sábado 02 2013
Pergunta proibida: 'Você é feliz?'
Fernando Reinach *
O EEJeep está causando preocupação nos EUA e no Canada. Ele não passa de um carro equipado com um novo e sofisticado sistema de eletroencefalograma. Com esse equipamento móvel, um grupo de cientistas pretende visitar e examinar centenas de pacientes que vivem imóveis e incomunicáveis por anos a fio. São pessoas que após um trauma craniano ou uma doença entram em um estado que os médicos classificam como "vegetativo".
O objetivo é descobrir quantos deles possuem alguma forma de consciência, mas, incapazes de emitir qualquer sinal que demonstre seu estado mental, são considerados mentalmente mortos.
Tudo começou em 2006, quando um único paciente em estado vegetativo foi colocado em um equipamento de ressonância magnética capaz de medir a atividade cerebral em regiões discretas do cérebro, o fMRI - sigla para functional magnetic ressonance imaging.
Durante o exame, os cientistas pediram ao paciente que imaginasse que estava movimentando o braço, como se estivesse jogando tênis. Para surpresa dos médicos, as regiões do cérebro que nas pessoas conscientes são ativadas quando imaginamos que estamos jogando tênis também foram ativadas neste paciente. Em seguida, pediram a ele que imaginasse que estava caminhando por sua casa. Em pessoas conscientes, uma outra região do cérebro é ativada quando imaginamos nosso deslocamento em um espaço conhecido. Novamente o cérebro do paciente respondeu ao estímulo, ativando áreas idênticas às ativadas em pessoas normais.
Na época, esse estudo provocou uma grande polêmica. Será que esse paciente estava realmente consciente ou seu cérebro estava simplesmente sendo ativado por meio de um reflexo automático? Será que muitos pacientes classificados como em estado vegetativo apresentam esse tipo de resposta? Será que essa resposta é suficiente para classificar esses pacientes como possuidores de alguma forma de consciência?
Levou quatro anos, mas em 2010 os mesmos pesquisadores publicaram um estudo com 54 pacientes. Destes, 49 se mostraram incapazes de alterar a atividade cerebral quando, dentro da máquina de fMRI, eram solicitados a imaginar que jogavam tênis ou andavam pela casa. O impressionante é que cinco pacientes apresentavam resposta semelhante ao paciente analisado em 2006.
Mas o mais impressionante é o caso de um deles, o paciente 23, um rapaz de 22 anos que havia sofrido traumatismo craniano cinco anos antes e, desde então, estava incomunicável, em estado vegetativo. Os cientistas o instruíram a tentar responder perguntas da seguinte maneira: se a resposta era "sim", ele deveria imaginar que estava jogando tênis; se a resposta fosse "não", ele deveria imaginar que estava andando pela casa. Desse modo, observando o sinal do fMRI após a pergunta e identificando o que o paciente estava imaginando, os cientistas poderiam compreender a resposta do paciente.
Quando perguntaram se ele tinha irmãos, ele imaginou que jogava tênis (sim, correto). Seu pai se chamava Thomas? Ele imaginou que andava pela casa (não, correto). Seu pai se chamava Alexandre? Imaginou que jogava tênis (sim, correto). No total, foram seis perguntas. E em todos os casos a resposta foi correta.
Esse resultado demonstrou que esse paciente entendeu a instrução verbal de imaginar duas situações distintas (jogar tênis ou andar pela casa) e foi capaz de associar a cada ato de imaginar a palavra "sim" ou "não" e, finalmente, com esse método, foi capaz de responder corretamente algumas perguntas relacionadas à sua biografia, comunicando-se com o mundo exterior.
Dilema. Sem dúvida esse paciente possui algum grau de consciência. No trabalho publicado em 2010 não é esclarecido porque esse método de comunicação não foi tentado com os outros quatro pacientes. Uma das prováveis razões é a falta de autorização, por parte dos responsáveis legais por esses pacientes, para a realização do experimento.
