quinta-feira 24 2014
Israel rebate críticas e fala em ‘irrelevância’ diplomática do Brasil
Diplomacia
Em nota, Itamaraty havia condenado ‘uso desproporcional da força por Israel em Gaza’ e anunciado a convocação do embaixador brasileiro em Tel Aviv
Soldados israelenses usam blindados próxima à fronteira da Faixa de Gaza - Ronen Zvulun/Reuters
A chancelaria de Israel rebateu nesta quinta-feira a nota emitida pelo Itamaraty condenando os bombardeios sobre Gaza. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Yigal Palmor, usou palavras duras ao classificar a nota como “uma infeliz demonstração de por que o Brasil, um gigante econômico e cultural, continua sendo um anão diplomático”. “O relativismo moral por trás deste movimento torna o Brasil um parceiro diplomático irrelevante, que cria problemas em vez de contribuir para soluções”, acrescentou, em declarações reproduzidas pelo jornal TheJerusalem Post.
Um comunicado divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores de Israel afirma que o país “expressa seu desapontamento com a decisão do governo do Brasil de chamar seu embaixador para consultas”. “Esta decisão não reflete o nível de relações entre os países e ignora o direito de Israel de se defender. Ações deste tipo não contribuem para promover a calma e a estabilidade na região. Ao contrário, impulsionam o terrorismo e naturalmente afetam a capacidade do Brasil de exercer influência”, diz o texto divulgado no site da chancelaria. “Israel espera apoio de seus aliados na luta contra o Hamas, que é reconhecido como uma organização terrorista por muitos países ao redor do mundo”.
O ministro das Relações Exteriores Luiz Alberto Figueiredo respondeu dizendo que “se há algum anão diplomático, o Brasil não é um deles, seguramente”. “Países têm o direto de discordar. E nós estamos usando o nosso direito de sinalizar para Israel que achamos inaceitável a morte de mulheres e crianças, mas não contestamos o direito de Israel de se defender. Jamais contestamos isso. O que contestamos é a desproporcionalidade das coisas”, acrescentou, segundo a Agência Brasil.
O texto divulgado pelo governo brasileiro nesta quarta considerava “inaceitável” a escalada de violência entre Israel e Palestina e condenava “energicamente o uso desproporcional da força por Israel na Faixa de Gaza”. Sem citar os foguetes disparados pelo grupo fundamentalista palestino Hamas contra o território israelense, a nota pedia de forma genérica um “cessar-fogo entre as partes”. A declaração informava ainda sobre a convocação do embaixador brasileiro em Tel Aviv “para consultas”, o que, na linguagem diplomática, é uma forma de protesto. A nota subia o tom em relação ao texto divulgado na semana anterior, que condenava tanto os bombardeios israelenses como “o lançamento de foguetes e morteiros de Gaza contra Israel”.
O Brasil foi um dos 29 países que votaram a favor de uma resolução do Conselho de Direitos Humanos da ONU para abertura de uma investigação sobre a operação israelense em Gaza. Houve ainda dezessete abstenções e um voto contra, dos Estados Unidos. Israel considerou a resolução “precipitada” e disse que foi aprovada por uma “corte canguru”, termo que designa um tribunal ou assembleia injusta, tendenciosa.
Sobre a resolução da ONU, o chanceler brasileiro salientou que “a América Latina inteira” foi a favor da investigação. “Nós estamos junto da nossa região e apoiamos, neste caso, uma investigação internacional independente para determinar o que aconteceu, o que está acontecendo”.
O gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu também rechaçou a decisão da comissão da ONU, dizendo que ela deveria ser rejeitada. “Em vez de investigar o Hamas, que está cometendo um duplo crime de guerra ao disparar foguetes contra civis israelenses ao mesmo tempo em que se esconde atrás de civis palestinos, o conselho pede uma investigação de Israel, que tem se esforçado como nunca antes para manter os civis palestinos fora do caminho dos ataques, inclusive com telefonemas, envio de mensagens de texto e distribuição de folhetos”.
O porta-voz fala em nome do ministro Avigdor Lieberman, líder do partido ultranacionalista Yisrael Beiteinu (Israel É o Nosso Lar). Deputado desde 1999 e ministro em pelo menos quatro ocasiões desde 2002, o linha-dura Lieberman assumiu pela primeira vez a chancelaria de 2009 ao final de 2012 e retornou ao cargo em novembro de 2013, depois de se livrar de acusações de quebra de confiança e fraude.
Julho de 2014: um mês triste para a literatura brasileira
Veja.Com
O mês de julho de 2014 ficará marcado como um dos mais tristes para a literatura nacional. Em apenas 20 dias, quatro escritores, sendo três deles integrantes da Academia Brasileira de Letras, morreram, deixando leitores abalados nos quatro cantos do país — e também no exterior.
