quarta-feira 15 2014

File de salmão com molho de brócolis e castanhas

Um "Tantinho" de Culinária!
Ingredientes
·         6 Unidade(s) filés de salmão
·         1/2 Colher(es) de chá sal
·         1 Colher(es) de sopa suco de limão
·         2 Colher(es) de sopa azeite de oliva
·         1 Unidade(s) cebola grande cortada em rodelas
·         50 Grama(s) castanha-do-pará picada
·         200 Grama(s) brócolis cozidos e picados
·         1/2 Xícara(s) água
·         1 Xícara(s) maionese HELLMANN’S
·         Modo de preparo
Modo de Preparo
·         1.Tempere os filés com o sal e o suco de limão.
·         2.Reserve.
·         3.Em uma frigideira grande, aqueça metade do azeite e doure os filés dos dois lados.
·         4.Passe os filés para uma travessa e reserve.
·         5.Coloque o restante do azeite na frigideira e doure a cebola.
·         6.Junte a castanha e os brócolis, refogue por mais 1 minuto.
·         7.Acrescente a água e aqueça até ferver.
·         8.Acrescente a maionese HELLMANN’S e cozinhe por mais 3 minutos, mexendo sempre, até formar um molho cremoso.
·         9.Cubra os filés com o molho e sirva em seguida.
Variação
·         1.Se preferir, substitua o brócolis por pimentão verde cortado em tiras

Frango com creme de queijo

Um Pouco de Receita Culinária 
Ingredientes
·         2 Colher(es) de sopa azeite de oliva
·         1 Unidade(s) cebola cortada em cubos pequenos
·         1 Unidade(s) tomate cortado em cubos pequenos
·         200 Grama(s) ervilha fresca
·         1/2 Quilo(s) peito de frango cozido e desfiado
·         3 Colher(es) de sopa maionese HELLMANN'S
Creme
·         1 Xícara(s) maionese HELLMANN'S
·         100 Grama(s) queijo-de-minas padrão ralado
Para untar
·         Azeite de oliva a gosto
Modo de preparo
Modo de Preparo
·         1.Preaqueça o forno em temperatura média (180ºC).
·         2.Unte um refratário retangular pequeno (26 x 16 cm) e reserve.
·         3.Em uma panela média, aqueça o azeite e doure a cebola. Junte o tomate, a ervilha, o frango e refogue por mais 5 minutos. Retire do fogo, acrescente a maionese HELLMANN’S e misture até que fique homogêneo.
·         4.Passe para o refratário e alise com as costas de uma colher. Reserve.
Creme
·         1.Em uma tigela, misture a maionese HELLMANN’S e o queijo. Espalhe sobre o frango, cobrindo toda a superfície.
·         2.Leve ao forno por 20 minutos ou até começar a dourar a superfície. Sirva em seguida.
Dicas
·         1.Para cozinhar o frango coloque em uma panela média meio quilo de peito sem osso, 1 colher (chá) de sal e 3 xícaras (chá) de água. Cozinhe em fogo médio com a panela tampada até ficar macio. Retire o frango, desfie e utilize na receita.
·         2.Se preferir preparar porções individuais, monte o prato em 8 tigelas refratárias pequenas (8 cm de diâmetro). Coloque-as em uma assadeira grande (40 x 28 cm) e leve ao forno por 15 minutos. Sirva em seguida.
·         3.A ervilha fresca é encontrada em supermercados e feiras. É de tamanho maior que a ervilha em lata. Pode ser encontrada também congelada nos supermercados.

http://br.recepedia.com/pais/receita/frango-com-creme-de-queijo


Fazer bagunça pode ajudar no aprendizado das crianças

Infância

Estudo mostra que os meninos e meninas que interagem bastante com elementos ao seu redor – isso inclui arremessar comida no chão – aprendem a nomear objetos mais rapidamente do que os pequenos considerados comportados

Menino se sujando
Apesar de irritar os pais, a bagunça pode fazer parte do processo de aprendizagem das crianças (Thinkstock)
Sujar a roupa e jogar comida no chão são atitudes infantis que irritam pais ou mães. Mas fazer bagunça, na verdade, é uma forma de os pequenos explorarem o mundo, e pode contribuir para o aprendizado. Crianças consideradas bagunceiras tendem a ter mais facilidade para nomear objetos do que aquelas consideradas comportadas. É isso que mostra um estudo publicado nesta segunda-feira no periódico Developmental Science. 
CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Highchair philosophers: the impact of seating context-dependent exploration on
children’s naming biases


Onde foi divulgada: periódico Developmental Science

Quem fez: Lynn K. Perry, Larissa K. Samuelson e Johanna B. Burdinie

Instituição: Universidade de Iowa, EUA

Dados de amostragem: crianças de um ano e quatro meses

Resultado: Os pesquisadores concluíram que as crianças consideradas mais "bagunceiras", ou seja, as que mais interagiam com os objetos ao seu redor foram as que tiveram mais facilidade em nomear objetos
Pesquisas anteriores comprovaram que não é difícil aprender a nomear objetos sólidos — afinal, eles têm tamanhos e formas definidos. A dificuldade aparece quando os bebês tentam identificar os não sólidos: um copo cheio de leite ou de cola, por exemplo, são aparentemente iguais. Daí a necessidade de conhecer outras características, como o cheiro e a textura. 
Um estudo realizado da Universidade de Iowa, nos Estados Unidos, revelou que esse padrão muda se as crianças estiverem em um ambiente que conhecem bem – a hora da refeição, por exemplo, quando interagem com objetos não sólidos. 
Em um estudo da Universidade de Iowa, nos Estados Unidos, cientistas reuniram crianças de 1 ano e 4 meses com o objetivo de entender como elas aprendiam os nomes de objetos não sólidos. Eles entregaram aos meninos e meninas catorze elementos, sobretudo comidas e bebidas, como purê de maçã, suco, pudim e sopa, junto com denominações curtas e inventadas para cada um, a exemplo de "dax" ou "kiv". Um minuto depois, pediram para as crianças identificarem os mesmos alimentos em diferentes tamanhos e formatos. 
Os meninos e meninas que mais interagiram com os alimentos — isto é, apalparam, comeram e, é claro, arremessaram no chão — foram os que fizeram mais associações corretas. "Pode parecer que a criança está brincando no cadeirão ao jogar comida no chão, e talvez ela esteja, mas ela também está tirando informações (dessas ações), que podem ser usadas mais tarde", afirma Larissa Samuelson, autora do estudo.

