sexta-feira 11 2013

Google quer usar foto de usuário para promover produtos

Privacidade

Mecanismo é similar ao utilizado pelo rival Facebook, que exibe anúncios baseados nas páginas curtidas por amigos

Google
Google (Lionel Bonaventure/AFP)
O Google anunciou nesta terça-feira a intenção de alterar diversos itens dos termos de serviço de seus produtos – o conjunto de regras que dita como uma companhia pode usar os dados de usuários. O procedimento já era esperado, mas trará uma modificação que pode desagradar a muitas pessoas: a permissão para utilizar nomes e fotos de perfis para promover produtos e serviços como o Google+ ou o Gmail.
O mecanismo é similar ao utilizado pelo rival Facebook, que exibe anúncios baseados nas páginas curtidas por amigos e contatos. No caso do Google, poderá ser divulgado todo conteúdo que o usuário marcar com o botão +1. Com isso, a companhia de buscas pode criar novas opções de anúncios, que serão vendidas aos seus clientes.
“O Google está trabalhando para facilitar a forma como você recebe as recomendações de seus amigos. Por exemplo, quando você visitar a loja de música Google Play, poderá ver os álbuns que foram marcados como favoritos pelos seus contatos”, apontou a companhia em nota oficial. “Quando você procurar um restaurante, será possível ver um anúncio mostrando as recomendações com o melhor índice de avaliação.”
Aqueles que não estiverem de acordo com a mudança dos termos, que afetam diretamente a privacidade dos cadastrados nos serviços do Google, poderão desabilitar o recurso. A companhia disponibilizou uma página de configuração que permite ao usuário bloquear o uso de seus dados em anúncios.

PROTESTOS NO RIO DE JANEIRO CONTRA CABRAL

Protestos


O governador Sérgio Cabral é o alvo dos manifestantes no Rio de Janeiro. Primeiro, teve de conviver com um grupo de jovens acampados na esquina de seu apartamento no Leblon. Depois de uma ação da Polícia para retirar as barracas, os protestos retornaram em peso, e com violência, ao endereço do governador. Por duas vezes, neste mês de julho, os atos no bairro de Cabral terminaram em uma batalha com a polícia, que disparou bombas de gás lacrimogênio e balas de borracha. Na quarta-feira, dia 17, o Leblon foi depredado por vândalos, e partes de Ipanema também.

Maracanã

A pressão das manifestações sobre Sérgio Cabral fez o governador recuar da decisão de ir à final entre Brasil e Espanha pela final da Copa das Confederações, no Maracanã. O estádio, o mais famoso do Brasil, se tornou uma espécie de símbolo da gastança nas obras da Copa do Mundo. Os protestos também atacam a concessão do estádio à iniciativa privada.

Helicópteros

VEJA revelou em julho que o governador Sérgio Cabral usa os helicópteros do governo para ir, diariamente, da Lagoa, onde fica o heliponto mais perto do Leblon, até o Palácio Guanabara. A frota de sete aeronaves também foi usada pela família do governador para ir até Mangaratiba, na Costa Verde. A primeira-dama, Adriana Ancelmo, os filhos, a babá e até o cachorro Juquinha embarcaram. 

Queda de helicópteros

A queda de um helicóptero em Trancoso, em 2011, matou sete pessoas e expôs o governador Sérgio Cabral a duas situações difíceis. A primeira, familiar. Entre as vítimas estava Mariana Noleto, de 20 anos, namorada de seu filho Marco Antônio. A segunda, política. A tragédia deixou evidentes as ligações delicadas do governador com empresários. Cabral viajou para a Bahia em avião emprestado por Eike Batista – que doou 750.000 reais para sua campanha e se comprometeu a investir 40 milhões de reais nas Unidades de Polícia Pacificadora - para comemorar o aniversário de Fernando Cavendish, dono da Delta. Jordana Kfuri,  mulher do empresário, morreu na queda do helicóptero

Delta

O governador Sérgio Cabral foi filmado acompanhado da mulher, Adriana Ancelmo, o empresário Fernando Cavendish, dono da Delta, e a então noiva do empresário, Jornada Kfuri, em um restaurante em Paris. Na filmagem – feita em 2009, mas revelada em 2012 - os quatro comentavam sobre o futuro o casamento de Cavendish com Jordana, morta em acidente de helicóptero em 2011. As suspeitas de favorecimento à construtora em contratos Brasil afora – e a gorda participação da empresa em projetos com dinheiro público no Rio – criaram desgaste para Cabral.

