segunda-feira 20 2014

Em Minas, PT insulta Aécio e leva baixaria ao extremo

Eleições 2014

Partido leu carta de psicóloga que 'diagnosticou' tucano como megalomaníaco. E insultou-o com adjetivos como 'cafajeste' e 'desprezível'

Gabriel Castro, de Minas Gerais
Ato petista desfila ataques pessoais a Aécio
Ato petista desfila ataques pessoais a Aécio (VEJA.com)
Se diante da baixaria que o PT deflagrou no segundo turno destas eleições já não parecia que o partido seria capaz de reduzir mais o nível de sua campanha, um comício realizado neste sábado em Belo Horizonte deixa claro que o desprezo de setores da sigla pela ética desconhece limites. Em ato organizado pelo comitê da sigla em Minas Gerais, os ataques pessoais ao candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, chegaram a níveis extremos. Os adjetivos empregados contra o tucano foram: "coisa ruim", "cafajeste", "playboy mimado", "moleque" e "desprezível".
Enquanto esperava a chegada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para um comício a favor de Dilma, o mestre de cerimônias contratado para o evento leu um texto escrito pela psicóloga Neide Pacheco, que se auto intitula "especialista em direitos humanos". O texto é repleto de ataques violentos ao tucano: insinua que Aécio já fez uso de drogas, diz que o candidato do PSDB é “acostumado a agredir mulheres”, já foi “flagrado dirigindo bêbado” e “prevaricou em vários processos de corrupção".
A psicóloga petista, então, "diagnostica" Aécio como portador de megalomania e volta a relacioná-lo ao uso de drogas. "Megalomania é um transtorno psicológico, no qual o portador tem ilusões de grandeza, poder e superioridade. É uma característica do transtorno afetivo bipolar. O uso de drogas exacerba e potencializa esse quadro". A militância presente ovacionou a leitura do texto.

'Não se pode perder a dignidade na política', diz Aécio sobre baixarias petistas

Eleições 2014

Candidato tucano voltou neste sábado a convidar a presidente Dilma para um debate de ideias e propostas. Enquanto isso, Lula descia o nível dos ataques

