domingo 30 2014

Fernanda Montenegro e Nathalia Timberg viverão casal lésbico em novela das nove

 Fernanda Montenegro recebe merecida homenagem  e ganha o Troféu Mário Lago (Foto: Rede Globo)
Fernanda Montenegro e Nathalia Timberg voltarão às novelas no início do ano que vem em ‘Três mulheres’, título provisório da trama de Gilberto Braga e Ricardo Linhares para às 21h. Elas viverão um casal gay que, depois de muitos anos de união, decidirá se casar. “Ainda não li a sinopse, mas estou animada”, diz Fernanda, de 84 anos. “Eu e Nathalia já estamos juntas nessa estrada há pelo menos 60 anos que estamos praticamente casadas, já formamos uma família”.
A novela terá três protagonistas: a mocinha, Camila Pitanga, um tipo bem popular, e as duas vilãs, vividas por Glória Pires e Deborah Evelyn. O elenco, ainda em formação, contará com Thiago Fragoso, Thiago Martins e Gabriel Braga Nunes.
A partir do dia 7, o Viva vai reprisar Dancin’Days, um dos clássicos de Gilberto. “Foi minha primeira novela das oito. Tem coisas autobiográficas, tem um pouco da história da minha mãe. E a trama se passa em Copacabana onde vivi adolescência e juventude”, diz Gilberto. Ele conta que, apesar do estrondoso sucesso, a novela não é das suas preferidas. “Escrevi sozinho e, como sou muito critico, achava que estava ruim. Todo mundo elogiava na época, mas eu tinha vergonha do que estava vendo”. A coluna bateu um papo com o autor, que lembrou a época da lendária trama. 
Como está sendo reviver 'Dancin’ Days'?
Foi minha primeira novela das oito. Tem coisas autobiográficas, tem um pouco da historia da minha mãe, historia de vida, não temperamento. Da minha mãe feita pela Yara Amaral. O papel do Fagundes tem algumas coisas da minha vida. E a novela se passa em Copacabana com a turma da Miguel Lemos, que é onde vivi adolescência e juventude. Então, é uma novela bastante autobiográfica.
Você tinha vergonha da novela e não achava a trama boa?
Escrevi sozinho e, como sou muito critico, achava que estava ruim. Eu achava que a novela só era boa até o capitulo 60, 70. E que daí em diante era uma embromação porque eu escrevia correndo, com medo de atrasar. Realmente achava fraca. Aliás, acho até hoje. Você pega um capitulo de 'Dancin Days', ele é muito inferior a um capitulo 100 de 'Vale Tudo' ou, principalmente, das últimas. Todo mundo elogiava na época, mas eu tinha vergonha do que estava vendo.
Qual o segredo de uma boa trama?
Nunca aprendi como fazer uma novela. Mas, aos poucos, fui aprendendo o que não vai dar certo. Acredito, por exemplo, que hoje, se eu tivesse a ideia que eu tive para fazer 'Dancin’ Days', a história de uma ex-presidiária, acho que na memória eu ia dizer ‘não, não vou fazer não porque não vão gostar de uma ex-presidiária’. Ou seja: eu não sei por qual caminho ir, mas sei por qual não devo ir, porque não vou me dar bem. Isso dificulta demais. Sou maluco, todo escritor é meio maluco.

Prejuízo da Petrobras vai aumentar: autoridades de Pasadena cobram milhões da empresa na Justiça

No Jornal Nacional:A conta bancada pela Petrobras pela refinaria americana que provocou tanto barulho pode ficar maior. Autoridades da região de Pasadena cobram mais alguns milhões de dólares da refinaria na justiça. O correspondente Hélter Duarte explica. A briga das autoridades do Condado de Harrys com a refinaria de Pasadena começou há nove anos. Segundo Scott Lemond, advogado do Condado, foi nesse período que a companhia deixou de pagar seus impostos regularmente. A refinaria de Pasadena fica em uma área isenta de tributos federais e alfandegários. Mas, como compensação, esses valores têm que ser repassados ao Condado, que engloba mais de 80 cidades da região, incluindo Pasadena e Houston, a maior cidade do Texas.
Os advogados do condado de Harrys afirmam que tentaram, mas nunca conseguiram fechar um acordo com a refinaria. Em janeiro do ano passado, eles entraram na Justiça contra a refinaria de Pasadena para receber um dívida de US$ 6 milhões. Scott Lemond explica que esse valor é a soma de tudo o que a refinaria deixou de pagar ao Condado desde 2005, quando ela foi vendida pela Crown para a empresa belga, Astra Oil. Scott diz que entre 2005 e 2006 alguns pagamentos foram feitos. “Eles pararam de pagar entre 2007 e 2008, e os valores entre 2005 e 2006 foram pagos menos que o devido”, afirma o advogado. Foi nesse período que a Petrobras comprou a primeira metade da refinaria. Uma dívida que, na avaliação do advogado, era de conhecimento dos envolvidos no negócio.
Um documento interno da Petrobras, publicado nesta sexta-feira (28) pelo jornal “O Globo”, revela que a avaliação da situação jurídica e financeira da refinaria de Pasadena foi feita em apenas 20 dias. Um prazo que a própria Petrobras, no relatório de 31 de janeiro de 2006, considera curto em relação ao que uma “due diligence” normalmente requer. A due dilligence é um passo essencial nos processos de fusões e aquisições de companhias. Funciona como uma espécie de auditoria, avaliação, de todos os números da empresa a ser comprada. No caso de Pasadena, os estudos sobre a saúde da refinaria foram feitos no escritório da Astra, entre 23 e 27 de janeiro de 2006, com a ajuda do consultores da BDO Seidman e da então diretora financeira da Astra, Kari Burke. O documento interno da Petrobras cita uma primeira fase de coleta de documentos, entre 11 e 25 de novembro, com a colaboração de diretores financeiros da Astra.
Um dia antes da assinatura do documento de avaliação, por gerentes da área financeira, tributária e jurídica, segundo a reportagem, a BDO enviou ao então presidente da Petrobras americano Renato Tadeu Bertani uma carta em que diz que devido ao tempo, a consultoria ficou limitada na capacidade de identificar assuntos que poderiam potencialmente ser encontrados. E que os serviços prestados não deveriam servir de base para divulgar erros, fraudes ou outros atos ilegais que pudessem existir.
Rock Owens é advogado da área ambiental do Condado de Harrys. Ele diz que o valor da venda da refinaria para a Petrobras chamou a atenção na época. “Era a venda de uma refinaria velha a um preço premium que não deveria ter sido pago. E sem os reparos que recomendamos desde os anos 80 que não foram feitos”, ele diz.
Em 2012, Owens fechou com a Petrobras um acordo para o pagamento de uma multa de US$ 750 mil, por causa de vários episódios de poluição do ar em anos anteriores. Desde o pagamento desse valor, segundo o advogado, não foram registrados outros casos de poluição do ar na refinaria. Nos Estados Unidos, a ex-diretora financeira da Astra, Kari Burke, que participou da avaliação da refinaria de Pasadena em 2006, não retornou nossas ligações e e-mails. A BDO avisou, por e-mail, que não vai comentar o caso em respeito à política de confidencialidade.
Por Reinaldo Azevedo
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/prejuizo-da-petrobras-vai-aumentar-autoridades-de-pasadena-cobram-milhoes-da-empresa-na-justica/