Imagina no Leblon: o desfiladeiro de Sérgio Cabral

Rio de Janeiro

Como o governador do Rio se tornou o alvo principal dos manifestantes, um mês depois de iniciados os protestos e com passeatas esvaziadas no resto do país

João Marcello Erthal e Cecília Ritto
Governador Sérgio Cabral é o mais atacado nos protestos do Rio de Janeiro
Governador Sérgio Cabral é o mais atacado nos protestos do Rio de Janeiro (Marcelo Fonseca/Folhapress)
Diante do crescimento dos protestos, o governador acusou uma “antecipação de campanha” nociva ao Rio de Janeiro. O primeiro a levantar bandeiras para 2014, no entanto, foi o próprio PMDB, com o prefeito reeleito Eduardo Paes anunciando Pezão como pré-candidato já no discurso de comemoração ao resultado das urnas em 2012
Passado um mês do início dos protestos pela redução das passagens de ônibus, o Rio de Janeiro mantém, no eixo entre o Leblon e o Palácio Guanabara, um foco permanente de manifestações. Os endereços de residência e trabalho do governador Sérgio Cabral são os pontos de encontro de grupos que pedem desde o cancelamento da Copa do Mundo de 2014 até a suspensão das concessões de linhas de ônibus na cidade – dois assuntos fora da alçada de decisão do Executivo do estado. O desfiladeiro da popularidade do peemedebista reeleito em primeiro turno em 2010, com a maior vantagem já obtida em uma eleição para o governo (66%), começou a ser cavado ainda em 2011, quando um acidente de helicóptero expôs a proximidade com o empreiteiro Fernando Cavendish, dono da Delta e detentor de contratos milionários com o governo. Menos de um ano depois, o mesmo empresário apareceu em fotos de uma viagem a Paris ao lado do governador e seu primeiro escalão, no episódio que ficou conhecido como o escândalo dos guardanapos. Desde então, a visibilidade dos grandes eventos no Rio, palco da final da Copa das Confederações, e as críticas à atuação da Polícia Militar aumentaram o abismo entre o Guanabara e a rua – separados atualmente por duas fileiras de alambrados.
“O mandato do governador do Rio se fragilizou com a exposição de questões éticas e morais. E a pauta das ruas passa justamente por essas duas questões. Cabral encarnou isso e tornou-se o principal alvo dos manifestantes”, explica o sociólogo Paulo Baía, da UFRJ, que estuda há seis anos demandas por reconhecimento, direito e respeito que parte de ações nas ruas.
Baía aponta a ausência do governador como uma falha na estratégia adotada por Cabral para lidar com os protestos. “Nos outros estados, governadores e prefeitos foram rápidos em tomar algum tipo de medida para oferecer algum tipo de resposta. A Câmara, o Senado e a Presidência foram pelo mesmo caminho. Cabral não, e acabou perdendo base no setor que mais o apoiava, a classe média mais abastada”, analisa. Cabral optou por ficar fora de um momento decisivo da reação aos protestos. Apesar de escalado para anunciar, ao lado do prefeito Eduardo Paes, a redução nas tarifas de transporte interestadual, preferiu não aparecer, deixando para o afilhado político o anúncio. Rompeu, assim, o combinado entre os governantes do Rio e de São Paulo, onde o prefeito petista Fernando Haddad comunicou o recuo no reajuste ao lado do governador Geraldo Alckmin.
Cabral não foi o único com dificuldade de entender o grito das ruas. Mas algumas declarações infelizes indicam um descompasso com o tom dos protestos. Quando vieram à tona as viagens diárias do governador no helicóptero do estado, usado também para levar família, empregados e o cachorro Juquinha para os fins de semana em Mangaratiba, ele se defendeu alegando não ser o único. “Não sou o primeiro a fazer isso no Brasil. Outros fazem também, e faço de acordo com o cargo que eu ocupo. Não é nenhuma estripulia”, afirmou.
Naquele momento, como agora, os manifestantes interpelaram os governantes não só pelo que consideram ilegal, mas pelos abusos que parecem ‘acobertados’ pela legalidade. “No primeiro mandato, as notícias sobre Cabral eram positivas. E ele tem mérito: trouxe de volta a autoestima do estado. No segundo mandato, no entanto, lutas políticas fizeram vazar questões antiéticas, com a exposição de uma simbiose entre as esferas pública e privada”, diz Baía.

