quinta-feira 07 2012
Rio+20 é desconhecida de 78% dos brasileiros
Ambiente
Estudo divulgado nesta quarta mostra também que o meio ambiente é o sexto problema brasileiro apontado pelos entrevistados. Os três primeiros são saúde, violência e desemprego
Cerimônia de hasteamento da bandeira das Nações Unidas no Riocentro: território da Rio+20 (Divulgação/Unic Rio)
Um estudo divulgado pelo Ministério do Meio Ambiente na manhã desta quarta-feira revelou que 78% da população brasileira desconhecem a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. A pesquisa "O que o brasileiro pensa do meio ambiente e do consumo sustentável" ouviu mais de duas mil pessoas de todo o País. O levantamento também indicou que o meio ambiente é apenas o sexto principal problema do Brasil, apontado por 13% dos entrevistados. Os três maiores problemas são a situação da saúde, apontada por 81% dos entrevistados, seguida da violência (65%) e do desemprego (34%).
O que está em jogo na Rio+20
Mesmo com esse resultado, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, destacou que houve avanço. Na Eco 92, quando foi realizada a primeira pesquisa, apenas 6% dos brasileiros conheciam o evento. Hoje, são 22%. "Em 1992, o meio ambiente sequer aparecia na lista de prioridades. Considerando que estamos falando de todo o Brasil, este índice não é baixo. Ele representa 40 milhões de pessoas", afirmou.
De acordo com o novo levantamento do Ministério, os brasileiros também desconhecem os principais conceitos discutidos no evento. A noção de consumo sustentável é ignorada por 66% do público, e o desenvolvimento sustentável por 55% da população. Os pesquisadores percorreram casas em áreas urbanas e rurais de todas as regiões e entrevistaram pessoas maiores de 16 anos. "É muito preocupante que a população não esteja alertada. Se ela não assume sua responsabilidade cidadã, nós efetivamente não vamos conseguir alterar o padrão em que a gente vive", afirmou Moema Miranda, uma das organizadoras da Cúpula dos Povos. "É como se isso não afetasse as pessoas no cotidiano".
Além da percepção sobre a Rio+20, a pesquisa também questionou os hábitos dos brasileiros em relação às questões ambientais, ao consumo, a separação e reciclagem do lixo. O estudo indicou que 51% da população aceitariam pagar pela preservação da floresta Amazônica e que as belezas naturais são o principal motivo de orgulho do brasileiro para 28%.
Por outro lado, mais da metade (52%) dos entrevistados não separam o lixo em suas casas e 58% não têm costume de levar sacolas retornáveis ao supermercado. Dentre os problemas identificados pelo público, o desmatamento é considerado o mais grave (67%). A poluição dos rios e lagoas (47%) e do ar (36%), o volume do lixo (28%) e o desperdício de água (10%) também foram citados.
A responsabilidade sobre os problemas, segundo os entrevistados, é dos governos estadual, municipal e federal, respectivamente. A responsabilidade individual ocupa apenas a quarta colocação, indicada por 46% do público. "Em 20 anos, o brasileiro deixou de desconhecer o ambiente. Agora é hora de olhar pra os deveres e não só para os direitos", afirmou a ministra Izabella Teixeira.
(Com Agência Estado)
Nem todo mundo se beneficia da atividade física, diz estudo
Atividade física
Segundo pesquisadores, porém, essa conclusão não deve incentivar pessoas a parar de se exercitar
Segundo nova pesquisa, benefícios de atividade física podem não ser para todos (ThinkStock)
Ao contrário do que se pensa, nem todas as pessoas apresentam melhora na saúde com a prática de atividades físicas, sugere um novo estudo americano. De acordo com a pesquisa, 7% dos indivíduos podem ter piora em problemas cardíacos e diabetes com os exercícios. Porém, segundo os autores do trabalho, isso não deve incentivar as pessoas ao sedentarismo - o melhor nesses casos e buscar orientação profissional. As conclusões foram publicados nesta quarta-feira no periódico PLoS One.
CONHEÇA A PESQUISA
Título original: Adverse Metabolic Response to Regular Exercise: Is It a Rare or Common Occurrence?
