quinta-feira 22 2012
Vídeo mostra bebê bocejando dentro do útero materno
Gravidez
Com base no tempo em que a boca do feto permanece aberta, pesquisadores conseguiram determinar quando a criança estava bocejando
O ultrassom 4D registra imagens tridimensionais e em tempo real do feto (Hemera/ThinkStock)
Dentro do útero da mãe, os bebês não só soluçam, engolem e se espreguiçam, mas também bocejam, segundo concluiu um estudo da Universidade de Durham, na Grã-Bretanha. Os autores chegaram a essa conclusão após analisar vídeos em 4D (que além de captar as três dimensões espaciais, faz o registro em tempo real, por isso o nome "4D") de fetos que estavam entre a 24ª a 36ª semana de gestação. O trabalho foi descrito em um artigo publicado nesta quarta-feira no periódico PLoS One e um vídeo com a imagem do feto ao bocejar foi divulgado.
A pesquisa analisou os exames de 15 fetos saudáveis — sendo oito do sexo feminino e sete do masculino — e, a partir do tempo em que a boca do bebê permanecia aberta, os autores conseguiram apontar para o que era apenas uma abertura de boca e o que era um bocejo. De acordo com os resultados, o tempo do bocejo é 50% maior do que o de uma abertura normal da boca e o número de bocejos de um bebê tende a diminuir a partir da 28ª semana de gestação.
Segundo Nadja Reissland, que coordenou o estudo, a função e a importância do bocejo para o feto ainda não estão claras. Porém, para ela, os resultados sugerem que o bocejo está ligado ao desenvolvimento fetal e poderia servir como um indicador de saúde do bebê enquanto ele está no útero materno. “Ao contrário de nós, o feto não boceja de forma contagiosa e nem boceja porque está com sono. Em vez disso, podemos acreditar que o ato de bocejar possa estar ligado ao desenvolvimento de seu cérebro no início da gestação”, diz Reissland.
(Com agência Reuters)
Em posse de Barbosa, procurador critica proposta que tira poder de investigação do MP
Justiça
Proposta foi aprovada em comissão especial da Câmara e vai a plenário. Para Gurgel, trata-se de um "atentado ao estado democrático de direito”
Laryssa Borges, de Brasília
MInistro Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal, cumprimenta a presidente Dilma Roussef, em Brasília(PR)
O procurador-geral da República Roberto Gurgel utilizou nesta quinta-feira o discurso que fez na posse do ministro Joaquim Barbosa como novo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) para uma espécie de desagravo contra a aprovação de uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que tenta limitar os poderes de investigação do Ministério Público. A PEC 37 foi aprovada nesta quarta-feira em uma comissão especial da Câmara dos Deputados e agora passará por dois turnos de votação na casa legislativa.
A restrição dos poderes do MP foi classificada por Roberto Gurgel como um dos “maiores atentados que se pode conceber ao estado democrático de direito”. De acordo com ele, em todo o mundo o Ministério Público tem funções de investigação, ainda que complementares às da autoridade policial. As exceções, lembrou, são Quênia, Indonésia e Uganda. A PEC aprovada nesta quarta prevê, entre outros pontos, que o Ministério Público não pode iniciar investigações, tarefa que seria restrita à polícia.
“Apenas três países do mundo vedam a investigação do MP. Convém que nos unamos a esse restritíssimo grupo?”, questionou. “O Ministério Público não quer e jamais pretendeu substituir a polícia ou órgãos de investigação que desempenharam papel importantíssimo. Não se pode esquecer que a maior garantia da sociedade está na independência funcional dos integrantes do Ministério Público, que os preserva das ingerências hierárquicas externas que se veem em outros órgãos investigativos”, afirmou o procurador-geral.
O STF iniciou julgamento para definir os limites de atuação do MP, mas o caso foi paralisado por um pedido de vista do ministro Luiz Fux em junho. O processo em pauta tem repercussão geral, o que significa que, quando concluído, terá sua decisão será aplicada a todos os casos semelhantes.
Responsável por pedir a condenação de 36 pessoas no julgamento do mensalão – o STF acabou por condenar 25 réus – Roberto Gurgel não fez referência direta às pressões resultantes da penalização de políticos como o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu. Ainda assim, questionou: “Seria mais uma retaliação a instituição pelo cumprimento de sua missão constitucional? Essa é uma das perguntas que à sociedade cabe formular”.
