sábado 27 2018

5 receitas de chás que vão te ajudar a relaxar e a dormir melhor


O hábito de consumir a bebida antes de ir para a cama pode ser um aliado na luta contra a insônia

Ter uma boa noite de sono é essencial para manter a energia durante o dia, além de ser benéfico para a saúde física e mental, melhorando a qualidade de vida.
Mas deitar na cama e dormir não é uma tarefa assim tão fácil. São muitos pensamentos, às vezes problemas, lembranças, que levam à insônia e, consequentemente, a períodos de sono curtos.
Alguns hábitos podem ajudar nesse momento, como, por exemplo, os chás, que funcionam como remédios naturais quando ingeridos à noite. Veja cinco receitas e faça o teste!

1. Chá de camomila


FOTO: ISTOCK
É um dos chás mais comuns para tratar a insônia. Tem propriedades calmantes que reduzem a ansiedade e o estresse depois de um dia difícil, além de propriedades anti-inflamatórias e digestivas que atuam contra a indigestão.

Ingredientes

  • 1 xícara de água (250 ml)
  • 1/2 colher de sopa de flores secas de camomila (5 g)
  • 1 colher de sopa de mel (25 g)

Como fazer

Aqueça a água, e assim que ferver, adicione a camomila. Deixe-a na água por 10 minutos e depois adoce com uma colher de mel. Tome cerca de 30 a 40 minutos antes de ir para a cama.

2. Chá de maracujá


FOTO: ISTOCK
O maracujá, também conhecido como flor da paixão (passiflora), tem propriedades que ajudam a acalmar, controlar o estresse e outros desequilíbrios emocionais que podem estar relacionados com distúrbios do sono, além de reduzir a tensão física e mental.

Ingredientes

  • 1/2 colher de sopa de flores de maracujá secas (5 g)
  • 1 xícara de água (250 ml)
  • 1 colher de sopa de mel (25 g)

Como fazer

Adicione as folhas em uma xícara de água fervente, cubra e deixe por 10 minutos. Depois coe e adoce com uma colher de mel. Beba uma xícara antes de ir para a cama.

3. Chá de folhas de limão


FOTO: ISTOCK
O chá de folhas de limão tem sido usado como tratamento para a insônia por ter propriedades ansiolíticas e sedativas, que ajudam a controlar o sistema nervoso e a pegar no sono.

Ingredientes

  • 1/2 colher de sopa de folhas de de limão (5 g)
  • 1 xícara de água (250 ml)

Como fazer

Ferva um copo de água, adicione as folhas, deixe ficar à temperatura ambiente e beba cerca de 20 a 30 minutos antes de ir para a cama.

4. Chá de lavanda/alfazema


FOTO: ISTOCK
As flores de lavanda são muito usadas na aromaterapia como forma natural de acalmar a ansiedade. Tanto a planta como seus óleos essenciais têm um efeito positivo no sistema nervoso, permitindo que aqueles que normalmente não dormem bem tenham uma boa noite de sono.

Ingredientes

  • 1/2 colher de sopa de flores de lavanda (5 g)
  • 1 xícara de água (250 ml)

Como fazer

Adicione as flores de lavanda ao copo de água fervente, cubra por 5 minutos. Beba antes de ir para a cama e, se desejar, inspire seu vapor para desfrutar das propriedades aromáticas.

5. Chá de valeriana


FOTO: ISTOCK
Valeriana é uma planta que contém compostos sedativos, ansiolíticos e anti-inflamatórios, que ajudam a relaxar. Por isso, é uma das mais populares para tratar problemas de sono, especialmente os relacionados ao sistema nervoso.

Ingredientes

  • 1/2 colher de sopa de valeriana (5 g)
  • 1 xícara de água (250 ml)

Como fazer

Aqueça um copo de água e, quando ferver, adicione 1/2 colher de sopa de valeriana. Deixe em temperatura ambiente por 5 a 10 minutos. Tome um pouco antes de ir dormir, pois ele provoca sonolência rapidamente.
Além de beber esses chás, outros hábitos também são importantes para uma noite de sono reparadora, como se deitar sempre no mesmo horário e evitar o uso de dispositivos eletrônicos pelo menos uma hora antes de ir para a cama.