Estudo mostra que crianças aprendem a linguagem por meio da gramática, não pela repetição

Linguística

Pesquisador americano comparou a forma que crianças americanas aprendem a falar com a aquisição de linguagem de sinais pelos primatas

Juliana Santos
Linguagem
De acordo com o estudo, o aprendizado das crianças se dá primeiramente por regras gerais, ou seja, gramática, e não através da memorização de séries de palavras (Thinkstock)
Um estudo realizado por Charles Yang, professor da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, sugere uma nova explicação para como as crianças aprendem a se comunicar. A hipótese comumente aceita pelos pesquisadores é a de que as crianças aprendem uma língua por imitação e memorização daquilo que ouvem e não são capazes de combinar palavras livremente. Mas, para Yang, essa não é a explicação correta. De acordo com o pesquisador, seu estudo mostra que o linguista americano Noam Chomsky está correto no que diz há muitos anos: a linguagem é um instinto humano.
CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Ontogeny and phylogeny of language

Onde foi divulgada: periódico Proceedings of the National Academy of Sciences

Quem fez: Charles Yang

Instituição: Universidade da Pensilvânia, EUA

Resultado: O autor concluiu que as crianças aprendem a linguagem por meio do estabelecimento de regras gerais, ou seja, pelo uso da gramática, e não apenas a memorização de conjuntos de palavras.
Na pesquisa, publicada nesta segunda-feira, no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences, Yang propõe que o aprendizado das crianças se dá primeiramente por  regras gerais, ou seja, gramática, e não através da memorização de séries de palavras. Isso significa que elas seguem um modelo lógico para juntar palavras quase idêntico àquele usado por adultos falantes do mesmo idioma.
"Já se sabe que a linguagem das crianças é mais complexa do que seu discurso revela. Por exemplo, elas entendem a linguagem melhor do que conseguem falar. E há histórias de pessoas famosas, como Einstein, por exemplo, que demoraram para falar, mas assim que começaram tinham a gramática perfeita – elas apenas não gostavam de falar!", explicou Yang ao site de VEJA.
Para chegar a esta conclusão, Yang analisou frases formadas por um artigo e um substantivo na língua inglesa. Ele observou que a frequência que as crianças combinam artigos definidos ou indefinidos (no caso do inglês, "a" ou "the") com cada substantivo era quase idêntica a dos adultos. De acordo com o autor, mesmo nos estágios mais iniciais do aprendizado da linguagem, as crianças raramente cometem erros no uso dessas estruturas. "Combinações agramaticais, como “the a dog” (“o um cachorro”) e "cat the" (“gato o”) são praticamente inexistentes", escreve Yang no artigo.
O autor utilizou no estudo nove amostras de discurso de crianças que estavam aprendendo a formar frases em inglês americano, assim como amostras presentes no corpus de Brown. Em linguística, um corpus é um conjunto de dados coletados com intuito de servirem para pesquisa de uma língua. O corpus de Brown, com um milhão de palavras em inglês americano, foi compilado pelos linguistas W.N. Francis e H. Kucera, da Universidade de Brown, com base em textos publicados em 1961 nos Estados Unidos. Ele é considerado um dos primeiros corpora eletrônicos existentes.
Primatas – Yang comparou esses dados com o registro do desenvolvimento da linguagem do chimpanzé Nim Chimpsky, que aprendeu a Língua de Sinais Americana (American Sign Language, ASL) para a realização de um estudo sobre aquisição de linguagem na década de 70. Nim foi separado de sua mãe com dias de vida e passou a ser criado como um ser humano, em uma família americana. O objetivo do estudo, conduzido por Herb Terrace, professor de psicologia da Universidade de Columbia, era descobrir se o animal, devido à sua criação, poderia aprender a utilizar a linguagem para se comunicar.
Quando o estudo foi encerrado, quatro anos depois, Nim sabia 125 palavras em língua de sinais, e seus professores acreditavam que ele era capaz de juntar palavras e se comunicar. Porém, ao analisar os dados coletados, Terrace concluiu que o chimpanzé havia apenas aprendido a imitar os gestos dos pesquisadores a fim de conseguir as coisas que desejava.
Yang afirma que seus resultados confirmam a conclusão de que Nim aprendeu apenas a fazer imitações de sinais, e não a utilizar a gramática, característica principal da linguagem humana.
O autor não descarta o papel da memória na aquisição da linguagem, dando como exemplo o fato de que é preciso memorizar palavras para se expressar por meio da fala, mas "os resultados mostram que a memória não substitui o poder combinatório da gramática, mesmo nos estágios iniciais do aprendizado da linguagem", escreve Yang. Para o pesquisador, esses resultados podem ajudam a avaliar o desenvolvimento da linguagem em crianças. 

