terça-feira 11 2014

Cinco passos para sair do sedentarismo e começar a se exercitar

Atividade física

A falta de planejamento e a expectativa de cumprir metas impossíveis podem acabar com os planos de uma pessoa começar uma vida mais saudável. Felizmente, há formas de evitar que a mudança vá por água abaixo

Vivian Carrer Elias
Atividade física: Sedentários devem ingressar devagar nos exercícios para evitarem lesões
Atividade física: Sedentários devem ingressar devagar nos exercícios para evitarem lesões (Thinkstock)
O sedentarismo está entre os dez principais fatores de risco que ameaçam a saúde, segundo uma pesquisa sobre a carga global de doenças feita em 2010. Outro extenso estudo,feito na Austrália e publicado em 2012, provou que o sedentarismo não só provoca doenças, como encurta a vida. A pesquisa avaliou mais de 200 000 pessoas acima de 45 anos e descobriu que as mais sedentárias tinham duas vezes maiores chances de morrer em um período de três anos do que os sedentários que se exercitavam mais.
Os potenciais prejuízos do sedentarismo e os efeitos benéficos da prática de atividade física são bons motivos para começar a se exercitar. Mas é comum que pessoas desacostumadas à prática de exercícios se sintam desmotivadas pouco depois de iniciar alguma atividade — e voltem para o sofá. Em muitos casos, isso acontece por um mau planejamento. São armadilhas comuns escolher uma modalidade com a qual não se identifique, não adaptar os horários dos exercícios à rotina ou traçar metas impossíveis de serem alcançadas. Conheça as melhores estratégias para sair do sedentarismo de vez.

Avalie o seu físico

Passar por uma avaliação de flexibilidade, fôlego, força muscular e composição corporal é importante para medir o progresso que virá com a prática de exercícios. Esse teste pode ser feito por um profissional de educação física. Já pessoas sedentárias com mais de 40 anos ou que tenham algum fator de risco, como sobrepeso e hipertensão, devem agendar uma consulta com um médico antes de iniciar uma atividade física. "Há recursos que traçam o perfil do indivíduo e permitem dizer se ele pode fazer exercícios mais intensos ou se deve optar pelos moderados", diz o fisiologista Turíbio Leite de Barros. Trata-se de testes como o cardiopulmonar, que mede a aptidão cardiorrespiratória, e o ergométrico, que avalia o coração em situação de stress, geralmente com o paciente se movimentando em uma esteira ou bicicleta estacionária.
Fontes: Renato Dutra, educador físico e diretor técnico da Run&Fun Assessoria Esportiva; Clínica Mayo; Turíbio Leite de Barros, fisiologista do esporte e coordenador do Instituto Vita

Estabeleça metas realistas

Ter objetivos ao iniciar uma atividade física é motivador – desde que eles sejam realistas. "Uma pessoa que decidir perder 10 quilos em dois meses dificilmente vai conseguir alcançar a meta e, de certo, vai desistir do compromisso", diz Renato Dutra. O ideal, segundo o educador físico, é estabelecer objetivos de curto (um a três meses), médio (quatro a seis meses) e longo prazo (um a dois anos). "Metas possíveis para um sedentário são, por exemplo, emagrecer 1 quilo em dois meses ou, em um mês, correr 10 minutos ou subir um lance de escada sem se sentir tão cansado." Um dos melhores estímulos é enxergar os resultados.
Fontes: Renato Dutra, educador físico e diretor técnico da Run&Fun Assessoria Esportiva; Clínica Mayo; Turíbio Leite de Barros, fisiologista do esporte e coordenador do Instituto Vita

Escolha um exercício prazeroso

É comum que corrida e musculação, pela difusão e pela praticidade, sejam as primeiras opções na hora de escolher um exercício. Mas isso não quer dizer que elas sejam prazerosas para todo mundo. A regra é experimentar diferentes modalidades até encontrar a mais agradável. "Para sair do sedentarismo, a pessoa deverá buscar um exercício com o qual se identifique", diz Renato Dutra. "Só assim ela descobrirá que, em vez de musculação, prefere pilates, ou que se sai melhor na dança do que na corrida."

