quinta-feira 22 2020

Comissões de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH)

 

As Comissões de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) foram instituídas por lei a partir de 1998 com a Portaria nº 2.616 do Ministério da Saúde, juntamente com a criação do Programa de 

A CCIH é composta por profissionais da área de saúde, de nível superior, formalmente designados e nomeados pela Direção do hospital. Os componentes da CCIH agrupam-se em dois tipos: membros consultores e membros executores. O presidente da CCIH poderá ser qualquer um de seus membros, indicado pela Direção.

Os membros consultores deverão incluir representantes dos seguintes serviços: médico, enfermagem, farmácia, laboratório de microbiologia e administração. Em instituições com número igual ou menor que 70 leitos, a CCIH pode ser composta apenas por 01 (um) médico e 01 (um) enfermeiro.

Os membros executores representam o Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) e são eles os responsáveis diretos pela execução das ações do PCIH. É recomendável que pelo menos 01 (um) membro executor seja um profissional de enfermagem.

INFECÇÕES HOSPITALARES: O QUE SÃO E COMO OCORREM?

Segundo a portaria MS 2.616/98, infecção hospitalar é “qualquer infecção adquirida após a internação do paciente e que se manifesta durante a internação ou mesmo após a alta, quando puder ser relacionada com a internação ou procedimentos hospitalares.” Esse termo atualmente, no entanto, é considerado inapropriado, e por isso atualmente as chamadas “infecções hospitalares” são denominadas de “Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde” (IRAS). Esta mudança de denominação se deu porque a ocorrência das IRAS não depende exclusivamente do ambiente hospitalar, já que a assistência à saúde pode acontecer também em outros ambientes, como em clínicas de diálise, de quimioterapia, no próprio ambiente domiciliar (“home care”). E os procedimentos realizados nesses contextos, e não apenas nos hospitais, também podem desencadear IRAS.

As IRAS ocorrem devido a um desequilíbrio entre as defesas do paciente (sistema imunológico) e germes que habitam o seu corpo (microrganismos). Tais microrganismos são ditos oportunistas porque se “aproveitam” do estado de saúde debilitado do paciente provocado por doenças, imunodeficiências, uso de antibióticos, procedimentos médico-cirúrgicos e dispositivos hospitalares invavisos (cateteres, tubos, drenos, sondas, etc) para encontrar uma fácil “porta de entrada” para invadir o organismo e causar uma infecção que não ocorreria fora destas condições. Em resumo, as infecções relacionadas à assistência à saúde são infecções oportunistas, causadas por germes presentes no organismo do paciente, que se associam a múltiplos fatores, tais como procedimentos hospitalares invasivos e tratamentos médicos aos quais o paciente é submetido, além do seu estado de saúde (doenças).

COMPETÊNCIAS DA CCIH:

À CCIH compete:

1. Elaborar, implementar e monitorar o Programa de Controle de Infecção Hospitalar;

2. Implantar um Sistema de Vigilância Epidemiológica para monitoramento das infecções relacionadas à assistência à saúde;

3. Implementar e supervisionar normas e rotinas, visando a prevenção e o controle das infecções relacionadas à assistência à saúde;

4. Promover treinamentos e capacitações do quadro de profissionais da instituição, no que diz respeito à prevenção e controle das infecções relacionadas à assistência à saúde, através de Educação Continuada;

5. Participar, em cooperação com a Comissão de Farmácia e Terapêutica, da elaboração de políticas de utilização de antimicrobianos, saneantes e materiais médico-hospitalares, contribuindo para o uso reacional destes insumos;

6. Realizar investigação epidemiológica de surtos e implantar medidas imediatas de controle e contenção;

7. Elaborar, implementar e supervisionar normas e rotinas objetivando evitar a  disseminação de germes hospitalares, por meio de medidas de isolamento e contenção;

8. Elaborar, implementar, divulgar e monitorar normas e rotinas visando a prevenção e o tratamento adequado das infecções hospitalares;

9. Elaborar e divulgar, periodicamente, relatórios dirigidos à autoridade máxima da instituição e às chefias dos serviços, contendo informações sobre a situação das infecções relacionadas à assistência à saúde na instituição.

