sexta-feira 22 2014
O homem-bomba vai falar
Veja.Com
Diante das informações que recebeu de que o homem-bomba Paulo Roberto Costa aderiu à delação premiada, seu advogado, Nélio Machado, está deixando a causa. Diz Nélio Machado:
- Não trabalho com o instituto da delação premiada.
Pelas informações recebidas por Machado, Costa, incentivado pela mulher, Marici, que há tempos vinha se desentendendo com o advogado justamente por causa da delação premiada, topou abrir a boca. E a partir de agora tem como advogada a criminalista paulista Beatriz Catta Pretta.
Paulo Roberto está neste momento na Polícia Federal de Curitiba.
Sai de baixo. Recentemente, Paulo Roberto, ameaçou, em conversa com um interlocutor:
- Se eu falar, não vai ter eleição.
Até ontem, apesar da insistência da mulher, Paulo Roberto se negava a fazer a delação. A nova etapa da Operação Lava Jato, realizada hoje no Rio de Janeiro, o fez mudar de ideia.
http://veja.abril.com.br/blog/radar-on-line/brasil/vida-dura-na-prisao-faz-paulo-roberto-costa-pensar-em-dizer-tudo-o-que-sabe-se-eu-falar-nao-vai-ter-eleicao/
Fernanda Montenegro ofusca Marta Suplicy na abertura da Bienal
Veja.Com
Meire Kusumoto
Fernanda Montenegro ofuscou a ministra da Cultura, Marta Suplicy, na abertura da 23ª edição daBienal Internacional do Livro de São Paulo, nesta sexta-feira, no Anhembi, Zona Norte da capital paulista. A atriz, convidada a ler alguns trechos de sermões do padre português Antônio Vieira (1608-1697), se apresentou acompanhada do Conjunto de Música Antiga da USP e do Grupo Vocal Audi Coelum, que cantavam e tocavam nas pausas da leitura, e foi o alívio dos presentes em uma cerimônia pautada pela burocracia, em grande parte centrada na figura de Marta. Uma pena que a participação da atriz e dos músicos durou pouco, enquanto a ministra ficou o que pareceu ser uma eternidade no palco.
Karine Pansa, presidente da Câmara Brasileira do Livro (CBL), organizadora da Bienal, abriu os trabalhos falando sobre um tema já conhecido pelo público: a ampliação do evento a partir da parceria com o Sesc, algo repetido por quase todos que tiveram a chance de falar ao microfone. “A Bienal está mais cultural do que nunca. Ela foi feita para amantes da leitura e de todas as artes”, disse. A programação cultural inclui mais de 400 atrações, entre apresentações de música, filmes, dança e teatro e debates com autores.
Em sua vez, a ministra Marta Suplicy começou sua fala lembrando as mortes que marcaram a literatura brasileira nos últimos meses: as de João Ubaldo Ribeiro, Rubem Alves, Ariano Suassuna e Rose Marie Muraro. “Eles plantaram sementes no solo fértil que é a nossa literatura”, afirmou. A menção, ainda que simpática, pareceu gratuita na abertura do evento, já que não há planos de homenagear os escritores na programação da feira. A assessoria da Bienal explica que, como as mortes foram recentes, não houve tempo para preparar algo.
A burocracia então se estabeleceu por completo. Marta aproveitou para lembrar os feitos de sua gestão no Ministério da Cultura, como as homenagens ao Brasil na Feira do Livro de Frankfurt, na Alemanha, em 2013, e na Feira do Livro Infantil de Bolonha, na Itália, entre março e abril de 2014. A ministra também anunciou a escritora mineira Guiomar de Grammont como curadora da programação brasileira no Salão do Livro de Paris de 2015, que terá o Brasil como país homenageado.