O fato é que a comunicação com o paciente 23 foi interrompida após esse experimento inicial. Mesmo os cientistas tiveram receio de continuar. O que fazer com a resposta "sim/não" do paciente 23 se a pergunta fosse "Você quer continuar vivendo nesse estado?"
É por isso que o EEJeep está provocando tanta polêmica. Foram dois anos construindo um equipamento mais simples e barato, capaz de detectar a atividade cerebral induzida pelo ato de imaginar que a pessoa está jogando tênis ou passeando pela casa.
Agora, com esse novo equipamento instalado em um carro e financiamento do governo do Canadá, os pesquisadores pretendem avaliar, com a autorização dos responsáveis legais, centenas de pacientes em estado vegetativo.
Existem dezenas de milhares de pacientes nesse estado somente nos Estados Unidos, uma consequência direta do progresso dos centros de terapia intensiva, capazes de salvar a vida de pessoas que décadas atrás não sobreviveriam a lesões cerebrais dessa natureza.
Pessoalmente, eu espero que os resultados do estudo feito com o EEJeep seja negativo na grande maioria dos pacientes. Se uma fração desses pacientes for capaz de se comunicar, os dilemas éticos e morais que os médicos, as famílias e os legisladores serão forçados a enfrentar são enormes. O primeiro é decidir o que perguntar e o que fazer com as respostas. O segundo é enfrentar a pergunta proibida: "Você é feliz?"
O objetivo é descobrir quantos deles possuem alguma forma de consciência, mas, incapazes de emitir qualquer sinal que demonstre seu estado mental, são considerados mentalmente mortos.
Tudo começou em 2006, quando um único paciente em estado vegetativo foi colocado em um equipamento de ressonância magnética capaz de medir a atividade cerebral em regiões discretas do cérebro, o fMRI - sigla para functional magnetic ressonance imaging.
Durante o exame, os cientistas pediram ao paciente que imaginasse que estava movimentando o braço, como se estivesse jogando tênis. Para surpresa dos médicos, as regiões do cérebro que nas pessoas conscientes são ativadas quando imaginamos que estamos jogando tênis também foram ativadas neste paciente. Em seguida, pediram a ele que imaginasse que estava caminhando por sua casa. Em pessoas conscientes, uma outra região do cérebro é ativada quando imaginamos nosso deslocamento em um espaço conhecido. Novamente o cérebro do paciente respondeu ao estímulo, ativando áreas idênticas às ativadas em pessoas normais.
Na época, esse estudo provocou uma grande polêmica. Será que esse paciente estava realmente consciente ou seu cérebro estava simplesmente sendo ativado por meio de um reflexo automático? Será que muitos pacientes classificados como em estado vegetativo apresentam esse tipo de resposta? Será que essa resposta é suficiente para classificar esses pacientes como possuidores de alguma forma de consciência?
Levou quatro anos, mas em 2010 os mesmos pesquisadores publicaram um estudo com 54 pacientes. Destes, 49 se mostraram incapazes de alterar a atividade cerebral quando, dentro da máquina de fMRI, eram solicitados a imaginar que jogavam tênis ou andavam pela casa. O impressionante é que cinco pacientes apresentavam resposta semelhante ao paciente analisado em 2006.
Mas o mais impressionante é o caso de um deles, o paciente 23, um rapaz de 22 anos que havia sofrido traumatismo craniano cinco anos antes e, desde então, estava incomunicável, em estado vegetativo. Os cientistas o instruíram a tentar responder perguntas da seguinte maneira: se a resposta era "sim", ele deveria imaginar que estava jogando tênis; se a resposta fosse "não", ele deveria imaginar que estava andando pela casa. Desse modo, observando o sinal do fMRI após a pergunta e identificando o que o paciente estava imaginando, os cientistas poderiam compreender a resposta do paciente.
Quando perguntaram se ele tinha irmãos, ele imaginou que jogava tênis (sim, correto). Seu pai se chamava Thomas? Ele imaginou que andava pela casa (não, correto). Seu pai se chamava Alexandre? Imaginou que jogava tênis (sim, correto). No total, foram seis perguntas. E em todos os casos a resposta foi correta.
