terça-feira 18 2014
Barry Gibb - How Can You Mend A Broken Heart - MTSU-1 - 28/10/2013
Ícone da música Barry Gibb facilmente rastreados a genealogia dos Bee Gees clássico "Como você pode consertar um coração partido?" Para mais de 900 fãs e amigos em Tucker Theatre de MTSU segunda à noite.
Suplementos vitamínicos: você não precisa deles
Nutrição
A febre por suplementos vitamínicos é injustificada. Na maioria das vezes, a alimentação diária dá conta do recado. E doses exageradas de vitaminas podem desequilibrar o organismo e causar problemas que vão de cálculos renais a um risco maior de desenvolver câncer
Aretha Yarak
Suplemento vitamínico: ingestão acima do recomendado pode causar prejuízos no organismo (Thinkstock)
Em 1970, o Nobel de Química Linus Pauling publicou o livro Vitamin C and the Common Cold(Vitamina C e a Gripe Comum, em tradução livre). Na obra, Pauling dava uma solução mágica para erradicar a gripe do planeta: a ingestão diária de 3.000 miligramas de vitamina C — cerca de 50 vezes o recomendado. Mas o britânico não acreditava que a vitamina apenas prevenia a gripe. Segundo ele, ela também curava o câncer. Irritada, a comunidade científica apresentou dezenas de pesquisas — anteriores ao livro e feitas na sequência dele — para provar que Pauling estava enganado: a vitamina C não previne a gripe ou cura o câncer e, em excesso, pode trazer prejuízos ao organismo. No recém-lançado Do You Believe in Magic (Você acredita em mágica?, sem edição em português), o pediatra americano Paul A. Offit, chefe da Divisão de Doenças Infecciosas do Children’s Hospital of Philadelphia, compila uma série de pesquisas científicas que demonstram que a crença no poder da suplementação de vitaminas não se justifica. "Se não há indicação médica, você não está fazendo nada além de produzir uma urina mais cara."
Tipos de vitamina
VITAMINA A
Presente nas células nervosas da retina, também encarregada de manter a pele, o revestimento dos pulmões, o intestino e o trato urinário em bom estado. Fontes: carne de fígado, vegetais de folhas verdes, ovos e produtos lácteos.
Presente nas células nervosas da retina, também encarregada de manter a pele, o revestimento dos pulmões, o intestino e o trato urinário em bom estado. Fontes: carne de fígado, vegetais de folhas verdes, ovos e produtos lácteos.
VITAMINA D
Armazenada no fígado, promove a absorção de cálcio e fósforo do intestino — assim, necessária para a manutenção dos ossos. Fonte: leite e cereais enriquecidos, gema de ovo, peixes magros, exposição direta ao sol.
Armazenada no fígado, promove a absorção de cálcio e fósforo do intestino — assim, necessária para a manutenção dos ossos. Fonte: leite e cereais enriquecidos, gema de ovo, peixes magros, exposição direta ao sol.
VITAMINA E
Protege as células contra lesões provocadas pelos radicais livres. A deficiência dessa vitamina é rara em crianças mais velhas e em adultos. Fonte: óleo vegetal, gérmen de trigo, verduras, gema de ovo, margarina e legumes.
Protege as células contra lesões provocadas pelos radicais livres. A deficiência dessa vitamina é rara em crianças mais velhas e em adultos. Fonte: óleo vegetal, gérmen de trigo, verduras, gema de ovo, margarina e legumes.
VITAMINA K
Necessária para a síntese das proteínas que ajudam a controlar as hemorragias e, por isso, para a coagulação normal do sangue. Fonte: vegetais de folha verde, soja e óleos vegetais.
Necessária para a síntese das proteínas que ajudam a controlar as hemorragias e, por isso, para a coagulação normal do sangue. Fonte: vegetais de folha verde, soja e óleos vegetais.
