quarta-feira 22 2012

Menopausa surgiu para impedir competição entre sogras e noras, diz estudo


Evolução

Resultado evolutivo permite que sogras se dediquem mais aos netos

A cantora Jennifer Lopez já atuou em quase 30 filmes, entre eles, A Sogra, com Jane Fonda.
As atrizes Jennifer Lopez e Jane Fonda em cena do filme 'A Sogra', comédia que explora a rivalidade entre noras e sogras. Novo estudo afirma que a menopausa pode ser resultado da competição entre esses dois grupos.
A rivalidade entre sogras e noras não provoca apenas brigas e troca de ofensas, mas também é a culpada pela menopausa. Segundo estudo inusitado publicado nesta quarta-feira no periódico Ecology Letters, a menopausa teria surgido para impedir que as sogras continuassem a gerar bebês e, dessa forma, competissem com suas noras. Se uma avó tiver um filho na mesma época que sua nora, as chances das duas crianças chegarem à idade adulta diminuem pela metade, dizem os pesquisadores das universidades de Turku (Finlândia), Stanford (EUA) e Exeter e Sheffield (ambas do Reino Unido).  
A pesquisa também afirma que essa é a razão pela qual as fêmeas humanas, ao contrário da maioria dos animais, perdem a capacidade de reprodução num estágio relativamente cedo de suas vidas.
"Nós nos acostumamos com o fato das mulheres entrarem na menopausa, mas esquecemos de como isso é bizarro. A teoria da evolução estabelece que os animais se reproduzam durante todo o seu ciclo de vida. Isso acontece com quase todos os animais conhecidos, incluindo os machos humanos. Então por que é diferente com as mulheres? Nosso estudo mostra pela primeira vez que a resposta pode estar no relacionamento entre sogras e noras”, disse Andy Russell, um dos coautores do estudo e professor no centro de ecologia e conservação da Universidade de Exeter, Reino Unido. 
Para chegar a essas conclusões, os pesquisadores analisaram antigos registros de nascimento e morte da Finlândia entre os anos 1.700 e 1.900, época na qual os cuidados médicos eram primitivos e os modernos métodos contraceptivos ainda não tinham sido desenvolvidos. 
Competição — Enquanto os dados apontaram que crianças nascidas em famílias em que a sogra e a nora ficaram grávidas tinham o dobro de chances de morrer antes de chegar aos 15 anos, o mesmo não aconteceu em famílias em que a mãe e filha engravidavam na mesma época. Segundo o estudo, isso sugere que mulheres que compartilham os mesmos genes criavam os filhos de maneira cooperativa, e que aquelas sem consanguinidade faziam isso de maneira conflituosa.  
Uma mulher e sua filha carregam metade dos mesmos genes, o que, segundo o estudo, torna sem sentido a competição por comida e outros recursos. Esse não é o caso das sogras e noras, então surge uma competição para maximizar as chances de cada uma em passar seus genes para frente. 
Avó tradicional — Os autores também afirmam que o estudo também confirma a teoria que a menopausa surgiu para que as mulheres "mimassem" seus netos. Tradicionalmente, o papel de avó inclui fornecimento de comida para a família e a proteção das crianças contra acidentes e doenças.
Os dados também mostraram que, como resultado da menopausa, as mulheres que paravam de se reproduzir por volta dos 50 anos tinham mais netos. A conclusão é que isso acontecia por causa da redução da competição entre a nora e sua sogra, que também poderia dar mais apoio aos netos. 
Proteção contra o parto descartada — Diferentes estudos sobre menopausa já foram elaborados, incluindo alguns que a explicam como sendo um resultado evolutivo que surgiu para proteger mulheres idosas dos perigos de morrer durante a gravidez ou no parto. Mas, segundo os autores, essa teoria não foi demonstrada nos dados sobre as mulheres finlandesas, que apontaram que menos de 2% das gestantes morreram durante o parto, mesmo sendo um período sem os avanços médicos atuais.

Saiba mais

MENOPAUSA
A menopausa marca o final do período reprodutivo da mulher. Ocorre quando ela tem entre 45 e 55 anos. Os ovários deixam de produzir os hormônios estrogênio e progesterona de forma gradativa, até perderem de vez a capacidade de funcionar. Nessa fase também ocorrem diversas mudanças no organismo feminino que podem predispor o aparecimento e o agravamento de algumas doenças. Durante a menopausa, a mulher pode apresentar uma série de sinais desconfortáveis, como ondas de calor, alteração de humor, insônia, depressão e diminuição do desejo sexual. (Fonte: Ministério da Saúde)

