sexta-feira 14 2014

O Lula dá um verdadeiro show de incoerência através do tempo. E muito pouco tempo. Basta assistir estes menos de 3 minutos para comprovar.

Parar de fumar faz bem para a saúde mental

Cigarro

Revisão concluiu que abandonar o cigarro pode ter os mesmos efeitos de antidepressivos na redução de stress e ansiedade

Cigarro: Pessoas que param de fumar ficam menos estressadas e ansiosas, diz pesquisa
Cigarro: Pessoas que param de fumar ficam menos estressadas e ansiosas, diz pesquisa (Thinkstock)
Deixar de fumar é benéfico à saúde por uma série de motivos – entre eles, a redução do risco de doenças como o câncer e a melhora das funções cardíaca e respiratória. Agora, um novo estudo mostra que abandonar o cigarro também contribui para o bem-estar mental e têm um efeito semelhante ao dos antidepressivos utilizados para tratar ansiedade ou transtornos de humor.
A pesquisa, publicada nesta sexta-feira na revista British Medical Journal (BMJ), é uma revisão de outros 26 estudos sobre o tema. O trabalho foi feito por especialistas das universidades de Birmingham e de Nottingham, na Grã-Bretanha.
Os fumantes que participaram dos estudos revisados tinham, em média, 44 anos e fumavam de dez a quarenta cigarros por dia. Eles foram entrevistados antes de se comprometerem a tentar abandonar o cigarro e, entre seis semanas e seis meses depois, informavam se haviam conseguido.
Os pesquisadores observaram que aqueles que deixaram de fumar passaram a apresentar menos sentimentos relacionados à depressão e ansiedade, além de ter uma visão mais positiva da vida em comparação com quem não abandonou o cigarro. Segundo os pesquisadores, esse benefício ocorreu tanto em pessoas mentalmente saudáveis como entre participantes que tinham algum de transtorno psiquiátrico.
Gemma Taylor, pesquisadora da Universidade de Birmingham que coordenou o estudo, espera que esses resultados mostrem que são falsas ideias como as de que o cigarro tem qualidades antiestressantes ou relaxantes.

The Thanksgiving Story "The Waltons"





John and Olivia Walton





Inesquecível!

Morre Ralph Waite, ator de ‘A Família Walton’