VITAMINAS DO COMPLEXO B
Fundamentais para o metabolismo de carboidratos e aminoácidos, funcionamento normal dos nervos e do coração, formação dos glóbulos vermelhos e síntese do DNA. Fonte: cereais integrais, carne, nozes, legumes, batatas, queijo, fígado, peixe, ovos e leite.
Fundamentais para o metabolismo de carboidratos e aminoácidos, funcionamento normal dos nervos e do coração, formação dos glóbulos vermelhos e síntese do DNA. Fonte: cereais integrais, carne, nozes, legumes, batatas, queijo, fígado, peixe, ovos e leite.
VITAMINA C
Ou ácido ascórbico é essencial para a formação de ossos e do tecido conjuntivo. Também ajuda na absorção de ferro e na cura de queimaduras e feridas. Fonte: cítricos, tomates, batatas, couves e pimentões verdes
Ou ácido ascórbico é essencial para a formação de ossos e do tecido conjuntivo. Também ajuda na absorção de ferro e na cura de queimaduras e feridas. Fonte: cítricos, tomates, batatas, couves e pimentões verdes
* Fonte: Manual Merck
O problema é que a pesquisa de Pauling, mesmo refutada, deu origem a uma crença de que os suplementos de vitaminas são uma boa ideia para evitar doenças e prevenir o envelhecimento. Tanto que, de acordo com o IMS Health Institute, que fornece dados para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), de junho de 2008 a junho de 2009 foram vendidos mais de 6,1 milhões de suplementos vitamínicos. Quatro anos depois, as vendas saltaram para mais de 7,6 milhões — um crescimento de 25%. O aumento é um reflexo dessa mentalidade em relação às vitaminas, cujas qualidades antioxidantes — capazes de combater os temidos radicais livres e, por isso, afastar cânceres e evitar o envelhecimento — são encaradas como milagres, assim como no tempo de Linus Pauling. Não há, no entanto, nos cursos de medicina das instituições mais conceituadas do planeta nenhuma cadeira que comprove - ou ensine -a indicação de vitaminas, sem existência de uma carência, como algo benéfico à saúde.
"As pessoas procuram um forma simples de ficarem saudáveis e não envelhecer. Mas não existe fórmula mágica", afirma a dermatologista Lucia Mandel, colunista do site de VEJA. "A melhor forma de obter vitamina D, por exemplo, é tomar sol." Celso Cukier, nutrólogo do Hospital Albert Einstein, é categórico quanto ao uso de suplementos sem que exista uma carência nutricional. "Não há nenhuma evidência científica de que a suplementação vitamínica traga algum benefício em casos em que não haja uma deficiência nutritiva", diz. "E alguns casos, como a ingestão de vitamina A por tempo prolongado sem necessidade, pode levar a uma cirrose."
Desperdício — Paul Offit prova com facilidade que o uso exagerado de vitamínicos é um desperdício: o corpo é treinado para expulsar o excesso de vitaminas, que são eliminadas pela urina. Não que as vitaminas sejam algo ruim. Elas são essenciais para a manutenção da vida, sendo usadas pelo organismo durante a transformação do alimento em energia. Mas, como apenas quantidades bem pequenas são necessárias, dificilmente uma pessoa que segue uma dieta variada irá sofrer carência de algum tipo. Divididas entre as lipossolúveis (solúveis em gordura) e as hidrossolúveis (em água), a maior parte das vitaminas não é armazenada pelo corpo — por isso, devem ser consumidas em intervalos regulares.
De acordo com especialistas em nutrição, mesmo aquelas pessoas que acreditam não ter uma alimentação ideal estão, em geral, ingerindo as vitaminas das quais precisam. "Pense no escorbuto, uma doença causada pela carência de vitamina C. Os índices são baixos, não se encontram aleatoriamente pessoas com o problema pela rua", diz Offit. Para o especialista, tanta propaganda em torno das vitaminas faz com que as pessoas exagerem. Como há a crença de que algo bom em excesso não faz mal, ingerem-se indiscriminadamente suplementos vitamínicos sem orientação médica. "Na verdade, a primeira opção deveria ser uma mudança na dieta."