Pesquisas – O Datafolha aferiu, entre os dias 27 e 28 de junho, a popularidade dos governantes. A aprovação ao governo de Sérgio Cabral caiu 30 pontos porcentuais entre novembro de 2010 e a data da pesquisa, indo de 55% para 25%. A perda interfere no jogo que se desenha para 2014, quando o vice-governador Luiz Fernando Pezão deve disputar o governo do estado com uma plataforma bem mais desfavorável ao PMDB do que a de 2010. E Cabral, que depois de sua reeleição avassaladora era cotado para disputar a vice-presidência ou até a Presidência da República pelo partido, em 2018, pode ter dificuldades de fazer seu sucessor no ano que vem.
Diante do crescimento dos protestos, o governador acusou uma “antecipação de campanha” nociva ao Rio de Janeiro. O primeiro a levantar bandeiras para 2014, no entanto, foi o próprio PMDB, com o prefeito reeleito Eduardo Paes anunciando Pezão como pré-candidato já no discurso de comemoração ao resultado das urnas em 2012. Desde então, quem aparece liderando as pesquisas de intenção de voto no estado é o arquirrival Anthony Garotinho, ex-governador e atual deputado federal pelo PR. O autoproclamado pré-candidato do PT ao governo, senador Lindbergh Farias, que também antecipou o debate rumo a 2014, atualmente assiste de camarote aos incêndios entre o Leblon e o Guanabara. E tenta, a seu modo, faturar com o cenário tumultuado. Na última segunda-feira, Lindbergh apresentou um projeto de lei que proíbe o uso de balas de borracha e outras armas não-letais em manifestações de rua. O projeto é uma clara tentativa de se aproximar, indiretamente, dos jovens que atuam ou simpatizam com o movimento das ruas, sem com isso correr o risco de ser rejeitado pelas correntes que rejeitam os partidos políticos.
O governador do Rio enfrenta, a partir desta segunda-feira, mais uma rodada de protestos. O primeiro deles está marcado para o Palácio Guanabara, onde será realizada uma recepção para o papa Francisco, com presença da presidente Dilma Rousseff. O esquema de segurança para manter os manifestantes longe do papa inclui o isolamento de vias como a Rua Pinheiro Machado e o Túnel Santa Bárbara. Desde as primeiras convocações pelo Facebook, os protestos se sofisticaram, e passaram a ter características de movimentos orquestrados, como se viu na última quarta-feira no Leblon. Depois dos gritos de guerra em frente à casa do governador, grupos de vândalos partiram pelo bairro e por Ipanema, promovendo um quebra-quebra transmitido ao vivo pela TV.
Os protestos planejados para a Jornada Mundial da Juventude repetem uma versão diferente do desconforto causado a Cabral, ao prefeito Eduardo Paes e à presidente Dilma Rousseff na final da Copa das Confederações. O que era para ser um momento de coroação de uma parceria entre as três esferas de governo, no estádio do Maracanã reformado com custo de 1,1 bilhão de reais, tornou-se um constrangimento. Dilma e Cabral não apareceram; Paes ficou na tribuna sem ser anunciado. Diante do pontífice, a trindade não terá a opção de se esconder do público

Promessas de Lula mantêm Sérgio Cabral sob controle

Rio de Janeiro

Ex-presidente pede que governador não se afaste do cargo até março de 2014. Cabral, em troca, sonha com ministério no governo Dilma e até com candidatura a vice-presidente, na hipótese improvável de Lula concorrer novamente ao Planalto

Cecília Ritto, do Rio de Janeiro
Sérgio Cabral é observado por aliados em entrevista no bairro de Campo Grande
Sérgio Cabral é observado por aliados em entrevista no bairro de Campo Grande (Carlos Magno/Divulgação-Governo do Estado do Rio de Janeiro)
(Atualizado às 16h50)
Para conter a turbulência na base de apoio à presidente Dilma Rousseff no Rio de Janeiro, entrou em campo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em uma conversa no início deste mês, com representantes do PT e do PMDB, o ‘amigão de Sérgio Cabral’ fez um pedido ao governador: “Aguarde a definição de meu calendário até março de 2014”, disse Lula. O prazo é bem maior do que o previsto inicialmente para a renúncia de Cabral em favor de seu vice, Luiz Fernando Pezão, pré-candidato ao governo em 2014. E permite ao PT manter os aliados em banho-maria pelo menos até o início do ano eleitoral.
Em troca de sua paciência e lealdade, Sérgio Cabral, o governador com pior popularidade e ainda o mais atacado nas manifestações de rua, garantiria espaço ao lado do PT a partir do ano que vem e depois da eleição, seja em um ministério ou, num cenário menos provável, como vice em uma candidatura de Lula à Presidência em 2014.
Entre os peemedebistas que participaram do encontro ficou a convicção de que Cabral acatará o pedido e só deixará o governo do estado em meados de abril. A aposta anterior era a de que o governador renunciaria ao cargo no fim de 2013, para dar a Pezão a chance de comandar o estado e fortalecer sua imagem para disputar o Palácio Guanabara.
Lula não disse com todas as letras, mas deixou no ar, durante a conversa, da qual também participaram Pezão e o prefeito Eduardo Paes, a possibilidade de se candidatar a presidente caso as pesquisas eleitorais não estejam favoráveis a Dilma Rousseff. Lula pediu tranquilidade a Pezão e fez um apelo para que não houvesse brigas entre os dois partidos no Rio. A relação entre o PT e o PMDB anda estremecida desde que as duas legendas decidiram lançar candidatos próprios ao governo do estado, quebrando uma aliança de sete anos.
Em tempo: na manhã desta sexta-feira, em uma reunião no Rio, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, bateu o martelo em relação à saída do partido do governo Cabral. O desembarque deve acontecer até o fim de 2013, como mostrou reportagem do site de VEJA. O maior beneficiado com a decisão é o pré-candidato petista ao Guanabara, senador Lindbergh Farias, que passa a ter, assim, o partido finalmente empenhado em sua pré-campanha.
A oferta de um ministério ao atual governador em 2014 continua firme – e significa, por um lado, que o PMDB no Rio se mantém com Dilma; e, por outro, que Cabral não ficará na chuva. A proposta do PT é de que o governador faça um movimento articulado: renuncie e, em seguida, assuma uma pasta no governo federal. Cabral queria o de Minas e Energia, mas não há perspectiva de saída do atual ministro, Edison Lobão. O planalto também cogitou a Autoridade Pública Olímpica e o ministério do Turismo, mas ambos não apeteceram a Cabral. No momento, chegou ao PMDB nacional a proposta de acomodar Cabral no ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. A pasta é comandada por Fernando Pimentel, que se afastará do cargo para poder se candidatar ao governo de Minas Gerais.
O anúncio da união entre Eduardo Campos e Marina Silva promoveu uma corrida do Palácio em busca dos aliados. Para afagar quem se mantiver fiel ao governo, o caminho será o da distribuição de cargos. O PMDB ficou insatisfeito por não ter assumido o ministério da Integração Nacional depois da saída de Fernando Bezerra (PSB), do grupo político de Campos. A possível entrada de Cabral para a linha de frente ministerial divide seu partido - nem todos enxergam a entrada do governador como uma forma de acomodar os peemedebistas. “Em se tratando de PMDB, nunca há unanimidade”, diz um correligionário. O presidente do Senado, Renan Calheiros, é um dos que não quer Cabral em Brasília.
“A entrega do ministério do Desenvolvimento a Cabral foi comentada por dirigentes do PT nos últimos dias. Mas não há uma versão oficial, nem uma conversa pragmática”, explica um peemedebista. Dilma não quer entregar um ministério com perfil político a Cabral, considerado um político inábil. O ministério do Desenvolvimento seria uma forma de deixar o atual governador a uma distância segura do trato com os congressistas. Para integrantes do PMDB do Rio, o cargo é uma maneira de reconhecer o governo de Cabral. “Apesar dos últimos tempos terem sido difíceis, há uma convicção de que Cabral faz grande governo”, disse.