Marta ainda falou sobre o Vale-Cultura, benefício que concede 50 reais por mês ao trabalhador que recebe até cinco salários mínimos, e que poderá ser utilizado na Bienal para a compra de ingressos para a feira ou de livros. Ela apresentou o dado de que 82% dos beneficiados usam o vale para a compra de livros. Mas o momento mais burocrático de toda a cerimônia veio logo a seguir. Ao lado do ministro da Educação, José Henrique Paim, Marta assinou uma portaria para designar os integrantes do conselho diretivo e da coordenação executiva do Plano Nacional do Livro e da Leitura (PNLL). Importante, mas desnecessário acontecer ali, em frente a uma plateia já ansiosa para deixar o auditório.
Luiza Erundina vai coordenar a campanha de Marina
Eleições 2014
PSB desiste do vice Beto Albuquerque acumulando cargo e nomeia a deputada federal após a saída do secretário-geral do partido, Carlos Siqueira, que expôs as fissuras internas em torno da candidatura de Marina Silva
Talita Fernandes
Deputada Luiza Erundina PSB/SP (Beto Oliveira/Agência Câmara/VEJA)
A direção nacional do PSB escolheu na noite desta quinta-feira a deputada federal Luiza Erundina (SP) para coordenar a campanha de Marina Silva à Presidência. O partido avaliava se o candidato a vice-presidente, Beto Albuquerque, que havia se oferecido para ocupar a coordenação interinamente, conseguiria conciliar a função com os compromissos de campanha. O nome de Erundina foi anunciado por meio de nota divulgada pelo PSB, que afirma que a ex-prefeita de São Paulo foi designada pelo presidente nacional do partido, Roberto Amaral.
Erundina já manifestou ser contra a aliança do PSB com o tucano Geraldo Alckmin em São Paulo, costurada por Eduardo Campos mas que não será honrada por Marina. A candidata descumpriu o acordo selado pelo presidenciável, morto semana passada, para subir no palanque do PSDB paulista – ela foi liberada pelo PSB das alianças que considerava "desconfortáveis".
A escolha de Erundina ocorre no mesmo dia em que o PSB teve de tentar contornar divergências internas em torno do nome de Marina, expostas pela tensa saída do secretário-geral do partido, Carlos Siqueira, da coordenação da campanha presidencial. O partido cogitou o nome de Milton Coelho, que foi vice-prefeito de Recife e chefiava a área de mobilização da campanha ao lado de Pedro Ivo. Mas Coelho também resolveu deixar a campanha nesta quinta-feira, alegando que sua participação estava vinculada à relação pessoal com Eduardo Campos.
Nos dois últimos dias, o clima das reuniões do partido foi tenso, marcado pelo desentendimento entre Siqueira e Marina. O secretário do partido afirmou nesta quinta-feira que a ex-senadora "não representa o legado de Eduardo Campos".
O desentendimento aconteceu durante a escolha da nova equipe da campanha, que passou por algumas alterações após Marina assumir a candidatura. A ex-senadora indicou Walter Feldman, da sua Rede Sustentabilidade, para coordenar a campanha e disse que o PSB deveria escolher seu representante para a mesma função. Ao não ser citado, Siqueira sentiu-se desprestigiado e disse ter sido maltratado pela candidata. Para tentar minimizar o estrago, Marina classificou o episódio como um "mal-entendido".
Um socialista que compõe a Executiva do partido relatou ao site de VEJA que desentendimentos eram corriqueiros mesmo quando Campos estava à frente da chapa. "É normal que as pessoas se sintam esgotadas durante a campanha. Várias vezes o Carlinhos (como Siqueira é chamado por aliados) entrou na sala do Eduardo e disse que não aguentava mais", disse.
Mulher ganha prótese dentária antes de gravar com Dilma
Maquiavel
Dilma e Lula em Batatinha: presente a Dona Nalvinha (Bruno Cabroeira/Futura Press)
Em agenda no Nordeste nesta quinta-feira, a presidente-candidata Dilma Rousseff visitou obras da transposição do rio São Francisco, em Pernambuco, e também a cidade de Paulo Afonso, na Bahia. No sertão baiano, gravou imagens para sua campanha na casa de Dona Nalvinha, moradora da Comunidade Batatinha e beneficiária do programa federal Água para Todos. Reportagem do jornal Folha de S. Paulo informa nesta sexta-feira que, antes de receber a presidente, Nalvinha, ou Marinalva Gomes Filha, de 46 anos, foi contemplada com uma prótese dentária. “Tudo o que tenho aqui foi a Dilma que me deu”, afirmou a baiana ao jornal – inclusive, a prótese dentária, segundo ela.
