Foi um dos pintores brasileiros mais famosos. Este grande artista nasceu na cidade de Brodowski (interior do estado de São Paulo), em 29 de dezembro de 1903. Destacou-se também nas áreas de poesia e política. Durante sua trajetória, ele estudou na Escola de Belas-Artes do Rio de Janeiro; visitou muitos países, entre eles, a Espanha, a França e a Itália, onde finalizou seus estudos. No ano de 1935 ele recebeu uma premiação em Nova Iorque por sua obra "Café". Deste momento em diante, sua obra passou a ser mundialmente conhecida. Dentre suas obras, destacam-se: "A Primeira Missa no Brasil", "São Francisco de Assis" e Tiradentes". Seus retratos mais famosos são: seu auto-retrato, o retrato de sua mãe e o do famoso escritor brasileiro Mário de Andrade.
No dia seis de fevereiro de 1962, o Brasil perdeu um de seus maiores artistas plásticos e aquele que, com sua obra de arte, muito contribuiu para que o Brasil fosse reconhecido entre outros países. A morte de Cândido Portinari teve como causa aparente uma intoxicação causada por elementos químicos presentes em certas tintas.
Relação das principais obras de Portinari:
Meio ambiente Colhedores de café Mestiço Favelas O Lavrador de Café O sapateiro de Brodósqui Meninos e piões Lavadeiras Grupos de meninas brincando Menino com carneiro Cena rural A primeira missa no Brasil São Francisco de Assis Os Retirantes http://atitudestart.blogspot.com.br/2011/04/grandes-pintores-brasileiros.html
Força-tarefa da Lava Jato revela que ex-diretor de Internacional da Petrobras transferiu 7,55 milhões de euros da Suíça para Mônaco e mais US$ 1 milhão para a China depois da deflagração da operação
AE
As transferências ocultas de somas milionárias realizadas por Jorge Luiz Zelada, ex-diretor de Internacional da Petrobras preso nesta quinta-feira, 2, são um dos motivos da decretação de sua prisão preventiva, ordenada pelo juiz federal Sérgio Moro.
Rastreamento da força-tarefa da Procuradoria da República e da Polícia Federal indica que Zelada transferiu pelo menos US$ 1 milhão para uma conta na China – duas operações já estão identificadas, somando US$ 350,1 mil, uma delas no valor de US$ 150 mil, realizada em 27 de outubro de 2014, outra de US$ 200 mil, no dia 22 de dezembro de 2014 valores enviados a título de investimentos para contas em nome de Xia Fern Ying Co Ltd. no Industrial and Commercial Bank of China – entre uma e outra remessa de Zelada, a Operação Lava Jato deflagrou sua sétima fase, contra o cartel das empreiteiras.
Antes, entre julho e agosto de 2014 – quatro meses após a deflagração da fase ostensiva da investigação sobre corrupção e desvios na estatal petrolífera -, Zelada realizou outras duas transferências no montante de 7,55 milhões de euros da Suíça para o Principado de Mônaco.
“As transferências em julho e agosto de 2014 permitem concluir que, já durante as investigações da assim denominada Operação Lavajato, Jorge Luiz Zelada, receoso de ter suas contas na Suíça sequestradas, como ocorreu com Paulo Roberto Costa (ex-diretor de Abastecimento da Petrobras e delator da Lava Jato), transferiu os saldos para contas no Principado de Mônaco, esperando por a salvo seus ativos criminosos do sequestro e confisco da Justiça”, assinalou o magistrado ao mandar prender o sucessor de Nestor Cerveró na Internacional da Petrobras.
“Observando os extratos das contas mantidas em Mônaco, há também registro de transferências a débito vultosas para outras contas na China e outras conta na Suíça, aparentemente esta controlada por sócio no Brasil do investigado”, destacou Moro, ao se referir a um suposto cúmplice de Zelada que estaria cuidando da ocultação e lavagem de valores ilícitos.
O procurador da República Carlos Fernando dos Santos Lima disse que não há dúvidas de que a fortuna de Zelada tem origem em propinas. “Ele recebia vencimentos significativos na Petrobras, da ordem de R$ 100 mil mensais, mas sabemos que o valor (depositado no exterior) é originário de corrupção. Não se trata de valor de salário com certeza.”
O juiz Moro alertou que “esses ativos ainda não foram recuperados ou sequestrados”. ”A conduta do investigado colocou em risco as chances de recuperação integral dos ativos criminosos. Não se deve excluir a possibilidade de existirem outras contas, pois, há indícios de que Jorge Luiz Zelada tem outras contas na Suíça (como a Stone Peach) e é provável que seu sócio no Brasil esteja ocultando ativos para ele (como na Atlas Asset).”