O primeiro a partir foi o poeta, crítico literário e ensaísta carioca Ivan Junqueira, aos 79 anos, no dia 3 de julho, de falência múltipla dos órgãos. Junqueira era o titular da cadeira nº 37 da Academia Brasileira de Letras, antes ocupada por João Cabral de Melo Neto. Sua poesia o fez cruzar a fronteira brasileira, sendo traduzido para o inglês, alemão, espanhol, francês, italiano, dinamarquês, russo e chinês. Para a sorte dos fãs, Junqueira deixou dois livros no prelo pela editora Rocco: a coletânea de ensaios Reflexos do Sol Posto, prevista para agosto, e o de poesiaEssa Música, programado para outubro.
No dia 18 de julho, outra baixa na ABL: morre o escritor, acadêmico e jornalista João Ubaldo Ribeiro, ao 73 anos, em sua casa, no Rio de Janeiro. Ubaldo era o 7º ocupante da cadeira número 34 da ABL. Detentor de um Prêmio Camões e de dois prêmios Jabuti, por Sargento Getúlio e Viva o Povo Brasileiro, o escritor é um dos mais traduzidos da literatura nacional. Fora do Brasil, o escritor também foi laureado em países como Alemanha e Suíça. Além dos livros, Ubaldo deixou uma extensa obra de crônicas cotidianas e políticas.
No dia seguinte, 19 de julho, o Brasil ficou ainda mais triste com a partida do escritor, pedagogo e psicanalista mineiro Rubem Alves, aos 80 anos. Conhecido principalmente como cronista e autor de livros infantis, Alves escreveu mais de 120 títulos sobre pedagogia, teologia e psicanálise, suas áreas de formação. O escritor mineiro não era membro da ABL.
E apenas alguns dias após o fim do luto da Academia Brasileira de Letras pela morte de João Ubaldo, morre Ariano Suassuna, outro integrante da instituição. O escritor paraibano era um ferrenho defensor da cultura brasileira. Autor de peças, romances, contos e poemas, Suassuna é o criador de Auto da Compadecida (1955), seu texto mais conhecido, adaptado para o cinema e televisão.
Vagas na ABL – Com a morte de Junqueira, Ubaldo e Suassuna, três cadeiras estão vagas na Academia. O escritor Ferreira Gullar já oficializou seu interesse pela vaga deixada por Junqueira. Já a de Ubaldo deve ser concorrida entre Zuenir Ventura e Evaldo Cabral de Mello.
Todo brasileiro precisa ver este vídeo: Lula diz que Mensalão não existiu
Publicado em 28/04/2014
'Lula dá entrevista indecorosa sobre mensalão em Portugal' 27/04/2014 Na TV portuguesa, ex-presidente desqualifica o trabalho do Judiciário brasileiro e dá a entender que não conhece os petistas Genoino e Dirceu ao afirmar que presos do mensalão 'não são gente de sua confiança'.
Pela 3ª vez, Justiça Eleitoral proíbe propaganda da Petrobras na TV
Eleições 2014
Lei Eleitoral veta publicidade institucional três meses antes do pleito
Edifício sede da Petrobrás no Rio de Janeiro (Fábio Motta/AE)
Pela terceira vez, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) concedeu liminar para suspender a veiculação de publicidade institucional da Petrobras. O pedido foi apresentado pela coligação do candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, na última sexta-feira. Um dia antes, segundo os tucanos, a estatal petrolífera havia veiculado uma propaganda no intervalo de um telejornal.
Os tucanos alegaram ao tribunal que, independentemente do conteúdo da peça, a Lei Eleitoral proíbe a publicidade institucional nos três meses que antecedem as eleições. Um narrador da propaganda da estatal diz: "A Petrobras conhece o brasileiro como ninguém. Por isso, só a gente poderia fazer uma gasolina sob medida para o seu carro e para você. Vem aí a gasolina com nome e sobrenome".
Em sua decisão, o ministro Tarcisio Vieira de Carvalho Neto, relator do processo, afirmou que a peça publicitária não era dirigida ao consumidor final, embora a campanha fizesse referência ao refino de gasolina com menor teor de enxofre. "Ou seja, trata-se de autopromoção da empresa e não de publicidade visando concorrência de produto no mercado, porquanto sequer é nominado", afirmou.
"Diante do quadro supra (citado), a cautela recomenda a paralisação da peça publicitária, sem prejuízo de reexame da matéria", afirmou.
(Com Estadão Conteúdo)
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O trabalho ininterrupto gera diversas consequências físicas e psicológicas ao empregado. A exigência constante por produtividade faz com ...