Veja.Com

Eu Amava Esta Família!
Ralph Waite em 1980 (Foto: Getty)
Ralph Waite em 1980 (Foto: Getty)
Conhecido pela série A Família Walton/The Waltons, onde interpretou o pai da família, o ator Ralph Waite faleceu no dia 13 de fevereiro, aos 85 anos de idade, de parada cardíaca.
Nascido no dia 22 de junho de 1928, Waite trabalhou como assistente social, foi Ministro da igreja Presbiteriana durante quatro anos e editor de uma publicação religiosa antes de se tornar ator.
Em entrevistas realizadas na década de 1970 para o Los Angeles Times, Waite chegou a dizer que não se considerava um homem religioso, seu interesse nessa área era o de realizar atividades que pudessem levar justiça social a quem precisava. Um dia, acompanhando um amigo a uma aula de interpretação, Waite decidiu se tornar ator. Assim, aos 32 anos de idade, ele mudou de carreira.
Waite estreou na Broadway em 1960, com a peça Blues For Mister Charlie. Ao longo de oito anos, ele atuou em diversas montagens nos EUA e na Inglaterra. Ele estreou no cinema no final da década de 1960, atuando em filmes como Rebeldia Indomável e O Último Verão, entre outros.
O ator começou a fazer trabalhos na TV na mesma época. Ao longo de sua carreira, ele foi visto em episódios de Hawk, Bonanza, Nichols, Assassinato por Escrito, Time Trax, Orleans, remake de Quinta Dimensão, O Desafio/The Practice, Cane, Arquivo Morto/Cold Case, The Cleaner, CSI, Grey’s Anatomy e Off The Map.
Waite em 2012 (Foto: FilmMagic)
Waite em 2012 (Foto: FilmMagic)
Waite também teve participações recorrentes em Crime em Primeiro Grau/Murder One, Carnivàle, NCIS e Bones. Nestas duas últimas, ele interpretou o pai de Gibbs (Mark Harmon) e o avô de Booth (David Boreanaz). Ele também integrou o elenco da minissérie Raízes, pela qual foi indicado ao Emmy em 1977.
O sucesso veio com  A Família Walton/The Waltons, que acompanhava a luta de uma numerosa família vivendo no período da Grande Depressão americana. A série ressaltou a importância do amor e da união familiar para vencer os desafios da vida. Seu sucesso fez surgir outra produção que explorou a mesma narrativa, Os Pioneiros/Little House on the Prairie, atualmente em exibição no canal TCM.
A série surgiu do filme, Nove Irmãos/Spencer’s Mountain, de 1963, que por sua vez era uma adaptação do livro de Earl Hammer Jr. Estrelado por Henry Fonda e Maureen O’Hara, o filme apresentava a vida da família Spencer vivendo nas montanhas, onde passavam por problemas e dificuldades.
Em 1971, a história da família migrou para a televisão, com o telefilme Venha Passar o Natal Conosco Papai/The Homecoming – A Christmas Story. A história conta a vida da família Walton, vivendo nas montanhas da Virgínia. Estrelada por Andrew Duggan e Patricia Neal, a produção serviu de piloto para a série. A audiência deste telefilme levou a Lorimar Productions a convencer a CBS a dar continuidade às histórias da família Walton. Assim surgiu a série, produzida entre 1972 e 1981, apresentando situações que envolviam a família e os moradores da cidade mais próxima. Waite assumiu o papel que foi de Fonda e Duggan.
Depois de nove temporadas, a série chegou ao fim em 1981. Mas entre 1982 e 1997, os atores voltariam a se reunir em seis telefilmes: A Wedding on Waltons’ Mountain, Mother’s Day on Walton’s Mountain, A Day for Thanks on Walton’s Mountain, A Walton Thanksgiving Reunion, A Walton Wedding e A Walton Easter.
'A Família Walton' em 1974. (Foto: CBS/Arquivo).
‘A Família Walton’ em 1974. (Foto: CBS/Arquivo).
Os atores de 'A Família Walton' em 2011. (E-D) Lee Purcell, David W. Harper, Jon Walmsley, Kami Cotler, Michael Learned, Ralph Waite, Mary McDonough, Eric Scott, Judy Norton e Cissy Wellman. (Foto: FilmMagic)
Os atores de ‘A Família Walton’ em 2011. (E-D) Lee Purcell, David W. Harper, Jon Walmsley, Kami Cotler, Michael Learned, Ralph Waite, Mary McDonough, Eric Scott, Judy Norton e Cissy Wellman. (Foto: FilmMagic)
Na época em que atuava na série, Waite era alcoólatra. A Família Walton teria provocado uma mudança no comportamento do ator, que largou a bebida. Posteriormente, trabalhou como voluntário do ABC Alcohol and Recovery Center em Indio, Califórnia, chegando a se tornar membro da diretoria e depois Presidente.
Waite também estrelou a série The Mississippi, produzida entre 1982 e 1984. Na história, ele interpreta um advogado criminalista aposentado que viaja pelo rio Mississippi de barco. Mas a cada parada, ele encontra alguém que precisa de um bom advogado de defesa.
Interessado em política, o ator concorreu duas vezes a uma cadeira no Congresso Americano. A primeira em 1990 e a segunda vez em 1998. Em 2010, após quase 30 anos afastado da igreja, o ator voltou a atuar como Ministro da igreja Presbiteriana.
Waite foi casado três vezes. A primeira com Beverly Waite, entre 1951 e 1966, com quem teve duas filhas, Kathleen e Suzanne. A segunda união foi com a atriz Kerry Shear Waite, entre 1977 e 1981. Os dois primeiros casamentos terminaram em divórcio. Desde 1984 Waite era casado com Linda East. Ele se tornou padrasto do filho dela, o ator Liam Waite, que adotou seu sobrenome.