Raul Seixas - Tente Outra Vez Clipe

Nelson: cem anos de um mestre do diálogo brasileiro



Aproveito o centenário de Nelson Rodrigues, que se comemora amanhã, para reconhecer publicamente uma dívida pessoal e dar uma dica: talvez não haja lição mais importante que os escritores brasileiros do século 21 possam tirar da obra de um dos maiores escritores brasileiros do século 20 do que o difícil aprendizado do diálogo.
Falo de uma questão de forma. Isso não significa minimizar o famoso conteúdo rodriguiano, esse impressionante universo de tipos caricaturais da baixa classe média carioca às voltas com tramas folhetinescas de amor e morte, infidelidade e incesto, numa atmosfera farsesca em que pulsões primitivas estão sempre prontas a furar o verniz da civilização e vir à tona com uma ferocidade equilibrada entre o trágico e o cômico. Evidentemente, é o alcance cultural desse universo que torna Nelson um monstro, um daqueles raros autores sem os quais o país não seria o que é. Mas disso não falta quem esteja falando.
Quando me refiro ao diálogo, falo de uma técnica que permite a dois ou mais personagens trocarem blocos de discurso direto no meio de uma narrativa sem que soem como bonecos de ventríloquo do autor ou como oradores na tribuna da Câmara dos Deputados. Alguns escritores se saem bem da tarefa, a maioria não – e pode até ser que estes, sendo bons em outros fundamentos, contem com nossa complacência de leitores dispostos a fazer vista grossa para o diálogo manco. (Cada vez me convenço mais de que a boa ou má vontade prévia do leitor é meio caminho andado – ou desandado.)
A complacência eventual não muda o fato de que o fundamento do diálogo pode ser dominado ou não. Minha formação de escritor se deu num tempo em que ainda se atribuía grande valor a isso. Ultimamente, o assunto anda meio esquecido, o que suponho ter a ver com a queda em desgraça da “prosa realista” nas universidades (como se o diálogo, que tem nela um papel fundamental, fosse irrelevante para outros registros). Poucos anos antes de morrer, em momento pouco feliz, o escritor gaúcho Moacyr Scliar chegou a declarar que folheava livros para medir no olhômetro a quantidade de diálogos: “Se forem muitos, não acredito que sejam bons livros”.
Durante muito tempo escrevi, sem publicar, diálogos que, mal tocavam a página, passavam a me repugnar intensamente. Eram mais falsos que propaganda eleitoral, às vezes coloquiais demais (“Tu tá de brincadeira, mermão?”), às vezes coloquiais de menos (“Lamento informar, contudo, que pegarei o trem das onze com a firme intenção de nunca mais regressar”), quase sempre de uma dolorosa irrelevância (“Bom dia!” “Bom dia, como vai?” “Eu vou bem, e a senhora?” “Ah, vai-se indo”.)
Trata-se de uma técnica complexa, claro, que jamais poderá ser reduzida a dois ou três truques. Mas foi com Nelson Rodrigues que, em 1992, aprendi que dois ou três truques podiam, sim, ser a base de todo o resto – se não suficientes, fundamentais. Como as melhores lições, esta veio sem que eu a estivesse procurando. Foi como preparação para entrevistar Ruy Castro sobre sua magnífica biografia de Nelson, “O anjo pornográfico”, que, além de ler o livro em questão, mergulhei na leitura (em uns poucos casos, releitura) intensiva de todo o teatro rodriguiano, naquele volume único da Nova Aguilar.
Passei dois dias inteiros ali dentro, respirando aquilo. Quando saí, minha capacidade de escrever diálogos tinha melhorado mil por cento. (Alguns dirão que isso não foi suficiente, e dependendo do dia eu posso até concordar, mas uma melhora de mil por cento será sempre significativa, qualquer que seja o valor absoluto.)
Pensando agora naquele salto de qualidade, no que aprendi com Nelson sobre o diálogo, chego a três linhas de força que talvez resumam uma aula magna que nada teve de organizada, que dirá organizada em tópicos:
1. O coloquial na literatura é uma estilização – Não adianta ligar um gravador no trem lotado para captar a “verdadeira fala das ruas”. Na literatura, cada palavra tem um peso maior, um valor mais concentrado. Em Nelson, o português é profundamente brasileiro, mas formalmente limpo. Expressões coloquiais e até gírias (não muitas) surgem transfiguradas em fórmulas de limpidez epigramática: “O que estraga o adultério é a clandestinidade. Não, senhor, não admito. Vamos oficializar o troço”, diz o Dr. Lambreta de “Viúva, porém honesta”.
2. Pingue-pongue é melhor que xadrez – Um dos maiores inimigos da verossimilhança de um diálogo é a tendência ao discurso: o personagem tem um pensamento a expressar e o expressa do início ao fim, sem interrupção. Em seguida, outro personagem reflete sobre aquilo e emite seu parecer. O efeito é frequentemente solene e, a menos que seja essa a intenção, falso. Diálogos costumam ter velocidade mais próxima do pingue-pongue que do xadrez. A agilidade da intercalação de blocos curtos tem a vantagem adicional de realçar dramaticamente as falas mais longas nos momentos em que elas forem cabíveis. O exemplo é tirado de uma conversa de Elias e Virgínia em “Anjo negro”: “A senhora é bonita?” “Me chame de você.” “É?” “Você acha que sou?” “Me disseram que sim.” “Pois sou.”
3. Atenção aos “arrancos de cachorro atropelado” – A ordenação sintática muito certinha pode ser outra inimiga. Ao conversar, os personagens estão improvisando, formulando pensamentos que lhes ocorrem naquele instante – e que muitas vezes são incompletos, contraditórios, redundantes, quando não profundos ou perigosos demais para se deixarem expressar. Da mesma forma, ninguém é obrigado a responder claramente à interrogação do outro, as perguntas podem se acumular, o assunto ser desviado. Um efeito de tumulto controlado faz maravilhas pelo fio de um diálogo. Como o de Arandir e Selminha em “O beijo no asfalto”: “Escuta. Vi o rapaz morrer, sim. Da minha idade, mais ou menos. Selminha, ele estava em cima do meio-fio. Esperando que o sinal abrisse. Em cima do meio-fio. De repente, não sei como foi: ele perdeu o equilíbrio. Caiu para a frente e… Vinha um lotação a toda velocidade. Bateu no rapaz, atirou numa distância como daqui ali.” “Gritou?” “O rapaz?” “Meu bem…” “O atropelado não grita. Ou grita? Esse não gritou.” “Era bonito?” “O lotação passou por cima.”
Um pouco de tudo isso pode ser visto nos vertiginosos diálogos telefônicos cruzados de “Vestido de noiva”:
PIMENTA – É o Diário?
REDATOR – É.
PIMENTA – Aqui é o Pimenta.
CARIOCA-REPÓRTER – É A Noite?
PIMENTA – Um automóvel acaba de pegar uma mulher.
REDATOR D’A NOITE – O que é que há?
PIMENTA – Aqui na Glória, perto do relógio.
CARIOCA-REPÓRTER – Uma senhora foi atropelada.
REDATOR DO DIÁRIO – Na Glória, perto do relógio?
REDATOR D’A NOITE – Onde?
CARIOCA-REPÓRTER – Na Glória.
PIMENTA – A Assistência já levou.
CARIOCA-REPÓRTER – Mais ou menos no relógio. Atravessou na frente do bonde.
REDATOR D’A NOITE – Relógio.
PIMENTA – O chofer fugiu.
REDATOR DO DIÁRIO – OK.
CARIOCA-REPÓRTER – O chofer meteu o pé.
PIMENTA – Bonita, bem vestida.
REDATOR D’A NOITE – Morreu?
CARIOCA-REPÓRTER – Ainda não. Mas vai.