Marcela Mattos, de Porto Alegre
O candidato do PSDB à presidência da República, Aécio Neves, participa de ato de campanha na quadra da escola de samba Império da Zona Norte , em Porto Alegre, na manhã deste sábado (18)
O candidato do PSDB à presidência da República, Aécio Neves, participa de ato de campanha na quadra da escola de samba Império da Zona Norte , em Porto Alegre, na manhã deste sábado (18) ( Adriana Franciosi/Ag.RBS/Folhapress)
Alvo da campanha de baixarias petista, o candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, voltou neste sábado a convidar a presidente Dilma Rousseff para um debate de ideias e propostas. Em visita a Porto Alegre, o tucano adotou discurso na contramão das apelações protagonizadas pelos adversários e clamou pelo fim do “ringue” na disputa ao Planalto. “Na política, ganhar ou perder as eleições faz parte do jogo. O que não se pode perder na política é a dignidade e a compostura”, afirmou.
Enquanto Aécio fazia o pronunciamento, um comício do diretório mineiro do PT em Belo Horizonte desfilava um repertório de ataques ainda piores do que os de que o próprio Lula foi alvo em 1989. Petistas reduziram ainda mais o nível da campanha e ofenderam o candidato tucano – foram pronunciados xingamentos como "coisa ruim", "cafajeste", "playboy mimado", "moleque" e "desprezível". Ao discursar, Lula insinuou que o adversário agride mulheres costumeiramente e o comparou a Collor. Em meio ao desfile de ofensas, chegou a afirmar que é Aécio quem “parte para cima”. 
“Não adianta querer ganhar perdendo. O que os nossos adversários estão fazendo nessa campanha não os dignifica. Eu acho que essa postura já os faz derrotados antes sequer das urnas serem abertas”, afirmou Aécio. “As pessoas querem ouvir as soluções para a saúde, para a segurança pública e para fazermos um Brasil crescer, gerando melhores empregos. Mas eu vejo um governo à beira do desespero, uma candidata à beira de um ataque de nervos e, obviamente não tendo como apresentar ao Brasil uma proposta de futuro, prefere fazer uma campanha com os olhos no retrovisor”, disse. O candidato anunciou que vai ingressar com uma nova ação contra Dilma na Justiça Eleitoral - que tenta, ainda sem sucesso, conter o baixo nível da campanha.
Alianças - Com a bandeira da unificação, Aécio participou de ato multipartidário em Porto Alegre ao lado de representantes de siglas como o PMDB, o PP e o PSB. O tucano defendeu a tese de que não é mais um candidato do PSDB, mas sim representante daqueles que querem um novo governo, e sinalizou que, se eleito, pode convidar nomes dessas legendas para a formação de um “núcleo de governo”. “A minha proposta para o Brasil é absolutamente convergente com aquilo que Marina Silva propôs: no que depender de mim, a base do núcleo do futuro governo está aqui representada, com PSB, PP, PSDB e esse lado tão bom que o PMDB tem representado pelo Rio Grande do Sul.
Diferentemente da aliança nacional, o PMDB gaúcho é oposição a presidente Dilma Rousseff: começou as eleições apoiando Eduardo Campos e Marina Silva, candidatos pelo PSB, e no segundo turno se aliou a Aécio Neves. Na disputa local, o favorito para vencer as eleições contra Tarso Genro (PT) é o peemedebista Ivo Sartori, que tem espalhado pelas ruas fotos ao lado do tucano.  “Aqui nós temos um conjunto de forças políticas para dizer que basta de tanto desgoverno e que vamos fazer uma grande parceria para uma gestão da generosidade, da união nacional, do fortalecimento da nossa economia e da geração de empregos”, afirmou Aécio.
Durante ato que lotou o ginásio da Escola de Samba Império da Zona Norte, uma das mais tradicionais do Estado, Aécio foi ungido por diversos parlamentares gaúchos – e ganhou de presente um chimarrão, o qual prontamente tomou no palco. Primeiro a falar, o vice de Marina Silva, Beto Albuquerque (PSB), afirmou que o Brasil não quer mais ser representado por nomes como Fernando Collor (PTB-AL), José Sarney (PMDB-AP) e Jader Barbalho (PMDB-PA) – todos aliados a presidente Dilma – e pediu votos a Aécio. “Eu e Marina fomos ofendidos, vilipendiados por essa turma que não tem mais argumentos para explicar a corrupção no Brasil. Hoje o Aécio não é mais o candidato de um partido ou de uma aliança. É candidato da maioria que quer mudar”, afirmou.
Um dos maiores ícones do PMDB, Pedro Simon também discursou: “Votar na presidente Dilma é uma interrogação cruel. Como ela vai governar se todos os nomes do seu partido estão envolvidos em corrupção?”, questionou. “O Aécio representa a última esperança de paz neste país”, disse. 

Marcos Palmeira encabeça manifesto de apoio a Aécio Neves

"Partidos e políticos mudam ao longo do tempo. Nós, cidadãos, também", diz o texto



 Na última semana, foi lançado na internet um manifesto em que "intelectuais e profissionais liberais" declaram apoio à eleição do candidato à presidência Aécio Neves (PSDB). Intitulado "Esquerda Democrática com Aécio Neves", ele é assinado, por exemplo, pelos cineastas Zelito Viana e Wladimir Carvalho, pela produtora cultural Helena Severo, pelo economista José Eli da Veiga e pelo ator Marcos Palmeira - que foi, no primeiro turno, cabo eleitoral de Marina Silva (PSB). 
"Sempre respeitamos o PT, em cujos candidatos muitos de nós já votaram. Não aceitamos que nenhum partido atue como se fosse o único representante coerente da esquerda ou da democracia. Partidos e políticos mudam ao longo do tempo. Nós, cidadãos, também", diz o texto.
"Nas eleições de 2014, nos decepcionamos com o PT. A campanha petista no primeiro turno valeu-se de táticas e subterfúgios que desonram o bom debate. Caluniou, difamou e agrediu moralmente a candidatura de Marina Silva, sob o pretexto de que seria preciso fazer um 'aguerrido' confronto político. Atropelou regras procedimentais e parâmetros éticos preciosos para a esquerda e a democracia (...). Aécio Neves e aliados representam uma oportunidade para que se retomem os fios rompidos da vasta tradição do reformismo democrático no Brasil", completa. 
Em seguida, o manifesto ainda defende a manutenção e ampliação de programas sociais criados nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, ambos do PT, como o Bolsa Família, o Mais Médicos e o Minha Casa Minha Vida. 
"Como democratas, votaremos neste segundo turno em Aécio Neves e na aliança que se forma em torno de sua candidatura. Conclamamos eleitores e políticos dos diferentes partidos a nos acompanharem nesta opção. Ela se mostra hoje o melhor caminho para a reforma da política, a recuperação das boas práticas de governo e a preservação das conquistas sociais tão duramente alcançadas nas últimas décadas", finaliza. 