Fontes: Renato Dutra, educador físico e diretor técnico da Run&Fun Assessoria Esportiva; Clínica Mayo; Turíbio Leite de Barros, fisiologista do esporte e coordenador do Instituto Vita

Comece devagar

Pessoas que não estão acostumadas a se exercitar devem começar uma atividade física aos poucos, com uma intensidade leve e respeitando os limites do corpo. Isso vai ajudar a evitar lesões e diminuirá as chances de o indivíduo se sentir desestimulado com o exercício. Variar as modalidades também é uma medida que ajuda a espantar o desânimo. "Faça, por exemplo, musculação em um dia, um exercício aeróbico no outro e uma aula de alongamento no dia seguinte”, diz o educador físico Renato Dutra.  

Fontes: Renato Dutra, educador físico e diretor técnico da Run&Fun Assessoria Esportiva; Clínica Mayo; Turíbio Leite de Barros, fisiologista do esporte e coordenador do Instituto Vita


Persista nos novos hábitos

É normal que uma pessoa decida se exercitar duas vezes por semana, mas, logo no início, um imprevisto a impeça de cumprir esse objetivo. "Ela não pode desanimar por causa disso. Se não deu, deve tentar de novo na outra semana. Para criar um hábito, é preciso investir nele, reforçando determinados comportamentos. Uma pessoa que sempre foi sedentária não pode ser tão exigente consigo mesma”, afirma Dutra.

Fontes: Renato Dutra, educador físico e diretor técnico da Run&Fun Assessoria Esportiva; Clínica Mayo; Turíbio Leite de Barros, fisiologista do esporte e coordenador do Instituto Vita

Ficar muito tempo sentado pode dobrar o risco de diabetes

Estilo de vida

O hábito também contribui para o aumento das chances de mortalidade por eventos cardíacos independentemente da prática de atividades físicas

Homem se espreguiça no escritório
Sedentarismo: Limitar o tempo em que ficamos sentados ao longo do dia pode evitar doenças como diabetes (Todd Warnock/Getty Images)
Permanecer sentado por muito tempo, como qualquer comportamento sedentário, é um risco à saúde. Segundo um novo estudo da Universidade de Leicester, na Inglaterra, o hábito pode chegar a dobrar os riscos de um indivíduo ter diabetes, além de também aumentar as chances de mortes por doenças cardíacas ou qualquer outro motivo. Essa relação é válida mesmo se uma pessoa pratica frequentemente atividades físicas moderadas ou intensas.
CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Sedentary time in adults and the association with diabetes, cardiovascular disease and death: systematic review and meta-analysis

Onde foi divulgada: revista Diabetologia 

Quem fez: Emma Wilmot,Charlotte Edwardson e Feliz Achana

Instituição: Universidade de Leicester, Inglaterra

Dados de amostragem: 18 estudos sobre saúde e sedentarismo com 794.577 participantes

Resultado: Pessoas que permanecem mais tempo sentadas têm o dobro de chances de terem diabetes, 90% mais chances de morrerem por doenças cardíacas e 50% de chances de morrerem por outra causa
A pesquisa, publicada nesta semana no periódico Diabetologia, da Associação Europeia do Estudo do Diabetes, é uma análise de 18 outros estudos sobre o assunto que, ao todo, envolveram quase 800.000 participantes. Segundo os resultados, quando comparados os indivíduos que permaneciam mais tempo sentados com os demais, as chances de diabetes dobraram, de mortes por eventos cardiovasculares aumentaram em 90% e o risco de morte por outras causas, em 50%.
Segundo Emma Wilmot, que coordenou o trabalho, um adulto passa, em média, de 50% a 70% do dia sentado. “As conclusões reforçam que limitar o tempo em que permanecemos sentados é uma maneira de reduzir o risco de doenças e de morte”, diz Wilmot. 