Sem máscara: doações expõem conexões do Black Bloc

Protestos

A partir da morte do cinegrafista Santiago Andrade, apoiar os mascarados passou a ser comportamento de risco para figuras públicas. Revelação de contribuições para líderes do grupo, no entanto, indicam quem pode se beneficiar com a baderna

Gabriel Castro, de Brasília, e Daniel Haidar, do Rio
Movimento Black Bloc no Rio de Janeiro


A partir da morte do cinegrafista Santiago Andrade, grupos que apoiavam explicitamente os black blocs adotaram postura cautelosa. Repentinamente, calaram-se artistas, políticos e autoridades que, ao longo das manifestações de 2013, manifestaram simpatia pelos mascarados que transformaram manifestações públicas em baderna. A conexão de alguns grupos e figuras públicas com líderes dos black blocs ficou mais clara nesta quinta-feira. O site de VEJA revelou uma planilha com uma lista de doações para um evento realizado em dezembro, na Cinelândia. Confirmaram a autenticidade das doações os assessores dos vereadores Jefferson Moura e Renato Cinco, do PSOL. Também confirmou ter contribuído o delegado de Polícia Civil Orlando Zaccone. O juiz João Damasceno, que figura na lista, negou ter participado.
O cientista político David Fleischer, professor da Universidade de Brasília (UnB), afirma que é preciso avançar nas investigações para identificar todos os responsáveis pelos atos violentos. Mas avalia que os últimos acontecimentos desfazem a impressão inicial de que a reunião de bandos de mascarados envolvidos em atos de vandalismo sejam um movimento espontâneo.  "Tudo indica que não tem nada de espontâneo nisso", diz o professor.
As manifestações iniciadas em junho, particularmente as mais violentas, têm inevitável desdobramento na popularidade de governantes. Na avaliação de Fleischer, há sinais de que o PT - por ação ou omissão – tentou se beneficiar das revoltas. No Rio, logo após as manifestações, houve recorde de impopularidade aferido para o governador Sérgio Cabral – aliado do governo federal, mas um rival nas eleições deste ano, no plano estadual. Em São Paulo, o governador Geraldo Alckmin foi um dos alvos preferenciais dos protestos. Apostar no desequilíbrio causado pelos protestos, no entanto, é “brincar com fogo”, avalia Fleischer.
A revelação de conexões de partidos políticos com manifestantes que cometem crimes fez a roda girar no sentido contrário. Até a última quinta-feira, apoiar publicamente os mascarados era ser “contra o sistema”. Agora, ser amigo do Black Bloc pode ser interpretado como endossar as práticas que resultaram na morte de um inocente.
Para o professor Ricardo Caldas, também do Instituto de Ciência Política da UnB, a afinidade entre o PSOL e os partidários do vandalismo é ideológica. "Eu vejo uma identidade entre o PSOL, o PSTU e o movimento dos Black Blocs. Com pouca visibilidade no Parlamento e pouca chance no ponto de vista eleitoral, esses movimentos representam uma forma de contestação do sistema e de visibilidade ampliada”, diz Caldas.
Para o professor da UnB, a ação de grupos radicais é responsável pela recente redução do número de manifestantes, em comparação com os protestos de junho do ano passado: "Quando o movimento sai da linha média, ele perde justamente esse espaço no centro e acaba afugentando o cidadão comum. Foi o que aconteceu", avalia o professor.
No início das manifestações, o grito “sem partido” ecoava sempre que alguém tentava levantar bandeiras, mesmo as de siglas radicais, como PSTU e PCO. Aos poucos, no entanto, lideranças de esquerda passaram a ser bem recebidas, e manifestaram apoio às ações. Assim como os mascarados, representantes desses grupos políticos insistiram na tese de que a violência nas manifestações vinha unicamente da PM, apesar da repetição de episódios como furtos, saques e depredação de patrimônio público e privado.