Sérgio Rodrigues

Todoprosa


http://veja.abril.com.br/blog/todoprosa/vida-literaria/nelson-cem-anos-de-um-mestre-do-dialogo-brasileiro/ 

Empresa apontada a mais inovadora do Brasil mostra que vespas podem substituir agrotóxicos


Inovação

Bug Agentes Biológicos foi considerada a 33ª empresa mais inovadora do mundo pela revista americana Fast Company. A startup brasileira vende insetos que combatem pragas em grandes plantações, como cana e soja


Diogo Carvalho, Heraldo Negri e Marcelo Poletti, três dos quatro sócios da BUG Agentes Biológicos (o quarto é Roberto Konno) posam em um dos laboratórios de criação de insetos no interior de São Paulo. Nas prateleiras, larvas se alimentam de uma dieta especial e fazem parte da produção em massa desenvolvida pela startup brasileira
Diogo Carvalho, Heraldo Negri e Marcelo Poletti, três dos quatro sócios da BUG Agentes Biológicos (o quarto é Roberto Konno) posam em um dos laboratórios de criação de insetos no interior de São Paulo. Nas prateleiras, larvas se alimentam de uma dieta especial e fazem parte da produção em massa desenvolvida pela startup brasileira - Jéssica Mangaba



O trabalhador precisa colocar 300 larvas por frasco. Em cada vidro, uma dieta especial desenvolvida pela empresa alimenta os organismos até a fase adulta
O trabalhador precisa colocar 300 larvas por frasco. Em cada vidro, uma dieta especial desenvolvida pela empresa alimenta os organismos até a fase adulta - Jéssica Mangaba



Parte do processo de produção dos insetos é manual e requer paciência e precisão dos funcionários
Parte do processo de produção dos insetos é manual e requer paciência e precisão dos funcionários - Jéssica Mangaba


Bandeja com ovos de vespa em desenvolvimento
Bandeja com ovos de vespa em desenvolvimento - Jéssica Mangaba


Atualmente, as vespas Cotésia são as mais usadas no controle orgânico de pragas em cana-de-açúcar - Jéssica Mangaba



Os mesmos ovos de traça, quando parasitados pelas vespas, ficam escuros e prontos para serem colados na cartela da Bug - Jéssica Mangaba



Heraldo Negri, diretor de produção da Bug, mostra ovos de traça utilizados para a multiplicação das vespinhas - Jéssica Mangaba


Nas 'biofábricas' da Bug, as prateleitas são repletas de lagartas em crescimento, para a criação de insetos - Jéssica Mangaba


Sala de desenvolvimento de lagartas na nova unidade da empresa, em Charqueada, São Paulo
Sala de desenvolvimento de lagartas na nova unidade da empresa, em Charqueada, São Paulo - Jéssica Mangaba


A nova unidade, na região de Charqueada, São Paulo, também vai oferecer outros serviços na área de criação de insetos - Jéssica Mangaba


O laboratório em construção na nova unidade, em Charqueada, São Paulo, vai ampliar em 10 vezes a capacidade da Bug - Jéssica Mangaba


Sede da Bug Agentes Biológicos, na região de Charqueada, São Paulo
Sede da Bug Agentes Biológicos, na região de Charqueada, São Paulo - Jéssica Mangaba

A cartela da Bug consegue proteger 1 hectare de plantação. São 24 células destacáveis contendo ovos de vespas, colocadas a cada 20 metros de lavoura - Jéssica Mangaba



Diogo Carvalho, Heraldo Negri e Marcelo Poletti, três dos quatro sócios da BUG Agentes Biológicos (o quarto é Roberto Konno) posam em um dos laboratórios de criação de insetos no interior de São Paulo. Nas prateleiras, larvas se alimentam de uma dieta especial e fazem parte da produção em massa desenvolvida pela startup brasileira
Diogo Carvalho, Heraldo Negri e Marcelo Poletti, três dos quatro sócios da BUG Agentes Biológicos (o quarto é Roberto Konno) posam em um dos laboratórios de criação de insetos no interior de São Paulo. Nas prateleiras, larvas se alimentam de uma dieta especial e fazem parte da produção em massa desenvolvida pela startup brasileira - Jéssica Mangaba










modernos laboratórios da Apple, nem os 800 milhões de ‘clientes’ do Facebook, mas também está na lista das 50 empresas mais inovadoras do mundo, compilada pela revista americana de empreendedorismo Fast Company. Fundada há 11 anos, a empresa brasileira Bug Agentes Biológicos foi considerada mais inovadora do que gigantes conterrâneas como Embraer e Petrobras e serve de exemplo para mostrar que o cenário acadêmico do Brasil pode ser um próspero celeiro de inovação.

Criada dentro dos laboratórios da Esalq — a escola de ciências agrárias e ambientais da Universidade de São Paulo, em Piracicaba —, a Bug disputa uma fatia do bilionário mercado de pesticidas no Brasil. Para tanto, aposta no controle biológico de pragas como uma alternativa segura aos agrotóxicos - e até 40% mais barata. Na ponta do lápis, o prejuízo causado pelas pragas dói no bolso do agricultor. “Se for considerado 1% da plantação infestada, a perda é de 75 reais por hectare no caso da cana-de-açúcar”, diz Heraldo Negri, um dos fundadores da  Bug. O número pode parecer pequeno, mas ganha escala nas grandes plantações. Por exemplo, em uma área de 10.000 hectares, com 10% da cana infestada, o prejuízo seria de 7,5 milhões reais - cerca de 5% do valor do safra. Para evitar o prejuízo, o Brasil gasta cerca de 7 bilhões de dólares por ano com pesticidas - é o maior consumidor do gênero no mundo.