“Além da conta ser mantida em Monaco, conhecido refúgio de ativos milionários, em nome de uma off-shore para dificultar a identificação do real proprietário, também não foi ela objeto de declaração à Receita Federal pelo investigado”, acrescentou Moro.
O juiz da Lava Jato aponta para a possibilidade de novas operações para dissimulação dos ativos. “Sem a preventiva, há risco concreto da prática de novos atos de lavagem por parte de Jorge Luiz Zelada em relação aos ativos secretos ainda não bloqueados, com o que as chances de recuperação dos ativos pela Justiça brasileira serão frustrados.”
As remessas de valores milionários de Zelada indicam lavagem de dinheiro e caracterizam ‘continuidade delitiva’ – fundamento principal da ordem de custódia preventiva contra o ex-diretor. O juiz federal Sérgio Moro citou decisões do Superior Tribunal de Justiça, jurisprudência que, mesmo resguardando a excepcionalidade da prisão preventiva, admite a medida para casos nos quais se constate habitualidade criminosa e reiteração delitiva.
“É certo que a maioria dos precedentes citados não se refere a crimes de lavagem de dinheiro, mas o entendimento de que a habitualidade criminosa e reiteração delitiva constituem fundamentos para a prisão preventiva é aplicável, com as devidas adaptações, mesmo para crimes desta espécie”, destacou o juiz federal Sérgio Moro.
COM A PALAVRA, O CRIMINALISTA EDUARDO DE MORAES, QUE DEFENDE JORGE ZELADA
“Ainda não tive acesso ao decreto de prisão, mas já posso antecipar ser esta prisão absolutamente desnecessária. O nome do meu cliente já vinha há algum tempo sendo veiculado pela imprensa e Jorge Zelada hoje foi preso em casa, repito, em casa. Sempre, durante esse tempo, esteve à disposição da Justiça. Isto, por si só, demonstra a cabal desnecessidade da prisão. Esse Juízo está transformando a prisão, que é medida de exceção, em regra, ferindo princípios constitucionais.”
“NOTA Acerca da prisão de Jorge Zelada, implementada hoje, em sua residência, a defesa declina que ainda não teve acesso ao teor da decisão, mas antecipa, com toda segurança, a absoluta desnecessidade, em termos cautelares, da medida excepcional, decretada mais de 3 (três) anos após deixar a Petrobras. Jorge Zelada sempre esteve à disposição das autoridades públicas. A sua liberdade não representa, como nunca representou, qualquer risco à investigação ou à ordem pública. O método de prender para apurar e processar subverte a Constituição Federal e precisa ser repelido, sob pena de imperar, como está imperando, o arbítrio em detrimento da lei. Assim que tiver conhecimento do conteúdo da decisão, a defesa de Jorge Zelada adotará as medidas cabíveis para restabelecimento da legalidade, que significa a restituição da sua liberdade.
Sucessor de Cerveró na Área Internacional, Jorge Zelada é principal alvo dos agente
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira a 15ª fase da Operação Lava Jato e prendeu o ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Jorge Zelada. O novo foco das investigações é o recebimento de propina nesta diretoria da estatal. Zelada sucedeu Nestor Cerveró no cargo e suas transações eram investigadas mais detalhadamente desde o início do ano, quando o Ministério Público Federal achou contas secretas dele em Mônaco com saldo de cerca de 11 milhões de euros.
Zelada ocupou o cargo de diretor da petroleira de 2008 a 2012, como sucessor de Nestor Cerveró, que está preso no Complexo Médico-Penal em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, e já foi condenado em um dos processos da Lava Jato a cinco anos de prisão por lavagem de dinheiro.
Na 15ª fase da Lava Jato, intitulada Conexão Mônaco, os policiais cumprem quatro mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro e em Niterói e o mandado de prisão preventiva contra Zelada.
Ao longo de 1939, ele levou 669 crianças de Praga a Londres durante a ocupação nazista
Nicholas Winton, britânico de origem alemã que salvou centenas de crianças dos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial, morreu nesta quarta-feira aos 106 anos. Conhecido como o "Schindler britânico", Winton levou de trem 669 crianças da cidade de Praga, capital da República Checa, a Londres ao longo de nove meses no ano de 1939.
O primeiro-ministro da Grã-Bretanha, David Cameron, lamentou a perda nas redes sociais. "O mundo perdeu um grande homem. Nunca devemos esquecer a humanidade de 'Sir' Nicholas Winton ao salvar tantas crianças do Holocausto", afirmou no Twitter.
Nascido em Londres, filho de judeus alemães que trocaram o sobrenome Wertheim por Winton e se converteram ao cristianismo, Nicholas Winton organizou o Czech Kindertransport, oito trens que partiram da antiga Checoslováquia à Inglaterra para afastar crianças da ocupação nazista em Praga. Na capital inglesa, Winton encontrava famílias que pudessem cuidar das crianças refugiadas.