Onde foi divulgada: periódico PLoS One
Quem fez: Claude Bouchard, Steven Blair, Timothy Church, Conrad Earnest, James Hagberg, Keijo Häkkinen, Nathan Jenkins, Laura Karavirta, William Kraus, Mark Sarzynski, James Skinner, Cris Slentz e Tuomo Rankinen
Instituição: Centro de Pesquisas Biomédicas Pennington, EUA
Dados de amostragem: 1.687 adultos
Resultado: 7% das pessoas que praticam atividade física regular apresentam piora em dois ou mais fatores de risco para doenças cardíacas ou diabetes, como aumento da pressão sanguínea ou de níveis de colesterol
Segundo os pesquisadores, que são do Centro de Pesquisas Biomédicas Pennington, nos Estados Unidos, outros trabalhos já estabeleceram que cada pessoa responde de uma maneira aos exercícios físicos e apresentam melhora nos quadros de saúde em níveis diferentes. No entanto, ainda não estava claro se existem indivíduos que se prejudicam com a prática regular de atividades.
Nesse trabalho, a equipe se baseou em outras seis pesquisas sobre o tema que envolveram, ao todo, 1.687 adultos. Eles observaram as pessoas que mostraram uma piora em algum fator de risco para diversas doenças, como aumento da pressão sanguínea, dos níveis de colesterol e de resistência à insulina. Os pesquisadores concluíram que, com a prática frequente de atividade física, 7% dos participantes apresentaram reação em dois ou mais fatores de risco. Além disso, 8,4% das pessoas demonstraram piora no quadro de resistência à insulina, 12,2% na pressão sanguínea e 13,3% nos níveis de colesterol. A equipe não encontrou resultados diferentes entre homens e mulheres.
Os autores do estudo, no entanto, não acreditam que esses resultados sejam suficientes para fazer com que as pessoas deixem de praticar atividades físicas, já que ainda não é conhecido o mecanismo pelo qual os exercícios podem prejudicar certos indivíduos. "Precisamos identificar de que maneira os exercícios afetam essas pessoas para que a prática de exercícios possa ser personalizada", escreveram os autores no artigo.
Meditação pode reduzir risco cardiovascular em jovens
Coração
Prática regular da meditação reduziu volume da massa ventricular esquerda, um indicativo para futuros problemas cardíacos
Sessões rotineiras de meditação ajudam a reduzir a sobrecarga no coração, diminuindo os riscos de futuras doenças cardiovasculares (Thinkstock)
Praticar meditação com regularidade pode reduzir os riscos de desenvolvimento de doenças cardiovasculares em jovens com pressão alta. De acordo com uma pesquisa realizada pela Universidade de Ciências da Saúde da Geórgia, nos Estados Unidos, jovens que meditaram 15 minutos duas vezes por dia tiveram menor sobrecarga cardíaca após quatro meses.
A pesquisa contou com a participação de 62 adolescentes negros com hipertensão, divididos em dois grupos. A primeira metade de jovens meditou duas vezes por dia durante 15 minutos. A outra, recebeu apenas orientações sobre como reduzir a pressão arterial e os riscos para doenças cardiovasculares, mas não meditaram. O estudo durou quatro meses.
Entre os jovens que fizeram as sessões de meditação, a massa ventricular esquerda, um indicador para futuras doenças cardiovasculares, estava menor ao final da pesquisa, quando comparados ao grupo controle. Essa massa foi mensurada com ecocardiograma tridimensional antes e depois do estudo. “Aumento da massa muscular do ventrículo esquerdo é causado por uma carga extra no coração de pessoas com hipertensão”, diz Vernon Barnes, um dos responsáveis pela pesquisa. “Alguns desses jovens já possuem um aumento nessa massa muscular por causa de sua pressão arterial mais elevada, o que eles tendem a manter na vida adulta.”
Durante a meditação, que Barnes compara a um período de repouso profundo, a atividade do sistema nervoso simpático diminui e o corpo libera uma quantidade menor do que a normal de hormônios do stress. “Como resultado, os vasos se relaxam, a pressão sanguínea cai e o coração trabalha menos”, diz. De acordo com ele, a meditação transcendental resulta em um descanso para o corpo que geralmente é mais profundo que o sono. “Se praticada ao longo do tempo, a meditação pode reduzir os riscos que esses jovens têm de desenvolver doenças cardiovasculares.”