Saiba mais

PROJETO NIMO chimpanzé Nim Chimpsky (uma troça com o nome do linguista Noam Chomsky, que afirmou que somente humanos têm a capacidade inata de aprender uma linguagem e criar sentenças completas), nascido em 1973, tinha poucos dias de vida quando foi separado de sua mãe, Carolyn, para viver com Stephanie LaFarge, que seria sua “mãe-humana-adotiva”.  Nim era parte de um projeto científico de Herb Terrace, professor de psicologia da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos. Como parte da pesquisa, Nim foi criado como um ser humano e contou com diversos professores para ensinar a ele a Língua de Sinais Americana (ASL). O objetivo era estudar sua capacidade de adquirir linguagem e se comunicar.
Herb Terrace
Nim Chimpsky, o chimpanzé que aprendeu a língua de sinais em um experimento conhecido como Projeto Nim
Porém o estudo, que ficou conhecido como Projeto Nim, teve um desfecho desanimador. Terrence decidiu acabar com o experimento cerca de quatro anos depois de seu início, quando Nim começou a apresentar comportamentos agressivos e atacou uma de suas professoras. Ao término do estudo, Nim havia aprendido 125 palavras em língua de sinais e os pesquisadores acreditavam em sua capacidade de formar frases e se comunicar. Mandado de volta para um abrigo, Nim enfrentou alguns problemas de adaptação: além de ter sido criado como humano, usando roupas e dormindo em uma cama, ele nunca havia entrado em contato com outro chimpanzé.
Terrace, analisando os dados e as gravações do estudo, concluiu mais tarde que Nim não havia de fato aprendido a se comunicar, mas apenas a imitar seus professores e utilizar os gestos necessários para conseguir o que queria. Apesar dos resultados negativos, o estudo foi significativo na década de 70, momento em que os cientistas acreditavam que a maneira com a qual um ser era criado poderia se sobrepor à sua natureza.
Nim morreu por causa de um ataque cardíaco no ano 2000, aos 26 anos, cerca de metade da idade média de chimpanzés em cativeiro. Em 2011, foi lançado o documentário Projeto Nim (Project Nim), dirigido por James Marsh. O longa é baseado no livro Nim Chimpsky: The Chimp Who Would Be Human, de Elizabeth Hess (Bantam Books, 2008, 384 páginas).

Idade em que se aprende 2º idioma influencia estrutura cerebral

Cérebro

Quanto mais especializado o cérebro se torna na língua materna, mais difícil é aprender um novo idioma

"Exercício": segundo estudo, o cérebro é afetado pelo aprendizado de idiomas da mesma forma que os músculos podem mudar com exercício físico
"Exercício": segundo estudo, o cérebro é afetado pelo aprendizado de idiomas da mesma forma que os músculos podem mudar com exercício físico (Thinkstock)
A idade em que uma criança aprende um segundo idioma pode influenciar sua estrutura cerebral na idade adulta. É o que mostra um estudo de pesquisadores da Universidade McGill, no Canadá, e da Universidade de Oxford, na Grã-Bretanha. 
CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Age of language learning shapes brain structure: A cortical thickness study of bilingual and monolingual individuals

Onde foi divulgada: periódico Brain and Language

Quem fez: Denise Klein, Kelvin Mok, Jen-Kai Chen e Kate E. Watkins

Instituição: Universidade McGill, no Canadá, e Universidade de Oxford, no Reino Unido

Dados de amostragem: imagens de ressonância magnética de 66 indivíduos bilíngues e 22 monolíngues

Resultado: Os pesquisadores concluiram que a idade com a qual uma criança aprende um segundo idioma pode influenciar a sua estrutura cerebral.
Os pesquisadores concluíram pessoas que aprendem um ou dois idiomas desde o nascimento têm um desenvolvimento cerebral parecido, enquanto aqueles que aprendem uma segunda língua mais tarde na infância, depois dos três anos de idade, quando a língua materna já foi adquirida, têm a estrutura cerebral modificada por esse aprendizado. “Nosso trabalho mostra que a estrutura do cérebro muda como resultado da nossa experiência com idiomas, assim como os músculos ou outras partes do corpo podem mudar a partir de uma experiência específica”, disse Kate Watkins, uma das autoras do estudo, ao site de VEJA. A pesquisa foi publicada no final de junho na edição online do periódico Brain and Language.
Mudança estrutural – A equipe utilizou um programa de computador desenvolvido na própria Universidade McGill para analisar, por meio de imagens de ressonância magnética, a estrutura cerebral de 66 indivíduos bilíngues e 22 monolíngues. Os resultados mostraram que, nas pessoas que aprenderam a segunda língua após adquirirem proficiência no idioma materno, o giro frontal inferior, área do cérebro relacionada à produção e compreensão da fala, apresenta alterações: o lado esquerdo se torna mais espesso, enquanto o giro frontal inferior direto fica mais fino.
Segundo os autores, o fato de o lado esquerdo ser mais espesso pode indicar que essa região não passou pelo afinamento característico da maturação do cérebro. “Ou a sua maturação foi atrasada ou as conexões excessivas não foram ‘aparadas,’ porque elas estão dando suporte para a segunda língua, adquirida mais tarde”, afirma Denise Klein, principal autora do estudo.
Assim, quanto mais tarde na infância uma pessoa aprender um segundo idioma, maiores as mudanças estruturais nessa região cerebral. “Independentemente de serem uma, duas ou mais línguas, nosso estudo mostra que a idade [em que elas são aprendidas] é o fator crucial para determinar como a estrutura do cérebro será alterada”, afirma Kate.
As autoras reforçam que aprender outro idioma é bom para o cérebro em qualquer idade, porém quanto maior a idade de uma pessoa, sua eficiência para adquirir esse conhecimento tende a ser menor. “Isso pode acontecer porque o cérebro já se tornou altamente especializado na sua língua materna, o que torna mais difícil utilizar essa arquitetura para produzir um idioma diferente”, explica Denise.

