terça-feira 26 2012
Justiça Eleitoral multa Lula, Haddad, Ratinho e o SBT por propaganda eleitoral antecipada; multa é pequena; é um caso em que o crime compensa
Aquela patuscada que uniu Luiz Inácio Lula da Silva, Fernando Haddad, o apresentador Ratinho e o SBT foi punida pela Justiça Eleitoral. A multa, como vocês verão, é pequena. Ainda cabe recurso. Esse é um daqueles casos em que o crime compensa. Leiam o que informa Daniela Lima, na Folha:
O TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de São Paulo decidiu multar o ex-presidente Lula, o candidato do PT à Prefeitura paulistana, Fernando Haddad, o SBT e o apresentador Carlos Massa, o Ratinho, por propaganda eleitoral antecipada. Cada um deles deverá pagar R$ 5.000. A decisão foi motivada por queixa do PPS e do PSDB. No dia 31 de maio, Lula participou do “Programa do Ratinho”, do SBT. O ex-presidente ficou por mais de 40 minutos no ar. Durante a entrevista, Lula falou de Haddad, justificou a escolha do ex-ministro da Educação como candidato do PT e disse que São Paulo precisava “ter alguém que tenha o entusiasmo que ele teve quando era ministro.”
No meio do programa, Haddad foi convidado para ir ao palco e foi exibido um vídeo sobre o ProUni, programa que ele capitaneou no Ministério da Educação. Em sua decisão, a juíza Carla Themis Lagrotta Germano afirma que “ficou demonstrado que houve realização de propaganda eleitoral extemporânea, eis que a conduta dos representados ofende às disposições legais aplicáveis”. Segundo ela, “embora a entrevista [com o ex-presidente Lula] tenha cuidado de diversos assuntos relativos à vida pessoal e pública do ex-presidente, a inserção do pré-candidato [Haddad] foi realizada de maneira ambientalizada e não improvisada”. A juíza sustenta ainda que Ratinho teria tentado passar a impressão de que havia ficado “surpreso” com a visita de Lula e Haddad ao programa. “Entretanto, o vídeo referido [sobre o ProUni] demostra que o apresentador e a emissora de televisão estavam preparados para a visita do ex-presidente e do pré-candidato”, diz a magistrada.
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http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/
Cachoeira rasgou contrato que comprovaria compra da casa de Perillo (VEJA)
CPI do Cachoeira
Para relator da CPI, conversa captada nos grampos da Polícia Federal indica que governador mentiu à CPI
Laryssa Borges e Gabriel Castro
A casa que o governador Marconi Perillo vendeu em condomínio de luxo de Goiânia (Fernando Gallo/AE)
Interceptações telefônicas da operação Monte Carlo, da Polícia Federal, apontam que o contraventor Carlinhos Cachoeira era o real comprador da casa do governador Marconi Perillo (PSDB) em Goiânia. O teor dos grampos, já em poder da CPI, mostra que no dia 5 de maio de 2011, a então amante de Cachoeira, Andressa Mendonça, conversa com o bicheiro sobre a mansão. Nas interceptações, Cachoeira diz que precisará rasgar o contrato de compra do imóvel para apagar rastros de que ele é o verdadeiro proprietário da residência. Em entrevista ao site de VEJA na semana passada, Andressa negou relações de Cachoeira com o governador.
“Não quero meu nome não por causa dos depósitos que foram feitos, entendeu? Eu tinha botado o meu nome”, disse Cachoeira a Andressa. Em seguida, o contraventor explica: “[Preciso] passar o contrato que eu tenho para rasgar urgentemente, o contrato que eu tinha no meu nome”.
Na conversa, o empresário de jogos aponta um suposto laranja, identificado como Deca nas ligações, para apagar os vestígios de que ele seria o dono da casa. A Polícia Federal diz que Deca é André Teixeira Jorge, ex-funcionário da construtora Delta em Goiás e também ex-funcionário da empresa farmacêutica Vitapan, de propriedade de Cachoeira. Entre 2002 e 2006, informam documentos em poder da CPI, Deca fez 95 saques das contas da Vitapan.
O relator da CPI do Cachoeira, deputado Odair Cunha (PT-MG), está convencido de que Perillo mentiu ao tentar explicar a venda da casa. "O que fica evidente é que quem contratou o arquiteto foi o senhor Carlos Cachoeira, para fazer uma decoração vultuosa que custou mais de 500 000 reais. Quem contratou o arquiteto foi Carlos Cachoeira, para decorar a casa que lhe pertencia, que ele havia comprado do governador Marconi Perillo. Está evidente foi montada uma história da casa para negar a relação do governador com o senhor Carlos Cachoeira”, afirmou.
