quinta-feira 16 2014

Debate SBT candidatos Aécio X Dilma ao vivo 16/10/2014





Desorientada, Dilma interrompe entrevista após debate

Maquiavel

Veja.Com

A presidente Dilma Rousseff diz ter se sentido mal após debate no SBT
A presidente Dilma Rousseff diz ter se sentido mal após debate no SBT (Reprodução/SBT)
Em entrevista ao vivo logo após o debate do SBT nesta quinta-feira, a presidente-candidata Dilma Rousseff (PT) perdeu o rumo ao falar sobre o duríssimo embate com Aécio Neves, candidato do PSDB à Presidência. Ao responder a pergunta da repórter Simone Queiroz, Dilma gaguejou ao tentar dizer a palavra "inequívoco", se enrolou e pediu para recomeçar a entrevista, momento em que foi avisada que estava ao vivo. Ela tentou retomar o discurso, mas em seguida alegou ter sentido uma queda de pressão e foi conduzida até uma cadeira próxima. "A presidente está passando mal aqui", disse a repórter, assustada.
Um comentarista do SBT entrou no ar. Instantes depois a transmissão voltou a mostrar Dilma, em pé e aparentemente recomposta. "Debate exige muito da gente. Peço desculpas ao telespectador, mas é assim que nós somos".
A repórter disse que esperava que a presidente estivesse se sentindo bem. Dilma, ainda um pouco desorientada, respondeu com rispidez: "Quero terminar a entrevista". Dilma tentou retomar a resposta, mas logo foi avisada que pela lei eleitoral o SBT deveria dar o mesmo tempo de entrevista aos candidatos e por isso não poderia estender a fala da candidata petista. Mais uma vez, Dilma foi áspera: "Se é assim que você quer, assim será", respondeu ela, encerrando um dos episódios mais bizarros de toda a campanha.
Nos bastidores, os assessores da presidente se apressaram em afirmar que Dilma não havia comido nada o dia todo e se sentiu mal ao levantar da cadeira para a entrevista. O marqueteiro João Santana a socorreu com barra de cereal, chocolate e bala. "Meu filho, eu devia ter comido antes de sair de casa. Caiu um pouquinho a minha pressão. Eu senti que ia cair, mas aí imediatamente eu dei uma esfregadinha nos meus pulsos. A minha sorte foi que não aconteceu nada disso (durante o debate). Foi na hora que eu levantei, porque eu levantei subitamente", disse Dilma. (Talita Fernandes e Felipe Frazão, de São Paulo)

Corrupção e ataques pessoais marcam debate agressivo entre Dilma e Aécio

Eleições 2014

Presidente-candidata tentou resgatar episódio no qual Aécio recusou-se a fazer o teste do bafômetro, mas tucano devolveu apontando o baixo nível da campanha petista

O candidato à Presidência da República pelo PSDB, Aécio Neves, chega para o debate promovido pelo SBT, nesta quinta-feira (16), em São Paulo

Se até agora, a aposta de Dilma Rousseff (PT) foi na tentativa de desconstrução do gestor Aécio Neves (PSDB), no debate promovido por SBT/UOL/Jovem Pan, a presidente-candidata buscou atingir o caráter do tucano. O ápice da estratégia petista ficou claro no terceiro bloco, quando Dilma sacou uma pergunta sobre a Lei Seca no trânsito, cujo verdadeiro objetivo era lembrar o episódio em que Aécio recusou-se a fazer o teste do bafômetro durante uma blitz no Rio de Janeiro. O tiro saiu pela culatra: Aécio respondeu dizendo que ela "poderia ter sido direta" e ele mesmo mencionou o episódio. Na sequência, acusou Dilma de rebaixar o nível do debate.

"Tenha coragem de fazer a pergunta diretamente. A senhora tenta deturpar um assunto que deve ser lidado com maior clareza. Eu tive um episódio sim, em que me recusei a fazer o teste do bafômetro. Minha carteira estava vencida. Eu me arrependi, diferentemente da senhora que não se arrepende de nada. Vamos falar de coisa séria, de como melhorar a vida das pessoas. Não é possível que a senhora queira fazer a campanha mais suja que já se viu. Quando a senhora ofende a mim, ofende a minha família, a senhora ofende todos os brasileiros que querem mudança", disse. Contrariando as regras do debate, a plateia aplaudiu.

Na mais acirrada campanha desde a redemocratização, o duríssimo debate entre Dilma e Aécio foi pontuado por acusações de corrupção e nepotismo. A temperatura subiu quando as duas campanhas prepararam “perguntas-surpresas”, sobre temas que não haviam sido abordados nos confrontos anteriores na televisão – no caso da petista, o ataque pessoal ao tucano.
Confrontado no debate anterior, da TV Bandeirantes, com o fato de que sua irmã, Andrea Neves, trabalhou no governo de Minas Gerais quando ele administrou o Estado, Aécio Neves disse que que ela exercia trabalho voluntário e não remunerado. Em seguida, apontou a nomeação do irmão de Dilma, Igor Rousseff, para um cargo de assessor da prefeitura de Belo Horizonte na gestão do petista Fernando Pimentel.