Neurociência

A pesquisa pode contribuir para o desenvolvimento de métodos de reabilitação para problemas causados por danos cerebrais

A descoberta modifica a visão até então aceita pela ciência sobre a relação entre o cérebro e a fala
A descoberta modifica a visão até então aceita pela ciência sobre a relação entre o cérebro e a fala (Thinkstock)
Um novo estudo mostrou que os dois hemisférios do cérebro são utilizados para produzir a fala, e não apenas o esquerdo, como acreditavam os cientistas. A pesquisa foi publicada nesta quarta-feira, na revista Nature. Segundo os autores, a descoberta pode contribuir para o desenvolvimento de melhores métodos de reabilitação para problemas na fala causados por derrames ou ferimentos cerebrais.
CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Sensory–motor transformations for speech occur bilaterally

Onde foi divulgada: periódico Nature

Quem fez: Gregory B. Cogan, Thomas Thesen, Chad Carlson, Werner Doyle, Orrin Devinsky e Bijan Pesaran

Instituição: Universidade de Nova York, nos Estados Unidos, e outras

Resultado: Os pesquisadores descobriram que os dois lados do cérebro são utilizados para produzir a fala
A pesquisa foi realizada com dados obtidos por meio de eletrodos implantados no cérebro de pacientes. Para isso, foram selecionados participantes com epilepsia que já utilizavam esses eletrodos como parte de seu tratamento.
Durante o estudo, os voluntários deveriam ler algumas palavras sem significado (como "kig" ou "pob") enquanto tinham sua atividade cerebral analisada. A escolha desses termos foi feita para separar a fala do idioma, e analisar apenas as partes do cérebro envolvidas na produção de sons - e não na atribuição de sentido a eles. Os resultados mostraram que os dois lados do cérebro eram utilizados durante a fala, o que a caracteriza como uma atividade bilateral.
"Com mais conhecimento sobre a relação entre o cérebro e a fala, podemos desenvolver maneiras de ajudar pessoas que estão tentando recuperar danos causados por um derrame ou acidente que resulte em danos ao cérebro", afirma Bijan Pesaran, professor da Universidade de Nova York e principal autor do estudo. Segundo o pesquisador, a partir disso pode ser possível desenvolver métodos de reabilitação que não envolvam um idioma específico.

Camisinhas com conselhos

Por Redação
Veja.Com

Embalagem traz dicas bem humoradas sobre sexo de mães para filhos


Embalagem traz dicas bem humoradas sobre sexo de mães para filhos - 1 (© Divulgação)

Para os pais, o início da vida sexual dos filhos é um período de insegurança e apreensão. E a preocupação só aumenta com a dificuldade que muitos têm em conversar sobre o assunto. Dessa forma, uma empresa nos Estados Unidos parece ter encontrado um meio de facilitar essa abordagem. E ainda por cima lucrar com isso. Na foto, o conselho da mãe diz algo como: lembre-se de usar proteção, em tradução livre.

Embalagem traz dicas bem humoradas sobre sexo de mães para filhos - 1 (© Divulgação)

A Momdoms (trocadilho com 'mãe' e 'preservativos', em inglês) desenvolveu embalagens especiais para acomodar camisinhas, com recados bem-humorados em sua tampa, como se mães da vida real estivessem dando conselhos sobre sexo para os seus filhos. 'Porque eu pareço muito jovem para ser avó', diz a mãe na embalagem, em tradução livre.

Embalagem traz dicas bem humoradas sobre sexo de mães para filhos - 1 (© Divulgação)

Cada embalagem custa US$ 12 (R$ 28,69) e tem seis camisinhas. 'Vista a capa ou você vai pegar alguma doença!', diz a mãe na embalagem cinza (tradução livre).

Embalagem traz dicas bem humoradas sobre sexo de mães para filhos - 1 (© Divulgação)

O empreendimento ainda oferece embalagens customizadas. A mãe preocupada com a vida sexual do filho pode escolher uma embalagem, enviar uma foto sua e receber o pacote em casa. Até super-heróis usam roupas de borracha, diz a mãe (tradução livre).

Embalagem traz dicas bem humoradas sobre sexo de mães para filhos - 1 (© Divulgação)

'Querido, você não sabe por onde isso passou!', aconselha a mãe na embalagem, em tradução livre. A pergunta que fica nesse caso, é: será que alguém gostaria de andar por aí com um pacote de camisinhas com o rosto da mãe estampado?

Sexto sentido não existe, diz estudo

Psicologia

Pesquisa afirma que a capacidade de perceber as mudanças ao redor, mesmo sem saber apontar quais são elas, não é fruto de habilidades extrassensoriais, mas sim de informações captadas por sentidos como visão ou audição