Alice Munro se diz surpresa e grata com Nobel de Literatura

Prêmio Nobel

Escritora é a primeira mulher canadense e a 13ª da história a receber o prêmio

A escritora Alice Munro
A escritora Alice Munro ( Reuters/Mike Cassese)
A escritora canadense Alice Munro, 82 anos, vencedora do Prêmio Nobel de Literatura nesta quinta-feira, afirmou estar surpresa e feliz com a escolha da Academia Sueca.
“Estou surpresa, grata e particularmente alegre, pois ganhar este prêmio vai deixar muitos canadenses felizes”, disse a autora, em comunicado oficial liberado pela sua editora Penguin Random House e publicado no jornal The New York Times. “Também fico feliz em saber que isso atrairá a atenção do mundo para a literatura canadense.”
Alice é a 13ª mulher a vencer o Nobel e receberá o equivalente a 1,2 milhão de dólares (2,6 milhões de reais). A autora é uma das mais importantes contistas da língua inglesa contemporânea. Sem nenhum proselitismo feminista, sua ficção examina com doses iguais de delicadeza e argúcia a vida angustiada de protagonistas femininas em grotões provincianos.
No Brasil, já lançou os livros de contos O Amor de uma Boa Mulher (2013), Felicidade Demais (2010) e Fugitiva (2006), pela editora Companhia das Letras, e Ódio, Amizade, Namoro, Amor, Casamento, pela editora Globo. Em 2009, foi a ganhadora do prêmio Man Booker Prize.

Organização contra armas químicas ganha Nobel da Paz

Premiação

Opaq (Organização para a Proibição de Armas Químicas), fundada em 1997 e com 189 países-membros, está supervisionando destruição do arsenal sírio

