Fernando Baiano e Gérson de Mello Almada não acompanharam o grupo porque ainda têm audiências marcadas para os próximos dias
Dez executivos presos na Operação Lava Jato que estavam na carceragem da Polícia Federal em Curitiba foram transferidos nesta terça-feira para Complexo-Médico Penal, em Pinhais. Na penitenciária, o grupo ficará em uma ala separada dos demais presos, poderá assistir TV e ouvir rádio, além de tomar banho de sol por uma hora todos os dias. No presídio, o banho é frio.
A transferência foi autorizada na segunda-feira pelo juiz federal Sérgio Moro, após solicitação da Polícia Federal. Dos doze presos que constam no despacho de Moro, dez foram transferidos. O empresário Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, e o empreiteiro Gérson de Mello Almada foram mantidos na carceragem da PF porque ainda devem prestar depoimentos entre esta terça e quinta-feira.
Nas celas do presídio não há chuveiro individual, ou seja, o banho é coletivo. O vaso sanitário é o chamado 'boi', um buraco no chão - o preso tem que ficar de cócoras, sentado sobre os calcanhares.
Segundo a PF, as celas do complexo são "no mínimo 80% maiores" que as mais amplas celas da Superintendência da PF na capital paranaense. As visitas podem ser realizadas às sexta feiras, "no período vespertino, no pátio do complexo".
O pátio onde os prisioneiros da Lava Jato poderão receber seus familiares "é local amplo, aberto, com mesas e bancos", segundo relatório da PF. Pelas regras da nova casa dos réus da investigação sobre esquema de corrupção e propinas na Petrobras, a visita dos advogados pode ocorrer a qualquer dia da semana.
(Com Estadão Conteúdo)