Os 15,2 milhões de votos de Minas Gerais também voltaram ao centro do debate. Em todos os blocos, a petista tentou apontar números desfavoráveis dos governos de Aécio ou mencionou o Estado lateralmente. O tucano reclamou: “Quem ligar a televisão desavisadamente agora vai achar que a senhora quer ser governadora de Minas Gerais ou prefeita de Belo Horizonte”. A petista reagiu dizendo que Aécio "quer falar em nome de Minas Gerais" e voltou a citar a reportagem do jornal Folha de S. Paulo, segundo a qual ele construiu um aeroporto na cidade mineira de Cláudio em terras de familiares – ele diz que a área é pública. "Querendo ou não tergiversar sobre esse assunto, é errado colocar um aeroporto na fazenda de um tio", disse Dilma, numa das sucessivas falas em que empregou tom professoral.

Aécio insistiu na linha de que a campanha petista propagandeia mentiras: "A sua campanha é a campanha da mentira. O Brasil não merece a campanha que a senhora quer fazer". O tucano também citou a profusão de escândalos que assolam a Petrobras. Duas vezes, ele lembrou que o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, foi apontado pelo delator do esquema de propina na estatal, Paulo Roberto Costa, como um dos destinatários dos recursos desviados dos cofres da empresa. Além disso, também lembrou que Vaccari tem assento no conselho de administração de Itaipu Binacional. Dilma, entretanto, tinha uma carta na manga desta vez: citou a reportagem da Folha de S. Paulo na qual Costa diz que pagou propina ao ex-presidente do PSDB, Sergio Guerra, morto em março deste ano, para que ele ajudasse a esvaziar uma CPI que investigava a estatal em 2009.

Dilma também tentou relembrar denúncias antigas envolvendo o PSDB: "Onde estão os corruptos da privataria tucana?". Aécio devolveu: "Onde estão os corruptos do seu partido? Estão presos". E mencionou os mensaleiros: "O presidente do seu partido [José Genoino] foi preso, o tesoureiro [Delúbio Soares] e o ex-ministro da Casa Civil [José Dirceu] foram presos".

Emissários do PT espalham boato terrorista contra Aécio. Nunca vi tanta baixaria e desespero. Será tudo medo de perder a boquinha?

Eu e todos os jornalistas que lidam com política e que são obrigados a transitar nos bastidores desta arte recebemos a informação, vinda na forma de boato, de que, na sexta-feira, uma acusação muito grave será levada ao ar contra o candidato tucano Aécio Neves. Qual acusação? Ninguém diz. Trata-se de terrorismo da pior espécie.
“Ah, mas será verdade ou mentira?” Que diferença faz? Desde quando terroristas ligam para isso? Não estão preocupados com essa bobagem. É que eles têm uma causa, não é? E, em nome dela, tudo é justificável. Vocês acham que aqueles celerados do Estado Islâmico, por exemplo, se ocupam de saber da justeza dos seus atos? Ou as pessoas estão com eles ou estão contra eles. É simples assim.
Essa máquina que está ativa no Brasil lava e suja reputações com a mesma sem-cerimônia. Se antigos inimigos se ajoelharem e reconhecerem o poder supremo do PT, prestando-lhe vassalagem, então passam a ser considerados homens de primeira linha. Não só recebem o certificado de pessoas honradas como podem ser sócios do poder, gozando de suas benesses. Perguntem a José Sarney, por exemplo, se ele, alguma vez, foi incomodado pelos “companheiros”. Nunca! Ao contrário: ele se tornou um sócio privilegiado no poder e, na sua capitania, continuou a ser rei.
Mas ai daquele, de dentro ou de fora do partido, que ouse desafiar o Supremo Mandatário. Aí, meus caros, vale literalmente tudo. Não! Eles não estão preparados para deixar o poder. Pior do que isso: se o eleitorado demonstra disposição de apeá-los do trono — o que é normal na democracia, que se caracteriza, entre outros atributos, pela alternância de poder —, então eles gritam: “Sabotagem! Golpe! Crime!”. E se organizam para o vale-tudo.
Sabem por que um terrorista nunca se arrepende dos atos mais detestáveis? Porque ele se considera uma vítima e acha que está apenas reagindo. Não é assim com todos os celerados do já citado Estado Islâmico? Eles não dizem abertamente que estão apenas respondendo a supostas agressões dos países ocidentais? Quando cortam uma cabeça, eles pretendem fazê-lo na condição de ofendidos.
Assim estão agindo alguns terroristas eleitorais no Brasil. Eles consideram ilegítimo que seu adversário vença a eleição e acham que isso só será possível com um… golpe. Infelizmente, até a presidente Dilma — também candidata Dilma — empregou essa palavra. Se vem ou não a tal “bomba”, não sei. O simples fato de o boato circular nos bastidores já é um troço asqueroso. Em si, já se trata de ação terrorista.
Independentemente de afinidades eletivas e de escolhas, espero que as pessoas responsáveis saibam repelir esse tipo de comportamento. E, claro!, é importante que a campanha de Aécio esteja preparada para golpes muito abaixo da linha da cintura. Que os eleitores sejam advertidos, se for o caso, para o risco de atentados terroristas, como fazem os governos diante da iminência de um ataque. Nunca vi nada parecido. Nunca vi tanto ódio sendo destilado. Nunca vi tanta gente desesperada com a possibilidade de perder uma boquinha. Sim, meus caros, algo bem mais sonante do que valores ideológicos move os terroristas.
Confrontos políticos os mais duros fazem parte do jogo; o terrorismo não!
O desespero, reitero, é inédito. Talvez haja um quê de ideologia… Mas o que apavora mesmo é o medo de perder a boquinha, não é mesmo? Vai que essa gente seja obrigada a trabalhar… Se forem obrigados a fazê-lo, ainda acabam criando um partido de trabalhadores!
Por Reinaldo Azevedo
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/