Sexto sentido não existe
Novo estudo feito na Universidade de Melbourne, na Austrália, desmente a existência da percepção extrassensorial(LuminaStock/Getty Images)
O sexto sentido costuma ser associado a uma característica feminina. Cientificamente, porém, ele não existe. Um estudo da Universidade de Melbourne, na Austrália, publicado no periódicoPlos One nesta terça-feira, mostrou que as pessoas captam as mudanças ao redor, mesmo sem saber defini-las, por meio de sentidos como visão ou audição, e não de uma habilidade extrassensorial.
Para provar que o sexto sentido é apenas o processamento de dados que não conseguimos verbalizar, o psicólogo Piers Howe, autor do estudo, mostrou pares de fotografias da mesma mulher a 48 pessoas. Em alguns casos, uma das imagens era ligeiramente diferente da outra: a mulher poderia estar com o cabelo mais curto ou usando óculos. As fotos eram visualizadas durante 1,5 segundo, com intervalo de 1 segundo. Após a última fotografia, as pessoas precisavam dizer se haviam visto alguma coisa diferente e, se sim, escolher qual foi a alteração em uma lista de nove possibilidades.
Os resultados mostraram que os participantes eram capazes de identificar se alguma mudança foi feita, mesmo que não conseguissem apontar qual foi ela. E, para isso, não precisavam de um sexto sentido – apenas confiaram nos cinco tradicionais.
Adeus à percepção extrassensorial – O pesquisador começou seu experimento depois que uma de suas alunas disse ter sexto sentido. Para provar que ela não tinha percepção extrassensorial e estava apenas processando inconscientemente sinais que mostravam se algo ruim iria acontecer a outras pessoas, ele passou um ano desenvolvendo a pesquisa. 
"Recebemos muitas informações que não conseguimos ou não podemos verbalizar. Isso acontece, por exemplo, quando algo desaparece. Se meus filhos estão sendo muito barulhentos na sala ao lado e, de repente, eles ficam quietos, não percebo que o que me causou surpresa foi a falta de barulho. Inconscientemente, recebo o alerta, vou à sala e descubro que eles estão quietos porque estão fazendo algo errado. Isso não é sexto sentido", explicou Howe, em entrevista ao jornal The Guardian.

Glenn Miller-In The Mood





 Ensemble Repertory fica 'In the Mood ", com Glenn Miller

Resumindo a música mais popular do balanço era de 1930 e 1940 em duas palavras é fácil - Glenn Miller. O trombonista e líder da banda, não só teve um desfile de hits no topo das paradas como "In the Mood" 1939-1942, ele criou a música que tem sido adotado por todas as gerações desde então.

Então, em homenagem a "The Unforgettable Glenn Miller" no primeiro concerto de Purdue novo repertório jazz band, o American Music Repertory Ensemble, representou um "acéfalo", do diretor MT Trout "Mo".

Às 20:00 sexta-feira 27 de outubro, na Loeb Playhouse da Purdue Stewart Center, o American Music Repertory Ensemble (AMRE), juntamente com o Laboratório Jazz Band irá saudar a era do swing e Glenn Miller, em particular, em um concerto dedicado a apresentar a música a forma como os fãs da banda de Miller ouviu pela primeira vez cerca de 60 anos atrás.

A entrada para o concerto é gratuita.

O concerto representa uma estreia das sortes para AMRE cujo pai grupo, o American Music Review foi criado por Bill Kisinger em 1968. Sob a orientação de Kisinger o grupo evoluiu de um show da banda parque temático estilo a uma big band era do swing. Quando Kisinger aposentado, na primavera de 2006, a truta assumiu o grupo e decidiu empurrar sua definição um pouco mais longe - para executar a música de grandes compositores do jazz do século 20 e apresentá-lo exatamente como ele foi criado.

"Quando você olha para todas as big bands, Glenn Miller era facilmente o mais popular. Ele tinha o maior número de hits e ainda é o mais conhecido hoje ", afirma Trout. O grupo de Kisinger tem uma tradição vocal dos cantores com a big band, e "big band de Miller também usou um monte de diferentes vozes, por isso é uma boa transição de AMR para este novo conceito", acrescenta.

Era som característico de Glenn Miller, juntamente com o fato de que sua banda foi tão bem ensaiada e polido que o distinguem, afirma Trout. Miller, que tinha sofrido com menos de experiências de sucesso da banda, percebeu que ele precisava de um som único e dedicou-se a encontrá-lo. Depois de muito trabalho, ele decidiu fazer o clarinete jogar uma linha melódica com um saxofone tenor na mesma nota, enquanto três saxofones harmonizada. A idéia clicado com a banda eo público adorava o som.

Antes dele, Count Basie usou riffs rítmicos em camadas atrás de seus solistas instrumentais, mas "Glenn Miller tinha usos mais criativos, que não dependem de solistas", diz Trout que descreve o som de Miller como "um bom equilíbrio entre o doce som do tempo - dependendo menos de puro e muito mais sobre a melodia - swing e pura. A maioria das bandas da época eram conhecidos como quer bandas de swing "quentes" ou bandas doces. Miller pode fazer as duas coisas. "

Miller Destaque trabalha no concerto, realizado por AMRE, incluir seu famoso "In the Mood", "Moonlight Serenade", "Pennsylvania 6-5000" e "Little Brown Jug".

Trout diz outro grande vitrine do estilo de Miller é "Caribbean Clipper." Seu uso de trombetas na peça "cria um som realmente único que não foi ouvido em outras grandes bandas", diz ele. "É um, balanço salto sintonia muito rápido, com muitas peças de alta de trombeta."

A música de Jerry Gray "Sun Valley Jump," também no programa, camadas melodias e padrões da mesma forma como "In the Mood". "Surpreendentemente, não é tão conhecido como 'In the Mood', mas eu acho que é o melhor parte ", afirma Trout.

Representando a veia doce de jazz de Miller é "Serenade in Blue", que foi escrita para o filme "Esposas orquestra em" 1942 e tem um começo sinfônica. Como era comum na era do swing ", esta peça começa com uma introdução instrumental longo antes que os vocalistas entrar", diz Trout. Alex Madeiras, de Coos Bay, OR, é o cantor reportagem sobre a peça.