As incongruências sobre a venda da casa de Marconi Perillo têm sido repetidas por pessoas ligadas ao bicheiro. Em depoimento à CPI, no dia 24 de maio, o ex-vereador tucano Wladimir Garcez disse que em junho de 2011 pediu a mansão emprestada a Walter Paulo Santiago, dono da Faculdade Padrão, empresário para quem o governador diz ter vendido o imóvel. “Emprestou essa casa e a Andressa foi ficando nessa casa”, disse Garcez na época. A versão, no entanto, contrasta com a conversa de Cachoeira e Andressa revelada nos grampos. Também o próprio Walter Paulo só teria comprado a casa um mês depois da versão do ex-vereador.
Diante das versões sobre a venda do imóvel, o relator da CPI suspeita que o empresário Walter Paulo, atual dono do imóvel, pode ter sido enganado: "A investigação está levando a crer que Walter Paulo comprou a casa de Carlos Cachoeira enganado pela organização. Fica claro que eles combinam de convencer Walter Paulo de que ele estava comprando diretamente do Marconi Perillo", afirma o petista. O relator diz que, se o empresário mentiu, foi em relação ao preço do imóvel: "Paulo diz ter pago 1,4 milhão, mas as interceptações mostram que o imóvel teria sido negociado por 2 milhões".
Odair diz que não necessariamente Perillo será novamente chamado a falar na CPI: "Nós vamos agora continuar buscando meios de provas para desmontar a história montada pelo governador Marconi Perillo", diz o petista.
Confira trecho do grampo em que Cachoeira fala da casa comprada de Perillo:
Cachoeira: Oi.
Andressa: Deixa eu te perguntar. O Adriano, seu cunhado, sabe da casa?
Cachoeira: Uai, deve saber, uai. Ele pediu, a irmã deve ter falado.
Andressa: Não, a irmã deve ter falado não. Ele dá detalhes aqui no seu e-mail sobre o pagamento e o documento.
Cachoeira: Não, é porque eu mandei tirar. Depois eu te explico pessoalmente. Não quero meu nome não por causa dos depósitos que foram feitos, entendeu? Eu tinha botado o meu nome. E aí saiu de uma conta, e eu pedi para passar no nome do Deca, da empresa.
Andressa: Passar o quê?
Cachoeira: Passar o contrato que eu tenho para rasgar urgentemente, o contrato que eu tinha no meu nome. Não posso ter vínculo daquela conta com esse contrato, entendeu?
Andressa: Contrato de compra cê fala?
Cachoeira: Exatamente. Estava no meu nome. E o dinheiro que tava pagando vinha de uma conta, entendeu?
Andressa: Entendi. Mas e quando você for escriturar? Porque eu quero que cê passe ela no meu nome. Como você vai fazer?
Cachoeira: Escritura é outra coisa, tá? Eu pedi para rasgar aquele contrato meu lá pra pôr no nome da empresa que o Deca tem.
http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/cachoeira-rasgou-contrato-que-comprovaria-compra-da-casa-de-perilloCachoeira rasgou contrato que comprovaria compra da casa de Perillo(VEJA)
CPI do Cachoeira
Para relator da CPI, conversa captada nos grampos da Polícia Federal indica que governador mentiu à CPI
Laryssa Borges e Gabriel Castro
A casa que o governador Marconi Perillo vendeu em condomínio de luxo de Goiânia (Fernando Gallo/AE)
Interceptações telefônicas da operação Monte Carlo, da Polícia Federal, apontam que o contraventor Carlinhos Cachoeira era o real comprador da casa do governador Marconi Perillo (PSDB) em Goiânia. O teor dos grampos, já em poder da CPI, mostra que no dia 5 de maio de 2011, a então amante de Cachoeira, Andressa Mendonça, conversa com o bicheiro sobre a mansão. Nas interceptações, Cachoeira diz que precisará rasgar o contrato de compra do imóvel para apagar rastros de que ele é o verdadeiro proprietário da residência. Em entrevista ao site de VEJA na semana passada, Andressa negou relações de Cachoeira com o governador.
“Não quero meu nome não por causa dos depósitos que foram feitos, entendeu? Eu tinha botado o meu nome”, disse Cachoeira a Andressa. Em seguida, o contraventor explica: “[Preciso] passar o contrato que eu tenho para rasgar urgentemente, o contrato que eu tinha no meu nome”.
Na conversa, o empresário de jogos aponta um suposto laranja, identificado como Deca nas ligações, para apagar os vestígios de que ele seria o dono da casa. A Polícia Federal diz que Deca é André Teixeira Jorge, ex-funcionário da construtora Delta em Goiás e também ex-funcionário da empresa farmacêutica Vitapan, de propriedade de Cachoeira. Entre 2002 e 2006, informam documentos em poder da CPI, Deca fez 95 saques das contas da Vitapan.
O relator da CPI do Cachoeira, deputado Odair Cunha (PT-MG), está convencido de que Perillo mentiu ao tentar explicar a venda da casa. "O que fica evidente é que quem contratou o arquiteto foi o senhor Carlos Cachoeira, para fazer uma decoração vultuosa que custou mais de 500 000 reais. Quem contratou o arquiteto foi Carlos Cachoeira, para decorar a casa que lhe pertencia, que ele havia comprado do governador Marconi Perillo. Está evidente foi montada uma história da casa para negar a relação do governador com o senhor Carlos Cachoeira”, afirmou.