OAB - Também na posse de Joaquim Barbosa, o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, relembrou que o STF tem desempenhado papel crucial ao demonstrar à sociedade que criminosos de alto poder aquisitivo, como banqueiros e parlamentares condenados no mensalão, também precisam cumprir penas atrás das grades. E relembrou que mesmo a reeleição de deputados mensaleiros não garante a eles impunidade pelos crimes cometidos no maior escândalo político do governo Lula.
“Juízes, é verdade, não foram eleitos pelo povo popular, mas não é o voto que legitima condutas desabonadoras. Também não é o voto um salvo-conduto para práticas (criminosas). O julgamento fixou em cada cidadão a real compreensão de que ninguém está acima da lei e que a igualdade preconizada a lei maior existe, sim. Quem infringiu a lei deve responder pelos seus atos”, afirmou.
A presidência – Escolhido pelo próprio Joaquim Barbosa para falar em nome da corte, o ministro Luiz Fux classificou o novo presidente do STF como “paradigma de culta, independência, coragem e honradez”. “É aquele homem, como diz Cícero, É capaz de enfrentar perigos e superar os labores”, resumiu. No discurso, Fux relembrou a “solidão” da carreira de juiz e teceu elogios também ao novo vice-presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski. “É um doce amigo e um jurista da mais alta estirpe”, disse. Barbosa e Lewandowski têm travado duros embates no julgamento do mensalão, mas nos próximos dois anos serão responsáveis pela presidência e vice-presidente da mais alta corte do país.
Presidência no mensalão – Nesta quarta-feira, durante a sessão plenária do mensalão, Joaquim Barbosa acumulou as funções de relator e de presidente, ainda que interino, do colegiado. Não era a primeira vez que ocupava a presidência do STF – em 13 de junho estava provisoriamente no posto – mas na condução da dosimetria do mensalão ele já deu sinais de que tentará conter o temperamento explosivo. Em nenhum momento, ao contrário do que já virou rotina no julgamento, levantou a voz aos ministros ou evidenciou grande contrariedade contra o apelo de um advogado.
Também diferentemente do antecessor, Carlos Ayres Britto, Joaquim Barbosa foi mais rígido com os horários do julgamento e começou a sessão pouco antes das 14h30, ainda com ministros fora de plenário. Iniciou a definição de penas mesmo dependendo exatamente dos votos dos magistrados ausentes. Ao encerrar o voto sobre a pena de um dos réus, Henrique Pizzolato, Barbosa anunciou: “É como voto, senhor presidente”. Depois, brincou e alegou “falta de hábito” com a nova função.
Celebridades – A posse de Joaquim Barbosa foi prestigiada por artistas e ex-atletas, entre os quais o tricampeão mundial de Formula 1, Nelson Piquet, o ex-jogador de futebol Dario Alegria e os atores Milton Gonçalves, Regina Casé e Lázaro Ramos. O cantor Martinho da Vila chegou a entoar o samba-enredo Sonho de um Sonho em homenagem ao ministro: “Sonhei que estava sonhando um sonho sonhado, um sonho de um sonho, magnetizado, as mentes abertas, sem bicos calados”. O Hino Nacional foi interpretado pelo artista e bandolinista Hamilton de Holanda.
Os ex-ministros Sepúlveda Pertence, Nelson Jobim, Cezar Peluso, Ellen Gracie e Ayres Britto, além da presidente Dilma Rousseff, estavam presentes.
Câmara aprova criação do vale-cultura de 50 reais
Congresso
Benefício será destinado ao trabalhador que recebe até cinco salários mínimos e exclui aposentados e pensionistas; texto ainda passará pelo Senado
Benefício poderá ser usado para acesso a produtos e serviços culturais (Antonio Lacerda/EFE)
O plenário da Câmara aprovou nesta quarta-feira o projeto de lei 5.798/09, que cria o vale-cultura, excluindo o benefício para os aposentados e pensionistas. O vale terá valor de 50 reais por mês e será destinado ao trabalhador que recebe até cinco salários mínimos. A proposta permite que empregados acima dessa faixa salarial também possam ser beneficiados, mas apenas depois de todos os trabalhadores da faixa salarial mais baixa tiverem garantido o recebimento do Vale Cultura. Alterado pelos deputados, o projeto terá de voltar ao Senado para nova análise.
Segundo o texto aprovado pela Câmara, o desconto para os trabalhadores será semelhante ao do vale-transporte. O trabalhador na faixa de até cinco salários mínimos poderá ter descontados de sua remuneração até 10% do valor do benefício. Os trabalhadores que recebem acima de cinco mínimos poderão ter descontados porcentuais entre 20% e 90% do valor do vale-cultura, de acordo com a faixa salarial.