Cientistas revelam mais completa análise genética do milho
Alimentos
Estudos vão ajudar a produzir mais variedades do milho, ampliando a área de plantio e criando plantas mais resistentes às pragas
Milho: a espécie vegetal mais cultivada no planeta serve de matéria-prima para biocombustíveis e alimento para bilhões de pessoas (iStockphoto/Thinkstock)
Nicolle Rager Fuller, National Science Foundation
Cientistas terminaram a mais completa análise do genoma do milho
Cientistas publicaram nesta segunda-feira, no periódico britânico Nature Genetics, a mais detalhada análise genética do milho. O estudo pretende acelerar o desenvolvimento de variedades da planta, a espécie vegetal mais cultivada no planeta. Essas variedades poderiam ser resistentes a pragas ou plantadas em regiões que hoje não são muito favoráveis ao cultivo.
A análise foi realizada por 17 instituições internacionais e liderada por cientistas da Universidade Cornell, nos Estados Unidos, e pelo Departamento de Pesquisa Agrícola dos Estados Unidos. A partir do estudo, os pesquisadores revelaram a diversidade genética do milho, detalharam como ele evoluiu e de que forma continua a se diversificar à medida que se adapta a diferentes ambientes.
Um dos estudos publicados na Nature Genetics examina a estrutura genética de mais de 100 variedades de milho. Outro explora a evolução da planta há 8.700 anos, a partir de um tipo selvagem de grama, até ganhar o atual status decommodity. "Os estudos podem ajudar aqueles que usam o milho como matéria prima de biocombustível", diz Edward Knipling, presidente do Departamento de Pesquisa Agrícola dos EUA.
Brasil — A pesquisa pode beneficiar o Brasil. De acordo com o Ministério da Agricultura, o país é o terceiro maior produtor mundial de milho, com uma produção de 53,2 milhões de toneladas na safra 2009/2010.
Antes de falar à CPI, Agnelo se livra da Delta
CPI do Cachoeira
Governo rompe contrato com a companhia ligada a Carlinhos Cachoeira. Assessores do petista teriam recebido propina para favorecer empresa
Gabriel Castro
Preparando terreno para o depoimento de Agnelo Queiroz à CPI do Cachoeira, na quarta-feira, o governo do Distrito Federal anunciou o rompimento do contrato que mantém com a empresa Delta, ligada ao esquema do contraventor Carlinhos Cachoeira. A companhia é uma das responsáveis pela coleta de lixo da capital federal. Só em 2012, recebeu mais de 27 milhões de reais pelo serviço.
O secretário de Transparência do governo, Carlos Higino, afirma que a decisão foi tomada após uma detalhada auditoria que detectou ilegalidades na prestação do serviço de coleta de lixo, prestado pela Delta: "Nossa auditoria constatou irregularidades na pesagem do lixo e a falta de rigor na fiscalização do governo passado, o que torna difícil descobrir onde está o erro". O rompimento do contrato com a Delta deve estar concluído na semana que vem.
Asessores diretos de Agnelo foram flagrados em conversas telefônicas que insinuam o pagamento de propina para a manutenção do contrato com a Delta e a nomeação de um aliado da quadrilha no comando do Serviço de Limpeza Urbana (SLU). O chefe de gabinete de Agnelo, Cláudio Monteiro, e o subsecretário João Carlos Feitoza, o Zunga, foram demitidos na esteira do escândalo. Mas negam participação em um esquema de corrupção.
A decisão de romper o contrato tenta reforçar o discurso de defesa do governador. Agnelo vem alegando que o contrato com a Delta já estava em vigor quando ele assumiu o cargo e sofreu uma revisão sob seu comando. Além de problemas na execução do contrato, a companhia era questionada por ter apresentado um atestado de capacidade técnica inválido para participar da licitação que venceu em Brasília.
Relatório da ONU afirma que o mundo segue um "caminho insustentável"
Meio Ambiente
A sete dias do início da Rio+20, documento atrai visibilidade para a conferência. Mas lança a dúvida: até que ponto as grandes reuniões produzem resultado?