É claro que Pasadena é um caso de política, mas é inegável que é, sobretudo, um caso de polícia. Ou: A resposta de Gabrielli a este blog há um ano e três meses


Gabrielli: há pouco mais de um ano, em respostra a este blog, ele afirmou que Petrobras havia conseguido desconto (!!!) na compra da refinaria de Pasadena
Gabrielli: há pouco mais de um ano, em resposta ao blog, afirmou que a Petrobras havia conseguido desconto  na compra de refinaria
Não tem jeito: a cada enxadada, uma minhoca. Raia o dia, e lá vem uma nova informação sobre a compra da refinaria de Pasadena que empurra mais e mais o caso para a esfera da polícia — embora, é evidente, ele seja também um caso de política. Ora, se é assim que a Petrobras executa as suas aquisições, e dado que um de seus mais importantes ex-diretores está na cadeia, a gente imagina o padrão de governança da empresa. Salvem a Petrobras antes que acabe! R$ 200 bilhões em valor de mercado já foram para o ralo da irresponsabilidade petista. O que sobrou é menos da metade do que havia há três anos. A Petrobras tem de ser devolvida a seus legítimos donos: o povo brasileiro, representado pelo Estado, e os acionistas minoritários, que estão sendo logrados.
Como já se sabe, os próprios belgas da Astra, ao vender a primeira metade da refinaria à Petrobras, saudaram o negócio excepcional e o ganho acima de qualquer expectativa. Na Folha deste sábado, há uma reportagem sobre os desentendimentos entre a Astra e a Petrobras. Reproduzo trecho (em vermelho) do texto de Isabel Fleck, Raquel Landim e David Friedlander. Volto em seguida.Os executivos da Petrobras faziam muita “besteira”, eram “extravagantes” nos gastos e qualquer decisão levava “10 vezes mais tempo que o necessário”. Era assim que os belgas da Astra se referiam aos seus sócios brasileiros na refinaria de Pasadena, no Texas (EUA).
Os comentários pejorativos de Mike Winget, presidente da Astra, e seu diretor de operações, Terry Hammer, aparecem numa troca de e-mails com outras cinco pessoas da equipe, datada de 2 de novembro de 2007 e obtida pela Folha na Justiça do Texas.
Retomo
O clima era beligerante, havia desentendimento entre os sócios, e os belgas decidiram, então, fazer valer a cláusula que obrigava a Petrobras comprar a outra metade. Até aí, bem. Num dos e-mails obtidos pela Folha, Winget escreve, referindo-se aos negociadores com os quais dialogava, que “não ficaria surpreso se a Petrobras já tiver se dado conta de que a refinaria não vale os US$ 650 milhões que eles [os negociadores brasileiros] sinalizaram”.
Entenderam? Eles mesmos sabiam que a refinaria não valia aquilo tudo. Ao Congresso, no entanto, Graça Foster afirmou que as condições do mercado à época justificavam aquele preço. Nem os donos originais achavam isso!
Multa e passivo ambiental
Reportagem levada ao ar na noite desta sexta pelo Jornal Nacional evidencia que Pasadena ainda não parou de sangrar o cofre do Brasil. O Condado de Harrys acionou a refinaria na Justiça para receber uma multa US$ 6 milhões, soma de tudo o que ela deixou de recolher em impostos desde 2005, sem contar que, em 2012, o condado fechou com a Petrobras um acordo para o pagamento de uma multa de US$ 750 mil por causa da poluição do ar em anos anteriores. Rock Owens, que é advogado da área ambiental de Harrys, diz que o valor da venda da refinaria  chamou a atenção na época. Ele explica por quê: “Era a venda de uma refinaria velha a um preço premium que não deveria ter sido pago. E sem os reparos que recomendamos desde os anos 80, que não foram feitos”.
Os sócios da Astra sabiam que a empresa não valia tudo aquilo; o advogado do Condado de Harrys sabia que a refinaria não valia tudo. Intuo que os diretores que realizaram a operação também soubessem, não é? O conselho, no entanto, foi levado no bico — e Dilma decidiu ignorar o assunto depois, como conselheira da Petrobras, como ministra e como presidente da República.
Mas a Petrobras não contratou consultoria? Pois é. Aí é preciso lembrar areportagem do Globo que mostra que a avaliação foi feita às pressas, em apenas 20 dias. Os avaliadores contratados, da BDO Seidman, deixaram claro que não tiveram tempo de fazer o trabalho adequado e se eximem de eventuais problemas posteriores. Recomendam à Petrobras que faça, então, ela própria a avaliação. E a Petrobras fez. Sabem quem a ajudou? A então diretora financeira da Astra, Kari Burke. É do balacobaco!
Não por acaso, informa outra reportagem da Folha, “a análise [sobre o preço da refinaria] contemplava três cenários, com cinco situações em cada, nas condições em que se apresentava a refinaria na época. A mais conservadora estabelecia que Pasadena inteira custava US$ 582 milhões. A mais otimista atingia US$ 1,54 bilhão. Com o estudo na mão, Nestor Cerveró decidiu oferecer US$ 700 milhões por 50% do ativo. O fato de a oferta não corresponder à metade de nenhuma das cifras apresentadas no estudo chamou atenção da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), que questionou a escolha de valores “aleatoriamente, sem comprovação, entre todos os cenários possíveis”
Entenderam? Foi Cerveró que ofereceu os US$ 700 milhões pela segunda metade — que depois acabaram se transformando em R$ 820,5 milhões. Aí, sim, a operação foi vetada pelo Conselho e teve início a disputa judicial. Dilma pode até explicar como foi enganada na condição de membro do conselho. A sua omissão posterior é que é inexplicável, com Cerveró assumindo a direção financeira da poderosa BR Distribuidora. Curiosamente, a presidente mandou demiti-lo antes de qualquer investigação.
Dá para entender por que o mercado se animou quando a oposição conseguiu o número de assinaturas no Senado para fazer a CPI da Petrobras. É a esperança de que uma comissão de inquérito contribua para botar ordem na bagunça. Como se nota, mais de uma vez, os próprios belgas se mostraram espantados — e até incrédulos — com a, por assim dizer, generosidade da Petrobras.
Durante um bom tempo, como sabem, este blog foi o único veículo a manter Pasadena na pauta. No dia 17 de dezembro de 2012,  informei aqui, o site Bahia Notícias publicava o seguinte (em vermelho):
O secretário de Planejamento e ex-presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli,esclareceu por meio de nota as afirmações feitas pelo colunista da revista Veja, Reinaldo Azevedo. Por meio de nota, a assessoria do titular da Seplan informa que a pauta “é requentada”.
“Em novembro 2005, a Petrobras assinou um Memorando de Entendimento com a Astra Oil Company (Astra). Em setembro de 2006, a Companhia concluiu a aquisição através de sua subsidiária Petrobras America Inc. (PAI).Desentendimentos entre os sócios levaram a Astra a requerer o direito de vender seus 50%”.
Segundo o documento, o valor foi acrescido de juros e outras atribuições durante o processo arbitral. “A Petrobras empenhou seus melhores esforços e obteve uma redução significativa no montante pleiteado pela Astra. Em junho de 2012, um acordo extrajudicial totalizou US$ 820 milhões. Parte desse montante, US$ 750 milhões, já vinha sendo provisionado, restando o complemento de provisão de US$ 70 milhões”, diz a nota. “O acordo tornou a refinaria [de Passadena] um ativo negociável, ainda que não haja uma obrigatoriedade nem urgência em se desfazer da mesma”, finaliza o comunicado.
Encerro
Até aquela data, Gabrielli achava que bastava arrogância para matar o assunto. Vejam quanta notícia tem rendido o “assunto requentado”. Mais: segundo sustentou então, a Petrobras ainda havia conseguido uma “redução” (!!!) no valor da compra.
Um caso de política. Um caso de polícia.
Por Reinaldo Azevedo
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/e-claro-que-pasadena-e-um-caso-de-politica-mas-e-inegavel-que-e-sobretudo-um-caso-de-policia-ou-a-resposta-de-gabrielli-a-este-blog-ha-um-ano-e-tres-meses/