PT submeteu Aécio a uma impressionante pancadaria, ele resistiu. E, se a eleição fosse hoje, provavelmente venceria a disputa.

Tão logo vieram a público ontem os números de Datafolha e Ibope, teve início uma intensa plantação dos “spin doctors” do PT para vender a ideia de que o resultado é ruim para Aécio e bom para Dilma, embora ela esteja atrás. O que é um “spin doctor”? É gente especializada em engravidar as pessoas pelo ouvido, em passar adiante a sua versão, em manipular a opinião alheia.
O resultado seria ruim para Aécio porque foi a semana em que ele obteve o apoio de Marina Silva e de Renata Campos. Bobagem! O eleitorado de Marina já havia migrado em sua maior parte. O efeito Renata Campos, se houver, ainda vai aparecer. O ponto absolutamente não é esse.
Reitero: na semana em que o PT submeteu Aécio a uma impressionante pancadaria, ele resistiu. E, se a eleição fosse hoje, provavelmente venceria a disputa. Até então, ele não havia passado por essa saraivada.
De resto, seus estrategistas já devem ter se convencido de que não existe suavidade possível no confronto com o petismo. 
Por Reinaldo Azevedo
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/

DUAS CARAS DILMA








As Mentiras de Dilma Rousseff no debate da Band





Aécio: 'Para sair do buraco, é preciso tirar o PT do poder'

Eleições 2014

Candidato do PSDB à Presidência participou de evento com prefeitos paulistas e representantes de dezesseis partidos ao lado de Geraldo Alckmin

Bruna Fasano e Talita Fernandes
O candidato à Presidência da República, Aécio Neves (PSDB), durante coletiva de imprensa em São Paulo
O candidato à Presidência da República, Aécio Neves (PSDB), durante coletiva de imprensa em São Paulo (Nacho Doce/Reuters)
O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, rebateu nesta quarta-feira a profusão de ataques da presidente Dilma Rousseff (PT) à sua gestão no governo de Minas Gerais (2003-2010). "Vou citar um provérbio antigo, mas que me vem sempre à mente nesta campanha eleitoral. Dizem que quando você cai num buraco, como é o caso do Brasil, a primeira coisa a fazer para sair do buraco é parar de cavar. A primeira coisa que temos que fazer para sair do buraco é tirar o PT do governo", disse Aécio.
No debate da TV Bandeirantes, nesta terça, Dilma tentou desconstruir a administração de Aécio em Minas em praticamente todas as perguntas e respostas. O tucano devolveu afirmando que deixou o cargo, em 2010, já no segundo mandato, com 92% de aprovação.

Aécio participou de encontro com cerca de 500 prefeitos paulistas e representantes de dezesseis partidos em São Paulo, segundo dados do PSDB. Com quase um terço de sua votação total obtida no Estado no primeiro turno, Aécio aposta que ainda pode ampliar seu eleitorado mirando os mais 5 milhões de votos em solo paulista da candidata derrotada Marina Silva (PSB), que o apoia no segundo turno.
O tucano também colou em Geraldo Alckmin, governador reeleito no primeiro turno: "Minha admiração por você não tem mais limites", disse. Antes do discurso do candidato tucano, falaram também o senador eleito José Serra, Alckmin e Aloysio Nunes Ferreira, seu candidato a vice. "Vamos multiplicar a sua voz, multiplicar sua luta. Onde a gente estiver, você estará", disse Alckmin.
Aécio ressaltou a importância da presença de prefeitos de outras siglas, além do PSDB. "Esse é um ato cheio de significados porque aqui, nesse momento, nós estamos recebendo apoio e manifestações de prefeitos, não apenas da nossa aliança, mas prefeitos agora de partidos que se somaram a nós, como o PSB. Prefeitos do PDT, prefeitos de vários partidos que não estão na nossa coligação formal, mas que nos apoiam. Inclusive prefeitos do PT. "