Aécio pede que MP investigue ataques do ex-presidente Lula

Eleições 2014

Lula protagonizou um conjunto de insultos contra o tucano e disse que Aécio usa violência contra mulheres “por experiência de vida”

Laryssa Borges
O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, faz carreata pela Avenida Atlântica, em Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro, neste domingo (19)
O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, faz carreata pela Avenida Atlântica, em Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro, neste domingo (19) (Felipe Dana/AP)
O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, recorreu neste domingo à procuradoria-geral eleitoral para que o Ministério Público investigue os ataques promovidos pelo ex-presidente Lula, principal cabo eleitoral da presidente-candidata Dilma Rousseff (PT). O candidato está em São Paulo para o debate que acontece na noite deste domingo, transmitido pela rede Record.
Neste sábado, no discurso mais agressivo contra o senador tucano nesta campanha eleitoral, Lula protagonizou um conjunto de insultos contra o presidenciável do PSDB e disse que Aécio usa violência contra mulheres “por experiência de vida” e seria “filhinho de papai”, “cafajeste”, “desprezível” e “vingativo”. O próprio Lula já havia acusado o adversário de dirigir embriagado – episódio que acabou sendo utilizado por Dilma Rousseff no último debate, no SBT.
Lula, que na campanha de 1989 foi alvo direto de baixarias promovidas pelo então concorrente, Fernando Collor de Mello, que apresentou na TV um vídeo com ataques da mãe de sua filha Lurian, nascida fora do casamento. A jogada foi decisiva para derrotar o petista, que, à época, se negou a responder a Collor na mesma moeda. Agora, 25 anos depois, Lula lança mão de estratégia semelhante ao atacar Aécio. Neste sábado, o ex-presidente chegou a comparar o tucano ao próprio Collor, inimigo de outrora e aliado de ocasião nos dias de hoje.
“O discurso de Lula revela o desespero do PT nesta reta final da campanha eleitoral. A tática do medo já ficou para trás, prevalecendo, agora, a do terrorismo eleitoral”, disse neste domingo o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), coordenador jurídico da campanha de Aécio. “O Brasil já não suporta mais esta forma de fazer política, que aposta na divisão e na raiva como instrumentos de conquista do poder”, resumiu o parlamentar.

Petrolão faz petistas roerem as unhas: o debate que você não viu

Maquiavel

Se o confronto foi morno diante das câmeras, com Dilma e Aécio na retranca, na plateia o clima era quente - e tenso. A seguir, os bastidores do debate

O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, chega para o debate realizado pela Rede Record em São Paulo, neste domingo (19)

