sábado 27 2014

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PAULO ROBERTO COSTA REVELA: PALOCCI PEDIU DINHEIRO DA QUADRILHA QUE OPERVA NA PETROBRAS PARA A CAMPANHA DE DILMA

Veja.Com

Segundo Paulo Roberto, em 2010,  Palocci apelou ao esquema corrupto para financiar a campanha de Dilma
Segundo Paulo Roberto, em 2010, Palocci apelou ao esquema corrupto para financiar a campanha de Dilma
O engenheiro Paulo Roberto Costa, que está preso na Polícia Federal do Paraná, deve ser solto até segunda-feira. Será monitorado por uma tornozeleira eletrônica. A liberdade é parte do acordo de delação premiada. De saída, pode-se afirmar que a concessão só está sendo feita porque se considera que, até aqui, ele efetivamente está contribuindo para desvendar os meandros dos crimes cometidos pela quadrilha que operava na Petrobras. Há duas semanas, VEJA revelou parte do que ele disse à Polícia e ao Ministério Público, incluindo a lista de políticos que, segundo ele, se beneficiaram do esquema. Lá estão cabeças coroadas do Congresso e também o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. Na edição desta semana, VEJA revela um conteúdo que compõe o núcleo atômico da denúncia. Paulo Roberto liga o esquema corrupto à eleição de Dilma Rousseff em 2010. É isso mesmo!
Costa, como se sabe, era diretor de Abastecimento da Petrobras. Por sua diretoria, passavam negócios bilionários, como a construção de refinarias, aluguel de navios e plataformas e manutenção de oleodutos. Ele chegou ao posto em 2004 — e lá permaneceu até 2012, já no governo Dilma — pelas mãos do PP, mas foi adotado depois pelo PMDB e pelo PT. As empreiteiras que negociavam com ele pagavam 3% de comissão, e o dinheiro era distribuído, depois, a políticos. Sim, Paulo Roberto pegava a sua parte. Só em uma de suas contas no exterior, há US$ 23 milhões.
Era íntimo do poder. Lula o tratava por “Paulinho” — o Apedeuta, como se sabe, é doce com os amigos… Pois bem: Paulo Roberto revelou à Polícia Federal e ao Ministério Público que, em 2010, foi procurado por Antonio Palocci, um dos coordenadores da campanha de Dilma Rousseff à Presidência. O ex-ministro da Fazenda, que já tinha sido membro do Conselho da Petrobras, precisava, com urgência, de R$ 2 milhões. Sim, vocês entenderam: pediu, segundo o engenheiro, que a quadrilha que traficava com o interesse público lhe arrumasse a dinheirama. Nota à margem: em 2010, Palocci era um dos três homens fortes da campanha de Dilma. Os outros dois eram José Eduardo Cardozo, hoje no Ministério da Justiça, e José Eduardo Dutra, hoje numa diretoria da Petrobras. Dilma os apelidou de seus “Três Porquinhos”. Palocci, um dos porquinhos, virou ministro da Casa Civil, mas teve de deixar o cargo porque não conseguiu explicar como ficou tão rico atuando como… consultor. Adiante.
Dilma tem feito o diabo para sustentar que não sabia da casa de horrores em que havia se transformado a Petrobras. Como notou um ouvinte de “Os Pingos nos Is”, o programa  diário que ancoro na Jovem Pan, a “candidata Dilma” é aquela que finge saber tudo, e a “presidente Dilma” é aquela que nunca sabe de nada.
O dinheiro, afinal, foi parar no caixa dois da campanha de Dilma? A ver. Paulo Roberto operava por cima: negociava a propina com as empreiteiras, pegava a sua parte e depois deixava a cargo dos políticos. A sua diretoria pertencia à cota do PP — e foi a essa cota que Palocci pediu o dinheiro. A distribuição da bufunfa era feita pelo doleiro Alberto Youssef, que também fez um acordo de delação premiada. Ele poderá dizer se a dinheirama ajudou a financiar a campanha da agora presidente, que concorre à reeleição.
Embora adotado pelo PMDB e pelo PT, reitere-se, Paulo Roberto era o homem do PP. Os petistas, no entanto, tinham também o seu braço na estatal: Renato Duque, que ficou 10 anos na Diretoria de Serviços. Segundo Paulo Roberto, Duque operava exclusivamente para os petistas. Não percam isto de vista: de acordo com a denúncia, Palocci foi pedir R$ 2 milhões da cota do PP. Se mais pediu de outras cotas, eis uma possibilidade que tem de ser investigada.
Atenção! Paulo Roberto Costa só poderá ser beneficiado pelo estatuto da delação premiada se as informações que fornecer forem úteis à investigação. Se está prestes a sair da cadeia, é sinal de que a apuração está avançando.
Palocci e Dilma dizem qualquer irregularidade e dizem não saber de nada.
Por Reinaldo Azevedo
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/paulo-roberto-costa-revela-palocci-pediu-dinheiro-da-quadrilha-que-operva-na-petrobras-para-a-campanha-de-dilma/