Menino sírio segura morteiro intacto e supostamente disparado por tropas governamentais
Organização será responsável pela destruição do arsenal químico da Síria (Lens Young Homsi‎)
Prêmio Nobel da Paz de 2013 foi concedido à Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq). O anúncio foi feito na manhã desta sexta-feira em Oslo, na Noruega. O Comitê do Prêmio justificou a escolha mencionando os "extensos esforços" da organização na luta pelo fim das armas químicas.
Criada em 1997 com o objetivo de ser o “cão de guarda” responsável para fazer a valer a Convenção sobre Armas Químicas de 1993 - que baniu a fabricação e estocagem desse tipo de armamento -, a Opaq recebeu destaque nas últimas semanas depois que o uso de gases tóxicos contra a população síria quase provocou uma intervenção dos Estados Unidos na guerra civil que assola o país do Oriente Médio. O prêmio também ocorre justamente vinte anos depois da assinatura da convenção.
Recentemente, funcionários da organização analisaram amostras recolhidas por funcionários das Nações Unidas que investigaram o uso de armas químicas em um subúrbio de Damasco - uma ação que resultou na morte de mais de mil pessoas em 21 de agosto. Após as análises, técnicos apontaram o uso de gás sarin no ataque. 
Nos últimos dez dias, duas equipes de inspetores da Opaq passaram a supervisionar a destruição do arsenal químico da Síria, depois que o ditador Bashar Assad concordou em entregar suas armas por causa das ameaças dos EUA e a assinatura de um tratado proposto pela Rússia. Estimativas de serviços de inteligência apontam que a Síria possui cerca de mil toneladas de armas químicas. 
Ao justificar a escolha, o comitê do prêmio, na Noruega, afirmou em comunicado que “os recentes acontecimentos na Síria, onde as armas químicas foram novamente colocadas em uso, enfatizam a necessidade de aumentar os esforços para acabar com essas armas".
Trabalho - Apesar do destaque por causa da crise síria, o presidente do comitê do prêmio Nobel, Thorbjorn Jagland, disse que o prêmio foi concedido pelo esforços contínuos da organização, afastando eventuais críticas que podem surgir, já que a atuação da Opaq na Síria ainda é recente e está em sua fase inicial.
O trabalho da Opaq, de fato, foi bastante intenso nos últimos dezesseis anos. Coube à organização supervisionar a destruição de antigos arsenais químicos dos EUA e da antiga União Soviética.  
Segundo números da organização, após a Guerra Fria a Rússia mantinha 40.000 toneladas de armas desse tipo, e os EUA, 30.000 toneladas. Com a ajuda da organização, a Rússia destruiu até o momento 75% desse arsenal, e os EUA, 90%. De acordo com a organização, 81,7% das armas químicas declaradas pelos estados-membros da convenção foram destruídas desde que a Opaq começou a funcionar, em 1997. A Opaq também já realizou mais de 5.000 inspeções em 86 países. Em seu comunicado, o comitê do Nobel mencionou que a Rússia e os EUA ainda não completaram a destruição de seus arsenais.   
A convenção que deu origem à Opaq foi ratificada nos últimos anos por 189 países (190, se incluída a recente adesão da Síria, que ainda não foi totalmente formalizada). Apenas seis estados, entre eles Israel, Egito, Coreia do Norte e Angola não assinaram ou ratificaram o tratado. 
Baseada em Haia, na Holanda, a organização emprega cerca de 500 pessoas, e é chefiada pelo turco Ahmet Uzumcu. O orçamento anual é de 74 milhões de euros (219 milhões de dólares), custeado pelos estados-membros, em um esquema similar de financiamento ao que existe na Organização das Nações Unidas (ONU) – apesar das duas organizações cooperarem mutuamente, a Opaq é totalmente independente.  
O primeiro diretor da Opaq foi o brasileiro José Maurício Bustani, que atualmente  serve como embaixador do Brasil na França. Em abril de 2002, ele acabou deixando o cargo após pressão dos EUA, que à época, em um episódio controverso, pediram sua destituição ao acusá-lo de exceder as funções da organização. À época, a Opaq negociava com o regime do ditador iraquiano Saddam Hussein para a inspeção do seu suposto arsenal químico, e os EUA já se movimentavam para invadir o país. 
Malala - Esta foi a segunda vez seguida que o Comitê do Nobel optou por laurear uma instituição. No ano passado, a União Europeia levou a honraria por "colaborar com o estabelecimento da democracia e dos direitos humanos no continente". Apesar da escolha ser imprevisível, muitos apostavam que o prêmio deste ano iria para a jovem paquistanesa Malala Yousafzai, de 16 anos. Defensora do direito das meninas de seu país à educação, Malala sobreviveu a um atentado do Talibã no ano passado e venceu o Prêmio Sakharov de Direitos Humanos, concedido pelo Parlamento Europeu, nesta semana.

Segundo o canal de televisão norueguês NRK, que noticiou a vitória da Opaq minutos antes do anúncio oficial, o Comitê decidiu não premiar Malala por causa de sua juventude, suas poucas conquistas e pelo temor de que a honraria a transformasse em um alvo ainda maior de terroristas.

Prêmio Nobel da Paz vai para órgão da ONU que controla armas químicas

 Por Jamil Chade, estadao.com.br
Nobel ataca uso de armas na Síria, mas alerta que EUA e Rússia ainda não destruíram os seus arsenais



Em uma mensagem direta aos regimes e governos que possam estar avaliando o uso de armas proibidas, o prêmio Nobel da Paz de 2013 vai para a agência da ONU responsável por controlar arsenais químicos pelo mundo, a Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq).