Estudantes se revoltam com ocupação socialista na UFSC





O vídeo divulgado neste domingo pelo blog do ótimo Aluizio Amorimexibe cenas gravadas na sexta-feira no campus da Universidade Federal de Santa Catarina. As imagens, especialmente didáticas, podem ter configurado um histórico ponto de inflexão. Conjugadas, reiteram que o Brasil será o que os brasileiros quiserem que seja.

10 tendências que irão mudar sua vida




















Pistas não faltam: seja pelo jeito peculiar com que as famílias vão se transformando, seja pela rotina das cidades, a evolução dos gostos e preferências das sociedades, as apostas da ciência ou os caminhos abertos pela tecnologia, já é possível vislumbrar como será a vida de um cidadão daqui para a frente. Os sinais estão por aí, como mostram os especialistas em tendências. E é bom ir se acostumando com as novidades. Grande parcela da população mundial vai preferir morar sozinha, sem o apoio de empregados domésticos e sem sofrer com a solidão. A vida social online será intensa e a vida real, adequada a um mundo de diversidades. O novo cidadão nem saberá o que é dinheiro de papel e estará livre das preocupações de armazenar coisas – sejam livros, sejam discos, documentos pessoais ou até mesmo comida. Ele só tomará remédios personalizados, mudará costumes e hábitos financeiros para cuidar da velhice – sua e de seus familiares. Nas páginas seguintes, ISTOÉ detalha dez das principais tendências que definirão seu novo cotidiano.
1 - Morar Sozinho
Sozinho em um apartamento. Assim viverá grande parcela da população mundial nas próximas décadas, de acordo com os analistas de tendências. A largada foi dada pelos países mais ricos, em especial os localizados na península escandinava. Ali estão os três com mais moradores avulsos do mundo: Noruega, Finlândia e Dinamarca – em todos, mais de um terço das casas tem um só habitante. No Brasil, o fenômeno ainda desponta, mas com bastante vigor. Entre o censo de 2000 e o de 2010, o número total de moradias com um só habitante subiu 41%. Hoje são cerca de sete milhões de casas de sozinhos. A equação que explica o fenômeno, seja aqui, seja na Noruega, tem em sua base três fatores comuns. “São eles a estabilidade econômica, a independência feminina e a revolução da comunicação”, disse à ISTOÉ Eric Klinenberg, pesquisador da Universidade de Nova York e autor do livro “Vivendo Sozinho” (tradução livre, Editora Penguin, 2012). Nesse somatório, explica Klinenberg, cada elemento influencia a seu modo. O dinheiro é fundamental para pagar os custos, que são maiores. A independência feminina permitiu às mulheres bancar um estilo de vida independente, tornando-as parcela significativa dessa população. E os meios de comunicação facilitam a convivência, evitando que os sozinhos se tornem solitários.

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Solidão, inclusive, não é boa palavra para definir essa nova geração de quem mora só. O que se vê nesses lares nem de longe lembra a imagem estigmatizada da excêntrica tia solteirona sem amigos e cheia de gatos. “Moro só por opção e nem bicho de estimação tenho, pois passo quase o dia todo fora”, diz o engenheiro Frederico Lainer, 30 anos, que vive em um espaçoso quarto e sala na Cidade Baixa, bairro tradicional de Porto Alegre. Lainer resolveu assumir a casa por sua conta e risco após um período de vida em comum com uma namorada. Hoje engrossa a lista dos sozinhos de Porto Alegre, capital brasileira líder no ranking de gente que vive só. Por lá, 21,4% das residências abriga um único morador, índice bem acima da média do País, que é de 12,2%. Mas quem imagina que morar só é coisa de jovem, se engana. Os maiores de 60 anos representam 42% das casas de um único habitante no Brasil. “O fenômeno ocorre atrelado ao envelhecimento da população”, afirma a pesquisadora do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) Ana Lúcia Sabóia. Mais velhos, com boa saúde e estabilidade financeira, os idosos têm optado por seguir a vida em suas próprias casas, bancando as despesas.
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Enquanto cada vez mais gente opta por um estilo de vida sozinho (apenas nos Estados Unidos, 36% de sua população estará morando só até 2020), teóricos começam a discutir outra faceta desse fenômeno: sua sustentabilidade. “A quantidade de alimento que se compra é grande, então se perde muito, sem contar os gastos fixos, como eletricidade, que não são divididos”, afirma o professor Samy Dana, da Escola de Economia da Fundação Getulio Vargas de São Paulo. Todo esse consumo concentrado em uma só pessoa tem feito vários pesquisadores rotularem esse estilo de vida como insustentável em larga escala. O próprio Dana, porém, faz a defesa de quem mora só e diz que há necessidade de se estudar melhor o tema. “Se por um lado se gasta mais eletricidade, de outro se economiza combustível, porque a maior parte das residências dos sozinhos está nas regiões centrais, então se gasta menos com deslocamento.” .
2- O fim do dinheiro
Pouco seguro, o dinheiro de papel vislumbra uma derrota cada vez mais próxima para as novas tecnologias. Com um mercado de pagamentos móveis com potencial para movimentar US$ 600 bilhões por ano até 2016, nos cálculos da consultoria Gartner, o celular é a próxima fronteira a ser explorada pelos bancos (leia reportagem à página 64). Lançado recentemente pelo governo brasileiro, o Sistema de Pagamento Móvel promete ser uma alternativa para quem ainda não está incluído no sistema financeiro, além de reduzir os custos das transações eletrônicas e aumentar a concorrência, reinventando assim a forma como se utiliza a moeda no País. As regras do novo marco regulatório serão definidas pelo Congresso em 2013. O alcance da medida é amplo. Afinal, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), quase 70% dos brasileiros acima de 10 anos de idade têm celular. A perspectiva da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) é que, até 2018, os aparelhos móveis tenham o mesmo peso que a internet nas transações bancárias.