Dormir mais pode evitar diabetes em jovens

Sono

Segundo estudo americano, passar a dormir de seis para sete horas diárias já promove o benefício entre adolescentes

Sono: Dormir mais pode ser uma das formas de jovens evitarem o surgimento de diabetes no futuro (Thinkstock)
Uma nova pesquisa americana sugere que dormir mais pode ser uma forma de os adolescentes reduzirem a resistência à insulina e, consequentemente, evitarem o aparecimento de diabetes no futuro. Segundo os autores, que são da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, se os jovens que costumam dormir seis horas por dia acrescentassem uma hora de sono todas as noites, eles poderiam melhorar os quadros de resistência à insulina em 9%.
CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Sleep Duration and Insulin Resistance in Healthy Black and White Adolescents

Onde foi divulgada: periódico Sleep

Quem fez: Karen Matthews, Ronald Dahl, Jane Owens, Laisze Lee e Martica Hall

Instituição: Universidade de Pittsburgh, Estados Unidos

Dados de amostragem: 245 jovens de 15 a 18 anos 

Resultado: Dormir pouco está associado a uma maior resistência à insulina e, portanto, a um maior risco de diabetes no futuro. Se jovens que dormem seis horas por noite passassem a dormir sete horas, a resistência ao hormônio melhoraria em 9%.
A insulina é um hormônio responsável por reduzir a taxa de glicose no sangue. Quando uma pessoa desenvolve resistência à insulina, suas células não conseguem responder ao hormônio, acarretando o acúmulo de glicose na corrente sanguínea e na urina e, consequentemente, o surgimento do diabetes.
O estudo, publicado na edição deste mês do periódico Sleep, observou a duração do sono e os níveis de resistência à insulina de 245 jovens saudáveis entre 15 e 18 anos de idade. Para isso, os pesquisadores coletaram amostras do sangue de cada participante em jejum e pediram que os adolescentes fizessem um diário do sono durante uma semana. Os jovens dormiam, em média, 6,4 horas por dia, sendo que o sono tinha duração significativamente menor em dias de semana.
Segundo os resultados, o sono restrito está associado à resistência à insulina independentemente de gênero, raça, idade ou índice de massa corporal (calcule aqui o seu IMC)




Segundo a coordenadora do estudo, Karen Matthews, essa é a primeira vez em que uma pesquisa relaciona sono e resistência insulínica tanto para obesos quanto para não obesos, destacando a importância de esforços de saúde pública que melhorem a saúde metabólica dos adolescentes.

12 formas evitar o diabetes tipo 2

Perca a barriga


Um dos principais fatores de risco para o diabetes tipo 2 é o acúmulo da gordura visceral, ou seja, a gordura acumulada na região abdominal que também se concentra no fígado e entre os intestinos. “Essa gordura obriga o pâncreas a produzir cada vez mais insulina para que a glicose consiga entrar nas células. Esse excesso estimula uma série de mudanças no metabolismo, como aumento da pressão arterial e das taxas de colesterol no sangue”, explica Carlos Alberto Machado, diretor da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Portanto, o ganho de peso pode significar o aumento da gordura visceral e, consequentemente, do risco de diabetes tipo 2.

Faça 30 minutos de atividade física diária

Muitos estudos já relacionaram o exercício físico ao menor risco de diabetes tipo 2, assim como outras pesquisas mostraram que o sedentarismo pode levar ao desenvolvimento da doença. Em 2002, um estudo clássico sobre diabetes, o Diabetes Prevention Program (DPP), mostrou que uma mudança no estilo de vida é melhor para evitar a doença do que medicamentos como a metformina, que reduz a resistência à insulina. Essa mudança no estilo de vida significa 150 minutos de atividade física por semana, uma melhora na alimentação e a perda de 7% do peso corporal em seis meses. “Embora a pesquisa tenha sido feita há dez anos, seus resultados foram comprovados pelos estudos que vieram depois”, diz Carlos Alberto Machado, diretor da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).

Cuidado com o sono

Um estudo da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, que foi publicado neste ano mostrou que dormir mal — ou seja, pouco ou de forma inconstante — aumenta o risco tanto de obesidade quanto de diabetes. Isso ocorre porque noites mal dormidas alteram o relógio biológico e retardam o ritmo metabólico. Essa redução pode significar um aumento de 4,5 quilos ao ano sem qualquer alteração da prática de atividade física ou dos hábitos alimentares. Com isso, há o risco do aumento de glicose e resistência à insulina no organismo, fatores que podem levar ao diabetes.