Três cantoras - Rachel Kirkpatrick de West Lafayette, Darby Brignac de Jasper e Erica Bourdage de Carmel - trazer as Andrews Sisters para a vida realizando "Rum e Coca Cola" dominado por ritmos calypso e um dos trombonistas do amre, Bryant "Apple Blossom Time". Gilliam de Indianapolis, desloca-se para o centro das atenções vocal para "I Got a Gal De Kalamazoo." Ele recria o estilo de cantar amável de Tex Beneke que fez os números da novidade de Miller grandes sucessos. Trout diz que a banda, de acordo com o seu mandato, vai fazer a versão concerto completo da música em vez da versão condensada.

Para abrir o show do Laboratório Jazz Band realiza uma série de standards de jazz, incluindo "Take the A Train", "Perdido", "Moonlight in Vermont" e um pedaço de jazz latino "Eu deixei o Songo Out of My Heart".

Todos os três grupos de jazz de Purdue, o American Music Repertory Ensemble, da Purdue Jazz Band e Lab Jazz Band, será em seguida apresentado em concerto às 8 horas do dia 17 de novembro, em Loeb Playhouse.

Ministério da Saúde cria bandeira do SUS

Maquiavel

O Ministro da Saúde, Alexandre Padilha
O Ministro da Saúde, Alexandre Padilha (Elza Fiuza/ABr)
Diariamente, o Palácio do Planalto realiza o hasteamento da Bandeira Nacional. A homenagem é comandada por homens vestidos com trajes históricos e, às sextas-feiras, a cerimônia é acompanhada por uma banda do Batalhão da Guarda Presidencial. A tradição, ao que parece, inspirou o Ministério da Saúde. Nesta terça-feira, o ministro Alexandre Padilha instituiu a criação da bandeira do Sistema Único de Saúde (SUS) e determinou que ela seja hasteada todos os dias em prédios da estrutura da pasta – em todo o território nacional. De acordo com a norma publicada no Diário Oficial da União, a bandeira do SUS terá formato retangular e receberá marca, logotipo e a sigla SUS em azul sobre fundo branco.

Taxa de mortalidade por álcool no Brasil é uma das maiores do continente

Bebida alcoólica

Levantamento feito em 16 países mostrou que 12 a cada 100 000 óbitos registrados ao ano no país não ocorreriam na ausência de bebida alcoólica

Álcool: No Brasil, homens têm risco três vezes maior de beber excessivamente do que mulheres
Álcool: No Brasil, homens têm risco três vezes maior de beber excessivamente do que mulheres (Thinkstock)
Um novo levantamento da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) revelou que o Brasil está entre os países do continente americano com as maiores taxas de mortalidade causada pelo álcool. Entre 2007 e 2009, 12,2 a cada 100 000 mortes ocorridas ao ano no país não teriam acontecido sem o consumo de bebida alcoólica. 
A Colômbia foi o país que apresentou a menor taxa de morte associada ao álcool (1,8 a cada 100 000 mortes) e El Salvador, a maior (27,4 por 100 000 mortes).
O estudo, publicado nesta terça-feira na revista Addiction, se baseou nos dados registrados entre 2007 e 2009 por 16 países do continente americano.  De acordo com a pesquisa, o álcool foi a causa necessária de morte – ou seja, os óbitos não teriam acontecido na ausência do consumo de álcool — de 79 456 pessoas ao ano nesses países. A doença hepática foi a principal condição que provocou essas mortes.
Dos países analisados, aqueles que apresentaram uma taxa de mortalidade relacionada ao álcool baixa (menos do que 6 em cada 100 000 mortes ao ano) foram Colômbia, Argentina, Equador, Costa Rica, Venezuela e Canadá. Os países com uma taxa de mortalidade por álcool média (entre 6 e 12 em cada 100 000 mortes ao ano) foram Cuba, Estados Unidos, Peru, Paraguai e Chile. As maiores taxas (mais de 12 em cada 100 000 mortes ao ano) foram observadas no Brasil, México, Guatemala, Nicarágua e El Salvador.
O levantamento também observou que 84% das mortes associadas ao álcool registradas entre 2007 e 2009 nesses 16 países ocorreram entre o sexo masculino. No Brasil, os homens são duas vezes mais propensos do que as mulheres a consumir álcool regularmente e três vezes mais propensos a beber excessivamente.
As faixas etárias mais atingidas pelo álcool variaram de acordo com o país. No Brasil, assim como na Costa Rica, no Equador e na Venezuela, por exemplo, houve um aumento do número de pessoas entre 40 e 49 anos que morreram em decorrência da bebida alcoólica.

Os detalhes macabros da Bolsa Crack do PT. Ou: Em SP e no Brasil, ser viciado é moralmente superior a ser pobre. Ou: Haddad consolida parte de sua herança maldita: o Centro foi entregue para sempre a viciados e traficantes