Nesta manhã, o Comitê do Prêmio Nobel anunciou o ganhador em uma disputa que teve um número recorde de participantes. No total, 259 candidaturas foram apresentadas, entre elas 50 instituições. Apesar de os rumores apontarem para o fato de que os favoritos incluiam a garota paquistanesa Malala Yousafzi, o médico congolês Denis Mukwege ou dissidentes chineses, o Nobel mais uma vez surpreendeu.
A Organização para a Proibição de Armas Químicas, uma agência da ONU criada em 1997, passou a ocupar um papel central na crise da Síria ao constatar o uso de substâncias químicas no país, um crime de guerra e que poderia levar os responsáveis a um eventual julgamento internacional. A entidade ainda é a responsável hoje por desarmar o regime de Bashar Al Assad, depois de um acordo fechado entre americanos e russos em Genebra.
Mas o prêmio vai muito além de seu papel hoje na Síria e a opção foi dar uma mensagem clara da instituição escandinava de apoio a uma rejeição completa da comunidade internacional em relação ao uso de armas químicas ou qualquer outra arma proibida. Segundo o Nobel, o prêmio é dado como reconhecimento pelos esforços da Opaq para acabar com as armas químicas no mundo e como um incentivo para os estoques restantes sejam destruídos.
A constatação de que um subúrbio de Damasco sofreu no dia 21 de agosto um ataque químico reabriu o temor de que governos e oposições possam estar considerando que o uso dessas armas seria algo aceitável. Há pelo menos 25 anos um ataque similar não ocorria no mundo. Além dos ataques do dia 21, a ONU investiga outros 14 casos suspeitos de uso de armas químicas. Países Ocidentais chegaram a apontar o dedo para o governo de Bashar Al Assad como o responsável pelos ataques. Mas o governo russo insiste que não existem provas e que seriam os rebeldes os responsáveis.
Mas o Nobel insiste que a mensagem não é dirigida apenas aos sírios. Segundo a entidade, os governos dos EUA e da Rússia não cumpriram o prazo de destruir seus arsenais até o final de 2012, como haviam se comprometido com a agência da ONU. Em menos de 20 anos, a Opaq realizou mais de 5 mil inspeções em mais de 80 países e fiscalizou a destruição de 58 mil toneladas de armas químicas. Mas outras 20 mil toneladas ainda estariam em estoques espalhados pelo mundo.
Brasil – Apesar de ser uma organização de caráter técnico, a Opaq tem um papel político fundamental. Em 2002, o diplomata brasileiro José Maurício Bustani foi derrubado da chefia da entidade depois de uma ação dos EUA para abrir caminho para um ataque ao Iraque. Washington insistia que o regime de Saddam Hussein possuia arsenais de armas químicas e que, por isso, um ataque poderia ser justificado. Bustani defendia inspeções e a destruição dos arsenais.
O brasileiro foi o primeiro chefe da entidade e, para conseguir votos para acabar com seu mandato, o governo americano na época chegou a pagar as anuidades de países que deviam dinheiro à Opaq. O argumento encontrado pelos americanos era de má-gestão por parte do brasileiro, algo que anos depois foi rejeitado por tribunais dos funcionários da ONU. O processo revelou que Bustani foi expulso de forma irregular e sem motivo que se justificasse.
Segundo o Estado apurou, Bustani chegou a encontrar aparelhos de escutas atras de um quadro em seu escritório em Haia, sede da Opaq. Hoje, diplomatas na ONU apontam que o prêmio é em parte um reconhecimento ao posicionamento de Bustani.
Essa não é a primeira surpresa que o Nobel causa em sua história. No ano passado, a instituição deu o prêmio para a União Europeia, como um gesto para lembrar os líderes europeus de que o bloco deveria ser resgatado de sua crise e que seu papel vai muito além de uma moeda única ou de uma harmonização de regras bancárias. Outra escolha polêmica foi a de Barack Obama como vencedor ainda em seu primeiro ano de governo por ações que ele sequer havia iniciado.
Uma vez mais, críticos apontam que o Nobel deu um prêmio para uma entidade que só agora está iniciando seus trabalhos na Síria. Mas o Comitê do Nobel insiste que o prêmio não foi para uma promessa, mas por tudo o que a entidade já fez e pelo fato de que o mundo está prestes a chegar a uma eliminação desse tipo de armas.
Há poucas semanas, o brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, chefe da Comissão de Investigação da ONU para os crimes na Síria, alertou que as armas químicas são alvos de forte preocupação. Mas que 95% das mortes na guerra civil foram causadas por armas convencionais.

Pratos coloridos deixam as crianças mais inteligentes

Por PATRÍCIA GATTONE, Tempo de Mulher

Pratos coloridos deixam as crianças mais inteligentes


Pratos coloridos deixam as crianças mais inteligentes - 1 (© Foto: Thinkstock)

Sabe aqueles pratos saborosos e coloridos que as mães preparam para as crianças e que acabam sendo uma verdadeira tentação até para os adultos? Comidinhas, quando feitas com carinho e cuidado, dão uma enorme vontade de comer mesmo quando a garotada está sem fome. Já fez o teste? Pois saiba que elaborar pratos criativos (LEIA MAIS AQUI) pode fazer muito bem para o desenvolvimento das crianças. 
Além de serem um estímulo a mais para os pequenos se interessarem por frutas e legumes, alimentos de várias tonalidades, em sua maioria, possuem um componente natural fundamental para a garotada: os fitoquímicos. Descobertos na década de 1980 por Gary Postner, um químico da americana John Hopkins University, eles têm a importante função de aumentar a imunidade contra doenças.
De acordo com Lara Natacci, da Dietnet Assessoria Nutricional, o termo ‘fitoquímico’ vem do grego phyto, que significa planta. Eles são diferentes das vitaminas e minerais por não conterem valor nutricional. Alguns desses componentes têm sido utilizados há séculos como parte da produção de medicamentos, além de possuírem funções antioxidantes, por protegerem as células da oxidação e da ação dos radicais livres. Os fitoquímicos presentes nos alimentos, ensina Lara, devem ser ingeridos ao longo do dia e, de preferência, incluídos em todas as refeições. “Eles ajudam na manutenção da concentração e do bom humor, bem como na boa performance nos estudos”.
Mas, afinal, será que é fácil identificar quais alimentos possuem esse pigmento tão saudável para a saúde? Segundo a nutricionista funcional Daniela de Almeida, sim. “Este é um dos motivos para se consumir alimentos coloridos diariamente, já que cada cor apresenta fitoquímicos diferentes”, ressalta.
A especialista faz questão de afirmar que, para estimular os pequenos a consumirem alimentos coloridos, o ideal é incentivá-los a criar com eles. “É possível fazer brincadeiras, exercícios e atividades divertidas sobre as propriedades desses alimentos presentes nas receitas. Mostre a importância, por exemplo, da luteína na visão e da soja, que protege o coração”, ensina. 
Para te dar ideias sobre como preparar refeições nutritivas ao longo do dia, inclusive o lanche para a escola, reunimos sugestões de alimentos que possuem essa substância tão incrível. Com ela, seu pequeno pode ficar ainda mais inteligente e melhorar o desempenho na escola. 
As orientações são das nutricionistas Lara Natacci e Daniela de Almeida!