Controle o stress

Por diferentes motivos, o stress pode elevar o risco de uma pessoa desenvolver diabetes tipo 2. Uma pesquisa feita no Canadá com mais de 7.000 mulheres, por exemplo, concluiu que o stress no trabalho chega a dobrar o risco de mulheres terem a doença. Os autores desse estudo mostraram que o problema emocional está ligado a um maior consumo de alimentos gordurosos e calóricos e a um maior sedentarismo, fatores que aumentam as chances de desenvolver a doença. Além disso, o trabalho sugeriu que o diabetes se favorece por perturbações geradas nos sistemas neuroendocrinológico e imunológicos, que provocam maior produção de hormônios como o cortisol e a adrenalina.

Coma pouco e devagar e não faça jejum

Comer muito, especialmente alimentos calóricos e gordurosos, aumenta o acúmulo da gordura abdominal, um fator de risco importante para o desenvolvimento do diabetes tipo 2. No entanto, não é só a qualidade e a quantidade do que se come que interfere nas chances da doença aparecer. De acordo com uma pesquisa apresentada no Congresso Internacional de Endocrinologia, em maio deste ano, na Itália, a incidência do diabetes é maior em pessoas que comem muito rápido em comparação com quem come mais devagar. O risco, segundo esse estudo, pode chegar a ser 2,5 vezes maior. A frequência com que comemos também interfere nessa probabilidade: uma pesquisa apresentada durante a FeSBE (Reunião Anual da Federação de Sociedades de Biologia Experimental) de 2011, mostrou que intercalar períodos de jejum e comilança pode causar diabetes, perda de massa muscular e aumentar a produção de radicais livres

Sempre que puder, evite comer gordura

A gordura abdominal favorece a resistência a insulina, quadro que está relacionado ao diabetes tipo 2. Portanto, alimentos gordurosos são fatores de risco para a doença, como provaram diversos estudos sobre o assunto. Pesquisadores da Harvard, por exemplo, concluíram que o risco de desenvolver diabetes tipo 2 aumenta 51% se forem consumidos 50 gramas de carne vermelha processada por dia, e 19% se forem ingeridos 100 gramas diárias de carne vermelha não processada. No entanto, algumas mudanças nos hábitos alimentares podem evitar a doença. No mesmo estudo, esses especialistas mostraram que se uma pessoa que consome 100 gramas de carne vermelha todos os dias substitui o alimento por frutas secas para obter a mesma quantidade de proteínas, o risco diminui em 17%. Este número aumenta para 23% se forem consumidos cereais integrais.

Prefira alimentos integrais

Os alimentos integrais, como pães e arroz, por exemplo, são excelentes alternativas para substituir alimentos que possuem farinha de trigo, como o pão francês. Esse tipo de comida é conhecida por elevar rapidamente as taxas de glicose no sangue, o que pode favorecer o surgimento do diabetes tipo 2, especialmente entre pessoas com maior risco da doença. Açúcar branco, frutas em calda enlatadas e batatas também possuem alta carga glicêmica. "Quanto menor o índice glicêmico, melhor para o paciente evitar a doença. Alimentos ricos em fibra e integrais são ideais para isso", diz o médico Celso 

Coma frutas, mas não exagere

Frutas fazem parte de uma alimentação saudável e devem ser ingeridas todos os dias. Porém, há uma grande disparidade na quantidade de frutose, o açúcar das frutas e do mel, que elas contêm. Como ela é metabolizada diretamente pelo fígado, não precisa de insulina para sua quebra primária. Porém, isso não permite o seu consumo em excesso. "A fruta tem muito carboidrato e frutose, mas ela não pode ser eliminada da dieta. Por isso, pessoas predispostas ao diabetes tipo 2 devem evitar as mais adocicadas, como as uvas ou o caqui, ou então consumí-las de forma moderada", diz Roberto Betti, coordenador do Centro de Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