Haddad: ele entregou para sempre o Centro de SP ao consumo e ao tráfico de drogas
Haddad: ele entregou para sempre o Centro de SP ao consumo e ao tráfico de drogas
As palavras são fortes, sim, mas, infelizmente, as coisas precisam ser classificadas segundo aquilo que são. A Prefeitura de São Paulo deu início a um programa que me parece moral, filosófica e tecnicamente criminoso de suposto combate ao crack. Por que “suposto”? De fato, a gestão do petista Fernando Haddad deu início, nesta terça, ao financiamento público do consumo de crack. Agora é para valer: está criada a “Bolsa Crack”. E, como sempre, os que trabalham, os que levam uma “vida careta”, passarão a financiar o consumo dos viciados, que não terão nem mesmo de se submeter a tratamento para receber salário, comida e moradia gratuitas. A cidade de São Paulo se torna, assim, o paraíso dos traficantes e continuará a ser o inferno dos dependentes — mas, agora, em fase de estatização. É isto: a sede estatizante do PT chegou ao crack. O presidente do Uruguai, José Mujica, é um doidivanas, mas é intelectualmente mais honesto.
A primeira grande impostura
Vamos ver o que a Prefeitura decidiu fazer e analisar as medidas no detalhe. O Jornal Nacional levou ao ar nesta terça uma reportagem bastante favorável ao programa da Prefeitura. Faz sentido. A emissora está ligada a grupos e entidades que defendem a descriminação das drogas e se opõem à internação de viciados. Já escrevi posts a respeito. Ok. As pessoas e as emissoras são livres pra ter as suas crenças.
Mas não estão livres dos fatos. O texto do Jornal Nacional começou assim:
“A cidade de São Paulo começou, nesta terça-feira (14), mais uma tentativa de combater o consumo de crack. Dependentes químicos vão ganhar hospedagem, alimentação e emprego.
Os barracos de madeira e lona na região da Cracolândia começaram a ser desmontados durante a tarde. Uma nova tentativa de acabar com a Cracolândia, que concentra dependentes de crack no centro da cidade. A partir de agora, 300 vão receber ajuda desse novo programa.”
Epa! Se o objetivo, como se anuncia acima, é “acabar com a Cracolândia”, então é preciso apontar a primeira impostura: o público volante da região é de… DUAS MIL PESSOAS, NÃO DE 300. Se o programa, então, pretende extinguir a Cracolândia oferecendo emprego, comida e moradia a 300 viciados, cumpre perguntar o que pretende fazer com os outros… 1.700! Uma coisa, pois, é a convicção, a escolha ideológica ou sei lá como chamar. E outra pode ser a verdade. Assim, a primeira grande mentira do programa está no seu alcance. Vai atingir apenas 15% dos frequentadores da área.
E que publico é esse?
A segunda grande impostura
Justamente aquele que passou a construir barracos em pleno logradouro público, no chamado quadrilátero da Luz, nas ruas Helvétia e Dino Bueno e Alameda Cleveland. O leitor de outras cidades e estados talvez não saibam. Com a chegada do PT ao poder na cidade e a determinação da Prefeitura de não mais “reprimir” o consumo de drogas, os viciados voltaram a ocupar hotéis caindo aos pedaços, casas abandonadas, praças e calçadas. E deram início à construção de uma “favela do crack” nas ruas, como se pode ver na foto abaixo.
favela da cracolândia
O programa que agora tem início, pois, busca atender apenas esses viciados. Assim, está para ser provada a tese do Jornal Nacional de que se trata de, como é mesmo?, “uma nova tentativa de acabar com a Cracolândia”. Não! A Prefeitura está tentando é acabar — e ela logo vai voltar, já digo por quê — com a favela do crack que surgiu logo nos primeiros meses da gestão Fernando Haddad.
Não há programa nenhum para as centenas de pessoas que se concentram na praça Sagrado Coração de Jesus. Aliás, até a Guarda Municipal saiu de lá. Agora, aquela praça é dos viciados e traficantes como o céu é do condor.
Ao Jornal Nacional, José de Filippi Junior, secretário municipal de Saúde, afirmou, num tom quase carnavalesco: “O tratamento é pra que essa pessoa reconstrua sua vida. Reconstrua a vida dela e possa ver que ela pode ser feliz. Que possa buscar no trabalho, no emprego, a reestruturação dos amigos, da família e a saúde. Acho que é um passo importante pra isso, buscar o seu bem-estar integral”. É preciso ter estômago forte. De que TRATAMENTO este senhor está falando? 
 A terceira grande impostura
E como é que se decidiu pôr fim à favela? Ora, premiando com emprego, salário, comida e moradia gratuitas aqueles que decidiram criá-la. Eles foram cadastrados e “convencidos” a deixar os seus barracos. Em troca, terão de trabalhar apenas quatro horas por dia na conservação de logradouros públicos, além de dedicar duas horas  a cursos de qualificação. Mas essa segunda parte não é obrigatória. Receberão, a cada dia, R$ 15 — ao fim do mês, note-se, o benefício será maior do que a maioria do que paga, per capita, o Bolsa Família: como sábados e domingos são remunerados, serão R$ 450 mensais. Ser viciado, em São Paulo e no Brasil, é moralmente superior a ser apenas pobre. Entenderam?
A coisa não para por aí. Os viciados do Bolsa Crack de Fernando Haddad terão vantagens que os beneficiários do Bolsa Família não têm: vão morar de graça em hotéis do Centro especialmente preparados para isso, e terão direito a três refeições por dia. A forma de pagamento é a “semanada”: a cada semana, o dinheiro será depositado numa conta, a ser movimentada com um cartão.
Ao todo, o beneficiário terá de dedicar apenas quatro horas do seu dia ao “programa” — que poderão ser seis caso faça o curso. Se começar, sei lá, às 9h, já estará livre às 15h. Pra quê? É uma boa pergunta. Ora, se os que decidiram criar a “favela do crack” receberam como recompensa emprego, salário, casa e comida, o que impede outros de recorrerem aos mesmos métodos para ter benefícios idênticos? Cada um deles custará R$ 1.086 à Prefeitura. O programa do governo do Estado paga, sim, para os que participam do programa Recomeço. Mas eles são obrigados a se tratar, e o pagamento é feito à comunidade terapêutica, não ao viciado.
A quarta grande impostura