Winton era um corretor de ações em Londres de apenas 29 anos quando, em dezembro de 1938, trocou uma viagem de férias que faria à Suíça para ir a Praga com um amigo que ajudava refugiados. No ano seguinte, ele resgatou centenas de crianças que acabariam nos campos de concentração nazistas sem sua ajuda, mas seu feito só se tornou público cinco décadas depois - ele manteve seus esforços em segredo até sua esposa encontrar, no sótão, uma pasta contendo listas de nomes de crianças e cartas de parentes.
No ano passado, ele recebeu a Ordem do Leão Branco em Praga e, em 2003, ganhou o título de cavaleiro, concedido pela rainha Elizabeth II, pelo qual passou a receber o tratamento de "Sir". Em 2010, o governo britânico concedeu a Winton a medalha de Herói do Holocausto.
Em 1988, a rede britânica BBC surpreendeu Winton ao reunir alguns sobreviventes do Holocausto resgatados por ele. Confira o momento em que ele descobre a surpresa:
Proposta, mais branda do que o texto rejeitado na madrugada de quarta, ainda precisa ser votada em segundo turno e apreciada pelo Senado
Em uma decisão histórica, embora reversível, a Câmara dos Deputados aprovou na madrugada desta quinta-feira uma proposta que permite a punição criminal de adolescentes a partir dos 16 anos em casos de crimes graves. O resultado da votação é uma vitória pessoal do presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ) - que, sob protestos do PT e de outros partidos contrários à medida - reverteu a derrota de uma proposta semelhante ocorrida menos de 24 horas antes. Houve 323 votos favoráveis, 155 contrários e duas abstenções.
O texto aprovado é um pouco mais brando do que o rejeitado na madrugada desta quarta, o que foi suficiente para que alguns parlamentares passassem a apoiar a redução e a emenda apreciada ultrapassasse o mínimo necessário de 308 votos. A proposta mantém a redução da maioridade nos casos de crimes graves contra a vida, como homicídio, estupro, sequestro, lesão corporal seguida de morte e exploração sexual infantil. A mudança em relação ao texto anterior significa que os adolescentes de 16 e 17 anos que praticarem tráfico de drogas, roubo qualificado, tortura, lesão corporal grave e terrorismo não serão mais incluídos no sistema criminal: para eles, valerá a regra atualmente em vigor.
Os adolescentes que se enquadrarem na nova regra não ficarão presos em cadeias comuns; eles terão de ser mantidos em unidades ou alas isoladas, de forma que também não tenham contato com os menores que cumprem medida socioeducativa.
A proposta ainda depende de aprovação em segundo turno na Câmara dos Deputados e do aval do Senado, onde a votação deve ser ainda mais acirrada. Em todos os casos, é preciso ter 60% do total de deputados ou senadores para que a proposta de emenda à Constituição (PEC) avance.
A votação foi precedida de queixas de deputados contrários à mudança na legislação. Eles afirmavam que Eduardo Cunha desrespeitou o regimento ao trazer o tema novamente à pauta horas depois da rejeição de uma proposta semelhante.
Parlamentares do PT e de outras siglas de esquerda afirmaram que houve um"golpe". O caso deve chegar ao Supremo Tribunal Federal. "Se vossa excelência quer administrar o parlamento brasileiro por decreto ou de ofício vossa excelência tem que apresentar um projeto para que só vossa excelência determine as decisões a serem adotadas", disse Glauber Braga (PSB-RJ).
Cunha e os defensores da nova emenda argumentaram que o regimento permite que, após a rejeição de um substitutivo, a Câmara aprecie uma proposta alternativa, desde que ela esteja baseada no texto original. No caso, a proposta-base é a que reduz a maioridade para 16 anos em todos os casos. Foi sobre essa proposta que o deputado Laerte Bessa (PR-DF) construiu seu substitutivo derrotado antes.
Na discussão de mérito, o PT e o governo insistiram no argumento de que a redução nada fará para reduzir a criminalidade. O líder do governo, José Guimarães (PT-CE), pediu mais tempo para a construção de um "entendimento": "O caminho é a reforma do ECA, principalmente naqulo que é fundamental, que é a ressocialização", afirmou.
Já o líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), defendeu a aprovação da medida: "A proposta é equilibrada e restrita. É a resposta pela qual a sociedade anseia porque não aceita mais a impunidade", afirmou.
Após a sessão, Eduardo Cunha citou o regimento da Casa para afirmar que não há risco de impugnação da votação. "Não há o que contestar. Ninguém é maluco", dise ele. O peemedebista também ironizou as críticas dos petistas à condução dos trabalhos: "Eles têm dois pesos e duas medidas. Na verdade, eles foram derrotados na sua ideia porque a maioria da população brasileira quer isso".