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Com o avanço da classe média e o aumento da renda da população, a substituição do papel é resultado direto da expansão dos meios digitais. Nos últimos cinco anos as movimentações virtuais tornaram a internet o principal meio para transações financeiras. Segundo a Febraban, o número correspondeu a 24% do total em 2011 (último dado disponível), enquanto as transações em terminais de
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autoatendimento e agências caíram para 13,5% e 10,9%, respectivamente. Ao redor do mundo, o dinheiro virtual se transformou também no principal campo de disputa das gigantes da tecnologia, sedentas por abocanhar uma fatia de um universo trilionário. Enquanto a moeda do Facebook, chamada de Facebook Credits, amplia sua função original de comprar aplicativos e bens virtuais, para se integrar a promoções de empresas físicas, como lojas e restaurantes, Apple e Google investem na criação do que chamam de “carteira universal.” Graças a essa tecnologia, um simples aplicativo de celular vai reunir e armazenar versões digitais de cartões de crédito, de fidelidade e cupons de descontos num lugar só.
3- A casa sem empregada
Agências que oferecem serviço eventual de faxineiras. Eletrodomésticos mais práticos e compactos. Comida congelada e produtos de higiene mais eficientes e concentrados. Alta expressiva no número de famílias que optam por diaristas. Vale-tudo para compensar a escassez de empregadas domésticas mensalistas no Brasil. Cerca de 500 mil mulheres, 10% do total, largaram a profissão entre 2009 e 2011, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As profissionais que se ocupavam dos afazeres domésticos tiveram acesso à educação e optaram por se recolocar em postos de trabalho no setor de comércio e serviços. E o mercado tem respondido com novos serviços e produtos para suprir os hábitos das famílias.

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De 2000 a 2012, cresceu três vezes e meia o custo de manter uma funcionária na residência, informa a consultoria econômica LCA, com base na inflação oficial. Em 2012, o custo do serviço aumentou 12,8%, quase o dobro da inflação. Para a economista Hildete Pereira de Melo, especializada no estudo do trabalho doméstico, sem a figura da mulher contratada para cuidar da casa, as relações familiares tendem a ser mais igualitárias. As estatísticas, porém, mostram que essa mudança caminha em ritmo lento. “Em alguns lares, filhos e homens ganham mais responsabilidades. Mas, na maioria, é a mulher que fica sobrecarregada”, afirma Alexandre Fraga, sociólogo do trabalho na Universidade Federal do Rio de Janeiro.
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Mas há transformações em curso. Na casa do professor carioca Cosme da Cunha, de 36 anos, a esposa, Marta, tem horários mais apertados e ele é quem dá conta da rotina doméstica e da filha Helena, de 3 anos. Cunha dá banho e alimenta a menina, que depois passa o dia na escola. Os adultos cooperam na faxina pesada de acordo com suas aptidões e tempo livre. “Escolhemos preservar nossa intimidade e segurar as pontas sozinhos. O lado ruim é ficar mais cansado, mas fazemos tudo aproveitando a família reunida”, diz. Para poupar tempo, Cunha apela para a comida congelada e investiu em um congelador avantajado. Lava-louças, aspiradores de pó e até máquinas que passam roupa entram no esforço para cortar o tempo gasto com tarefas domésticas. A expectativa da indústria é de alta de até 30% nas vendas de eletrodomésticos nos próximos anos. Cresceu também a procura por produtos de limpeza menos agressivos para quem vai manusear. “As donas de casa não investiam em tecnologia porque quem cuidava da limpeza era a empregada. Agora, elas querem fugir das tarefas mais desagradáveis e estão dispostas a pagar mais por isso”, afirma Maribel Suarez, professora do Centro de Estudos em Consumo da Coppead/ UFRJ.
4- Comida que não estraga
“Validade: 5 anos após a data de fabricação”. Parece absurdo, mas essa frase pode estar escrita na embalagem de um sanduíche num futuro não muito distante. E não estamos falando de comidas desidratadas e sem gosto. A culinária do futuro visa a estender o tempo que os produtos podem ficar nas prateleiras dos supermercados, mas sem perder em nutrientes, textura, aparência e, claro, sabor.


Uma das maiores interessadas no tema é a Nasa. Com a tecnologia disponível hoje, uma viagem tripulada de ida e volta a Marte levaria mais de três anos. Assim, um dos maiores desafios da agência espacial americana será alimentar os astronautas durante o período. “Vamos criar um menu que dure até cinco anos em temperatura ambiente, sem refrigeração ou congelamento, pois os equipamentos ocupariam muito espaço e energia da nave. Estamos investigando o uso de técnicas alternativas”, explica Grace Douglas, pesquisadora do Projeto de Tecnologia Avançada de Alimentos da Nasa.

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Um dos métodos que mais têm atraído os cientistas é denominado HPP (sigla em inglês para Processamento por Alta Pressão), que usa pressões elevadíssimas para matar micro-organismos. “Bombeamos líquido a níveis muito altos de pressão para o interior de um cilindro especialmente projetado, no qual está o alimento. A pressão chega ao peso equivalente exercido por dois elefantes em cima da área de uma moedinha”, exemplifica Amauri Rosenthal, pesquisador da Embrapa Agroindústria de Alimentos. Além de exterminar doenças, a técnica preserva os compostos e as vitaminas.


O Exército americano já usa a tecnologia de alta pressão para desenvolver o que tem sido chamado de “sanduíche indestrutível”. Com a meta de produzir alimentos que possam ser carregados pelos soldados em longas expedições, a principal função do HPP nesse caso é criar uma barreira contra a umidade e o oxigênio, elementos que tornam o ambiente propício e agradável para as bactérias. Até o momento, já conseguiram manter fresco um sanduíche de pepperoni por três anos.

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Antes de um produto do tipo ir para as prateleiras, é preciso saber o que o consumidor pensa. “Um exemplo é o tratamento dos alimentos por irradiação (processo no qual a comida é tratada com raios gama, raios X ou feixe de elétrons). Quem vai comprar pode associar esse termo com a radioatividade e rejeitar o produto, apesar de o procedimento ter sido considerado seguro por um comitê de especialistas internacionais, não causando dano à saúde, desde que limitado a certos níveis de irradiação”, explica Rosenthal. 


A alta tecnologia aplicada à conservação de alimentos pode ajudar o homem a explorar regiões inóspitas da Terra e do espaço. Além disso, se conseguíssemos diminuir as perdas durante o transporte e o armazenamento, poderíamos reduzir o desperdício de 1,3 bilhão de toneladas de comida que acontece todos os anos, de acordo com dados da ONU. Mas, como toda revolução tecnológica, os alimentos de longuíssima duração podem encontrar resistência. Afinal, quem se arriscaria hoje a comer um sanduíche fabricado cinco anos atrás?