Segundo Celso Cukier, do Einstein, o médico americano tem razão. "Os alimentos — verduras, legumes, laticínios — são mais eficientes em fornecer as vitaminas que o corpo precisa do que as formas sintéticas."
Por que pode fazer mal — Quando as vitaminas são consumidas acima da quantidade recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), há riscos que vão do surgimento de pedras nos rins a um aumento nos índices de mortalidade. No caso da vitamina C, por exemplo, é indicada a ingestão de 90 miligramas ao dia para homens e 75 para mulheres (ambos acima dos 19 anos) — uma laranja tem cerca de 50 miligramas, e mesmo quem não bebe suco de laranja encontrará a vitamina em alimentos que vão do tomate à couve. Exceder esse limite, no entanto, pode levar à formação de cálculo renal.
Em alguns casos, o resultado pode ser mais grave. Em 2004, pesquisadores da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, revisaram 14 estudos que envolviam mais de 170.000 pessoas que faziam a ingestão de vitaminas A, C, E e betacaroteno (pigmento antioxidante, fonte indireta de vitamina A) para prevenir cânceres intestinais. Ao fim do estudo, descobriu-se que as vitaminas não tiveram nenhum papel protetor. "Pelo contrário, elas aparentam aumentar a mortalidade geral", escreveram os autores. Em uma avaliação dos sete melhores estudos dentro dos 14 selecionados, viu-se que as taxas de mortalidade eram 6% mais altas entre aquelas pessoas que tomavam as vitaminas.
Em outra pesquisa de 2005, cientistas da Escola de Medicina Johns Hopkins, nos Estados Unidos, encontraram um aumento nos índices de mortalidade relacionada com a ingestão de vitamina E. O Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos observou, em 2007, que dentre os 11.000 homens estudados em um levantamento, aqueles que tomavam multivitamínicos tinham duas vezes mais riscos de morrer de câncer de próstata. "Esses problemas todos ocorrem porque o exagero leva ao desequilíbrio do processo de oxidação", diz Vannucchi.
A guerra contra os radicais livres é justa, mas pode ter ido longe demais. São os radicais livres os protagonistas no processo biológico de envelhecimento — pessoas que comem muitas frutas e verduras têm altos índices de antioxidantes e, assim, menos radicais livres e uma saúde melhor. A lógica, então, parece simples: se eu garantir uma quantidade enorme de vitaminas (que funcionam como antioxidantes) serei mais saudável. "O problema é que o exagero de qualquer coisa é prejudicial, e as pessoas precisam compreender isso", diz Hélio Vannucchi, professor do Departamento de Clínica Médica da Universidade de São Paulo em Ribeirão Preto.
Quem pode — Há, no entanto, alguns grupos para quem os suplementos vitamínicos são indicados. Pessoas com dieta vegana, que não comem nada de origem animal, precisam fazer a reposição da vitamina B12. Gestantes devem ficar atentas à suplementação de ácido fólico (uma vitamina do complexo B) — a falta dessa substância pode causar um problema no feto chamado de espinha bífida. Recém-nascidos que são exclusivamente amamentados e não tomam sol também podem precisar de reposição de vitamina D.
Atletas com carga pesada de treinamento precisam de avaliação médica, uma vez que o metabolismo mais acelerado pode exigir uma quantidade maior de vitaminas do que aquelas encontradas na alimentação. "Mas é essencial que tudo isso seja feita com orientação médica, e que a pessoa faça a ingestão apenas da vitamina que necessita, não de um multivitamínico qualquer", diz Offit. Ou seja, optar por um suplemento por conta própria e "engolir as cápsulas de vitamina todos os dias é algo um tanto inútil."