7 alimentos que ajudam a controlar a ansiedade


Chocolate não resolve nada e ainda pode piorar a situação! Saiba o que você pode comer no lugar dele para aliviar uma crise



De repente, você se flagra com aquela sensação de que algo ruim pode acontecer a qualquer momento, mas você não sabe exatamente o que, quando e por quê. Você sente sua respiração mais curta e seu peito apertado, você tem tonturas e pode até sentir náuseas. Pouco tempo depois, você se dá conta do que está acontecendo: uma crise de ansiedade.
Seja porque você está com um problema pessoal ou uma dificuldade no trabalho, a ansiedade não pede licença para atacar – inclusive, ela pode fazer isso sem nenhum motivo aparente. E quem sofre de ansiedade sabe: nessas horas, é comum devorar tudo o que vemos pela frente, principalmente chocolates, frituras e salgadinhos de pacote.
Contudo, esses alimentos não ajudam a combater o nervosismo. Pelo contrário: o açúcar, as gorduras saturadas e os aditivos químicos como os aromatizantes, corantes e conservantes podem até mesmo piorar o quadro.
Por isso, quando bater aquela fome praticamente incontrolável de uma crise de ansiedade, é melhor recorrer a alimentos que ajudam a acalmar os sintomas, como estes 7 listados a seguir:

1. Vegetais de folhas verdes


Além de todas as vitaminas, minerais e fibras que os vegetais de folhas verdes nos oferecem, eles também são alimentos poderosos para combater a ansiedade. A dica é escolher aqueles de folhas verde-escuras, como a couve-manteiga, a rúcula e o agrião, pois eles contêm mais nutrientes benéficos para o nosso sistema nervoso.
A maneira mais comum de consumir esses vegetais é fazer uma bela salada com vários tipos de folhas, mas você também pode escolher um deles para bater no liquidificador com algumas frutas e fazer um delicioso smoothie.

2. Aveia


A aveia é um cereal rico em nutrientes como fibras, vitaminas, minerais e proteínas. Ela é capaz de aliviar a ansiedade e a irritabilidade, além de aumentar os níveis de energia, nos deixando mais dispostas para enfrentar uma situação estressante. Esse cereal pode ser consumido na forma de mingau ou adicionado a frutas, iogurtes e shakes.

3. Levedura de cerveja


Também conhecido como levedo de cerveja, esse suplemento contém grandes quantidades de vitaminas do complexo B e minerais como cálcio, enxofre, fósforo, magnésio e zinco, que contribuem para o bom funcionamento do sistema nervoso.
A levedura de cerveja pode ser consumida misturada a sucos, iogurtes e outros alimentos, em uma dose recomendada de 1 colher de sopa (10 gramas) ao dia.

4. Manjericão


Esse delicioso tempero superaromático é um supressor natural do sistema nervoso, capaz de acalmar principalmente os sintomas da ansiedade que acometem o estômago, como as dores e a indigestão.
O manjericão pode ser consumido in natura, em molhos ou mesmo adicionado a smoothies ou ao suco verde. Além disso, o óleo essencial feito com essa erva pode ser utilizado para aromatizar o ambiente, dando uma sensação de relaxamento.

5. Nozes


As nozes têm propriedades naturais para combater sintomas da depressão e da ansiedade. Isso acontece porque elas contêm vitaminas do complexo B, que reforçam o sistema nervoso, e também porque elas oferecem ácidos graxos que estimulam a produção de serotonina, um neurotransmissor ligado à sensação de bem-estar.

6. Banana


A banana é uma fruta rica em carboidratos que fornecem energia, além de oferecer potássio e vitaminas do complexo B, que são elementos benéficos para o sistema nervoso.
Essas frutas são “portáteis” e você pode levá-las para qualquer lugar. Porém, se preferir, você também pode aproveitá-las para consumi-las na forma de smoothies ou até mesmo assadas.