5- Vida social online
Não se espante se boa parte dos desejos de um próspero 2013 chegar a você neste começo de ano pelo Facebook. Ou que as fotos das férias do seu filho pisquem na tela do seu celular poucos segundos depois que elas forem tiradas. Acostume-se. A vida social, antes condicionada à presença física em festas, viagens, passeios e encontros, hoje acontece cada vez mais no mundo virtual. Com a ajuda das mais populares redes sociais – como Facebook e Twitter –, as pessoas compartilham de votos de felicidade a opiniões políticas, de fotos e vídeos de férias a reclamações de trabalho, de fofocas pessoais a gritos de torcida. E tudo de forma assustadoramente veloz, com alcance cada vez maior. Em 2012, por exemplo, 63,9 milhões de brasileiros se identificaram como usuários de redes sociais, acessando as páginas do computador de casa, do trabalho e pelo celular. Até 2014, serão pelo menos 79,3 milhões, ou 37,7% da população nacional, segundo dados da consultoria americana eMarketer. “Todos temos uma necessidade muito grande de pertencer a um grupo, de nos sentirmos parte de algo”, diz Luciana Ruffo, psicóloga do Núcleo de Pesquisa de Psicologia em Informática da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). “Hoje, estar nas redes sociais é garantir pertencimento a um grupo cada vez maior e mais influente.”

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Com o avanço vertiginoso das redes sociais, não há faixa etária que fique de fora dessa nova onda. Mas, se as ferramentas são as mesmas para as diferentes idades, o uso delas é diferente. Entre os mais jovens, por exemplo, a construção de uma identidade virtual completa, com fotos, gostos e opiniões, tudo editado para que só o melhor apareça, é a regra. Já para os mais velhos, reencontrar amigos, manter contato com os filhos e mostrar as conquistas de uma vida madura parece ser o comportamento preferido. “Essa diferença pode gerar conflitos”, diz Luciana. Os maduros costumam implicar com a exposição dos jovens na rede. Queixar-se da falta de paciência que eles passam a ter com a vida real, acostumados com a velocidade da vida virtual, é outro problema comum.
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“Lembrar os filhos que, apesar de parecidos, o mundo real e o virtual são coisas diferentes é importante”, afirma a psicóloga. Não é fácil, mas há quem consiga. Maria Paula Fernandes, 48 anos, roteirista e fundadora do Movimento Gota D’Água, é um exemplo. Usuária voraz do Facebook, ela vive ajudando os sobrinhos a tirarem o melhor das redes sociais sem confundir as coisas. “Os adultos que já estão nas redes têm mais condições de dar apoio”, diz. “Como a vida real, a virtual está cheia de maravilhas e problemas.”
6- Com a cabeça na nuvem
Uma boa memória e uma agenda de papel eram suficientes para armazenar boa parte das informações que utilizamos com mais frequência. Agora – com as facilidades oferecidas por computador, celular e ferramentas de busca –, datas de aniversário, números de telefone e compromissos migraram para fora de nossa cabeça. Não há consenso científico sobre se isso é bom ou ruim, mas uma coisa 
é certa: a internet está mudando o funcionamento de nosso cérebro. Um experimento feito na Universidade de Colúmbia (EUA) apontou que as pessoas fazem menos esforço para memorizar uma informação quando acham que ela será armazenada no computador. Os pesquisadores notaram que, ao ouvir uma pergunta, os voluntários pensavam primeiro com quais mecanismos poderiam ir atrás da resposta. Segundo a psicóloga Betsy Sparrow, que conduziu o estudo, isso reflete uma falta de necessidade de decodificar internamente as informações que nos cercam. 

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Uma alteração, mais química, no cérebro foi diagnosticada por cientistas da Universidade da Califórnia (EUA). Eles compararam usuários frequentes de internet com aqueles que não têm familiaridade com a rede. A pesquisa mostrou que os cérebros dos voluntários do primeiro grupo foram ativados mais intensamente. “Pesquisar na internet exercita a mente, e eu especulo que isso seja positivo”, diz o neurocientista Gary Small, autor principal do estudo.
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A rede não necessariamente nos deixa mais burros, mas pode atrapalhar o aprendizado. “Antes, um aluno lia livros, sublinhava textos, fichava e anotava. Hoje, faz uma pesquisa no Google, entrega um trabalho e logo esquece o que escreveu”, diz o psicólogo Eduardo Honorato, professor da Faculdade Martha Falcão, em Manaus, e especialista em internet. Para Rosa Maria Farah, coordenadora do Núcleo de Pesquisas da Psicologia em Informática da PUC-SP, não é o caso de demonizar a internet. “Ainda estamos vivendo uma fase de aprendizagem”, diz.
7- Uma medicina feita para você
Você vai ao médico, relata seus sintomas e deixa o consultório com um pedido de exames tradicionais (colesterol, glicemia, etc.) e outro solicitando a análise do seu perfil genético. Ele deseja saber como seu organismo reagirá a determinada droga e se há algo em seu DNA que pode interferir – para melhor ou para pior – no trabalho a ser feito. Esta situação é a essência de um novo conceito de cuidado com a saúde chamado medicina personalizada. Ele consiste no oferecimento de estratégias desenhadas para o indivíduo de acordo com suas características genéticas.

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A ideia começa a ganhar a prática médica graças aos avanços da genética, que possibilitam a realização de testes a preços mais acessíveis. O tratamento do câncer é a área na qual a aplicação do conceito está mais adiantada. Foi usado pela primeira vez no tratamento de câncer de mama. Descobriu-se que a droga Herceptin só funcionava nas mulheres que apresentavam atividade no gene responsável por determinar a produção da proteína HER-2. Foi criado um teste para selecionar essas pacientes e usar a medicação somente nos casos em que ela tem efeito. “Depois, verificou-se que 5% a 10% dos pacientes com tumor de estômago também manifestam amplificação desse gene”, explicou a médica Isabela Werneck, do Hospital A. C. Camargo, em São Paulo. E eles passaram a se beneficiar do Herceptin. Hoje, há outros exemplos: há exames para saber em que pacientes serão eficazes drogas como o cetuximabe, contra o câncer colorretal, o bevacizumabe, indicado para combater o tumor de pulmão, o vemurafenibe, que combate o melanoma, e o crizotinibe, recomendado contra o câncer de pulmão.


A adoção da medicina personalizada também se intensifica na cardiologia. Existem testes para saber a resposta individual ao clopidrogel e a varfarina, usados por doentes cardíacos. E outras possibilidades estão em estudo. Um artigo publicado por Stephen Liggett, da Universidade do Sul da Flórida, descreveu como o perfil genético poderá predizer quem se beneficiará de uma droga para tratar insuficiência cardíaca, o bucindolol. “O teste nos diz quem irá responder à droga de uma forma muito favorável e quem não terá reação”, disse Liggett.