Mercado — No Brasil, nos Estados Unidos e na Europa, as vitaminas com concentração dentro do limite diário recomendado são vendidas como produtos alimentares. Assim, podem ser compradas livremente, sem necessidade de receita médica ou da presença de algum tipo de alerta de saúde na embalagem. "Essa é uma área que deveria ser melhor regulamentada, nos padrões dos remédios. Assim, seria possível evitar a sua banalização", diz Offit. Segundo dados apresentados em seu livro, a alteração na legislação não interessa a forte indústria por trás das vitaminas: em 2010, o setor arrecadou 28 bilhões de dólares — 4,4% a mais que no ano anterior. "É tudo uma questão política."
Especialistas alertam: cuidado com os suplementos alimentares
Congresso de Endocrinologia e Metabologia
Aparentemente inofensivos, fórmulas podem conter substâncias danosas à saúde dos atletas
Natalia Cuminale, de Gramado (RS)
(Thinkstock)
“Não tem receita de bolo, um atleta que deseja melhorar precisa consultar um nutricionista para definir – e seguir - a dieta ideal”, sugere a nutricionista Ana Paula Fayh.
Vendidos com o objetivo de complementar a dieta, os suplementos alimentares podem oferecer um risco oculto aos praticantes de esporte. Quem faz o alerta é o educador físico Jocelito Martins, oficial de controle antidoping da Agência Mundial Antidoping (Wada). Segundo ele, ao consumir o suplemento, o atleta pode ingerir, sem saber, substâncias como sibutramina (utilizada para emagrecimento), furosemida (que tem efeito diurético) e hormônios anabolizantes. O uso desses aditivos não é autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), porém, eles estão presentes em pelo menos um terço dos suplementos importados e entre 25% e 50% dos nacionais.
Os suplementos são encontrados sem dificuldade pelos atletas: na internet, em lojas especializadas, nas academias e inclusive em supermercados. O problema, segundo Martins, é que o rótulo não avisa sobre as outras substâncias contidas na fórmula. “Em alguns casos, ocorre a contaminação intencional para que tenha o efeito desejado. Os atletas precisam ficar atentos porque isso nunca está descrito no rótulo. No Brasil, a Anvisa regula, mas só age sob denúncia”, diz Martins.
A recomendação do especialista é que os atletas fiquem atentos à procedência dos suplementos. Além disso, é preciso desconfiar da composição declarada em rótulos e bulas e de preparações farmacêuticas manipuladas para esse objetivo.
Efeitos para a saúde – O uso consciente ou inconsciente de substâncias como hormônios, sibutramina e anfetaminas é desaconselhado pelos médicos por conta de seus efeitos prejudiciais à saúde.
Em geral, a ânsia por resultados rápidos de ganho de massa muscular e a necessidade de superar os próprios limites, aumentando o próprio desempenho, fazem com que os esportistas não pensem nos resultados a longo prazo. “O excesso de hormônio como a testosterona, por exemplo, pode diminuir a capacidade de ereção, causar espinhas, provocar crescimento de pelos pelo corpo - fatos que podem trazer reflexos para o resto da vida”, diz o endocrinologista José Egídio Oliveira.
Helena Schimidt, endocrinologista da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, chama a atenção para o uso do hormônio do crescimento, mais utilizado por pessoas de alto poder aquisitivo, por conta do alto preço. “Esse hormônio aumenta a massa muscular e a força – exatamente o que as pessoas buscam quando fazem musculação. As pessoas que usam esse medicamento podem desenvolver a acromegalia, doença existente em pessoas que secretam o hormônio do crescimento excessivamente”, avisa. Nesse caso, as mãos, os pés, o queixo e a testa crescem de uma forma anormal. Além disso, aumentam as chances de doenças cardiovasculares – problema comum em quem utiliza outros tipos de aditivos, como a sibutramina.
“Primeiro é importante perguntar ao médico se o suplemento serve. Não existe remédio mágico que transforma um indivíduo normal em um atleta de um dia para o outro. O endocrinologista poderá servir como orientador”, diz Egídio.