Coma queijo e iogurte, mas não exagere

Duas fatias de queijo ou meio pote de iogurte (55 gramas) por dia podem reduzir o risco de diabetes tipo 2 em 12%. O restante dos laticínios, porém, não surtem o mesmo benefício, embora não aumentem o risco da doença. Essas foram as conclusões de um estudo holandês publicado em julho deste ano. Segundo os autores dessa pesquisa, como o queijo, além das gorduras saudáveis, também contenha gordura saturada, o excesso desse tipo de alimento não é recomendado. "Alguns estudos já mostraram que existe uma inteiração entre as células de gordura e o cálcio que ajuda a prevenir a obesidade. No entanto, é preciso tomar cuidado com os excessos", diz Celso Cukier, nutrólogo do Hospital Albert Eistein.

Beba café descafeinado

Por causa do efeito da cafeína, o café nem sempre é recomendado a pessoas que apresentam tendência a ter doenças cardiovasculares. No entanto, um estudo americano publicado no início do ano mostrou que a bebida descafeinada, além de não provocar condições como pressão alta, pode proteger o organismo contra diabetes tipo 2. "Vários estudos mostraram que os antioxidantes presentes em bebidas como café e chá podem, de alguma forma, reduzir o risco do diabetes. O que falta sabermos é qual a quantidade e o tipo ideais da bebida que surtem tal efeito", afirma Celso Cukier, nutrólogo do Hospital Albert Einstein.

Se beber, vá de vinho tinto

Várias pesquisas já provaram os benefícios do vinho tinto à saúde (desde que consumido moderadamente). Por isso é possível considerar uma taça ao dia como um aliado na diminuição do risco de diabetes tipo 2, como confirmaram os resultados de um estudo da Universidade de Recursos Naturais e Ciências da Vida, em Viena, na Áustria. Porém, além do teor alcoólico, o vinho também pode ser extremamente calórico. Portanto, o exagero não só não reduz as chances do diabetes, como também eleva o risco.

Coma amêndoas

Pelo menos de acordo com os resultados de um estudo americano publicado no final de 2010, as amêndoas são armas poderosas contra o diabetes tipo 2, especialmente entre pessoas que têm predisposição à doença — ou seja, com níveis de glicose no sangue acima do normal ou com histórico familiar da condição. Segundo a pesquisa, esses alimentos aumentam a sensibilidade à insulina e, consequentemente, reduzem os níveis de açúcar na corrente sanguínea.

Iogurte pode ajudar a prevenir diabetes tipo 2

Alimentação

Pesquisa descobriu que risco da doença é menor em pessoas que consomem o alimento com baixo teor de gordura

Iogurte com pouca gordura pode evitar diabetes tipo 2, sugere pesquisa
Iogurte com pouca gordura pode evitar diabetes tipo 2, sugere pesquisa (Getty Images/iStockphoto)
Uma nova pesquisa da Universidade de Cambridge, na Grã-Bretanha, sugere que o iogurte pode ser um aliado no combate ao diabetes tipo 2. O estudo comparou os hábitos alimentares de pessoas com e sem a doença e descobriu que a prevalência do diabetes é significativamente menor entre aquelas que consomem iogurte com baixo teor de gordura ao menos quatro vezes por semana.
Existem dois fatores capazes de aumentar o risco de diabetes tipo 2: o genético, ou seja, ter histórico da doença na família, e o ambiental, que são problemas como má alimentação, excesso de peso e sedentarismo. Não há nada que uma pessoa possa fazer em relação à sua predisposição genética para a doença, mas adquirir hábitos saudáveis podem diminuir consideravelmente as chances de ela se desenvolver.
Para realizar o estudo, os pesquisadores coletaram dados de um levantamento feito na Inglaterra. Eles compararam os hábitos alimentares de 753 pessoas com diabetes tipo 2 aos de 3 500 indivíduos livres da doença. Os resultados foram publicados na edição deste mês do periódico Diabetologia.
Mecanismos — A pesquisa não identificou uma relação de causa e efeito entre o alimento e o diabetes – ou seja, não descobriu os mecanismos que podem fazer com que o iogurte diminua o risco da doença. Porém, os autores destacam que o iogurte contém nutrientes essenciais à saúde, como cálcio, vitamina D e ácidos graxos. Além disso, a equipe acredita que os probióticos – bactérias “do bem” presentes no alimento — tenham um papel fundamental nesse efeito benéfico. Estudos recentes já associaram os probióticos à redução de inflamações no intestino e de problemas como diarreia causada por antibiótico e complicações gastrointestinais em bebês.
De acordo com a pesquisa, o consumo de quatro copos de 125 gramas de iogurte por semana reduz em até 28% o risco de diabetes tipo 2. O estudo também descobriu que, de maneira geral, outros laticínios com baixo teor de gordura, como queijo cottage, podem diminuir essas chances em até 24%. Os autores não encontraram relação entre a redução do risco da doença e o consumo de laticínios com maior teor de gordura.