7. Abacate



O abacate é uma fruta riquíssima em vitaminas, minerais e proteínas, o que ajuda nosso organismo a combater qualquer deficiência de nutrientes, permitindo um funcionamento melhor de todos os nossos sistemas, inclusive do sistema nervoso.
Além disso, contém uma grande quantidade gorduras boas, que ajudam a proteger o coração, e também em ômega-3, um ácido graxo que melhora nossas funções cerebrais.
Por fim, o abacate é uma fruta com alto teor de fibras, ou seja, ela confere sensação de saciedade, fazendo com que você sinta menos fome – e ajudando você a ficar longe do chocolate e de outros lanchinhos calóricos e pouco saudáveis mesmo durante as crises de ansiedade.
Como você pôde ver, não faltam opções de alimentos para nos ajudar a acalmar as tensões sem prejudicar nossa saúde. Porém, em vez de deixá-los apenas para as situações de nervosismo, o melhor a fazer é consumi-los regularmente dentro de uma dieta equilibrada.

15 Adegas Subterrâneas Inacreditáveis




Se você é apaixonado por vinhos e mora em grandes espaços, que tal investir numa bela adega? Acredite, algumas colocam muitos closets de roupas no chinelo! Outras são verdadeiros bistrôs particulares. E, obviamente, todas elas povoam o imaginário dos enófilos de plantão.
PARAÍSOS SUBTERRÂNEOS
Muitas vezes esse tipo de adega é subterrânea e moldada sob medida para sótãos e garagens. Porém, nada impede que você planeje a sua naquele cômodo improdutivo da casa, que só serve para acumular bagunça.
Infelizmente não tenho espaço disponível para isso, apesar de amar de paixão o meu apezinho aconchegante. Mas nem por isso eu deixo de admirar as adegas maravilhosas com as quais me deparo por aí. Sendo assim, hoje trouxe para vocês 15 viníferas belezinhas:
clasico-bodegaEspaço criado por Ajform Architecture & Interior Design


mediterraneo-bodega
Espaço Criado Por KW Designs 
contemporaneo-bodega
Espaço Criado por Saphire Spaces
clasico-bodega-1
Espaço Criado Por Hill Custom Homes




mediterraneo-bodega-1
Espaço Criado Por Smyth and Smyth
mediterraneo-bodega-4
Espaço Criado Por Eric E Flanders, AIA – Doyle Coffin Architecture
clasico-bodega-5
Espaço Criado Por Abruzzo Kitchen & Bath
clasico-bodega-6
Espaço Criado Por Charles Hilton Architects
mediterraneo-bodega-5
Espaço Criado Por Stockmann Carpentry & Design Corp





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Espaço Criado Por LBGB/LA BELLE GUEULE DE BOIS
mediterraneo-bodega-3
Espaço Criado Por Sesshu Design Associates, Ltd
contemporaneo-bodega-3
Espaço Criado Por Zorzi
industrial-bodega
Espaço Criado Por Michael Wyatt Architect Ltd
clasico-bodega-7
Espaço Criado Por Deborah Leamann 

Um sonho...  

Por que turistas brasileiros que adoram caminhar em Nova York, Paris ou Londres não vão a pé nem até a padaria da esquina, quando estão em São Paulo?




Oxford Street, Londres. Foto: M.Calliari
Hoje foi publicada na Folha uma interessante entrevista com Washington Olivetto, um dos maiores publicitários brasileiros. Ele está morando em Londres e conta que está adorando andar a pé e de metrô pela cidade: “Não tenho nenhuma vontade de comprar carro aqui. E olha que gosto de carros velozes. Tenho andado muito de metrô, ônibus e a pé. Volto da agência todos os dias a pé, uma hora de caminhada”.Parte superior do formulário

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Nessa época de férias, é comum encontrarmos pessoas que dizem ter adorado andar em cidades fora do Brasil, apesar de nunca fazerem isso por aqui. Seja em Nova York, Paris, Londres ou Buenos Aires, os brasileiros que viajam se encantam com o prazer de andar a pé: as calçadas lisas, a limpeza, a segurança, as pessoas, as lojas e as surpresas que as grandes cidades escondem.
Os relatos das viagens no Facebook, no Instagram são eloquentes: “andamos trinta quarteirões a 10 graus negativos em Nova York” ou “delícia passear por essa cidade tão limpinha e parar num café na calçada”.