Necessidade – Os especialistas ponderam, no entanto, que nem sempre os suplementos alimentares são os vilões. A nutricionista Ana Paula Fayh explica que eles podem ser necessários em dois casos: quando houver uma alimentação desequilibrada ou para atletas que precisam de um alto consumo de calorias diárias. Ela acrescenta ainda que todo atleta necessita de um repositor hidroeletrolitico, as conhecidas bebidas do esporte.
Katiuce Borges, que também é nutricionista, lembra que o consumo de alimentos antioxidantes são necessários para que os atletas combatam o stress oxidativo, que é o desequilíbrio entre a produção de radicais livres e as defesas do organismo, capaz de causar o envelhecimento precoce, aparecimento de patologias e diminuição da performance. Ela explica que alimentos ricos em vitamina A, C, E, flavonoides e minerais como zinco, selênio podem combater esse problema. “Se o atleta não tem uma alimentação regrada, ele vai precisar de suplementos vitamínicos”, diz.
“Não tem receita de bolo, um atleta que deseja melhorar precisa consultar um nutricionista para definir – e seguir - a dieta ideal”, sugere Ana Paula Fayh.
Anvisa proíbe venda de quatro suplementos alimentares para atletas
Nutrição
Produtos Carnivor, Isofast-MHP, Alert 8-Hour-MHP e Probolic-SR-MHP não foram considerados seguros para consumo
Suplementos são utilizados por atletas para ganhar massa muscular e disposição para se exercitar(Jupiterimages/Thinkstock)
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a distribuição e a comercialização, em todo o país, de quatro suplementos alimentares voltados para atletas. Três dos produtos punidos são fabricados pela Maximum Human Perfomance (MHP): Isofast-MHP (proteína), Alert 8-Hour-MHP (termogênico) e Probolic-SR-MHP (proteína).
O suplemento Isofast-MHP foi suspenso "por apresentar BCAA (aminoácidos de cadeia ramificada) e não se enquadrar em nenhuma das classificações descritas nos artigos 5º e 29 da Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 18, de 27 de abril de 2010". O Alert 8-Hour-MHP foi proibido "por conter taurina em sua composição" — segundo a Anvisa, a taurina é permitida em bebidas energéticas, mas proibida em alimentos para atletas. Já a suspensão do Probolic-SR-MHP se deu "por não haver comprovação de segurança de uso do produto".
O suplemento Isofast-MHP foi suspenso "por apresentar BCAA (aminoácidos de cadeia ramificada) e não se enquadrar em nenhuma das classificações descritas nos artigos 5º e 29 da Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 18, de 27 de abril de 2010". O Alert 8-Hour-MHP foi proibido "por conter taurina em sua composição" — segundo a Anvisa, a taurina é permitida em bebidas energéticas, mas proibida em alimentos para atletas. Já a suspensão do Probolic-SR-MHP se deu "por não haver comprovação de segurança de uso do produto".
O quarto produto alvo da proibição da Anvisa é o Carnivor (proteína), fabricado pela empresa MuscleMeds. O suplemento foi suspenso "por apresentar teores de Vitamina B12 e B6 acima da ingestão diária recomendada e as substâncias Glutamina alfa-cetoglutarato (GKC), Ornitina alfa-cetoglutarato (OKG), alfa-cetoisocaproato (KIC), que não foram avaliadas quanto à segurança de consumo como alimentos".
As decisões da Anvisa estão em quatro resoluções publicadas na edição desta segunda-feira do Diário Oficial da União.