Os campeões da inovação

Todos os anos, a revista americana de empreendedorismo Fast Company compila um ranking das 50 empresas mais inovadoras do mundo. A equipe de editores faz uma pesquisa com especialistas da área, analisa a saúde financeira das empresas e verifica cada produto. Em 2012, a Apple foi eleita a empresa mais inovadora do mundo. Apenas duas brasileiras apareceram no ranking mundial: a Bug Agentes Biológicos (33º) e a Boo-box (45º), uma empresa de publicidade para mídias sociais.
Pulo da vespa - A arma da Bug são vespinhas do gênero Trichogramma. Estes insetos, de até um milímetro de tamanho e sem ferrão, são os inimigos naturais de pragas que atacam lavouras de grande importância econômica, como cana e soja. Os bichinhos, encontrados naturalmente no Brasil e em diversas partes do mundo, parasitam os ovos de mariposas e borboletas e impedem que eles deem origem aos maiores inimigos dos agricultores: as lagartas. A Bug conta com cinco “fábricas biológicas”, ou biofábricas, que criam insetos em massa e embalam seus ovos em pequenos papelotes. O agricultor posiciona esses papelotes na lavoura, as vespinhas nascem e passam a atacar as pragas 
O controle de infestação de lavouras por meio de insetos não é novo. A técnica já existe na Europa há 30 anos, mas em pequenas plantações e estufas, não na escala das grandes lavouras brasileiras. Mesmo o potencial da Trichogramma já era conhecido dos cientistasO assunto corre na literatura científica desde o fim dos anos 80. Em tese, os insetos deste gênero levam vantagem substancial sobre uma vespa de outra espécie já usada no controle da cana, aCotésia. Isso porque a Trichogramma ataca os ovos, interrompendo o ciclo de vida da praga, enquanto a Cotésia ataca a lagarta. “Como a lagarta nasce dentro do caule da planta, o controle da Cotésia só ocorre depois que a cana foi infestada”, explica Negri.
Faltava tirar a ideia do papel. E este foi o salto da Bug: unir o conhecimento acadêmico a métodos inovadores (e guardados a sete chaves) de produção em massa e liberação do inseto, na forma de um produto capaz de competir com os agrotóxicos.

Ácaros também

A Bug Agentes Biológicos não trabalha apenas com vespas. No fim de 2011, a empresa se fundiu com a Promip, do agrônomo Marcelo Poletti, com a ajuda de 500.000 reais de incentivo da Fapesp. Com a fusão, a Bug passou a vender ácaros, inimigos naturais de pragas que atacam plantações de hortifrúti, como morango, alface, pepino e pimentão.
Superação - A Bug nasceu durante o mestrado do agrônomo Diogo Carvalho, hoje seu diretor comercial, na Esalq. Ele criou a empresa em sociedade com o biólogo Negri e o agrônomo Danilo Pedraezoli. “A fase mais difícil foi o tempo que levou entre desenvolver a tecnologia e convencer o produtor”, diz. “Não desistimos porque acreditamos no nosso produto."
Pedraezoli deixou a empresa em 2011, e outros dois sócios entraram no negócio: o agrônomo Roberto Konno, que faz parte da equipe na parte de produção para hortifrúti, e Marcelo Poletti, que fundiu à Bug a empresa que havia fundado em 2005, a Promip. Com a fusão, a Bug passou a atuar também na produção de ácaros, inimigos naturais de pragas que atacam morango, alface, pepino e pimentão, entre outras culturas.
A economia da inovação - "Empresas como a Bug estão se tornando mais comuns", diz Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da Fapesp. Em entrevista a VEJA.com, ele lembra que as principais universidades já contam com agências de inovação. O que falta, explica, são investidores com experiência em apoiar empresas de altíssima tecnologia - falta o capital de risco. E pesam, claro, os conhecidos entraves ao desenvolvimento brasileiro: a alta carga tributária, a barafunda fiscal, a burocracia e a inconstância de políticas para ciência e tecnologia.
Ao contrário, em países campeões de inovação todo o esforço é feito para facilitar o trânsito entre o laboratório e a empresa. Brito Cruz cita o caso dos Estados Unidos. "Ali há uma forte cultura empreendedora, um ambiente econômico estável, baixos custos trabalhistas, um sistema legal efetivo e boa proteção da propriedade intelectual - além de pouca burocracia", diz.
Tanto a criação da Bug, em 2002, como sua fusão, no ano passado, com a empresa Promip, contou com o apoio de um programa da Fapesp pensado justamente para aproximar o empreendedorismo da pesquisa científica. Chamada Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (Pipe), esta linha de financiamento foi criada em 1997 e hoje exibe indicadores comparáveis aos de um programa americano equivalente, da National Science Foundation: 5% das empresas apoiadas nos termos do Pipe conseguem alcançar faturamento superior a 25 milhões de reais. Contados cinco anos da fundação, apenas 8% das empresas apoiadas pelo Pipe fecham as portas. No país, a mortalidade média das pequenas empresas é de 70%, segundo o Sebrae. Conforme estudo de Sérgio Salles-Filho, da Unicamp, cada 1 real aplicado pela Fapesp em seu programa de fomento retornou 11 reais para a economia.
Inovação de papel - O principal produto da Bug é uma cartela de papelão dividida em 24 células suficiente para proteger uma área de 1 hectare. Cada célula é posicionada em intervalos de 20 metros na plantação, contendo entre 50.000 e 100.000 ovos deTrichogramma. Cada cartela custa entre 14 e 20 reais, dependendo da aplicação e do nível de infestação. “Em alguns casos, o custo total pode sair até 40% mais barato que os agrotóxicos”, explica Poletti.
Os produtos da Bug atendem atualmente 500.000 hectares, o que permite estimar a venda de 7 a 10 milhões de reais em cartelas - a empresa não divulga quanto fatura. Entre os clientes estão grandes produtores de cana no Brasil, como o Raízen, responsável pela produção de mais de 2,2 bilhões de litros de etanol por ano, segundo dados da própria empresa, o que equivale a quase 10% do total produzido no país.