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Nos laboratórios de diagnóstico, encontram-se testes que rastreiam reações a uma gama ampla de medicamentos. Um deles, o Amplichip 450, aponta como será a metabolização de drogas como o carvedilol (anti-hipertensivo), amitriptilina e paroxetina (antidepressivos) e fenitoína e diazepan (antiepiléticos). No Richet, do Rio de Janeiro, há um teste que indica a predisposição a doenças cardiovasculares e a reação a algumas drogas, principalmente as indicadas para o controle da pressão arterial. “Com o resultado, há menos risco de indicação de remédio em dosagem incorreta”, explica Hélio Magarinos Torres Filho, diretor-médico do laboratório..
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O Laboratório SalomãoZoppi Diagnósticos, de São Paulo, em parceria com o geneticista Ciro Martinhago, oferecerá a partir deste ano o sequenciamento total do DNA humano feito aqui no Brasil. O processo reduzirá o tempo de espera para o resultado de cerca de três meses, quando a análise é feita fora do País, para um mês. Além disso, introduzirá testes para conhecer as reações de cada um a anti-inflamatórios e antialérgicos. “Este é o caminho da medicina. Hoje, as drogas que já passaram por testes que indicam com mais precisão a quem irão beneficiar têm preferência de aprovação nos Eua”, diz Martinhago, assessor científico do SalomãoZoppi.
8- O convívio com a diversidade sexual
Não passou despercebida a iniciativa da Rede Globo de mostrar, na final do reality show “The Voice”, em dezembro do ano passado, imagens da família da vencedora, Ellen Oléria, com a seguinte legenda: “Mãe e namorada de Ellen”. A opção por não esconder a identidade sexual da participante é reflexo da mudança no modo como a sociedade brasileira lida com a diversidade – um avanço que ocorre a passos rápidos. “Sou formada em direito e minha monografia, apresentada em 2009, foi sobre a união homoafetiva”, afirma Rosa Maria Gonzaga Arouche, que acaba de formalizar seu casamento com Antonieta Cavalcante de Sousa na cidade de Santos, em São Paulo. “Na hora em que assinei a certidão, três anos depois, senti toda a emoção de ver o meu trabalho se concretizar.”

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A história de Rosa e Antonieta só foi possível porque, em 2011, o Supremo Tribunal Federal estendeu os direitos da união estável aos homossexuais. Com esse precedente, uma série de jurisprudências foi aberta e benefícios como herança, acesso a plano de saúde e pensão alimentícia se tornaram realidade para essa parcela da população. “O direito acompanha a evolução da sociedade”, diz Luiz André Sousa Moresi, presidente da ONG Revida e primeiro a se casar com uma pessoa do mesmo sexo no Brasil. Segundo a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência, no entanto, esse avanço precisa ser acompanhado pelo Poder Legislativo, onde as principais propostas do movimento gay seguem estancadas, como é o caso do Projeto de Lei 122, que criminaliza a homofobia. “O Judiciário tem sido sensível ao princípio da igualdade e o Poder Executivo tem ampliado as políticas antidiscriminatórias. Mas falta o pilar do Legislativo”, afirmou a ministra Maria do Rosário à ISTOÉ. Esse vazio faz com que, apesar de todos os avanços, a violência homofóbica siga aumentando. Dados do Grupo Gay da Bahia mostram que os assassinatos de homossexuais subiram de 266 em 2011 para 308 em 2012. Segundo a Secretaria de Direitos Humanos, as denúncias registradas no Disque 100 aumentaram 197% nos últimos 12 meses. “Trata-se de um segmento muito vulnerável”, afirma Maria Berenice Dias, presidente da Comissão da Diversidade Sexual da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
9- O preço da longevidade nas famílias
O Brasil já é uma nação de idosos. “E os estudos apontam que a partir de 2030 a população com mais de 45 anos crescerá”, afirma a economista Ana Alice Camarano, especialista em longevidade do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Se por um lado a convivência entre gerações de uma mesma família é gratificante, por outro, quando o envelhecimento não ocorre de forma saudável, é motivo de apreensão. Hoje, por exemplo, 3,1 milhões de idosos brasileiros têm dificuldades de executar as atividades mais básicas da vida diária, como tomar banho, comer e ir ao banheiro sozinhos. Os impactos financeiros e emocionais para cuidar deles são grandes e desgastantes para toda a família.“Um familiar em geral abre mão da sua vida para assumir o gerenciamento da vida do idoso. As contas, a compra e a administração dos remédios, as consultas, tudo vira tarefa dessa pessoa”, afirma o geriatra Saulo Buksman, diretor da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia. O peso é tamanho que existe até uma doença já descrita com o nome de “estresse do cuidador”. “Mistura depressão, culpa e raiva. A pessoa tem um estresse muito forte, que pode induzir a doenças”, diz o médico.

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Uma das soluções que vêm ganhando força são as instituições de longa permanência para idosos. São casas nas quais os mais velhos são acompanhados por equipes de saúde multidisciplinares, participam de atividades terapêuticas e desfrutam de acomodações confortáveis. Na grande maioria delas, o idoso também pode ser deixado durante um período do dia, como numa creche. Mas o preço é mais alto do que o pedido para cuidar de crianças: gira em torno dos R$ 4 mil mensais.


Um dos problemas é que as políticas de hoje são voltadas apenas para o envelhecimento ativo. “Temos academia da terceira idade em cada esquina, centros de convivência, universidades para idosos, mas estamos deixando de lado o velho frágil e pobre”, diz a pesquisadora Ana Alice. “E não temos mais tantos cuidadores familiares. As famílias estão diminuindo e as mulheres hoje participam ativamente do mercado de trabalho. Elas não podem mais ficar em casa”, afirma. A especialista defende que seja dada uma compensação financeira ao parente que se dedique ao cuidado do idoso, já que muitos saem do mercado de trabalho para isso.

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Foi o caso da empresária Mariana Lima, 32 anos, que teve de fechar a empresa de marketing para cuidar de uma tia de 80 anos, que sofre de Alzheimer. “Ela ficava agitada em casa. Dizia que não era a casa dela e queria fugir”, conta a empresária. Mariana banca parte das despesas da tia, já que a pensão que ela recebe é insuficiente. “Somente um dos remédios custa R$ 400. E ainda pago R$ 1.808,33 de plano de saúde”, diz.
10- A imortalidade dos ídolos
Antes de morrer, o popstar ­Mi­chael Jackson estava à beira da falência. No ano passado, contudo, ele foi o cantor morto com o maior rendimento no show business: faturou US$ 145 milhões. Se essa cifra prova que as chamadas “delebs” (celebridades falecidas) continuam vivas na memória de seus fãs, uma nova tecnologia veio mostrar que elas podem ser imortais: o holograma. A família Jackson já declarou que uma cópia digital do Rei do Pop está em estudo para uma turnê este ano, numa lista que inclui Elvis Presley, Jim Morrison, Jimi Hendrix, Freddie Mercury, Kurt Cobain e até Marilyn Monroe. No Brasil, um Cazuza versão digital está sendo feito pela empresa francesa 4DMotion para um show em comemoração aos seus 55 anos, em abril. “Temos de admitir que hoje a definição de carreira não se refere apenas ao período em que o artista era vivo”, afirma Mark Roesler, um dos maiores agentes desse segmento.