Esse resultado demonstrou que esse paciente entendeu a instrução verbal de imaginar duas situações distintas (jogar tênis ou andar pela casa) e foi capaz de associar a cada ato de imaginar a palavra "sim" ou "não" e, finalmente, com esse método, foi capaz de responder corretamente algumas perguntas relacionadas à sua biografia, comunicando-se com o mundo exterior.
Dilema. Sem dúvida esse paciente possui algum grau de consciência. No trabalho publicado em 2010 não é esclarecido porque esse método de comunicação não foi tentado com os outros quatro pacientes. Uma das prováveis razões é a falta de autorização, por parte dos responsáveis legais por esses pacientes, para a realização do experimento.
O fato é que a comunicação com o paciente 23 foi interrompida após esse experimento inicial. Mesmo os cientistas tiveram receio de continuar. O que fazer com a resposta "sim/não" do paciente 23 se a pergunta fosse "Você quer continuar vivendo nesse estado?"
É por isso que o EEJeep está provocando tanta polêmica. Foram dois anos construindo um equipamento mais simples e barato, capaz de detectar a atividade cerebral induzida pelo ato de imaginar que a pessoa está jogando tênis ou passeando pela casa.
Agora, com esse novo equipamento instalado em um carro e financiamento do governo do Canadá, os pesquisadores pretendem avaliar, com a autorização dos responsáveis legais, centenas de pacientes em estado vegetativo.
Existem dezenas de milhares de pacientes nesse estado somente nos Estados Unidos, uma consequência direta do progresso dos centros de terapia intensiva, capazes de salvar a vida de pessoas que décadas atrás não sobreviveriam a lesões cerebrais dessa natureza.
Pessoalmente, eu espero que os resultados do estudo feito com o EEJeep seja negativo na grande maioria dos pacientes. Se uma fração desses pacientes for capaz de se comunicar, os dilemas éticos e morais que os médicos, as famílias e os legisladores serão forçados a enfrentar são enormes. O primeiro é decidir o que perguntar e o que fazer com as respostas. O segundo é enfrentar a pergunta proibida: "Você é feliz?"
* Fernando Reinach é biólogo. E-mail: fernando@reinach.com.
Mais informações Willfull Modulation of Brain Activity in Disorders os Consciousness. New England Journal of Medicine, vol. 362, pág 579. 2010.
'Amor', de Haneke
Sérgio Telles - O Estado de S.Paulo
Velhice, deterioração do corpo e proximidade da morte são dolorosos aspectos da realidade que preferimos esquecer, assuntos desagradáveis e evitados sempre que possível. Quando, vencendo a resistência, eles se impõem à nossa atenção, logo são contrarrestados por considerações lenitivas ou substituídas por itens mais tranquilizadores.
O que pensar de um filme como Amor, de Michael Haneke, centrado exatamente nesses temas? Pois embora o título aponte para a relação amorosa do idoso casal de músicos, cuja rotina é destruída pela irrupção de um acidente vascular cerebral, o verdadeiro protagonista do filme é a degradação do corpo e da mente trazida pelo envelhecimento.
É possível gostar de Amor? Ou fazê-lo é algo aberrante, um gozar com o sofrimento, um sintoma masoquista?
Essa é uma questão interessante. Para respondê-la devemos, em primeiro lugar, levar em conta que o contato com a realidade é imprescindível e não pode ser rompido sem o risco de graves consequências, senão fatais. Mas, como Freud nos mostrou, não fomos feitos para tolerar a realidade de forma contínua e ininterrupta. Dela necessitamos nos afastar periodicamente através do sono e do sonho, para, retemperados, aguentar suas severas exigências. Mesmo durante a vigília, com frequência escapamos de seus grilhões através dos sonhos diurnos, das fantasias e dos devaneios.