A ilegalidade escancarada do Mais Médicos e o tráfico de carne humana

Veja.Com

http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/


Já http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/havia escrito algumas vezes aqui, como vocês sabem, e agora o procurador Sebastião Caixeta, do Ministério Público do Trabalho, confirma: os contratos celebrados pelo governo para o programa “Mais Médicos” são ilegais. Segundo ele diz, sacrificam “valores constitucionais”. É preciso ficar claro: ele aponta ilegalidades no conjunto da obra, não apenas nas relações com os cubanos. Nesse caso, obviamente, há o agravante de os médicos não receberem diretamente o salário. Os R$ 10 mil mensais por médico são repassados para a Organização Pan-Americana de Saúde, a tal Opas, que transfere o dinheiro para a ditadura cubana. O regime dos irmãos Castro, então, paga a cada um de seus escravos algo em torno de US$ 400. Escárnio: o pagamento é executado pela própria embaixada de Cuba no Brasil. É como se os cubanos, em nosso país,, estivessem submetidos apenas às leis vigentes naquela ditadura.
O inquérito civil foi instaurado pelo Ministério Público em agosto do ano passado, mas estava parado. A deserção da médica cubana Ramona Rodriguez reacendeu a questão. A propósito: outro cubano caiu fora. Trata-se de Ortélio Jaime Guerra, que já conseguiu fugir para os EUA. O MP não tinha tido nem mesmo acesso aos contratos porque a Opas alegava confidencialidade. Ficamos sabendo de outra coisa escabrosa: eles eram assinados com uma tal “Sociedade Mercantil Cubana – Comercialização de Serviços Médicos”, um troço de que ninguém ouvira falar. Até o nome da empresa lembra tráfico de escravos.
Já lhes falei aqui a respeito certa feita e volto ao tema. O trabalho rural, por exemplo, está disciplinado pela Norma Regulamentadora nº 31. Ela estabelece, prestem atenção!, DUZENTAS E CINQUENTA E DUAS EXIGÊNCIAS para se contratar um trabalhador rural. Pequeno ou médio proprietário que tiver juízo não deve contratar é ninguém. O risco de se lascar ainda que numa prestação temporária de serviços é gigantesco! 
Se um empregado é contratado para trabalhar numa plantação de café, por exemplo, e, por alguma razão, o dono da propriedade o transfere para cuidar do jardim e do gramado da sede da fazenda, isso só pode ser feito mediante exame médico aprovando a sua aptidão para o novo trabalho. A depender do humor do fiscal, o descumprimento de qualquer uma das 252 exigências pode render uma infração por “trabalho análogo à escravidão”. E o proprietário rural está lascado. Entra na lista negra do crédito, expõe-se ao pedido de abertura de inquérito pelo Ministério Público e pode, no limite, perder a propriedade.
Estou dizendo com isso, leitores, que o trabalho formal no Brasil obedece a uma legislação rigorosa — uma das mais rigorosas do mundo. Por que seria o governo a promover flagrantes ilegalidades no caso do Mais Médicos? Já está mais do que claro que não se trata de programa de bolsa ou de aperfeiçoamento coisa nenhuma! Ramona mesmo passou por ridículos dois dias de treinamento. Na entrevista que concedeu, deu para perceber que nem mesmo fala português — a exemplo da esmagadora maioria dos cubanos. Dominar a nossa língua era um dos pré-requisitos para o trabalho. Convenham: nem sempre a comunicação entre as várias regiões do próprio Brasil é tranquila. Imaginem o que anda a acontecer por esses rincões na relação com os cubanos.
Os petistas tentam fugir do tema como o diabo da cruz. O deputado Mendonça Filho (PE), líder do DEM na Câmara, já pediu audiência a Maria do Rosário, da Secretaria Nacional dos Direitos Humanos. Até agora, nada! Solicitou também um encontro com Eleonora Menicucci, ministra das mulheres. Ela está muito ocupada e só marcou a conversa para o dia 18.
Vamos ver. O Ministério Público do Trabalho pedirá ao governo que ajuste a sua conduta. No caso dos cubanos, a coisa é muito complicada. É preciso ficar claro que a ilha dos irmãos Castro faz tráfico de gente, de pessoas, de carne humana. Seus médicos se transformam em fonte de divisas para o governo dos tiranos.
Por Reinaldo Azevedo
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/a-ilegalidade-escancarada-do-mais-medicos-e-o-trafico-de-carne-humana/