Ficha técnica

BUG Agentes Biológicos

Nome: BUG Agentes Biológicos
Site:www.bugbrasil.com.br
Sócios: Heraldo Negri (biológo), Diogo Carvalho, Marcelo Polleti e Roberto Konno (agrônomos)
Unidades: Charqueada (duas), Engenheiro Coelho, Piracicaba e Limeira
Funcionários: 82
Área de atendimento: 500.000 hectares
Produtos: Controle orgânico de pragas por meio de vespas e ácaros.

Voos maiores - A sede da empresa é simples e discreta. Não tem placa e fica à beira da rodovia nos arredores de Piracicaba. Seus prédios de tijolos à vista parecem estar em constante reforma, acompanhando o ritmo de crescimento da empresa. A sala construída para guardar mariposas, necessárias à produção das vespinhas, por exemplo, está operando acima da capacidade.
É por isso que a empresa está erguendo unidade, na região de Charqueada, e desativando a de Limeira. O novo empreendimento terá laboratórios maiores e ajudará no plano de dobrar a produção em 2012. “A nova planta vai aumentar em 10 vezes nossa capacidade”, diz. Com isso, a empresa vai aumentar a oferta de outros tipos de serviços, como consultoria e criação de insetos para outras instituições e laboratórios. 
Para abocanhar uma boa parcela do mercado bilionário de pesticidas, a Bug terá que desenvolver novas tecnologias e aumentar ainda mais sua capacidade de produção. A empresa está buscando, por exemplo, um jeito de liberar as vespas por avião, à maneira dos agrotóxicos convencionais em grandes lavouras, de 10.000 hectares ou mais. “Hoje, não é possível atender todo o mercado que queremos conquistar, mas estamos chegando lá”, diz Carvalho.

'Mantenha acesa a sua paixão, e nunca desista'


Liderança

O canadense Ryan Hreljac conta como, aos seis anos de idade, abraçou a causa de levar água a quem não tem acesso a ela

Carolina Almeida
Ryan August
Ryan Hreljac aconselha outros jovens a abraçar uma ideia com paixão e não desistir nunca (Divulgação)
Com apenas seis anos de idade, o canadense Ryan Hreljac, hoje com 20 anos, deu início a um projeto que mudou não só sua vida, mas também as de milhares pessoas que nem conhecia. Tudo começou com uma descoberta que virou de ponta-cabeça sua concepção infantil do mundo. Em 1998, sua professora, a Sra. Prest, relatou em sala de aula que milhões de cidadãos de diversos países não tinham o mesmo padrão de vida que ele e seus colegas. Ryan ficou chocado ao descobrir que muitos se viam obrigados a caminhar por horas apenas para conseguir água, uma coisa que era banal para ele – e, muitas vezes, aquilo a que tinham acesso era mais parecido com lama. A Sra. Prest estimou, com base em sua experiência local, que talvez fosse possível construir poços nessas localidades a um custo unitário de 70 dólares. Ryan voltou da escola cheio de ideias.
Hoje, Ryan tem 20 anos e estuda no curso de Desenvolvimento Internacional e Ciência Políticas do King’s College em Halifax, na costa leste do Canadá. Ele amadureceu as ideias que teve aos seis anos e hoje lidera uma fundação que possui seu nome: a ‘Ryan´s Well’ (ou ‘O poço de Ryan’, na tradução para o português). Criada em 2001, do alto dos dez anos de Ryan, a instituição já ajudou a construir mais de 700 poços e 900 latrinas em todo o mundo em desenvolvimento, levando água potável e saneamento básico para mais de 745.000 pessoas.
Você era tão jovem quando começou a angariar dinheiro para projetos na África. Como essa ideia surgiu?
A ideia surgiu em janeiro de 1998, quando tinha seis anos de idade e pensava que todas as crianças do mundo viviam como eu. Certo dia, começamos a falar na sala de aula sobre os países em desenvolvimento. A minha professora, a Sra. Prest, nos explicou que as pessoas desses locais não possuem a maioria das coisas que temos aqui no Canadá. E ela não parou por aí. Relatou que alguns africanos andavam por horas somente para conseguir um pouco de água suja. Disse ainda que muitos estavam doentes e que alguns morriam por falta de acesso a água potável. Fiquei simplesmente chocado e muito triste.
A Sra. Prest havia dito que 70 dólares seriam suficientes para construir um poço na África. Então fui para casa todo esperançoso e pedi para meus pais ajudarem. Lógico. Eles disseram, no entanto, que eu mesmo poderia fazer tarefas extras para ganhar o dinheiro. Daí, eu trabalhei por quatro meses para ganhar os 70 dólares. Soube depois que o “meu poço” iria custar 2 mil dólares para ser aberto em um lugar como Uganda. Com isso, aprendi que o problema era muito maior do que eu tinha percebido. Decidi prosseguir e meu projeto de criança tornou-se a Fundação Ryan´s Well.
O que o convenceu tão cedo de que poderia fazer a diferença? 
Tudo que tinha de fazer para chegar ao bebedouro e ter água limpa era dar nove ou dez passos. Era fácil demais. Antes daquele dia na escola, achava que todo mundo vivia como eu. Quando descobri que não, decidi que tinha que fazer algo. Então, além das minhas tarefas extras, comecei a contar a familiares e amigos sobre a crise da água na África na tentativa de arrecadar dinheiro para abrir poços.
Seus pais o influenciaram? 
Sem minha família, nada do meu trabalho teria sido possível. Eles não me deram os 70 dólares que eu precisava, mas disseram que tinha de ganhar com próprio esforço. Foi uma lição fundamental. Desde então, comecei a trabalhar no meu projeto e a falar às pessoas para aumentar a conscientização sobre as questões da água. No início da Ryan´s Well, o escritório era no porão de nossa casa. Agora temos um pequeno escritório em endereço próprio com uma equipe de sete pessoas: três ficam em tempo integral e quatro trabalham meio período. Contamos ainda com a ajuda preciosa de muitos voluntários.
E como era para uma criança atrair parceiros para o projeto? 
Nunca pensei que não poderia fazer isso. Mesmo sendo garoto, fui falar em clubes e nas salas de aula sobre o projeto. Contei a quem quisesse ouvir a minha história. Tudo com o intuito de arrecadar dinheiro para o meu primeiro poço e depois outro, e outro, e outro.
Quais são suas recomendações para jovens com ideias inovadoras, que tenham perfil de liderança e queiram fazer a diferença no mundo?
Eu sempre pensei que o mundo é como um quebra-cabeça bem grande e todos temos de descobrir onde nossa peça se encaixa. Para mim, é água. Portanto, meu conselho a alguém que queira fazer uma mudança positiva no mundo, é encontrar algo que lhe traga paixão e, depois, siga  nessa linha. Eu era apenas uma criança quando comecei a agir. Espero que minha história seja um exemplo de que todos podemos fazer a diferença. Mantenha sua ideia, mantenha acesa sua paixão, e nunca desista. Não importa quem você seja, onde você mora ou o que faz. Aliás, nunca é cedo demais para mudar o mundo.