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Tentativas de “ressurreição” de astros pop já vinham acontecendo há mais de uma década, mas só mostrou seu incrível resultado no início do ano passado, com a apresentação do rapper Tupac Shakur no festival Coachella, nos EUA. Seu “ersatz” foi desenvolvido por meio de um método revolucionário: uma pessoa com físico semelhante ao do cantor repete seus gestos e é gravada segundo a técnica de animação “motion capture”; na sequência, um rosto idêntico ao dele é criado digitalmente a partir de fotos e imagens de arquivo. Isso havia sido feito no cinema em filmes como “O Senhor dos Anéis” e “O Curioso Caso de Benjamin Button”. Agora chega aos shows. Para se reproduzir ao vivo, a apresentação pré-gravada do cantor é projetada em um espelho no piso do palco e refletida numa tela especial de poliéster Mylar.
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A próxima etapa é fazer a projeção em formato 3D, dispensando a tela e permitindo que o astro se movimente em todas as direções. “Esse é só o primeiro passo. Eles vão chegar lá”, diz o empresário Rafael Reisman, que trouxe ao Brasil as apresentações virtuais (só que ainda em telão) de Elvis Presley, todas com lotação esgotada. Outro fator que vai revolucionar o mercado de shows no futuro é que a cópia virtual custa menos que um popstar real: a criação do Tupac Shakur holográfico ficou entre US$ 100 mil e US$ 400 mil e pode fazer infinitos shows. Já o cachê cobrado por um popstar do nível de Paul McCartney, por exemplo, chega a US$ 4 milhões por apresentação.
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Revista IstoÉ

A arte de viver bem consigo mesmo



Algumas pessoas não parecem fazer nenhum esforço para sentir-se bem consigo mesmas. Outras, no entanto, olham no espelho e nunca ficam felizes com o que vêem.
Por que? Leia e mergulhe nos segredos da auto-estima

“Auto-estima é o conjunto de crenças e atitudes que você tem em relação a si mesmo e ao pensamento de outros com relação às suas capacidades”, avalia o professor Marcos Antonio Françóia, e continua “poderia dizer que auto-estima é ter amor próprio, é se gostar, é ser positivo em relação aos acontecimentos da vida, por piores que pareçam. 

Auto-estima é levantar ao amanhecer e lembrar que você está vivo para mais um dia e agradecer ao Ser Supremo por sua vida. É olhar-se no espelho e se achar lindo e gostosão, mesmo com uns centímetros a mais na cintura, cabelos faltando ou muitos já brancos. Ter auto-estima é ter autoconfiança, é ser feliz, ter auto-respeito, ser seguro, ser humilde, franco e transparente. É gostar do mundo.” 

Parece impossível ficar tão de bem com a vida? Não desanime. Pelo menos até ter lido toda a entrevista que o Delas fez com o professor Françóia, um especialista em neurolinguística, cujas reflexões vão, com certeza, ajudar você a gostar mais da pessoa que vê no espelho todas as manhãs. 

Auto-estima nasce com a gente ou vamos adquirindo?
Se considerarmos como nascimento o momento da nossa concepção, com pai e mãe se amando, no sentido do ato sexual, começamos a aprender a nossa auto-estima neste instante. Permita-me ficar somente nesta concepção de nascimento e início do aprendizado de auto-estima, mas se o amigo leitor quiser pode ainda incluir aprendizados passados que já trazemos conosco ao nascer. 

A nossa auto-estima é construída a cada momento de nossa vida. E começa com um ato sexual amoroso, de respeito, de aceitação e responsabilidade por uma vida que pode estar sendo gerada. Depois, pelos pensamentos positivos da mãe, pelas conversas com o bebê. É construída por um pré-natal correto e por um parto tranqüilo. Até mesmo o famoso “tapinha no bumbum” ajuda a moldar nossa auto-estima. A auto-estima é construída pela nossa educação, pelos ambientes em que vivemos e pelas pessoas com quem convivemos. 

Então, sem uma educação adequada ou um ambiente saudável uma criança vai ter problemas com a sua auto-estima?Sim, as chances são grandes. Porém, o mundo está cheio de exemplos de pessoas que superaram a tudo e viveram suas vidas de forma digna e feliz.

Nós temos o poder de decidir pela felicidade. Fatores inconscientes formam a nossa auto-estima, mas não significa que por ela estar baixa somente vivenciamos momentos ruins. Podemos acessar em nosso inconsciente nossos pontos fortes, nossos momentos de felicidade e de amor e, alicerçados nestes sentimentos superar nossos limites. Podemos reconstruir nossa auto-estima. 

Como saber se a minha auto-estima está baixa?

Convivemos diariamente com pessoas que sinalizam uma “baixa-estima”. São pessoas que não confiam em seu potencial, que não se cuidam, pessoas que reclamam demais, pessoas que querem aparecer demais. Estes sinais, embora não signifiquem necessariamente problemas de auto-estima, sugerem alguma dificuldade nesta área. Para ilustrar vamos comentar alguns destes sinais e sugerir formas de fazer estes comportamentos trabalharem a seu favor e não contra você.... 

Não se vestir bem ou adequadamente.
Vestir-se bem não é usar roupa de grife ou mesmo o top da moda, mas vestir-se com roupas adequadas ao ambiente que você freqüenta, sóbrias, limpas, passadas, com cheiro de limpa, com calçados limpos;
Não procurar ter uma aparência saudável.
A roupa também ajuda a melhorar a aparência, mas não é só isso que melhora o astral. Mulheres maquiadas e penteadas sem exageros, homens de barba feita ou bem aparada, cabelo penteado, pessoas com cheiro de banho, com olhos abertos e atentos, cabeça erguida, um lindo sorriso no rosto, isto tudo melhora a aparência, e garanto, faz você se sentir um vencedor mesmo não querendo...
Viver reclamando que não consegue aprender nada, que ninguém gosta de você, que todos o desprezam, a vida está difícil etc.
Vá a luta! Ocupe seu espaço na vida! Se você ficar olhando o trem da vida passar ficará o tempo todo no mesmo lugar. Entre nesse trem e viva a vida como passageiro. Vigie seus pensamentos, olhe a vida com os olhos do amor, seja feliz; Fazer das doenças, de coisas negativas e até mesmo da vida alheia seus assuntos prediletos. Novamente, vigie seus pensamentos, pois o seu inconsciente pode se acostumar com tantas coisas ruins e além de te deixar de baixo astral pode resolver lhe presentear com tudo aquilo que você tanto pensa.
Levante a cabeça! Vista-se de campeão; 

Não gostar ou ter medo de abraçar, de sorrir, de beijar, ou mesmo de ser abraçada ou beijada. Não gostar do dia do seu aniversário. Anuncie ao mundo que você está vivo e quer ser feliz. Este sentimento irá tomar conta de seu coração e de sua mente, lógico que sempre com uma boa dose de bom senso, mas faça, muitas pessoas vão querer estar do seu lado; 

Ser arrogante, presunçoso, se achar sempre o máximo.
Aproveitar-se do desempenho alheio para se valorizar, gostar de levar vantagem em tudo, fazer questão de se mostrar muito seguro de si e gostar de estar em evidência. Este perfil de pessoas é muitas vezes confundido. Dá a impressão falsa de que você está cheio de auto-estima, mas cuidado, muita coisa pode se esconder por traz de tantas penas de pavão, como insegurança, necessidade de reconhecimento e valorização, solidão, incompetência etc. 

Tipos como estes agradam por um tempo, mas um dia a máscara cai e aí uma recuperação pode ser difícil. Devemos praticar a humildade sempre. Reconhecer nossas imperfeições para mudar e valorizar os nossos pontos fortes e criar relacionamentos sinceros e duráveis. Quando traímos nossos valores, traímos nosso inconsciente e nossa auto-estima também; 

Não ter objetivos, viver ao “sabor dos ventos”.
Não ter opinião e ser uma “Maria vai com as outras”. Estabeleça objetivos para sua vida, de curto e de longo prazo. Organize-se para atingi-los. Escreva o que, quando e como quer os seus objetivos. Vigie seus pensamentos e construa o seu futuro. 