Luís Bulcão, do Rio de Janeiro
Degelo: nível registrado por satélites é o segundo menor da história (iStockphoto)
O relatório GEO 5, produzido pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), lançado no Rio de Janeiro nesta quarta-feira, faz uma previsão pessimista para o planeta. As conclusões, que certamente darão mais visibilidade à Rio+20, são de que mesmo depois de mais de 500 acordos, leis e convenções assinadas ao longo de 40 anos desde a Convenção de Estocolmo (1972), o mundo segue um “caminho insustentável”, com destaque para três quesitos: perda de biodiversidade, mudança climática e estoques de peixes.
O documento serve tanto para aumentar a expectativa como para lançar ainda mais dúvidas sobre o resultado efetivo de grandes reuniões como a de agora, no Rio de Janeiro. São esperadas para a cidade, a partir do dia 13 e até 22 de junho, algo entre 50.000 e 70.000 pessoas, entre elas delegações de mais de 100 países e pelo menos 102 chefes de estado ou governo.
Elizabeth Thompson, coordenadora executiva da Rio+20, joga no time dos otimistas. Para ela, os fracassos dos esforços globais demonstrados pelo relatório podem ser modificados na Rio+20 - para a ala dos pessimistas, entre eles o ex-ministro Rubens Ricúpero, a conferência carece de foco e corre o risco de dar em nada. Segundo Elizabeth, uma das principais razões para toda a retórica produzida até hoje não ter sido colocada em prática é a falta de engajamento do setor econômico e da adoção dos conceitos de desenvolvimento sustentável pelos políticos de alto escalão. Elizabeth acredita que o diferencial da conferência, que tem início no dia 13, está na proposta de engajamento dos grandes atores globais.
"Pela primeira vez, os chefes de estado e de governo foram conduzidos ao processo desde o começo. E também pela primeira vez instituições como o Banco Mundial trouxeram representantes econômicos para a mesa e os fizeram entender que o desenvolvimento sustentável não está relegado ao meio ambiente e tem que ser adotado nos mais altos níveis. Agora nós temos um número suficiente de relatórios críticos, como o GEO 5, que mostram as consequências reais de não tomar as decisões que precisam ser tomadas agora", alertou.
Resultados – O GEO 5 avaliou 90 objetivos e metas ambientais. Encontrou avanços em 40 delas, como a redução do buraco da camada de ozônio, a expansão de áreas protegidas e os esforços para conter os desmatamentos. Vinte e quatro metas foram tidas como estagnadas, sem representar avanços, como os estoques pesqueiros, as mudanças climáticas e os processos de desertificação. Oito das metas foram consideradas críticas pelo relatório, como o estado dos recifes e corais no mundo.
Segundo o chefe do Programa das Nações Unidas para o meio ambiente, Achim Steiner, o aviso do relatório é o seguinte: se os governos não reverterem o processo de degradação atual, precisarão administrar níveis sem precedentes de danos ambientais no futuro. No entanto, segundo Steiner, o relatório procura salientar práticas que foram efetivas na mudança de direção e que podem servir de exemplo aos tomadores de decisões. "A pergunta é: como os historiadores vão falar da nossa geração quando analisarem que tivemos as escolhas em nossas mãos? As mudanças já estão acontecendo e nós somos capazes de medi-las e analisar as consequências", afirmou
"Pela primeira vez, os chefes de estado e de governo foram conduzidos ao processo desde o começo. E também pela primeira vez instituições como o Banco Mundial trouxeram representantes econômicos para a mesa e os fizeram entender que o desenvolvimento sustentável não está relegado ao meio ambiente e tem que ser adotado nos mais altos níveis. Agora nós temos um número suficiente de relatórios críticos, como o GEO 5, que mostram as consequências reais de não tomar as decisões que precisam ser tomadas agora", alertou.
Resultados – O GEO 5 avaliou 90 objetivos e metas ambientais. Encontrou avanços em 40 delas, como a redução do buraco da camada de ozônio, a expansão de áreas protegidas e os esforços para conter os desmatamentos. Vinte e quatro metas foram tidas como estagnadas, sem representar avanços, como os estoques pesqueiros, as mudanças climáticas e os processos de desertificação. Oito das metas foram consideradas críticas pelo relatório, como o estado dos recifes e corais no mundo.