Petrolão - A pergunta de Aécio Neves (PSDB) a Dilma Rousseff (PT) sobre a acusação de Paulo Roberto Costa contra o petista João Vaccari Neto deixou a fileira do PT na plateia em estado de atenção total. Os ministros Aloizio Mercadante, José Eduardo Cardozo, Miguel Rossetto e o governador da Bahia, Jaques Wagner, levaram a mão ao rosto durante a resposta de Dilma - uns esfregaram o rosto, outros chegaram a roer as unhas.
Pernambuco - Depois de pedir incansavelmente para que Dilma e Lula fossem para Pernambuco, o senador Humberto Costa apareceu no debate da TV Record. "Eles não vão conseguir entregar o que prometeram, a vitória em Pernambuco", disse, sobre os ex-aliados do PSB-PE. Segundo o senador, pesquisas internas do partido mostram Dilma com folga na frente do tucano em Pernambuco.
Cestinha - Convidado do PSDB, o ex-jogador de basquete Oscar Schmidt, que lutou contra um câncer, capitaneou as críticas a Dilma na plateia. "Onde está o tesoureiro? Alguém viu?", ironizou sobre a ausência de João Vaccari Neto, enrolado até o pescoço no esquema de corrupção na Petrobras.
Crachá - Sem jeito, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, tentava remendar a credencial que arrebentou antes mesmo das primeiras falas de Dilma. Ao final, apelou para um nó e resolveu o problema.
Álbum - Derrotado pelo tucano José Serra, o petista Eduardo Suplicy passou parte do debate tirando fotos. E resumiu uma boa notícia em meio a maré negativa: o Santos bateu neste domingo por 3 a 1 o arquirrival Palmeiras.
Primeirão - As principais autoridades do staff da presidente-candidata Dilma Rousseff tiveram de se contentar em ficar apenas na quarta fileira da plateia, o que motivou piadas entre os tucanos, posicionados estrategicamente "no gargarejo". "Bem feito, chegamos primeiro", comemoravam os deputados Antônio Imbassahy e Paulo Abi-Ackel.
Bateu, levou - O marqueteiro do PT, João Santana, tropeçou no palco e se estabacou no chão logo no início de debate. Aos pés de Dilma, foi socorrido, sem jeito, pelo jornalista da Record Celso Freitas.
Cadê a claque? - O governador da Bahia, Jaques Wagner, e o ministro Miguel Rossetto, de longe os mais empolgados petistas na plateia, comemoraram abertamente as falas de Dilma sobre inflação e, por via das dúvidas, convocaram a plateia, olhando recorrentemente para trás em busca de apoio.
'É isso aí' - O ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e o presidente do PT, Rui Falcão, vibravam e acenavam com a cabeça, em sinal de aprovação, cada vez que Dilma atacava Aécio e tentava minimizar o impacto das revelações do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa.
Só no pancake - Com transmissão em HD, a presidente-candidata Dilma Rousseff fez questão de utilizar uma maquiagem especial. "É uma Make-up Forever", justificou o "ministro do cabelo", Celso Kamura.
Rá! - Ao final do primeiro bloco do debate, diante de palmas efusivas da claque do PT, petistas faziam piada: "As palmas mostram que pelo menos aqui a gente está ganhando", disse o deputado Paulo Teixeira.
Cobras e lagartos - Os primeiros palavrões vindos da plateia ocorreram quando o candidato Aécio Neves acusou o governo de não ter fornecido água aos nordestinos com a Transposição do Rio São Francisco. Outros impropérios também foram ouvidos ao longo da noite.
Recado - Apesar de ligados no WhatsApp, os petistas escreveram bilhetinhos em papel para João Santana, marqueteiro de Dilma. Também usaram post-its para marcar os lugares no estúdio.