De longa data a humanidade usa artifícios para tornar mais toleráveis as agruras da vida, como as drogas e as variadas crenças e ideologias. A esses recursos tradicionais, nossa época acrescentou a larga produção de entretenimentos empreendida pela indústria cultural, evidenciando nossa insaciável demanda por essa matéria, tão necessária para a vida psíquica quanto a alimentação o é para o corpo.
Sem negar a necessidade e a importância de medidas paliativas eficazes a curto prazo, devemos ter em conta que a arte, ao contrário do entretenimento (que tudo transforma em leve e agradável passatempo), não visa a acalmar e tranquilizar e sim expressar a complexidade da experiência humana, cujo leque de opções e escolhas, aberturas e impasses, não pode se eximir do mesmo e inevitável desfecho.
A arte proporciona uma maior compreensão de nossa realidade psíquica, dos movimentos incessantes de nossos afetos, de nossas antinomias e descompassos, do fato de sermos divididos, vivermos em permanente conflito interno, plenos de contradições. É no compartilhar desse entendimento que a psicanálise e a arte estarão para sempre indissoluvelmente unidas, imbatíveis ao refletir a complexidade da mente, sua lógica própria, sua linguagem cifrada.
O reconhecimento da realidade interna e externa possibilitado pela arte e pela psicanálise não leva a uma acomodada aceitação das mesmas e sim a uma visão crítica que estimula a disposição para transformá-las, buscando a concretização possível dos próprios desejos e objetivos. Em última instância, a psicanálise e a arte ajudam, sim, àqueles que delas se aproximam, mas de forma diferente do aporte apaziguador que atenua ou nega a realidade, proporcionado pelo entretenimento e pelas terapias de apoio, o que não significa que estes procedimentos não tenham importância na economia psíquica, como vimos acima.
Levando em conta esses pontos, conclui-se que gostar de um filme como Amor está longe de poder ser considerado uma manifestação masoquista e mais se inscreve como apreciação da grande arte. É o mesmo que gostar da novela A Morte de Ivan Ilitch, de Tolstoi, da qual ele bem que poderia ser considerado um equivalente cinematográfico. Ambas as obras se contrapõem e contrastam com os textos piedosos ou de autoajuda, ilustrando bem as diferenças de abordagens do tema.
O filme de Haneke se coloca no centro de um dos debates mais importantes dos dias de hoje – o direito de morrer quando a existência se prolonga em doenças incuráveis, despojando a vida de toda dignidade. Com amplas implicações éticas, políticas e jurídicas, a cuidadosa avaliação da eutanásia acrescenta novas nuances e significações aos conceitos de homicídio e suicídio. Em tempos futuros, com leis mais realistas e a ajuda humanitária dos médicos, impasses como os vividos pelos personagens do filme teriam outro encaminhamento, bem menos traumático.
Indo além dos elementos formais que o caso suscita, o filme insinua um outro delicado desdobramento que mostra a complexidade do problema – do ponto de vista afetivo, teria o pai o direito de decidir o destino da mulher sem consultar a filha?
Aliás, esta última atitude do pai está condizente com a forma distante e fria com que o casal tratava a filha. Instalada a doença, o pai tenta impedi-la de compartilhar o sofrimento comum, excluindo-a, como se não admitisse o legítimo envolvimento dela na situação. Vemos aos poucos que o "amor" mencionado no título tem uma conotação restrita e específica, circunscrito que é à relação do casal, não se estendendo à filha. Trata-se de um amor conjugal que não inclui o amor filial, familiar. O amor à prole, à descendência (filha e neto) poderia ser um elo a prender o pai à vida. A escolha feita por ele mostra quão tênue ou mesmo inexistente era esse vínculo.
A cena final mostra a filha tomando posse da herança deixada pelos pais. Além dos bens materiais representados pelo apartamento, qual seria o legado recebido? Como a filha entenderia o gesto radical do pai? Um exemplo de respeito à vida, de recusa em continuar existindo em condições indignas e desumanas, o assumir o direito de morrer, a não submissão às convenções sociais? Ou mais uma demonstração de descaso e desamor para com ela e o neto?