Sinalização de rua em Londres. Foto: M.Calliari
Essa é uma questão intrigante: as pessoas adoram andar a pé. Mas não em São Paulo.
O fato é que nós já vivemos numa cidade onde a maior parte das pessoas faz suas coisas a pé e não nos damos conta disso. Sim, o percentual de pessoas que andam a pé em  São Paulo é maior do que em Londres, ou Nova York ou Paris.
Em São Paulo, não custa lembrar, mais de um terço dos deslocamentos diários são feitos a pé – são crianças que andam até a escola, adultos que fazem compras, gente que vai trabalhar a pé. Outro terço dos deslocamentos envolve algum tipo de caminhada, até o ponto de ônibus ou o trem, por exemplo. No mínimo dois terços de todos os deslocamentos cotidianos da cidade são feitos a pé, muito mais do que nessas outras cidades.
Ou seja, nós já moramos numa cidade em que as pessoas andam a pé. Somos milhões de pedestres e não valorizamos isso.
Comparadas a outras grandes cidades globais, São Paulo não é, de fato, uma cidade fácil: as ruas muitas vezes não são nada atraentes, as calçadas têm buracos, e as travessias são perigosas, mas, principalmente nas áreas centrais (de onde saem grande parte de nossos turistas que viajam para fora), é possível encontrar lugares agradáveis, em que o deslocamento entre o ponto A e B pode ser feito com prazer.
Há ruas com árvores que dão boa sombra, há ruas seguras, há lojinhas simpáticas em qualquer lugar e há sempre alguma coisa acontecendo que pode nos interessar. Há, mais que tudo, milhões de pessoas andando para cá e para lá.
Mas há uma assimetria: o tempo médio de deslocamento a pé é de 15 minutos para quem ganha mais de 15 salários mínimos e 32 minutos para os que ganhame um e dois salários, como mostra estudo da estatística Glaucia Guimarães Pereira, feito para esse blog, a partir da pesquisa OD.
O que isso quer dizer? Que os mais ricos andam a metade do que os mais pobres.
Parece normal e até razoável. Mas talvez não seja. Afinal, as pessoas mais ricas tendem a morar em áreas mais centrais, mais bem servidas por metrô, mais confortáveis de andar a pé, muitas vezes razoavelmente perto de seus empregos. Afinal, em uma hora de caminhada, conseguimos fazer uns quatro quilômetros sem muito esforço.
Então, por que os mais ricos não andam mais que as mais pobres e não menos?
Acho que a primeira razão é o preconceito contra o transporte público. Muitas pessoas dizem que o transporte é ruim e às vezes é mesmo, mas uma pesquisa do Nossa São Paulo mostrou que a avaliação sobre os ônibus piora entre os que nunca andaram de ônibus.  Você já deve ter ouvido isso: “quando o transporte melhorar, eu ando de ônibus”, mas o que muita gente está dizendo é: “eu não vou andar de ônibus nunca, e não vou nem testar”.
O prefeito de Bogotá, Enrique Peñalosa, famoso por promover uma pequena revolução nos hábitos de deslocamento de sua cidade, disse uma vez uma frase: “a boa cidade não é aquela onde todos têm um carro, mas aquela onde quem tem um carro prefere andar de ônibus”.
Ora, em São Paulo, já existem ônibus com ar condicionado e que fazem pouco barulho interno (aqueles bi-articulados que andam nos corredores) e grande parte dos vagões do metrô já tem ar condicionado e são confortáveis fora do horário de pico. Ainda é pouco e tudo isso precisa ser estendido à frota toda e às estações, que ainda são muito desconfortáveis.
A questão é que quem não usa, não reclama, e sem reclamação e participação, a maior licitação de ônibus no mundo, que está em curso em São Paulo, corre o risco de dar pouco peso à satisfação dos usuários, apesar disso constar do texto legal. Quem está acostumado a serviços de primeiro mundo poderia e deveria dar palpites no nosso transporte para ajudá-lo a mirar na qualidade de primeiro mundo.
Outra razão para andarmos menos: “no Brasil, falta segurança”. Sim, é verdade, falta mesmo. Mas andar de carro talvez não seja muito mais seguro do que andar a pé ou de transporte público e a segurança aumenta quando há mais pessoas nas ruas.
A questão, portanto, parece ser cultural. Quem tem dinheiro, vai de carro.
Andar a pé sempre foi visto como algo relegado a quem não conseguia comprar seu carro, daí até o sentido da palavra “pedestre” – rasteiro, desimportante. Nós nos acostumamos a ver pessoas chegando de carro num restaurante e sendo recebidas por um valet na porta, como se fosse um insulto ter que andar alguns quarteirões para parar o carro em algum lugar, ou, pior ainda, chegar a pé.
Mas isso está mudando, no mundo todo. Gente com muito dinheiro escolhe ir a pé ou de bicicleta. Em Wall Street, em NY, ou na City, de Londres, pessoas que ganham milhões (de dólares ou libras) por ano saem para almoçar a pé e no caminho de volta, passam numa farmácia, sentam num banco, pegam um sanduíche e aproveitam a cidade.
No Brasil, há alguns segmentos que parecem mais refratários à mudança.
Um deles é o dos políticos e pessoas com funções públicas – os juízes, os prefeitos, os vereadores, os secretários, os funcionários graduados da administração municipal e estadual, que ainda têm no carro com motorista um sinal de seu status. Ou seja, quem faz as leis, quem administra as calçadas, quem fiscaliza o cumprimento da boa educação no trânsito de um modo geral não se coloca na posição de quem anda. E isso faz com que a cidade fique de fora dessa visão mundial. Há exceções, claro.  Em São Paulo, o vereador Police Neto, por exemplo, abriu mão do carro oficial e faz seus deslocamentos em bicicleta ou transporte público. O secretário de Mobilidade da Prefeitura, Sergio Avelleda, também se desloca prioritariamente em bicicleta. São exceções bem-vindas, que deveriam em tese aumentar a empatia em relação a quem está na fila de um ponto de ônibus lotado ou quem tenta atravessar a rua numa faixa de pedestre.
Outro segmento é o dos que usam o carro como uma maneira de fugir da cidade,  do barulho, do calor e das pessoas. Hoje de manhã eu vi um carro de luxo, talvez fosse um Porsche, ou algo assim, passando a pelo menos 100km/hora numa rua de um bairro residencial. Sentado num banco confortável, ouvindo música alta, com o ar condicionado regulado para 21 graus, o sujeito atrás dos vidros escuros provavelmente viu a rua vazia e acelerou, sem ligar para as pessoas nas calçadas, passeando num domingo de manhã, com cachorros na coleira e um pai com duas crianças que se assustaram com o barulho do motor.
Mas, há mudanças acontecendo, há pessoas envolvidas com a melhoria da cidade e dos espaços públicos. Há empresários que investem recursos pessoais para plantar árvores em praças. Há comerciantes que cuidam das calçadas. Há uma nova geração de arquitetos e urbanistas e gestores públicos que se preocupam com a qualidade de vida na cidade, com a possibilidade de andar a pé e aproveitar a rua.