Mais um cubano abandona o Mais Médicos

Saúde

Ortelio Jaime Guerra afirmou ter abandonado a cidade paulista para onde foi enviado por motivos de segurança; é o segundo registro de desistência de cubanos do programa federal

Médico cubano, Ortelio Jaime Guerra, em seu último dia em São Paulo
Médico cubano Ortelio Jaime Guerra (primeiro da direita para esquerda) em um dos seus últimos dias no Brasil(Reprodução)
Outro médico cubano desertou do programa federal Mais Médicos: Ortelio Jaime Guerra abandonou a cidade de Pariquera-Açu, no interior paulista. A informação foi confirmada pela Secretaria de Saúde do município. Em mensagem publicada no Facebook, ele afirmou aos amigos que saiu da cidade por “questões de segurança” e que os últimos dias no local foram “muito intensos”. Guerra afirmou que está nos Estados Unidos.

“Meus amigos de Pariquera-Açu, eu preciso que vocês saibam que tive que ir embora de lá sem avisar ninguém por questões de minha segurança. Essa foto foi de uma das minhas últimas noites em São Paulo, mas agora já estou nos Estados Unidos. Estou grato por toda a bondade e amor. Prometo que vou voltar um dia para ver vocês”, disse o médico.O Ministério da Saúde confirmou que Guerra era integrante do Mais Médicos, mas não deu detalhes sobre o seu paradeiro. Na semana passada, o novo ministro da Saúde, Arthur Chioro, comentou a desistência de médicos cubanos, mas todos teriam retornado para Cuba. Guerra ingressou no programa em dezembro. Na postagem na rede social, ele agradeceu o apoio recebido pelos amigos de Pariquera-Açu e publicou uma imagem na qual aparece com duas pessoas na capital paulista, nos últimos dias em que esteve no Brasil.
Esse é o segundo caso registrado de deserção de médicos cubanos do Mais Médicos. Na semana passada, Ramona Rodriguez fugiu da cidade paraense de Pacajá, onde prestava serviços, e se abrigou no gabinete do DEM na Câmara dos Deputados. Ela disse ter abandonado o programa depois de descobrir que o governo brasileiro repassava 10.000 reais para os outros médicos estrangeiros inscritos no programa, valor superior ao que ela afirmou que recebia – cerca de 400 dólares mensais.
(Com Estadão Conteúdo)

Mais Médicos - Procurador diz que programa do governo 'sacrifica' valores constitucionais

Saúde

Sebastião Caixeta criticou o programa do governo federal após ouvir o depoimento da médica cubana Ramona Rodriguez, que desertou do Mais Médicos na semana passada