Dentro do registro contido do filme, parecem deslocadas as cenas com o pombo. Seria a vida persistindo em invadir uma casa já tomada pela morte? Um enigmático simbolismo "poético", um tanto constrangedor e piegas, destoante do tom seco e despojado mantido até então.
Os que admiraram o realismo e a falta de concessões com os quais Haneke trata um tema tão difícil seguramente apreciariam também Iris, excelente filme inglês de Richard Eyre, que, tal como Amor nos dias de hoje, foi indicado para várias categorias do Oscar, em 2002. Iris narra a vida do casal de escritores ingleses Iris Murdoch e John Bayley, seguindo-os da juventude até o declínio final trazido pelo Alzheimer.
Brasil elige a un presunto corrupto como presidente del Senado
Renan Calheiros consiguió 56 votos, pese a una investigación en su contra. Ahora es la tercera persona más poderosa del país
Crédito foto: AFP
El legislador brasileño Renan Calheiros, aliado del Gobierno y acusado por la Fiscalía de corrupción, fue elegido este viernes presidente del Senado por dos años.
Calheiros, del Partido del Movimiento Democrático Brasileño (PMDB), que conforma la coalición de Gobierno, ocupa ahora el tercer cargo del país, detrás de lapresidente Dilma Rousseff y su vicepresidente, Michel Temer.
El senador fue elegido con 56 votos secretos, contra 18 para su rival Pedro Taques, apoyado por un grupo de partidos de oposición, informó la Cámara alta.
Calheiros, de 57 años, ya había ocupado la jefatura del Congreso en 2005, perodebió renunciar dos años después presionado por denuncias de irregularidades.
"Ejerceré la presidencia del Senado con diálogo, equilibrio, transparencia", afirmó el político en su primer discurso en el nuevo cargo.
La Fiscalía acusó recientemente a Calheiros ante el Supremo Tribunal Federal depeculado, falsedad ideológica y uso de documentos falsos, delitos pasibles todos de prisión.
El senador fue investigado después de que se conoció que una constructora pagaba la pensión y vivienda de su ex amante, con quien tuvo una hija.
Simultáneamente, la constructora recibía recursos públicos aprobados por el senador para una obra, según la denuncia de la Fiscalía divulgada por la revista Época.
Calheiros aseguró que el dinero que recibía su ex amante salía de su bolsillo ypresentó como prueba presuntos documentos falsos, según el fiscal general, Roberto Gurgel.
En un reciente mensaje a la prensa, el legislador consideró que las denuncias son políticas.
Esta semana varias ONG de lucha contra la corrupción protestaron por su nominación y recolectaron más de 200.000 firmas en su contra.
"Expresaremos nuestro luto, cubriendo la explanada (de los ministerios) de negro", afirmó Antonio Costa, fundador de la organización Río de Paz.
Calheiros "fue elegido con el apoyo del Gobierno, que de esa forma cumple su parte del acuerdo con su principal aliado", dijo a la AFP Carlos Almeida, politólogo delInstituto Análisis de San Pablo.
Y con esta decisión el Parlamento "está enviando la señal de que fue incapaz de renovarse y sigue preso en prácticas comunes en Brasil como el intercambio de favores entre políticos", agregó.
Por su lado, observó, "la sociedad puede seguir presionando", pero el Senado tomará sus decisiones en función a sus propias lógicas.
"Mientras haya empleo, la economía esté bien, ninguno de estos casos va a afectar al Gobierno ni política ni electoralmente", añadió.
Rousseff, quien llegó a la mitad de su mandato de cuatro años, gobierna con una base aliada de ocho partidos encabezados por el Partido de los Trabajadores (PT, de izquierda).
Ningún partido en Brasil está en condiciones de armar por sí solo una mayoría.
Fuente: AFP
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O trabalho ininterrupto gera diversas consequências físicas e psicológicas ao empregado. A exigência constante por produtividade faz com ...