Wally - Figura rara nos debates entre os presidenciáveis, o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), assistiu ao debate sem desgrudar o olho de Dilma e Aécio nos dois monitores de TV virados para a plateia. Sentado ao lado da cúpula petista, só sorriu ao ver Aécio mandar um abraço para José Ivo Sartori (PMDB), candidato que virou as eleições no Rio Grande do Sul e agora é favorito contra o governador Tarso Genro (PT).
Sansão - O cabeleireiro oficial de Dilma, Celso Kamura, foi posicionado na segunda fila da plateia, com livre acesso ao palco. O '"hair stylist" ficou preocupadíssimo com uma falha na iluminação que conferia a Dilma uma sombra em sua face esquerda.
Bola dividida - A divisão de tela que mostrava ao mesmo tempo os dois candidatos foi criticada pelos petistas. O artifício usado para mostrar as reações dos oponentes conferia a Dilma um ar de "braveza". “Aí é ruim para a gente...", lamentou um membro da comitiva presidencial.
Faixa de Gaza - Na primeira fila, na ala reservada aos convidados dos partidos, uma cadeira separava petistas e tucanos. No estúdio lotado ninguém se atreveu a sentar.
Confiança - O presidente nacional do PT, Rui Falcão, acompanhou todo o debate olhando para a tela que mostrava Dilma em um monitor. "Acho mais agradável ficar só de olho nela...", afirmou. "Ela me passa confiança e paz."
Café com leite - A cada marca do governo de São Paulo citada por Aécio, Alckmin sorria discretamente. Sentado na segunda fila, admitiu: "Ah fico orgulhoso! Dá uma satisfação quase de pai".
Leite quente - Convidados acomodados na plateia comentavam, ao final do segundo bloco, que o debate estava morno em comparação com o enfrentamento anterior, no SBT. "Meio sonolento, né?", questionava um convidado dos tucanos.
Ar e Luz - Aécio deixou os estúdios reclamando da temperatura do ar condicionado e da velocidade do vento sobre ele. Dilma reclamou que tinha de virar de lado para fugir do feixe de luz sobre seus olhos. A presidente afirmou que fez operação de miopia, o que lhe incomoda.
Recuo - Os estrategistas de Aécio decidiram recuar e adotar tom ameno para contrapor a propaganda petista que acusa o tucano de ser agressivo com as mulheres. "Dependia do tom dela, ela baixou, nos baixamos também", disse um dos conselheiros de comunicação. Aécio também tocou a palavra "mentira" pela expressão "não é verdade."
Carioca da gema - Aécio confessou nos corredores do camarim que ficou emocionado com o ato de campanha deste domingo em Copacabana, Rio de Janeiro. "Foi o melhor da minha vida", disse. Aécio disse ter sentido um apoio não ao PSDB, mas agora a ele mesmo.
É nós - A campanha do PSDB monitorou 24 eleitores indecisos de São Paulo e do Rio de Janeiro ao longo de todo o debate promovido pela Record. Ao final, as pesquisas qualitativas tucanos mostraram que catorze eleitores optaram Aécio, três por Dilma e sete se mantiveram indecisos.
Dilmês - questionada sobre seu temperamento ao longo do debate, a presidente respondeu em Dilmês. "Eu não digo que eu fui uma dilminha paz e amor em tempo integral. Mas digo que eu fui uma dilminha paz e amor sempre que as condições permitiram. Porque também precisa de haver meio ambiente para dilminha paz e amor."
Você por aqui? - Dilma não viu que Temer estava na plateia. Ela foi surpreendida pelo vice-presidente pouco antes de entrar no carro oficial e o cumprimentou. "Ué, você estava aí, Temer? Sabe o que é, eles batem aquela luz e eu não enxergo vocês. Eu fiz operação de miopia, aquela antiga, e quando bate a luz ela reflete na cicatriz e dá um mal estar danado."(Bruna Fasano, Felipe Frazão, Laryssa Borges e Talita Fernandes)