O vale-cultura está em discussão desde 2009 no Congresso e a inclusão dos aposentados entre os beneficiados, durante as votações, provocou impasse com o governo, que não concordava com essa extensão. O benefício poderá ser usado para acesso a produtos e serviços de artes visuais, artes cênicas, audiovisual, literatura, música e patrimônio cultural.
(Com Estadão Conteúdo)
Nota de esclarecimento da revista VEJA
veja.com
Ao pedir o indiciamento do jornalista de VEJA Policarpo Júnior, o relator Odair Cunha, do PT de Minas Gerais, não conseguiu esconder sua submissão às pressões da ala radical de seu partido que, desde a concepção da CPI, objetivava atingir a credibilidade da imprensa livre por seus profissionais terem tido um papel crucial na revelação do escândalo do “Mensalão” – o maior e mais ousado arranjo de corrupção da história oficial brasileira.
Com a punição exemplar pelo Supremo Tribunal Federal (STF) dos réus petistas integrantes do esquema do Mensalão, sobrou a seus sequazes instrumentalizar o relator da CPI e usá-lo para tentar desqualificar o exemplar e meritório trabalho jornalístico de Policarpo Júnior, diretor da sucursal de Brasília e um dos redatores-chefes da revista VEJA, profissional dono de uma história invejável de serviços prestados aos brasileiros.
Em seu afã de servir de instrumento de revanche contra o jornalista que mais destacadamente ajudou a desnudar os crimes dos petistas no Mensalão, o relator recorreu a expedientes condenáveis. O mais grave deles foi suprimir do relatório a mais límpida evidência da conduta absolutamente correta do jornalista de VEJA. Odair Cunha desprezou o exaustivo trabalho dos integrantes do Ministério Público e da Polícia Federal encarregados das investigações e das escutas legais feitas no contexto das operações em que o jornalista de VEJA é citado.
O relatório de Odair Cunha omitiu os depoimentos à CPI dos delegados da Polícia Federal Matheus Mella Rodrigues e Raul de Souza e dos procuradores da República Daniel Rezende e Léa Batista Salgado, encarregados das investigações. Todos eles, sem exceção, foram enfáticos em descrever as conversas do jornalista de VEJA com Carlos Cachoeira como relação entre repórter e fonte.
Ouvido pela comissão no dia 8 de maio, o delegado federal Raul Souza afirmou: “Não há indícios de que o relacionamento tenha ultrapassado a relação entre jornalista e fonte”. Integrantes da CPI perguntaram repetidamente e sem rodeios ao delegado Mella Rodrigues se Policarpo Júnior praticou ou participou de algum crime. A resposta do policial foi sempre a mesma: “Não”. Os procuradores também reafirmaram que nas investigações ficou evidente que os contatos entre o jornalista e o contraventor nunca ultrapassaram “os limites do trabalho de um repórter em busca de informações”. As razões pelas quais Odair Cunha suprimiu essa prova irrefutável de inocência de seu relatório ainda precisam ser devidamente esclarecidas.
“Dancing Days”, o musical, vem aí
veja.com
A Geo Eventos, das Organizações Globo, conseguiu do Ministério da Cultura autorização para captar 6,2 milhões de reais via Lei Rouanet para botar de pé o musical Dancing Days.
Previsto para estrear em junho no Rio de Janeiro para uma temporada de quatro meses (seguida de mais quatro meses em São Paulo), o musical da dupla Möeller & Botelho contará o sucesso da boate The Frenetic Dancing Days, criada em 1976 por Nelson Motta, no Rio. Não será, portanto, centrado na novela homônima.
http://veja.abril.com.br/blog/radar-on-line/cultura/dancing-days-o-musical-vem-ai/
Empréstimos do BNDES para o grupo de Eike na mira do Ministério Público…
veja.com
Depois de ver o BNDES entrar com 512 milhões de reais na fábrica de semicondutores de Eike Batista, o Ministério Público junto ao TCU resolveu enviar um pedido de informações ao banco.
Quer entender a relação custo-benefício e o risco ao qual o BNDES possa estar exposto não só no financiamento para a nova fábrica, mas para todos os empreendimentos do grupo EBX que receberam dinheiro do banco.
http://veja.abril.com.br/blog/radar-on-line/judiciario/emprestimos-do-bndes-para-o-grupo-de-eike-na-mira-do-ministerio-publico/
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O trabalho ininterrupto gera diversas consequências físicas e psicológicas ao empregado. A exigência constante por produtividade faz com ...