(Com Estadão Conteúdo)
(Atualizado às 16h05)
(Atualizado às 16h05)
Sininho e o delegado no baile dos mascarados
Protestos
Orlando Zaccone compareceu a evento "humorístico" que premiou atos de vandalismo com o prêmio 'molotov de ouro' e festejou o saque da loja Toulon. Fotografia publicada em blog desmente delegado sobre a data em que ele e a ativista Elisa Quadros se conheceram
Gabriel Castro, de Brasília
Sininho e o delegado (Reprodução)
O delegado de Polícia Civil Orlando Zaccone, titular da 31ª DP (Ricardo de Albuquerque), mentiu sobre a data em que conheceu a ativista Elisa Quadros, a Sininho. Incluído na lista de doadores para o evento "Mais amor, menos capital", realizado em 23 de dezembro do ano passado, Zaccone confirmou ter contribuído com 200 reais, e explicou que só naquela noite esteve pessoalmente com Elisa. Uma fotografia publicada em um blog, no entanto, mostra os dois lado a lado em 20 de novembro, em outro evento: o “Prêmio dos Protestos de 2013”, promovido pelo humorista-militante conhecido como Rafucko. Nada demais, se não fosse Zaccone uma autoridade policial e se não estivessem os manifestantes, naquela noite, festejando, entre outros eventos, o “Maior Ato de Vandalismo” do ano, premiado com o “Molotov de Ouro”. O ato "premiado" foi a quebra dos manequins da Toulon – na noite de 17 de julho, no bairro do Leblon.
Zaccone tem direito de rir do que quiser. Mas a partir do momento em que acha graça do crime de roubo, depredação do patrimônio público e privado e de atos de vandalismo, deixa de ter credenciais necessárias para chefiar policiais que deveriam, na verdade, investigar e prender quem roubou a Toulon. Em tempo: “Pichar a Alerj” e “Queimar ônibus” também estavam indicados ao prêmio.
“Não fico vendo folha de antecedentes criminais das pessoas que conheço. Óbvio que se tiver conhecimento de que a pessoa tem mandado de prisão, teria que cumprir”, respondeu o delegado, por telefone, ao site de VEJA. Como os roubos foram praticados por mascarados e Zaccone não reconheceu os manequins expostos como egressos da loja saqueada, a história ficou no riso – menos para a Toulon, que amargou o prejuízo, assim como outras lojas atacadas por baderneiros que percorreram as ruas do Leblon e de Ipanema.
Questionado sobre a foto durante a premiação, Zaccone explicou que foi convidado por Sininho em outubro, para uma palestra em dezembro. O encontro na noite em que o vandalismo foi premiado foi ao acaso. De acordo com o delegado, ele apenas passou pelo evento na Cinelândia, onde encontrou algumas pessoas, e de lá seguiu para um show de Caetano Veloso e Marisa Monte no Circo Voador, na Lapa.
Zaccone reclama que se sente perseguido. "Me sinto como se estivesse passando por um processo de inquisição pelo fato de ter contato com uma pessoa [Sininho] que não responde a nenhum processo. Estão me cobrando o fato de eu ter conhecido e estado com uma pessoa que sequer sofreu um processo", disse Zaccone. "Eu tenho liberdade de conhecer pessoas que não estejam foragidas, que não estejam condenadas. Mesmo assim, se a pessoa não está presa e não tem mandado de prisão, qual seria o meu crime por tê-la conhecido?", reclamou Zaccone.
Doações – Além do delegado, aparecem na lista de doadores os vereadores do PSOL Renato Cinco e Jefferson Moura – ambos admitiram que seus gabinetes fizeram doações ao evento. O juiz João Damasceno, que figura na planilha, negou ter feito doações. Os doadores alegam, em seu favor, que o dinheiro foi usado apenas para a compra de uma ceia, com rabanadas, para a população carente. E ignoram o fato de o grupo ali acampado é o mesmo que organizou a ocupação do Palácio Pedro Ernesto.
A Polícia Civil abriu investigação, no âmbito da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI), para descobrir se dinheiro doado por autoridades foi usado para financiar atos criminosos em manifestações. A unidade também foi designada para, a partir de cópias de documentos colhidos pela 17ª DP (São Cristóvão), investigar o aliciamento de manifestantes para atuar em ações violentas nos protestos.
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O trabalho ininterrupto gera diversas consequências físicas e psicológicas ao empregado. A exigência constante por produtividade faz com ...