Marcela Mattos, de Brasília
A médica cubana Ramona Matos Rodriguez fala à imprensa sobre seu pedido de asilo político, no Salão Verde da Câmara
Após desertar do programa, a médica cubana Ramona Rodriguez pediu refúgio ao governo brasileiro (José Cruz/Agência Brasil)
Após tomar o depoimento da médica cubana Ramona Rodriguez nesta segunda-feira, o procurador do Trabalho Sebastião Caixeta afirmou que o programa federal Mais Médicos “sacrifica” as relações de trabalho e foi “desvirtuado” para suprimir a falta de profissionais nos rincões do país.
A lei que criou o Mais Médicos, sancionada em outubro do ano passado, carrega a bandeira de profissionalização dos participantes, o que justificaria a ausência de direitos trabalhistas e a remuneração em formato de bolsa. Diz a lei: “O programa visa aprimorar a formação médica no país e proporcionar maior experiência no campo de prática médica durante o processo de formação”.

Para o procurador, apesar de tentar afastar as relações trabalhistas, o Mais Médicos tem todas as características de um emprego formal. “O que nós constatamos é que ao se suprimir a necessidade de médicos no país, há o desvirtuamento genuíno das condições de trabalho”, disse Caixeta. “Esse projeto está sendo implementado de maneira a sacrificar outros valores constitucionais que também são caros, como os da relação de trabalho."
Ramona, que há uma semana abandonou o programa federal, afirmou ao procurador que, apesar de integrar o programa desde outubro, somente em meados de janeiro foi submetida a um curso de especialização – em duas sextas-feiras. Ramona disse ainda desconhecer o médico responsável pela “supervisão profissional”, conforme previsto em lei. Para Caixeta, o fato de ter passado por um curso não descaracteriza a relação trabalhista, já que a médica trabalhava oito horas por dia, com pausa de duas horas para almoço.
O depoimento de Ramona integrará inquérito civil público instaurado em agosto do ano passado pelo Ministério Público do Trabalho. O procurador vai pedir ao governo federal a correção das ilegalidades do programa, como a diferença salarial entre os cubanos e demais participantes e a falta de garantias trabalhistas – férias e 13º salário. Enquanto todos os participantes recebem 10.000 reais mensais, os cubanos ganham cerca de 1.000 reais (400 dólares).
Caixeta afirma ter tentado acesso ao contrato entre cubanos e a Organização Panamericana de Saúde (Opas) – órgão vinculado à Organização Mundial da Saúde (OMS) que, segundo o governo brasileiro, intermediou a vinda dos profissionais de Cuba -, mas que não conseguiu. A Opas alega que há uma “cláusula de confidencialidade exigida pelo governo de Cuba”.

Ácido retinoico e rejuvenescimento


creme-rosto
Meu dermatologista me receitou um creme antirrugas com ácido retinoico. E em uma semana minha pele ficou vermelha e ressecada, até parece que as rugas pioraram. Sempre tive tendência a alergia de pele, e estou achando melhor mudar de tratamento.
(Ruth)
Nem sempre a sensibilidade da pele significa alergia ao ácido retinoico. É frequente e até normal haver ressecamento, vermelhidão e descamação quando a pessoa começa a usar o produto. Na maioria das vezes o melhor conselho é seguir em frente. Provavelmente, com uso continuado, em menos de um mês a pele se acostumará ao produto, essa reação incômoda passará.
Algumas dicas ajudam a superar essa fase inicial. Uma é aplicar o ácido retinoico com a pele seca e, após a absorção, aplicar um hidratante apropriado ao seu tipo de pele. Outra é começar o uso em noites intercaladas, mantendo uso do creme hidratante todas as noites. E aguentar firme.
Se o incômodo for muito grande, converse com seu dermatologista, pode ser o caso de reduzir a concentração do produto ou, em último caso, mudar de produto.
Tenha em mente que o ácido retinoico é um aliado precioso no tratamento estético. Ele estimula o colágeno, deixando a pele mais firme. Também ajuda na remoção de manchas causadas pela idade e pelo excesso de exposição ao sol.
Finalmente, lembre-se que o uso de ácido retinoico à noite exige a aplicação de filtro solar durante o dia. Boa sorte!
Por Lucia Mandel
http://veja.abril.com.br/blog/estetica-saude/tratamento/acido-retinoico-e-rejuvenescimento/