Para sorrir na propaganda presidencial, Nalvinha recebeu dois dentes da frente. E não só isso: sua casa ganhou duas cisternas e o fogão a lenha foi ampliado, segundo o jornal. As reformas na residência são fruto de um programa firmado pelos governos federal e da Bahia com uma ONG local. Na Comunidade Batatinha, só Dona Nalvinha foi contemplada com os benefícios até agora. Pouco depois de o jornal questionar a campanha petista sobre a prótese de Nalvinha, a moradora mudou sua versão: afirmou ter sido chamada por um dentista da prefeitura. Segundo disse à Folha, ela ouviu do profissional que colocaria os dentes "para receber a presidente Dilma".
Dilma defende postura de Graça em relação à doação de imóveis
Petrobras
Presidente disse que Graça já deu as explicações necessárias sobre as doações de bens após revelação do caso Pasadena — e defendeu a atuação de Luís Inácio Adams em favor da executiva
Gabriel Castro, de Brasília
Dilma Rousseff volta a defender Graça Foster (TV Globo)
A presidente Dilma Rousseff voltou a defender a presidente da Petrobras, Graça Foster, depois que reportagem de O Globo mostrou que ela doou parte de seus bens precisamente quando a compra da refinaria de Pasadena, no Texas, se transformou num problema do Palácio do Planalto e virou pauta de CPI.
Em entrevista concedida na cidade de Floresta (PE), Dilma deixou claro que não cogita demitir a presidente da estatal: "A presidente Graça Foster respondeu perfeitamente sobre a questão dos seus bens numa nota oficial. Eu repudio completamente a tentativa de fazer com que a Graça Foster se torne uma pessoa que não possa exercer a presidência da Petrobras", afirmou a petista.
A nota a que Dilma se refere é a resposta de Graça às revelações das doações de imóveis feitas por O Globo, fato que induziu o Tribunal de Contas da União (TCU) a suspender a sessão que julgaria a indisponibilidade de bens de Graça por seu envolvimento na compra de Pasadena. Nestor Cerveró, ex-diretor internacional da empresa e outro investigado pela compra de Pasadena, também doou imóveis no mesmo período.
A nota a que Dilma se refere é a resposta de Graça às revelações das doações de imóveis feitas por O Globo, fato que induziu o Tribunal de Contas da União (TCU) a suspender a sessão que julgaria a indisponibilidade de bens de Graça por seu envolvimento na compra de Pasadena. Nestor Cerveró, ex-diretor internacional da empresa e outro investigado pela compra de Pasadena, também doou imóveis no mesmo período.
Dilma afirmou ainda ser uma "maluquice" afirmar que a atuação da Advocacia-Geral da União em defesa de Graça Foster o TCU seja uma prática inédita. A AGU atua para defender o governo e seus órgãos, mas não costuma defender pessoas físicas. "Gente, que maluquice", disse a presidente, quando um repórter mencionou o tema. "A Graça Foster e a diretoria inteira da Petrobras representam a União. É de todo interesse da União defender a diretoria. Nada tem de estranho esse fato", disse a presidente. "Eu acho extremamente equivocado colocar a maior empresa de petróleo da América Latina, sempre, durante a eleição, como arma política", afirmou a presidente, esquecendo-se completamente que lançar a estatal ao centro do debate sempre foi expediente usado por seu partido.
Nesta quinta-feira, Dilma visitou dois pontos da obra da transposição do rio São Francisco em Pernambuco e visitou um povoado em Paulo Afonso (BA). O périplo foi feito para que a equipe de campanha pudesse gravar imagens que serão usadas na propaganda eleitoral na televisão.
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O trabalho ininterrupto gera diversas consequências físicas e psicológicas ao empregado. A exigência constante por produtividade faz com ...