Pratos coloridos deixam as crianças mais inteligentes - 1 (© Foto: Thinkstock)

Alimentos nas cores laranja e amarelo
São ricos em betacaroteno, antioxidante que fortalece o sistema imunológico, e em vitamina A, que reduz os riscos das doenças do coração.
Fontes: Mamão, damasco, laranja, melão amarelo, abacaxi.

Pratos coloridos deixam as crianças mais inteligentes - 1 (© Foto: Thinkstock)

Alimentos na cor vermelha
Antioxidante que previne doenças do coração e diversos tipos de cânceres, incluindo o de próstata, o licopeno é o pigmento responsável pela cor vermelha.
Fontes: Tomate, goiaba vermelha, melancia.

Pratos coloridos deixam as crianças mais inteligentes - 1 (© Foto: Thinkstock)

Alimentos na cor verde
Apresenta luteínazeaxantina e clorofila que protegem os olhos, desintoxicam o corpo, regulam a pressão e reforçam o sistema imunológico, o sistema circulatório e o músculo cardíaco.
Fontes: Brócolis, couve, repolho, mostarda, acelga, kiwi.

Pratos coloridos deixam as crianças mais inteligentes - 1 (© Foto: Thinkstock)

Alimentos nas cores azul e roxo
antocianina é o pigmento antioxidante responsável pela coloração preta, vermelha, púrpura e azulada de diversas frutas e vegetais. Previne contra doenças cardiovasculares, reduz o colesterol e previne contra o câncer.
Fontes: Berinjela, repolho roxo, amora, rabanete, cereja, mirtilo.

Pratos coloridos deixam as crianças mais inteligentes - 1 (© Foto: Thinkstock)

Já ouviu falar de isoflavonas?
As isoflavonas são encontradas nos alimentos à base de soja. O consumo diário de, no mínimo, 25g de proteína de soja pode ajudar a reduzir o colesterol.

Pratos coloridos deixam as crianças mais inteligentes - 1 (© Foto: Thinkstock)

Vitaminas de frutas com fitoquímicos
Suco com leite de soja e laranja
Suco de kiwi com abacaxi
Suco de couve com laranja
Sopa de couve flor, couve cortada à mineira e frango desfiado
Molho de tomate caseiro para colocar na massinha

Pratos coloridos deixam as crianças mais inteligentes - 1 (© Foto: Thinkstock)
Truques para usar alimentos com fitoquímicos
Alho:
O ideal é consumir cru, por isso podemos colocar em um patê que a criança goste (ex. patê de queijo, de cenoura, de atum) ou ainda pastas com orégano e azeite, reduzindo o sabor forte.
Tomate:
Preparar o molho de tomate fresco em casa, aquecer e adicionar azeite de oliva. Com isso a absorção do antioxidante licopeno é melhor.
Brócolis e outras crucíferas (couve-flor, couve, repolho, couve-de-bruxelas):
Preparar no vapor, dessa forma eles ficam mais firmes, mais verdinhos e apetitosos, e preservam todos os nutrientes.
Cozinhar legumes com o feijão e amassá-los antes de servir.

Pratos coloridos deixam as crianças mais inteligentes - 1 (© Foto: Thinkstock)