Testemunhas ficam caladas e CPI do Cachoeira fecha semana esvaziada


Congresso

Munidos de habeas corpus, presidente da Agência Goiana de Transportes e ex-corregedor da Polícia Civil de Goiás ficaram em silêncio nesta quarta-feira

Tai Nalon
O deputado federal Paulo Teixeira, o senador Vital do Rêgo e o senador Pedro Taques durante a CPI do Cachoeira
O deputado federal Paulo Teixeira, o senador Vital do Rêgo e o senador Pedro Taques durante a CPI do Cachoeira(Geraldo Magela/Agência Senado )
Esvaziada, a CPI do Cachoeira fecha mais uma semana de trabalhos sem criar fatos novos que ajudem a elucidar o esquema gerenciado por Carlinhos Cachoeira e lança dúvidas sobre o depoimento do ex-diretor da Delta Fernando Cavendish, marcado para a semana que vem. Em uma sessão de pouco mais que 40 minutos e de baixo quórum, a comissão não conseguiu ouvir nesta quarta-feira os depoimentos do presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras Públicas, Jayme Eduardo Rincón, e do ex-corregedor da Polícia Civil de Goiás Aredes Correia Pires. Munidos de habeas corpus, ambos ficaram em silêncio e foram dispensados em seguida.
 
O fracasso na estratégia de inquirir testemunhas lança dúvidas sobre o depoimento do ex-chefe da Delta. Da mesma forma que os depoentes desta quarta, Cavendish apelou ao Supremo Tribunal Federal (STF) para não falar aos congressistas na próxima terça-feira. Foi além: pediu para não comparecer ao Congresso. Sob a relatoria do ministro Cezar Peluso, o pedido ainda não foi votado.
 
Impaciência - O tom das conversas entre os integrantes da CPI é de impaciência com o presidente da comissão, Vital do Rego (PMDB-PB), e com o relator, Odair Cunha (PT-MG). Membros da oposição têm insistido para que a comissão peça a quebra de sigilo de supostas empresas fantasmas ligada à Delta. Deputados e senadores indicam que a movimentação financeira do laranjal pode chegar a R$ 400 milhões. É consenso entre eles que, com o silêncio das testemunhas, seja necessário apelar para outras formas de investigação.
 
A ala governista, no entanto, diz estar analisando os requerimentos para investigação do laranjal da Delta. O discurso recorrente é que aguardam o depoimento de Cavendish para lançar luz sobre as suspeitas que envolvem a empreiteira.
 
"O depoimento do Cavendish é o depoimento de uma testemunha como outra qualquer. Nós não podemos tratar o Cavendish diferente de Demóstenes (Torres), diferente de A, B ou C", disse Vital. "O que nós temos que entender é que temos um rito a cumprir e que usamos esse rito dentro daquilo que for decisão do colegiado." 
 
Aredes e Rincón - Rincón, ex-tesoureiro da campanha do governador de Goiás, Marconi Perillo, e sócio em empresa com ligação com o esquema de Cachoeira, foi acusado por Cunha de atuar para favorecer a Delta em licitações. Citando gravações telefônicas, disse que a organização criminosa conseguiu desclassificar de um edital de R$ 34 milhões.
 
Já Aredes, suspeito de agir para evitar grampos em ligações do bicheiro e de comparsas, foi criticado por ter tentado adiar seu comparecimento à CPI com atestados médicos e, depois de ter prometido colaborar com os parlamentares, ficado em silêncio.
 
A CPI volta a se reunir na próxima terça-feira.

Como começar a empreender


Coloque suas ideias em um papel - ou no computador


 “Você precisa materializar o que está pensando. Ao descrever bem e visualizar, você percebe que aquela ótima ideia talvez não seja tão boa assim e ela é abandonada”.  – João Ramirez
“Temos muitas ideias e precisamos passá-las por um funil antes de partir para um projeto estruturado. Você tem que transformar a ideia em oportunidade”.  – José Dornelas
Saiba quais são os livros de empreendedorismo mais vendidos no país no 1º semestre de 2012:
Livraria Saraiva 
1.Empreendedorismo - Transformando Ideias Em Negócios, de José Carlos Dornelas (Elsevier Editora, 280 páginas)
2. A Menina do Vale - Como o Empreendedorismo Pode Mudar Sua Vida, de Bel Pesce (Casa da Palavra, 84 páginas)
3. Franquias Brasileiras - Estratégia, Empreendedorismo, Inovação e Internacionalização, de Pedro Lucas de Resende Melo (Cengage Learning Edições, 248 páginas)
4. Empreendedorismo - Construindo Seu Projeto de Vida, de Luiz Arnaldo Biagio (Manole Editora, 260 páginas)
5. O Fenômeno do Empreendedorismo, de Emanuel Ferreira Leite (Saraiva S/a Livreiros e Editores, 392 páginas)

Livraria Cultura
1.O Segredo de Luísa: Uma Ideia, Uma Paixão e Plano de Negócios, de Fernando Dolabela (Editora Sextante, 304 páginas)
2. Nunca procure emprego! Dispense o Chefe e Crie o Seu Negócio Sem Ir à Falência, de Scott Gerber (Editora Évora, 256 páginas)
3. Investidor Anjo- Guia Prático para Empreendedores e Investidores, de Cássio Spina (nVersos Editora, 176 páginas)
4. A Startup Enxuta, de Eric Ries (Editora Leya, 288 páginas)
5. A Escola dos Deuses, Stefano Elio D’Anna (Barany Editora, 408 páginas)

Compartilhe, compartilhe e compartilhe

É o momento de dividir a ideia que teve. Vale conversar com amigos, potenciais clientes, profissionais mais experientes e pessoas que entendam do mercado em que você desejar atuar, além de consultores.