As incongruências sobre a venda da casa de Marconi Perillo têm sido repetidas por pessoas ligadas ao bicheiro. Em depoimento à CPI, no dia 24 de maio, o ex-vereador tucano Wladimir Garcez disse que em junho de 2011 pediu a mansão emprestada a Walter Paulo Santiago, dono da Faculdade Padrão, empresário para quem o governador diz ter vendido o imóvel. “Emprestou essa casa e a Andressa foi ficando nessa casa”, disse Garcez na época. A versão, no entanto, contrasta com a conversa de Cachoeira e Andressa revelada nos grampos. Também o próprio Walter Paulo só teria comprado a casa um mês depois da versão do ex-vereador.
Diante das versões sobre a venda do imóvel, o relator da CPI suspeita que o empresário Walter Paulo, atual dono do imóvel, pode ter sido enganado: "A investigação está levando a crer que Walter Paulo comprou a casa de Carlos Cachoeira enganado pela organização. Fica claro que eles combinam de convencer Walter Paulo de que ele estava comprando diretamente do Marconi Perillo", afirma o petista. O relator diz que, se o empresário mentiu, foi em relação ao preço do imóvel: "Paulo diz ter pago 1,4 milhão, mas as interceptações mostram que o imóvel teria sido negociado por 2 milhões".
Odair diz que não necessariamente Perillo será novamente chamado a falar na CPI: "Nós vamos agora continuar buscando meios de provas para desmontar a história montada pelo governador Marconi Perillo", diz o petista.
Confira trecho do grampo em que Cachoeira fala da casa comprada de Perillo:
Cachoeira: Oi.
Andressa: Deixa eu te perguntar. O Adriano, seu cunhado, sabe da casa?
Cachoeira: Uai, deve saber, uai. Ele pediu, a irmã deve ter falado.
Andressa: Não, a irmã deve ter falado não. Ele dá detalhes aqui no seu e-mail sobre o pagamento e o documento.
Cachoeira: Não, é porque eu mandei tirar. Depois eu te explico pessoalmente. Não quero meu nome não por causa dos depósitos que foram feitos, entendeu? Eu tinha botado o meu nome. E aí saiu de uma conta, e eu pedi para passar no nome do Deca, da empresa.
Andressa: Passar o quê?
Cachoeira: Passar o contrato que eu tenho para rasgar urgentemente, o contrato que eu tinha no meu nome. Não posso ter vínculo daquela conta com esse contrato, entendeu?
Andressa: Contrato de compra cê fala?
Cachoeira: Exatamente. Estava no meu nome. E o dinheiro que tava pagando vinha de uma conta, entendeu?
Andressa: Entendi. Mas e quando você for escriturar? Porque eu quero que cê passe ela no meu nome. Como você vai fazer?
Cachoeira: Escritura é outra coisa, tá? Eu pedi para rasgar aquele contrato meu lá pra pôr no nome da empresa que o Deca tem.
http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/cachoeira-rasgou-contrato-que-comprovaria-compra-da-casa-de-perilloEntrega da revisão pemite início do julgamento em 1º de agosto(VEJA)
Justiça
Após ser cobrado pelo presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski entregou hoje seu relatório
Gabriel Castro
O ministro Ricardo Lewandowski: depois de toda a pressão, fim da novela (Nelson Jr./ASICS/TSE)
A entrega pelo ministro revisor do processo do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, do seu trabalho sobre o relatório do ministro Joaquim Barbosa vai permitir que o julgamento do caso seja iniciado no dia 1º de agosto, como previa o cronograma aprovado pelos ministros do STF. Para que isso seja possível, duas possibilidades estão em estudo pelo presidente do Supremo, ministro Carlos Ayres Britto: ele pode determinar a elaboração de uma edição extra do Diário da Justiça, ainda nesta terça-feira, ou recorrer aoDiário da Justiça Eletrônico, onde a publicação pode ser imediata.
Ayres Britto chegou a enviar um ofício, na última quinta, lembrando Lewandowski que o prazo se encerraria nesta segunda-feira - a tempo de que a decisão fosse publicada no Diário da Justiçanesta terça. Dessa forma, a contagem de prazo para a notificação dos réus seria iniciada para permitir que o julgamento começasse no primeiro dia de agosto. Se Lewandowski decidisse concluir o trabalho apenas na sexta-feira, último dia do prazo definido pela corte, o início do julgamento seria postergado para o dia 6.
Ontem, Lewandowski reagiu ao ofício de Ayres Britto com outro documento em que se queixava da pressão sofrida para concluir o trabalho. No texto, dava a entender que só entregaria a sua revisão na sexta-feira. Apesar disso, apresentou nesta terça o seu relatório, conforme antecipou o colunista Reinaldo Azevedo.
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O trabalho ininterrupto gera diversas consequências físicas e psicológicas ao empregado. A exigência constante por produtividade faz com ...