Governo liberou, via Lei Rouanet, mais de R$800 mil para namorada de Chico Buarque


A cantora e compositora Thaís Gulin pode arrecadar até R$ 801.200, pela Lei Rouanet, para produzir seu terceiro CD. A informação é do colunista Ancelmo Gois, do jornal O Globo.


Thaís, que é namorada de Chico Buarque, também vai usar o dinheiro arrecadado para organizar uma turnê por oito capitais brasileiras.

Quem também vai utilizar do recurso do Ministério da Cultura é Carlinhos Brown. O técnico do The Voice Brasil (Globo) vai arrecadar R$ 1.426.820 para o desfile de seu trio elétrico, no carnaval de 2014, em Salvador. O órgão já autorizou a captação da grana.

R7; 11/2013
Editado por Política na Rede

PETISTAS ESTÃO USANDO A ATRIZ NICETTE BRUNO PEDINDO VOTOS PARA DILMA, É ...





O debate entre Aécio e Dilma não teve pancadaria, mas isso não quer dizer que a petista não tenha espancado a verdade

O debate entre os presidenciáveis Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) rendeu uma média de 13 pontos no Ibope, o que é muito bom para o horário. O encontro, desta feita, foi um pouco mais frio do que o das outras vezes, embora não tenha deixado de ser tenso. A menos que eu tenha perdido, não se ouviu a palavra “mentira”, ainda que os dois candidatos tenham concordado em discordar sobre todos os assuntos. Mais uma vez, Dilma quis falar de um Brasil que já passou, citando números conforme lhe dava na telha, e Aécio, de um país que pode ser. Assim, de novo, ela investiu na política do medo, e ele, na da esperança de dias melhores. Dilma repetiu a relação absurda estabelecida no debate da Jovem Pan-UOL-SBT: afirmou que o país só conseguiria chegar a uma inflação de 3% com um choque de juros e triplicando o desemprego. É espantoso que uma presidente da República trate de assunto tão sério com tamanha ligeireza. Dá para entender por que os mercados entram em pânico se acham que sua situação eleitoral melhora? Mais: se, no sábado, ela admitiu que houve roubalheira na Petrobras, no domingo, já ensaiou um recuo. Basta rever o embate para que se constate que essa não é uma leitura que manifesta boa vontade com ele e má vontade com ela.
Um debate, a rigor, para ser sério, tem de contar com honestidade intelectual. A fala final de Dilma foi, de fato, a síntese de suas intervenções: segundo ela, estão em confronto dois modelos: um que teria proporcionado “avanços e conquistas” (o seu), e outro que teria condenado o povo ao desemprego e ao arrocho salarial” (o da oposição). Resumir os oito anos de governo FHC a esses dois termos nem errado chega a ser; é apenas estúpido.
Pela enésima vez foi preciso ouvir Dilma a afirmar que o governo FHC proibiu a criação de escolas técnicas: falso! Que apenas 11 foram construídas na gestão tucana. Falso. Que seus adversários tentaram privatizar a Petrobras. Falso. Que eles pretendem cortar direitos trabalhistas. Falso. Que são contra a participação dos bancos públicos na economia. Falso. O problema do PT na propaganda e no debate é responder a um adversário que o partido inventou, que não existe.
PetrobrasO debate deste domingo serviu para evidenciar como é realmente sensível o caso Petrobras. Se, no sábado, ela admitiu que houve desvios na Petrobras, no debate deste domingo, já foi mais ambígua, falando que há apenas “indícios de desvios”. Uau! Só os “indícios” que foram parar no bolso de Paulo Roberto Costa somam admitidos R$ 70 milhões. João Vaccari Neto, tesoureiro do PT, é apontado por Costa e Alberto Youssef como um dos chefões do esquema. O partido ficaria com 2% de todos os grandes contratos. O tucano quis saber se Dilma confia em Vaccari, já que o homem é até conselheiro de Itaipu. Ela não respondeu.
Dilma apelou, mais uma vez, ao Mapa da Violência para afirmar que, em Minas, o número de homicídios cresceu mais 50% na gestão de Aécio. E ainda pediu que ele fosse ver a tabela. Eu fui. Ele governou o Estado entre janeiro de 2003 e março de 2010 — logo, os números que lhe dizem respeito são aqueles desse período. Vejam as tabelas abaixo, que trazem os mortos por 100 mil habitantes dos Estados brasileiros e das capitais.
Mapa da Violência - Minas
Mapa da Violência - capitais
Os homicídios no Estado entre 2003 e 2009 tiveram um crescimento de 14%, não de mais de 50%, e os da capital caíram 13,7%. Agora olhem este outro quadro:
Mapa da Violência Minas - ranking
Minas tem a segunda maior população do Brasil, mas está em 23º lugar no ranking dos Estados em que há mais mortes. Vejam lá o que se deu na Bahia do petista Jaques Wagner: ele chegou ao poder com 23,5 mortos por 100 mil, e a taxa saltou para 41,9 em 2002, um crescimento de 78,2%. Que tal analisar o Piauí? Os petistas pegaram o Estado com taxa de homicídios de 10,2; em 2012, era de 17,2, com aumento de 58,2%. A tragédia da incompetência petista na área se repetiu em Sergipe: os petistas assumem em 2007 com taxa de 29,7, e esta se elevou para 41,8 dez anos depois, com crescimento de 40,7%. Mas o PT se comporta como professor de segurança pública. Se deixar, eles dão aula até para São Paulo, que hoje tem a menor taxa do país.
O debate deste domingo não teve pancadaria, mas isso não quer dizer que a verdade não tenha sido sebveramente espancada.
Texto publicado originalmente às 5h05 desta segunda

Por Reinaldo Azevedo
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/o-debate-entre-aecio-e-dilma-nao-teve-pancadaria-mas-isso-nao-quer-dizer-que-a-petista-nao-tenha-espancado-a-verdade/

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