebro quando ouvimos as músicas que gostamos”, diz Ilic.
Segundo a pesquisadora, a audição de música pode ser usada em conjunto com os exercícios físicos para melhorar a função endotelial e ajudar na recuperação de pacientes com doenças coronárias. “Não há uma música ideal para todos; os pacientes devem escolher aquelas que aumentem suas emoções positivas e os deixem felizes e descontraídos."
Réus do mensalão não votam na sessão do voto secreto
Os deputados João Paulo Cunha (PT-SP), Valdemar Costa Neto (PR-SP) e e José Genoino (PT-SP) não votaram; o último está de licença médica
EDUARDO BRESCIANI - Agência Estado
Assim como aconteceu na semana passada na absolvição do deputado Natan Donadon (sem partido-RO), preso desde junho por desvio de dinheiro público, os deputados João Paulo Cunha (PT-SP) e Valdemar Costa Neto (PR-SP), condenados no processo do mensalão, não votaram na sessão da Câmara em que foi aprovada a proposta que acaba com o voto secreto no Legislativo.
Costa Neto registrou presença em plenário antes da votação, mas não apareceu para a decisão. Também condenados, Pedro Henry (PP-MT) votou a favor e José Genoino (PT-SP) não compareceu por estar de licença médica.
Da mesma forma como ocorre em processos de cassação, a falta na votação de propostas de emenda constitucional (PECs) tem o mesmo efeito de voto contrário, pois é necessário atingir um quórum mínimo de votos a favor para a medida ser aprovado. No caso de cassação, são necessários 257 votos, em PECs, 308.
Além dos dois condenados no mensalão, também continuaram ausentes os deputados Paulo Maluf (PP-SP) e pastor Marco Feliciano (PSC-SP).
Última a ser salva pelo voto secreto antes de Donadon, a deputado Jaqueline Roriz (PMN-DF) desta vez registrou voto a favor. Ela foi absolvida pelos colegas em 2011 após ser flagrada em vídeo recebendo dinheiro das mãos do delator do mensalão do DEM, Durval Barbosa.
Joaquim Barbosa deve pedir que réus sejam presos imediatamente
Restam apenas seis embargos de declaração, que devem ser julgados nesta quarta-feira; ao menos dois ministros defendem o cumprimento imediato das penas
Mariângela Gallucci e Felipe Recondo - O Estado de S. Paulo
BRASÍLIA - O presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, deve pedir nesta quinta-feira, 5, a prisão imediata dos réus do mensalão. Se for concluída nesta quarta a análise de todos os embargos de declaração e rejeitada a possibilidade de novo julgamento para 11 dos 25 condenados, Barbosa e ao menos outros dois ministros defenderão que a pena comece a ser cumprida imediatamente.
Barbosa deu sinais, desde o início do julgamento dos primeiros recursos, de que pediria a antecipação do cumprimento da pena. Em vários momentos, o relator da ação penal afirmou que os recursos dos réus eram "meramente protelatórios" e visavam apenas a postergação da execução da pena.
O ministro Gilmar Mendes, que deverá apoiar a proposta, afirmou, ainda antes de iniciado o julgamento dos recursos, que os embargos de declaração eram protelatórios. Já dava sinais, portanto, de que defenderia a prisão célere dos condenados.
Normalmente, o tribunal só determina a execução imediata da pena depois de julgados os segundos recursos. Foi o que aconteceu recentemente no caso de Natan Donadon (RO). Condenado, o deputado recorreu da decisão. O tribunal rejeitou o recurso.
Novamente, Donadon contestou a decisão e depois de quase três anos de espera, o segundo recurso foi julgado e rejeitado também. Só então, em meio às manifestações de rua de junho, o tribunal determinou a execução da pena, alegando que os novos embargos tinham a intenção apenas de protelar o fim do processo.
Jurisprudência. Advogados dos réus já discutiam essa possibilidade nesta terça-feira. E ressaltavam que esta seria uma nova alteração na jurisprudência da Corte. Alguns dos condenados, como o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, prepararam-se para o fim antecipado do processo.
Todavia, parte dos ministros resiste a essa proposta. Alegam eles, essencialmente, que o tribunal inovaria se determinasse a prisão imediata dos réus após o julgamento dos primeiros recursos. A Corte daria motivo para os condenados reforçarem as acusações de que teriam sido submetidos a um julgamento de exceção.
Embargos. O tribunal retoma mnesta quarta-feira o julgamento dos embargos de declaração dos seis últimos réus. Em um dos recursos, os ministros terão novamente de discutir a quem cabe a decisão sobre a cassação do mandato de parlamentares condenados.
O deputado João Paulo Cunha (PT-SP), cujo embargo ainda precisa ser julgado, contestou expressamente a decisão da Corte do ano passado, quando a maioria dos ministros decidiu que caberia ao Congresso apenas homologar a perda do mandato.
A discussão ganhou força nesta semana em razão da decisão do ministro Luís Roberto Barroso. Liminarmente, o ministro suspendeu a decisão da Câmara de absolver o deputado do processo de cassação.
Barroso argumentou que, no caso de pena em regime inicialmente fechado, só caberia ao Congresso declarar a perda do mandato. O ministro alegou que seria impossível o deputado cumprir o mandato de dentro da cadeia.
Essa discussão e a decisão sobre a possibilidade de novo julgamento para parte dos réus podem se estender e adiar para a próxima semana o cronograma traçado pelo presidente da Corte.
Eddie e suas Maneiras de Encantar...
"Julgue a si mesmo se você sente a necessidade
Deixa-me conhecido por ser
Em busca da verdade me
Há uma gota de sangue no chão
e parece me que não é o meu tipo
E eu não posso ter certeza se seu seu ou o meu. "
"Julgue a si mesmo se você sente a necessidade
Deixa-me conhecido por ser
Em busca da verdade me
Há uma gota de sangue no chão
e parece me que não é o meu tipo
E eu não posso ter certeza se seu seu ou o meu. "
1992
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