Não olhar nos olhos ou estar sempre de cabeça baixa ou, mesmo, não gostar de conviver socialmente, nas festinhas de amigos, restaurantes, show, turismo etc. 

Valorize-se, acredite em seu potencial, não tenha nada a esconder, tenha uma vida transparente e digna, valide-se. Em estatística, validar algo é testar e reconhecer o valor do resultado. 

Na vida, validar é reconhecer o seu potencial, e mais, o potencial das pessoas que convivem com você. Validar é ensinar, parabenizar, abraçar, beijar, sorrir, corrigir, encaminhar, dizer obrigado, por favor, levantar o polegar em sinal de positivo. Valide mais os outros, certamente os outros vão querer estar sempre perto de você e vão validá-lo. 

Cuide bem de seus relacionamentos sociais.
Poderia citar outros exemplos que caracterizam, porém não definem uma pessoa como tendo uma baixa-estima, mas ficamos com estes. Se sua auto-estima vai mal, a culpa é sempre dos outros?A todo o momento em nossas vidas estamos sujeitos a receber através de olhares, de comentários, de avaliação escrita ou de acontecimentos uma carga de críticas que podem derrubar a nossa auto-estima. Mas nós temos o poder de decidir se estas coisas vão ou não nos afetar. 

Nossa auto-estima vai mal por nossa culpa, porque nós permitimos que outros pilotem o avião de nossas vidas. Se o avião bater em algum prédio, fomos nós que permitimos. Qual é o papel dos outros no desenvolvimento ou não de nossa auto-estima?Nossa auto-estima pode ser moldada pela nossa educação e pelo ambiente em que vivemos, mas isto apenas enquanto não aprendemos a tomar decisões ou enquanto dependemos de outros para tocar nossa vida. 

A partir do momento em que você tem consciência para decidir sobre o que quer e o que não quer para sua vida, você não permite que os outros afetem sua auto-estima. Não é fácil, mas é uma questão de decisão, de querer ou não estar bem. 

Agora, os “outros”, ou melhor nós, temos um papel fundamental para elevar a estima dos outros. Fazemos isto dando atenção, aconselhando às vezes, pegando na mão, sorrindo, mas o fundamental e é ouvir muito. Fazendo isso estaremos elevando a nossa estima. O que mandamos para a vida ela nos devolve potencializado. 

Ouvi certa vez, de um amigo, que quando partirmos desta vida seremos muito cobrados pelo bem que deixamos de fazer pelos outros, mais até do que por aquilo que realizamos de bom. Muito do que escrevo ou falo não são palavras minhas, mas ensinamentos que recebi de outros através de diálogo, livros, estudos e observações. Acredito que tenho o dever de compartilhar e isto me faz bem. 

Que outras formas existem de lidar com nossa auto-estima que não dependam tanto da aprovação ou não de terceiros?
Penso que mesmo trancando-se em casa para não ver mais a cara de ninguém ou mesmo quando partimos desta vida nunca deixamos de ser alvos de críticas e comentários destrutivos, negativos e muitas vezes injustos. A avaliação de terceiros deve ser encarada como crescimento, mesmo a avaliação negativa. 

Certa vez, ouvi a seguinte frase de uma pessoa que considero muito: “Bendito sejam os vencedores que se vangloriam de suas qualidades e apontam nossos defeitos, pois mostram os nossos erros e o caminho para o sucesso.” Ouvi esta colocação de Tadashi Kadamoto. Não sei se é de sua autoria e nem se são exatamente estas as palavras, mas elas marcaram um momento em minha vida. Acredito que encarando a crítica desta forma enfrentaremos os momentos difíceis com sabedoria e dignidade. Com certeza ainda vai doer, mas com menor intensidade e por um tempo menor. 

Existem formas ou técnicas ou truques para desenvolver a auto-estima?
Nas respostas anteriores já existem algumas dicas para melhorar a auto-estima, mas poderia resumir assim: 

Ame-se incondicionalmente. Admire-se muito, acostume-se com sua imagem. Procure um bom fotógrafo e faça um retrato com uma roupa de “casamento”. Seja modelo por algumas horas. Admire seus traços, seus olhos, seu jeito. 

Filme-se com uma câmera caseira. Converse, cante, ria e fale com você mesmo e depois assista ao filme muitas vezes, até se acostumar com sua voz e imagem. Repare que em seu jeito tem muita coisa para ser admirada e talvez você seja muito parecido com pessoas de quem que você gosta, então você também é especial; 

Leia muito, leitura saudável, livros de auto-ajuda; 

Olhe para os lados e perceba que há pessoas em pior situação que você. Visite orfanatos, hospitais, lares de idosos. Distribua carinho e sentirá uma energia fantástica tomando conta de você; 

Desperte seu lado intelectual. Estude, faça cursos, participe de palestras, leia livros técnicos. Agregue valor a sua empresa chamada Você S/A. Você será notado, requisitado; 

Tenha uma crença espiritual. Confie em seu Ser Supremo, seu Deus, o Ser de Luz, dentro de sua crença. Ele sabe responder as suas dúvidas; 

Exponha-se mais, arrisque-se, mostre-se ao mundo. Viva em sociedade. Crie relacionamentos sinceros e duráveis. Escreva cartas, telefone, talvez até valha a pena arrumar um profissional especializado para te ouvir e te guiar. 

Agora, cuidado! Coloque um filtro para: 
Convivência com pessoas negativas, pessimistas, pessoas egoístas e interesseiras; Locais que não condizem com suas crenças e valores; Vícios diversos; Sede de poder, de possuir exageradamente coisas materiais; Despreocupação com sua saúde. Filtre e extraia o que é positivo.

Falamos sobre gente que aparenta uma boa auto-estima, mas que funciona como uma máscara que esconde problemas. Como podemos identificar se não estamos enganando a nós mesmos? Também tenho meus momentos de baixa-estima, porém levanto a cabeça e vou à luta. O importante é aceitar que todos estamos sujeitos a momentos de depressão, mas devem ser apenas momentos. Não podemos confundir amar a si mesmo com egoísmo. 

A pessoa que se ama tem um despertar de consciência. Ela procura crescimento, estudo, evolução espiritual e intelectual e isso a leva a se entregar, a se desprender de interesses individuais. A pessoa que realmente se ama gosta de ver os outros felizes.
Porém, pessoas que se amam egoisticamente são infelizes, buscam a posse, o domínio, gostam por interesse, para atender as suas necessidades. Amam somente por prazer e quando ele acaba também acaba o “amor”. 

Ame-se! Seja feliz! Arrume um amante! Um texto que recebi recentemente de uma amiga dizia que temos que ter um amante para sermos felizes, seja um amante-trabalho, um amante-estudo, um amante-filhos-para-cuidar, livros para ler, internet para bate-papo, um amante-esporte para praticar, quadros para pintar, ou mesmo um amante-parceiro que te respeite e que pode ser até o que você já tem, mas todos devemos nos ocupar com nossos amantes e ser felizes
Marcos Antonio Françóia