A CCIH no INI:
No INI, a CCIH atua desde 2002, realizando atividades que visam a prevenção e o controle das infecções relacionadas à assistência à saúde, através de medidas de promoção de melhoria na qualidade da assistência e de Biossegurança para pacientes e profissionais de saúde.

 

Nossa missão:

•  Colaborar na prestação da atenção ao paciente, tendo por finalidade a execução de atividades especiais e o desenvolvimento de um programa de qualidade na prevenção e controle das infecções relacionadas à assistência à saúde, integrando-se funcionalmente aos outros serviços;

•  Participar como campo de estágio no aperfeiçoamento de profissionais da área de saúde em geral e na Especialização de alunos de Graduação, Pós-Graduação, Mestrado, Doutorado e Residência Médica, através de educação continuada e estágios regulamentares;

•  Traçar estratégias de Educação em Saúde através da produção e avaliação de recursos educacionais;

•  Contribuir para a melhoria contínua da qualidade mediante metodologia específica cujo resultado final será a diminuição da ocorrência de infecções, a segurança e a excelência no atendimento.

 Nossa visão:

•  Tornar-nos pólo de Ensino e Pesquisa para profissionais da área da saúde que desejam atuar no Controle das Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde, com o emprego de novas tecnologias e procedimentos que requerem alto nível de conhecimento, tendo como estratégias para a melhoria na qualidade da assistência ao paciente o desenvolvimento de pesquisa e o aprimoramento dos processos de trabalhofocando na educação em saúdevigilância epidemiológica, e atualização profissional.

 Composição da Comissão:

Membros executores:

•  Diana Galvão Ventura – médica infectologista, presidente

•  Vanderléa Poeys Cabral – enfermeira, vice-presidente

•  Sonia Maria Ferraz Medeiros Neves – enfermeira

•  Juliana Arruda de Matos – médica infectologista, pesquisadora epidemiologista

Comissão de Controle de Infecção Hospitalar Serviço de Controle de Infecção Hospitalar

 

          A Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) é um órgão de assessoria à direção do Hospital de Clínicas (HC) da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), sendo composta por profissionais da área de saúde, de nível superior e médio, formalmente nomeados, que se reúnem ordinariamente ou extraordinariamente. Dentre outras atividades deve elaborar, implementar, manter e avaliar o programa de controle de infecção hospitalar (PCIH).

          Os membros da CCIH são de dois tipos: consultores e executores. Os membros executores estão lotados no Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH), sendo composto por profissionais da área médica, de enfermagem, farmacêutica e técnico administrativo. A função destes profissionais consiste em capacitar as equipes (incluindo os serviços terceirizados) e aplicar as ações relacionadas no PCIH com a finalidade de prevenir e evitar a transmissão de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (IRAS). 

          Os membros consultores são formados por profissionais do HC, lotados em diferentes Setores, como Enfermagem, Direção, Laboratório, Farmácia, etc. São os consultores que irão validar e confeccionar recomendações e protocolos relacionados à Prevenção das IRAS no HCU. 

          A fim de evitar as IRAS, o Serviço de Controle de Infecção Hospitalar é responsável pela implantação de ações de biossegurança, adotando normas e procedimentos seguros para a saúde dos pacientes, bem como dos profissionais e dos visitantes.

          Uma das medidas mais importantes é a correta higienização das mãos, que são as principais vias de transmissão de microrganismos e o uso correto dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI). Além disso, a limpeza e desinfecção de materiais e do ambiente é essencial.

         Para o sucesso da prevenção e controle dessas infecções é necessária a dedicação de todos que frequentam instituições de assistência à saúde e, em particular, dos profissionais, minimizando, desta forma, o risco para os pacientes e, consequentemente, os custos.