Compartilhamento de bicicletas em Londres. Foto: M.Calliari
Em algum momento na sua longa história, Londres já teve lama nas ruas, e os pedestres morriam de medo dos carros, o cheiro do Tâmisa era insuportável e a poluição matou mais de 4 mil pessoas no grande smog de 1952. Ou seja, tudo mudou por lá, graças à vontade muitos, desde os que andam nas ruas por falta de opção, mas principalmente graças à vontade dos que acreditam que andar de metrô e ônibus e a pé é o único jeito de uma cidade funcionar – quando todos podem se locomover juntos.
Torço para que o Washington Olivetto também ande muito em São Paulo e tenha uma boa experiência em nossas ruas. Torço também para que o prefeito João Doria caminhe por São Paulo. Só quem adota o ponto de vista do pedestre vai conseguir liderar a transição para uma cidade caminhável, com bom transporte público, alinhada com o que está acontecendo fora daqui.
Quem sabe não haverá um dia em que políticos, juízes, secretários, empresários, advogados, costureiras, engenheiros da CET, pedreiros, profissionais liberais, professores, estudantes, publicitários, empregadas domésticas, vendedores e porteiros se encontrem na mesma calçada, no mesmo vagão do metrô?
E que todos possam chegar com segurança e algum prazer aos seus destinos, exatamente como se estivessem em Nova York, Londres ou Paris?