Antioxidantes importantes
Vitamina A
- Atua diretamente prevenindo a oxidação da partícula LDL (colesterol ruim). Aumenta a imunidade prevenindo infecções. Também é importante para a saúde ocular. Pode ser encontrada no fígado, no ovo, agrião, cenoura, etc.
Vitamina C
- Melhora a imunidade, ajuda na saúde cardiovascular e mantém a pele saudável. Aposte nas frutas cítricas, nas frutas vermelhas e na salsinha.
Vitamina E
- Protege as membranas celulares contra os radicais livres, prevenindo doenças cardiovasculares. É encontrada principalmente em castanhas, nozes, amêndoas, amendoim, óleos vegetais, soja, sementes, grãos e vegetais verdes escuros.
Zinco
- Reforça o sistema imunológico e auxilia o crescimento das crianças. Encontrado em carnes, leite e derivados.
Carotenoides
- São compostos antioxidantes que dão cor à maioria das frutas e vegetais, que podem variar desde o amarelo até o vermelho vivo. Importantes para a saúde da pele, dos olhos e na prevenção de cânceres.
Polifenóis
- São compostos bioativos - saudáveis - presentes em vegetais e em produtos como chás, chocolate e vinho. Além de darem cor aos vegetais, também conferem características de sabor. Se dividem em 4 famílias: flavonoides, ácidos fenólicos, lignanas e resveratrol. Além do poder antioxidante, os polifenóis têm atividade anti-inflamatória, antialérgica, anticancerígena e ajudam a controlar o nível do colesterol ruim. São diversas as fontes, entre as principais destacam-se frutas vermelhas e roxas, cacau, chá verde, soja, café, cebola e aveia.
Curcuminoides
- Substâncias que dão cor e aroma aos vegetais. O mais conhecido é a curcumina, pigmento que dá a cor amarelada ao açafrão ou cúrcuma, normalmente usada como tempero, principalmente na culinária asiática. Diversos estudos já comprovaram a ação anti-inflamatória, antibacteriana, antiviral, antifúngica e antitumoral da curcumina.
Dica: Quanto mais cor e variedade, mais alimentos com poder antioxidante!

Dicas para estimular os pequenos a consumirem alimentos com a substância fitoquímica
Prepare saladas bem coloridas e coma junto com a criança;
Inclua sempre frutas no lanche, mas varie a fruta (banana, maçã, pêra, uvas em um potinho, mamão picado, melão picado, ameixa, nectarina, mexerica);
Se possível coloque duas frutas diferentes no lanche da escola;
Prefira cereais integrais para os lanches (biscoitos, pães, granola);
Prepare sucos diferentes em casa, misturando frutas e hortaliças; água de coco também é uma boa opção e deixa o suco saboroso!

9 grupos de alimentos que os pequenos não podem ficar sem e que têm fitoquímicos
Cereais integrais
Pelo menos 3 porções ao dia (metade da quantidade de cereais a ser ingerida diariamente – 6 porções). Fontes de fibras, vitaminas do complexo B, magnésio e zinco.  Uma porção é igual a ½ xícara.
Frutas ricas em vitamina C
Amora, melão, laranja, kiwi, limão, laranja lima, papaya, framboesa, morango, melancia: 1 ou mais porções/unidades ao dia.
Vegetais ricos em vitamina C
Brócolis, aspargos, couve-de-bruxelas, repolho, couve-flor, pimentão, batata, tomate, inhame: 1 ou mais porções/unidades ao dia.
Frutas ricas em vitamina A
Damasco, melão, mamão, nectarina, pêssego, framboesa, caqui, morango, tangerina, melancia: 1 ou mais porções/unidades ao dia.
Vegetais ricos em vitamina A
Brócolis, cenoura, chicória, couve, mostarda, abóbora, espinafre, tomate, agrião, inhame: 1 ou mais porções/unidades ao dia.
Outras frutas ou vegetais
3 ou mais porções. Fontes de vitaminas, minerais e fibras.
Leite e derivados
 Iogurte, coalhada, queijos):  3 porções ao dia – fontes de cálcio, vitamina D e proteínas.
Carnes, ovos ou leguminosas
2 porções ao dia. Fonte de ferro e proteínas.
Oleaginosas / azeite de oliva
1 a 2 porções ao dia. Fontes de gordura monoinsaturada, importante para a circulação do sangue.

Algumas receitas que têm a substância dos fitoquímicos
Molho de tomate 
Bater no liquidificador 1 quilo de tomate, mais 2 cenouras grandes e 1 beterrada cozidas, junto com a água do cozimento. Temperar com ervas naturais, cebola, alho e pouco sal, e usar como molho no macarrão integral.
Tempero pronto natural:
1 maço grande de salsinha e cebolinha, inteiro
Suco de 2 limões
2 cebolas
6 dentes de alho
2 colheres de sopa de alecrim
1 pedaço pequeno (1 cm) de gengibre
Bata tudo no liquidificador. Deixe em um pote na geladeira e use como tempero natural e saudável
Caldo Verde
1 batata ralada
1/2 xícara de couve-manteiga cortada bem fininha
1 cebola pequena picada
1 colher (sopa) de margarina light
1 dente de alho socado
1 folha de louro
1 colher de chá do tempero pronto natural (receita acima)
1/2 litro de água sal a gosto
Refogue a cebola e o alho na margarina, acrescente a água, o louro, a batata e a couve, coloque o tempero natural, pouco sal e cozinhe até ferver. Deixe esfriar um pouco e bata tudo no liquidificador. 
Suco saudável
½ xícara (chá) de framboesa
½ xícara (chá) de morango
2 folhas de alface lisa
1 colher (chá) de mel
½ copo de água
Bata tudo no liquidificador.
Sanduíche de salmão
2 fatias de pão de aveia light
8 fatias de salmão em carpaccio
1 colher de sopa rasa de queijo cremoso
4 folhinhas de alface americana
½ tomate cortado em fatias bem finas
limão para o tempero
Preparo:
Temperar o alface e o tomate com limão. Passar o queijo cremoso nas duas fatias de pão, adicionar o alface, o tomate e as fatias de salmão e servir.

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