Segundo o chefe do Programa das Nações Unidas para o meio ambiente, Achim Steiner, o aviso do relatório é o seguinte: se os governos não reverterem o processo de degradação atual, precisarão administrar níveis sem precedentes de danos ambientais no futuro. No entanto, segundo Steiner, o relatório procura salientar práticas que foram efetivas na mudança de direção e que podem servir de exemplo aos tomadores de decisões. "A pergunta é: como os historiadores vão falar da nossa geração quando analisarem que tivemos as escolhas em nossas mãos? As mudanças já estão acontecendo e nós somos capazes de medi-las e analisar as consequências", afirmou
Doca de 165 toneladas arrancada por tsunami é achada nos EUA
Divulgação/Oregon Parks and Recreation Department/Reuters
Doca atravessou uma distância de 8.050 km no oceano Pacífico
Uma doca de 20 m de extensão e pesando 165 toneladas, rompida pelo tsunami do ano passado no Japão, foi encontrada no Estado americano de Oregon.
A doca atravessou uma distância de 8.050 km no oceano Pacífico até ser avistada na praia de Agate, ao sudoeste da cidade de Portland.
A doca continha uma placa comemorativa que mostrou que ela vinha do porto pesqueiro de Misawa.
Testes de radiação se mostraram negativos, mas cientistas afirmam que espécies estranhas à região podem ter pegado ''carona'' junto com a doca.
Uma estrela do mar natural do Japão estava entre as espécies marinhas que ainda se agarravam à estrutura.
Docas desaparecidas
A polícia de Oregon foi convocada para impedir que pessoas subam na doca, que foi, em princípio, tomada por moradores como sendo uma embarcação.
Misawa perdeu quatro docas no terremoto seguido de tsunami que atingiu o Japão em 11 de março de 2011. Duas das docas permanecem desaparecidas.
Em abril, a Guarda Costeira dos Estados Unidos usou um canhão para afundar um navio não-tripulado japonês encontrado à deriva em águas do Estado do Alasca após ter sido deslocado cerca de 6.400 km em consequência do tsunami.
Cientistas japoneses estimam que cerca de 20 milhões de toneladas de detritos foram gerados pelo terremoto e pelo forte fluxo de água gerado pelo fenômeno.
A maior parte desses detritos podem ter permanecido em terra, mas uma boa quantidade de destroços que foram arrastados para o mar teriam afundado no fundo do oceano. Mas é possível que 1 milhão de detritos ainda estejam à deriva.
Cerca de 16 mil pessoas foram mortas pelo terremoto e pelo tsunami no Japão em 2011.
Corpo de filha de Niemeyer será enterrado no cemitério São João Batista nesta quinta
Anna Maria Niemeyer morreu vítima de enfisema pulmonar na quarta-feira (6)
Rejane Guerra / Assessoria de imprensa
Anna Maria Niemeyer era marchand, designer e arquiteta de interiores
A filha do arquiteto Oscar Niemeyer,Anna Maria Niemeyer, será enterrada nesta quinta-feira (7), às 13h, no Cemitério São João Batista, em Botafogo, na zona sul do Rio de Janeiro. Ela morreu na quarta-feira (6) vítima de enfisema pulmonar.
Um dos filhos de Anna Maria, Carlos Oscar, disse que a mãe lutava havia muitos anos contra a doença.
— Ela tinha um enfisema há alguns anos e há cerca de 60 dias, quando ela esteve internada, descobriu que estava com um tumor no pulmão, por conta de ter fumado muito em anos passados e, infelizmente, o tratamento que foi feito, que não podia ser muito agressivo, devido à fragilidade dela, não surtiu efeito.
Ainda de acordo com Carlos Oscar, Niemeyer, de 104 anos, foi informado da morte da única filha por um neto e um sobrinho.
Ana Maria, de 82 anos, era marchand, designer e arquiteta de interiores. Ela estava internada desde o dia 1º de junho no hospital Samaritano, em Botafogo. Ela deixa cinco filhos, 13 netos e quatro bisnetos.
Em maio, Oscar Niemeyer também esteve internado no hospital Samaritano, com pneumonia e desidratação. Em abril, o arquiteto precisou de atendimento médico devido a uma infecção urinária.