O aspecto mais deletério — e eticamente asqueroso — do programa de Haddad é que os viciados não serão obrigados a se tratar. No Jornal Nacional, Luciana Temer, secretária de Assistência Social, dizia orgulhosa: “Foi absolutamente voluntário. Quem quer participar, quem não quer participar. É um grande desafio, mas é um caminho que estamos buscando”.
Isso tudo é música — macabra! — para os ouvidos do que chamo de “militantes da cultura da droga”. No Brasil e em várias partes do mundo, considera-se, no fim das contas, que consumir tais substâncias é uma questão de escolha e de direito individual. Posso até flertar com essa ideia; aceito discuti-la. O que me pergunto, então, é por que a sociedade tem de arcar com as consequências e com os custos quando, digamos, algo dá errado?
Se estamos tratando de uma escolha individual, que cada um faça a sua! Mas não pode morar no logradouro público. Não pode receber um salário por isso. Não pode comer de graça por isso. Não pode morar de graça por isso. Se, no entanto, o estado tiver de arcar com as consequências, então ele tem o direito de fazer exigências.
A quinta grande impostura
Pesquisem, conversem com especialistas. Crack não é maconha. Crack não é cocaína. Crack não é, se quiserem, cigarro, analgésico ou diazepínico, para citar drogas legais. A possibilidade de um viciado deixar a droga sem ajuda médica — e o concurso de alguns fármacos — é praticamente nula. Mais: não existe uma forma, digamos, minimamente digna de conviver com o consumo da pedra. Ela rouba a vontade, os valores, a ética, a moral, tudo.
Tenho lido bastante a respeito. Estudos empíricos, especialmente ligados à área da psicologia comportamental, indicam que a remuneração — em dinheiro mesmo — pode ter um papel importante no tratamento de um viciado. Mas atenção! Para que a tática funcione, são necessárias precondições que absolutamente não estão dadas no caso.
Terapeutas e psiquiatras têm obtido respostas positivas quando passam a remunerar viciados em troca da abstinência. Trabalha-se com a ideia da recompensa — a punição, no caso, é só a cessação do benefício. A cada vez que cumpre etapas de uma sequência de desafios — que incluirão, no seu devido tempo, a abstinência —, é remunerado por isso. Se falha, então não recebe. Mas atenção! Isso se faz em situações de absoluto controle. É preciso que o paciente seja rigorosamente acompanhado. Para começo de conversa, ele tem de estar ancorado numa estrutura familiar ou similar — uma comunidade terapêutica, por exemplo. Não pode respirar um ambiente em que a droga é dominante.
O programa de Haddad fornecerá a dependentes químicos que já romperam laços familiares e de amizade fora do mundo das drogas conforto, comida e dinheiro SEM EXIGIR DELES NADA EM TROCA. De resto, os consumidores da Cracolândia têm renda. Fazem bicos, trabalham como catadores, praticam pequenos furtos… Há pessoas que chegam a consumir mais de R$ 50 por dia em pedras. O dinheiro que Haddad vai lhes fornecer, assim, atuará como uma renda suplementar. Não há um só especialista em dependência química com um mínimo de seriedade que possa endossar isso.
A sexta grande impostura
Atentem agora para uma questão de lógica elementar. Se o programa não exige que o beneficiário faça tratamento contra dependência química, pouco importa, pois, para a Prefeitura se ele consome crack ou não, certo? Está, no fim das contas, ganhando salário, moradia e comida porque resolveu criar uma favela no logradouro público.
Estão dadas as condições para que os chamados movimentos de sem-teto comecem a reconstruir a favela dentro de alguns dias — sejam viciados ou não. Ora, se Haddad oferece benefícios sem nenhuma condicionalidade, por que não atender, então, eventuais pessoas que, não tendo teto, também não consumam drogas? O prefeito não seria perverso a ponto de exigir que as pessoas se tornem viciadas para poder receber o agrado, certo?
A sétima grande impostura
Na campanha eleitoral, o então candidato do PT prometeu um programa de fôlego contra o crack, em parceria com a presidente Dilma Rousseff. Agora vemos o que o homem tinha em mente. Não se enganem: essa história do tratamento volitivo, do “procura ajuda quem quer”, é, no fim das contas, economia de dinheiro. É EVIDENTE QUE É MUITO MAIS BARATO FINANCIAR O VÍCIO DO QUE FINANCIAR A CURA, COMO TENTA FAZER O GOVERNO DO ESTADO
Os vigaristas intelectuais no Brasil chamam a essa porcaria de “política de redução de danos”. Pesquisem. A redução de danos — embora eu não a aprove — é outra coisa. O programa da Prefeitura de São Paulo é só uma forma de financiar os viciados para poder desmontar uma favela que já havia se tornado símbolo da gestão Haddad. E que tende a voltar.
Concluindo
No projeto original, não sei se a medida será implementada, os dependentes também teriam direito a… andar de graça nos ônibus — não estou brincando. Vai ver é uma forma de tentar espalhar os viciados cidade afora, sei lá… Já houve quem sugerisse que eles tivessem prioridade em programas de moradia. A cultura de glorificação das drogas é capaz das piores bizarrices.
Não há prazo para os beneficiários deixarem os hotéis. Isso quer dizer o óbvio: não sairão nunca mais. Um tipo de programa como esse, uma vez criado, fica para sempre. E a demanda só irá aumentar. A tendência é que viciados de várias outras partes do estado e do Brasil procurem a cidade de São Paulo. A lógica é econômica. O Centro de São Paulo está para sempre condenado. Esqueçam qualquer processo de revitalização. Nunca mais acontecerá. O PT entregou, para sempre, uma área da cidade ao consumo e, por óbvio, ao tráfico de drogas.
Com um ano de gestão, Haddad já consolidou parte de sua herança maldita. Aguardem: ele ainda tem muitas outras ideias na cabeça.
Por Reinaldo Azevedo
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/os-detalhes-macabros-da-bolsa-crack-do-pt-ou-em-sp-e-no-brasil-ser-viciado-e-moralmente-superior-a-ser-pobre-ou-haddad-consolida-parte-de-sua-heranca-maldita-o-centro-foi-entregue-para-sempre-a/