“Sinta se a ideia está de acordo com o que cliente precisa”.  – Renato Fonseca

“Teste a ideia com pessoas e tenha um ouvido atento às críticas. Às vezes, você está tão encantado por seu projeto, que fica seduzido. É um risco grande”. – João Ramirez

“Ideia que não é compartilhada, não é cultivada”. – Tiago Dalvi
Saiba quais são os livros de empreendedorismo mais vendidos no país no 1º semestre de 2012:
Livraria Saraiva 
1.Empreendedorismo - Transformando Ideias Em Negócios, de José Carlos Dornelas (Elsevier Editora, 280 páginas)
2. A Menina do Vale - Como o Empreendedorismo Pode Mudar Sua Vida, de Bel Pesce (Casa da Palavra, 84 páginas)
3. Franquias Brasileiras - Estratégia, Empreendedorismo, Inovação e Internacionalização, de Pedro Lucas de Resende Melo (Cengage Learning Edições, 248 páginas)
4. Empreendedorismo - Construindo Seu Projeto de Vida, de Luiz Arnaldo Biagio (Manole Editora, 260 páginas)
5. O Fenômeno do Empreendedorismo, de Emanuel Ferreira Leite (Saraiva S/a Livreiros e Editores, 392 páginas)

Livraria Cultura
1.O Segredo de Luísa: Uma Ideia, Uma Paixão e Plano de Negócios, de Fernando Dolabela (Editora Sextante, 304 páginas)
2. Nunca procure emprego! Dispense o Chefe e Crie o Seu Negócio Sem Ir à Falência, de Scott Gerber (Editora Évora, 256 páginas)
3. Investidor Anjo- Guia Prático para Empreendedores e Investidores, de Cássio Spina (nVersos Editora, 176 páginas)
4. A Startup Enxuta, de Eric Ries (Editora Leya, 288 páginas)
5. A Escola dos Deuses, Stefano Elio D’Anna (Barany Editora, 408 páginas)

Modele sua ideia

Utilize o feedback recebido do mercado e de especialistas para aperfeiçoar seu projeto.

“A partir de um ‘brainstorm’ (criação coletiva de ideias), você se abre para outras perspectivas” - Renato Fonseca
Saiba quais são os livros de empreendedorismo mais vendidos no país no 1º semestre de 2012:
Livraria Saraiva 
1.Empreendedorismo - Transformando Ideias Em Negócios, de José Carlos Dornelas (Elsevier Editora, 280 páginas)
2. A Menina do Vale - Como o Empreendedorismo Pode Mudar Sua Vida, de Bel Pesce (Casa da Palavra, 84 páginas)
3. Franquias Brasileiras - Estratégia, Empreendedorismo, Inovação e Internacionalização, de Pedro Lucas de Resende Melo (Cengage Learning Edições, 248 páginas)
4. Empreendedorismo - Construindo Seu Projeto de Vida, de Luiz Arnaldo Biagio (Manole Editora, 260 páginas)
5. O Fenômeno do Empreendedorismo, de Emanuel Ferreira Leite (Saraiva S/a Livreiros e Editores, 392 páginas)

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1.O Segredo de Luísa: Uma Ideia, Uma Paixão e Plano de Negócios, de Fernando Dolabela (Editora Sextante, 304 páginas)
2. Nunca procure emprego! Dispense o Chefe e Crie o Seu Negócio Sem Ir à Falência, de Scott Gerber (Editora Évora, 256 páginas)
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4. A Startup Enxuta, de Eric Ries (Editora Leya, 288 páginas)
5. A Escola dos Deuses, Stefano Elio D’Anna (Barany Editora, 408 páginas)

Monte o plano de negócios

O plano de negócios nada mais é do que o detalhamento de uma ideia já aperfeiçoada. Segundo José Dornelas, os itens que devem constar em um bom plano de negócio são:

- Informações sobre o mercado e clientes
- Recursos mínimos de pessoal e infraestrutura necessários à empresa
- Investimentos iniciais requeridos (fluxo de caixa)
- Estratégia de entrada no mercado e visão de crescimento
- Premissas e análise de riscos
- Formas de retorno do dinheiro investido
- Cronograma

“O plano de negócios prevê quanto você precisará de dinheiro, se o modelo é rentável e se vai devolver o que foi aplicado ao investidor”.  – João Ramirez
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3. Franquias Brasileiras - Estratégia, Empreendedorismo, Inovação e Internacionalização, de Pedro Lucas de Resende Melo (Cengage Learning Edições, 248 páginas)
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5. A Escola dos Deuses, Stefano Elio D’Anna (Barany Editora, 408 páginas)

Estude e invista em si mesmo

Antes de partir para o desenvolvimento do projeto, invista em você: cursos, palestras, seminários, mentoring (orientação) com profissionais experientes e livros são fundamentais.