OMS alerta para casos de gonorreia resistente
DST
Sete países já relataram casos da doença em que o antibiótico cefalosporina, última opção de tratamento, não foi eficaz
Bactéria 'Neisseria gonorreae': Austrália, França, Japão, Noruega, Suécia e Grã-Bretanha registraram casos de resistência ao antibiótico cefalosporina, última opção de tratamento disponível (Thinkstock)
Milhares de pacientes com gonorreia podem ficar sem opções de tratamento. De acordo com um alerta publicado nesta quarta-feira pela Organização Mundial de Saúde (OMS), sete países já relataram casos de resistência ao antibiótico cefalosporina – a última opção de terapia disponível hoje. Estima-se que anualmente 106 milhões de pessoas se infectem com gonorreia, uma doença transmitida sexualmente.
Saiba mais
GONORREIA
Doença sexualmente transmissível causada pela bactéria Neisseria gonorreae, organismo que infecta o revestimento mucoso da uretra, do colo uterino, do reto e da garganta ou da membrana ocular. Ela pode causar infertilidade tanto no homem como na mulher, aumentar o risco de infecção pelo HIV, aborto espontâneo. Casos de infecção severa no olho ocorrem de 30% a 50% dos recém-nascidos de mulheres com gonorreia não tratada, problema que pode levar à cegueira. O tratamento é feito com o uso de antibióticos.
Doença sexualmente transmissível causada pela bactéria Neisseria gonorreae, organismo que infecta o revestimento mucoso da uretra, do colo uterino, do reto e da garganta ou da membrana ocular. Ela pode causar infertilidade tanto no homem como na mulher, aumentar o risco de infecção pelo HIV, aborto espontâneo. Casos de infecção severa no olho ocorrem de 30% a 50% dos recém-nascidos de mulheres com gonorreia não tratada, problema que pode levar à cegueira. O tratamento é feito com o uso de antibióticos.
Até o momento, os países que registraram os casos de resistência são Austrália, França, Japão, Noruega, Suécia e Grã-Bretanha. "A gonorreia está se tornando um grave desafio de saúde pública, devido à alta incidência de infecções e redução nas opções de tratamento", diz Manjula Lusti-Narasimhan, do Departamento de Saúde Reprodutiva e Pesquisa da OMS. "Os dados disponíveis mostram apenas a ponta do iceberg. Sem um monitoramento adequado, não saberemos a extensão da resistência da gonorreia. Sem pesquisa de novos agentes antibacterianos, pode não haver tratamento eficaz em um curto prazo."
Medicação – Entre as novas orientações publicadas nesta quarta-feira pela OMS está a necessidade de um monitoramento mais apurado de quais antibióticos são usados no tratamento da doença. O órgão pede ainda que sejam realizadas mais pesquisas sobre possíveis tratamentos alternativos para infecções pela bactéria gonococo – causadora da gonorreia.
"Estamos muito preocupados com relatos recentes de falha no tratamento com a última opção disponível, a classe de antibióticos cefalosporina. Isso porque não existe nenhuma outra nova terapia em desenvolvimento", diz Lusti-Narasimhan. "Se as infecções por gonococo se tornarem não tratáveis, as implicações para a saúde serão significativas."
O especialista responde
David Uip
Infectologista e diretor do Instituto de Infectologia Emílio Ribas
Infectologista e diretor do Instituto de Infectologia Emílio Ribas
"O alerta da OMS é preocupante. No Brasil não existe o hábito de se fazer rotineiramente a cultura, pesquisa direta e o antibiograma em casos de gonorreia. Assim, o paciente é medicado apenas com o diagnóstico clínico, o que nos impede de saber qual o tipo de antibiótico que, de fato, vai ser sensível ou eficaz em cada caso. Acredito que, a partir de agora, isso venha a se tornar algo obrigatório, para que se faça um rastreamento mais condizente desses casos de resistência. É importante lembrar ainda que no Brasil os casos de gonorreia e outras DSTs vêm aumentando a cada ano."
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O trabalho ininterrupto gera diversas consequências físicas e psicológicas ao empregado. A exigência constante por produtividade faz com ...