Desigualdade no Brasil é maior do que mostra a Pnad, diz estudo

Renda

Levantamento de estudiosos do Ipea e da UnB constata que não só o abismo entre pobres e ricos não está caindo, como também é maior do que se imaginava

Ana Clara Costa
Hoje é o Dia mundial de combate ao trabalho infantil. Atualmente há no Brasil mais de 4 milhões de crianças e adolescentes trabalhando
Estudo: ao cruzar dados da Pnad com os do Fisco, pesquisadores constatam que desigualdade não caiu (Wilson Dias/ABr/VEJA)
Um estudo publicado há poucos dias num site de pesquisa científica deve acirrar o debate em torno do tema desigualdade. Intitulado A estabilidade da desigualdade de renda no Brasil, 2006 a 2012, o documento aponta que não só a desigualdade se manteve estável nos últimos anos, como também é mais alta do que aponta a Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios (Pnad), apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os pesquisadores relacionaram os dados sobre a renda domiciliar da Pnad e números obtidos da declaração do Imposto de Renda de pessoas físicas. A constatação é de que o abismo entre ricos e pobres não foi reduzido nesse intervalo, ao contrário do que mostra a Pnad. Outro ponto importante mostrado pelos estudiosos é que o coeficiente de Gini, índice usado mundialmente para medir a concentração de renda, é muito maior quando se associam as duas variáveis (renda domiciliar e renda declarada ao Fisco), do que quando leva em conta apenas os números apurados pelos recenseadores do IBGE. 
O indicador varia de zero, que é a igualdade perfeita, até um — o grau máximo de desigualdade. Pelo novo estudo, o índice nos anos de 2006, 2009 e 2012 são, respectivamente, 0,696, 0,698 e 0,690. Já a Pnad aponta que, nesses mesmos anos, o Gini ficou em 0,539, 0,516 e 0,498. “Ao que tudo indica, as Pnad subestimam as rendas mais altas e, por isso, não monitoram completamente o comportamento da desigualdade total”, informam os acadêmicos da Universidade de Brasília (UnB) Marcelo Medeiros, Pedro Souza e Fabio Castro. Medeiros e Souza também são pesquisadores do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Segundo o levantamento, as pesquisas domiciliares indicam uma queda persistente da desigualdade de 2006 a 2011, que só foi interrompida em 2012. Mas, ao ajustarem à pesquisa as rendas dos brasileiros mais ricos a partir de dados tributários, e não aqueles levantados por recenseadores, a queda na desigualdade deixa de existir. “Houve crescimento da renda, mas, se o Brasil cresceu para todos, os ricos se apropriaram da maior parte desse crescimento”, diz a pesquisa. Os dados tributários são usados pelo pesquisador francês Thomas Piketty para compor seu estudo sobre desigualdade. Seu banco de dados deu origem ao livro O Capital no Século XXI, que será lançado no Brasil em novembro, pela editora Instrínseca. Piketty não citou o Brasil em sua publicação porque o governo brasileiro não respondeu aos seus pedidos por dados tributários.
A Pnad é considerada uma fotografia incompleta da desigualdade porque as informações sobre a renda são fornecidas pela própria população aos recenseadores. Isso significa que os próprios cidadãos podem subestimar ou superestimar seus ganhos. Os dados do Imposto de Renda são mais precisos porque, além de serem oficiais, mostram posse de bens e rendimentos isentos ou não tributáveis, como doações, investimentos em poupança e outras aplicações cuja tributação ocorre direto na fonte. O levantamento seria mais completo ainda se usasse dados da declaração de renda de pessoa jurídica, já que muitos brasileiros — sobretudo os mais ricos — declaram seus rendimentos como tal, e não como pessoa física. 
Os três autores produziram, anteriormente, um estudo levando em conta apenas os dados das declarações de imposto de renda, sem a Pnad. Na última semana, o site de VEJA teve acesso ao material, que mostra que a concentração de renda aumentou no país entre 2006 e 2012. Segundo o levantamento, encomendado pelo Ipea, os 5% mais ricos do país detinham, em 2012, 44% da renda. Em 2006, esse porcentual era de 40%. Os brasileiros que fazem parte da seleta parcela do 1% mais rico também viram sua fatia aumentar: passou de 22,5% da renda em 2006 para 25% em 2012. O mesmo ocorreu para o porcentual de 0,1% da população mais rica, que se apropriava de 9% da renda total do país em 2006 e, em 2012, de 11%. 
A Pnad de 2013 foi publicada no último dia 18, mostrando que a diferença de renda entre pobres e ricos se mantem alta. No dia seguinte, o IBGE convocou entrevista coletiva para anunciar que o levantamento continha “erro grave”. Depois de apontadas as correções, o indicador de desigualdade melhorou, mas a mudança não foi suficiente para reverter a tendência de congelamento. O IBGE saiu do episódio com a imagem arranhada.

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