“O empreendedor terá que dominar áreas financeiras e comerciais da empresa. Faça uma autorreflexão das suas limitações e deficiências e busque conhecimento”. – Renato Fonseca

“Gosto de ler biografias para entender como a pessoa chegou àquela função, como Bill Gates e Steve Jobs, por exemplo. Biografias de grandes líderes também ajudam, afinal, o empreendedor terá que liderar equipes”. – João Ramirez

 
Saiba quais são os livros de empreendedorismo mais vendidos no país no 1º semestre de 2012:
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1.Empreendedorismo - Transformando Ideias Em Negócios, de José Carlos Dornelas (Elsevier Editora, 280 páginas)
2. A Menina do Vale - Como o Empreendedorismo Pode Mudar Sua Vida, de Bel Pesce (Casa da Palavra, 84 páginas)
3. Franquias Brasileiras - Estratégia, Empreendedorismo, Inovação e Internacionalização, de Pedro Lucas de Resende Melo (Cengage Learning Edições, 248 páginas)
4. Empreendedorismo - Construindo Seu Projeto de Vida, de Luiz Arnaldo Biagio (Manole Editora, 260 páginas)
5. O Fenômeno do Empreendedorismo, de Emanuel Ferreira Leite (Saraiva S/a Livreiros e Editores, 392 páginas)

Livraria Cultura
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2. Nunca procure emprego! Dispense o Chefe e Crie o Seu Negócio Sem Ir à Falência, de Scott Gerber (Editora Évora, 256 páginas)
3. Investidor Anjo- Guia Prático para Empreendedores e Investidores, de Cássio Spina (nVersos Editora, 176 páginas)
4. A Startup Enxuta, de Eric Ries (Editora Leya, 288 páginas)
5. A Escola dos Deuses, Stefano Elio D’Anna (Barany Editora, 408 páginas)




“Para empreender é preciso vontade de mudar o mundo”


Jovens inspiradores

Especialistas em negócios dizem que é preciso sonhar alto, mas também “ter os pés no chão para fazer acontecer”. Saiba como resolver a equação

Lecticia Maggi
Empreendedores precisam pensar em projetos com etapas e prazos
Empreendedores precisam pensar em projetos com etapas e prazos (Thinkstock)
Sonhar alto é o ponto de partida de todo empreendedor. Mas especialistas concordam: o sonho não basta. É preciso estabelecer metas, planejar prazos para atingi-las e ter uma dose extraordinária de determinação. Quando se trata de empreender, o caminho da execução é tão importante quanto uma ideia brilhante ou um sonho grandioso. “O brasileiro precisa de visão grandiosa e vontade de mudar o mundo”, afirma José Carlos Dornelas, professor de MBA da Universidade de São Paulo (USP) e um dos maiores especialistas brasileiros em empreendedorismo. “Mas não adianta sonhar alto sem fazer o básico”, lembra.

Principalmente no campo social, Dornelas ressalta que o país - e os futuros empreendedores – têm enormes desafios pela frente. Por isso, precisam pensar em projetos que tenham escalabilidade, ou seja, etapas bem definidas que permitam o desenvolvimento e a ampliação do projeto. E, desta forma, tenham a possibilidade de se expandir, atingindo e beneficiando um número cada vez maior de pessoas.
Divulgação

José Dornelas
“Empreendedores tidos como malucos transformaram o mundo. Temos que ser utópicos sim, mas com pés no chão para fazer acontecer”, considera Dornelas.

Segundo ele, não é errado começar pequeno, o importante é não se acomodar diante de pequenas mudanças que venham a ser realizadas na sociedade. “Primeiro, atinge-se um bairro. Ao vermos que é viável, ampliamos para uma cidade”, exemplifica. São de sua autoria livros para iniciantes como Empreenda antes dos 30 e Empreenda quase sem dinheiro, além de Empreendedorismo – Transformando ideias em Negócios – este na lista dos mais vendidos do setor.

O pensamento é o mesmo compartilhado por personalidades como Marina Silva, ex-candidata à Presidência da República, e Viviane Senna, presidente do Instituto Ayrton Senna. Durante oficina em São Paulo – no fim de julho - as duas destacaram que, para ser líder, não bastam boas ideias, é preciso ação. "O sonho precisa de esforço para ser realizado. Precisamos acreditar, mas acreditar criando", disse Marina Silva.

Para interessados em começar a empreender, especialistas ouvidos por VEJA.com indicam cinco passos que servem para projetos de todos os setores:
1- Escreva sua ideia
2- Compartilhe
3- Aperfeiçoe
4- Monte o plano de negócios
5- Invista em você.

Segundo João Ramirez, CEO da agência Colmeia e co-fundador do site de compras coletivas ClickON e da rede social infantil Migux, o período de ‘testes’ da ideia – aquele que especialistas chamam de fase de ‘incubação’ – é o mais importante. Ele engloba as fases de compartilhamento e aperfeiçoamento e, em geral, leva de seis meses a um ano. Nessa fase, é recomendável analisar a concorrência e conversar com profissionais mais experientes ou que já realizaram algo semelhante ao que você tem em mente. É neste momento que o candidato a empreendedor irá decidir se a ideia realmente tem condições de se concretizar ou se é necessário partir para outro projeto. 
Durante a elaboração do plano de negócios, é preciso ainda pensar nos riscos financeiros que se está disposto a correr. “Empreender é realizar. E realizar é sempre correr o risco de dar certo ou não”, afirma Renato Fonseca, consultor do Sebrae-SP e autor do livro Conexões Empreendedoras. O recomendável, porém, é começar investindo pouco, o mínimo. Depois, quando o projeto der sinais de amadurecimento, entoa buscar aceleradores de negócio ou fundos de investimentos. “Quando comecei não tinha nada, apenas uma ideia”, conta Tiago Dalvi, 26 anos, criador da empresa digital Solidarium, que começou em 2007,  e prevê faturar 1 milhão de reais neste ano.  “Às vezes, o dinheiro da venda de um carro velho é o suficiente para começar uma start up digital”, completa João Ramirez.

Os profissionais são unânimes em dizer que não há receitas prontas para a elaboração de um plano de negócios funcional. E não existem modelos perfeitos. O melhor projeto, lembra Fonseca, é aquele que se adequa às necessidades do cliente – ou da sociedade. “O plano, por ser inovador, pode parecer inviável. Você tem que desdobrá-lo. O Skype também parecia inviável a princípio”, recorda.

Tão importante quanto ‘testar’ a ideia e escrever um bom plano de negócios, está investir em si mesmo. Os especialistas destacam que, em geral, o empreendedor precisa ter habilidade de lidar com pessoas, negociar vendas e fornecedores, além de dominar aspectos jurídicos, financeiros e da área de custos da empresa. “Tem que ‘ralar’ muito. Não adianta achar que é só vontade. É preciso conhecimento e preparo”, resume Dornelas. 

The Doors - Touch Me (Live)