Justiça –  Quem contribui de alguma forma com um grupo que venha a cometer um crime pode ser responsabilizado judicialmente, ainda que não tenha participação direta nos delitos. O advogado Thiago Bottino, professor de direito penal da Fundação Getulio Vargas (FGV) no Rio de Janeiro, explica que, para isso, é preciso que se prove que os doadores de recursos, por exemplo, tinham conhecimento do planejamento das ilegalidades.

“Todos que concorram para um crime respondem por ele. Se qualquer pessoa financia um grupo com o conhecimento de que esses recursos serão utilizados para a prática de crime, responde juntamente com quem o cometeu. Caso, no entanto, o dinheiro seja dado para praticar um crime e o agente financiado acabe praticando outro, o financiador responderá apenas pelo crime do qual tinha”, disse Bottino.

O entendimento que a Justiça terá de cada delito também é determinante para estabelecer uma conexão entre doadores e quem efetivamente cometeu os crimes. No caso de crimes culposos – ou seja, cometidos de forma não intencional – não há como estabelecer relação de coautoria. Afinal, se os juízes vão considerar que o criminoso não premeditou o ato, não é possível afirmar que alguém ligado a ele tenha colaborado para a ilegalidade.
PSOL – No mesmo dia em que vereadores do PSOL admitiram ao site de VEJA terem colaborado para eventos convocados por integrantes do Black Bloc, o diretório municipal do partido no Rio negou que tenha dado alguma contribuição para atos violentos. Em nota oficial, o PSOL afirma que há razões para as manifestações no país e que apoia os protestos, mas não concorda com práticas violentas. "O Partido Socialismo e Liberdade declara que, mais uma vez, são levianas as acusações de seu envolvimento nesse lamentável episódio. Os responsáveis por tais acusações serão devidamente processados. O PSOL não utiliza nem defende o uso de atos de violência como método e prática política nas manifestações, bem como nunca manteve qualquer contato com os acusados de participação nesta tragédia", diz a nota.
“A denúncia sobre possível financiamento de militantes não constitui prática do partido e exigimos que seja investigada", continua a nota. Dois vereadores do partido encabeçam uma planilha de doações revelada nesta quinta-feira pelo site de VEJA: Renato Cinco e Jefferson Moura. A assessoria de Jefferson Moura admitiu que a doação ocorreu, e alega que o dinheiro partiu de funcionários do gabinete. Afirmou, também, que o parlamentar “provavelmente doaria” o dinheiro se estivesse presente.

Renato Cinco, que está fora do Rio, não foi localizado. A assessoria do vereador, em nota, que houve a doação de 300 reais informada no documento. Mas negou, no entanto, que o dinheiro tenha sido destinado a black blocs. "O objetivo era oferecer um jantar natalino a moradores de rua na Cinelândia, Centro do Rio de Janeiro. Tanto que a lista inclui água, gelo, pão, rabanada e toalha papel. O vereador e seu partido repudiam ações violentas", acrescenta.

O PSOL é, no Rio de Janeiro, o partido com ligações mais estreitas com manifestantes. A ONG Instituto de Defensores de Direitos Humanos (DDH), que, entre outros serviços, presta assistência jurídica a manifestantes detidos pela polícia, é dirigida por Thiago de Souza Melo, funcionário do gabinete do deputado estadual Marcelo Freixo na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). A ONG também atende a família do pedreiro Amarildo de Souza e vítimas de policiais militares. Freixo, que foi candidato a prefeito do Rio em 2012 e é um dos quadros do PSOL com expressão nacional, explicou que não há relação entre o trabalho de Souza Melo no gabinete e na ONG, pois o servidor não tem dedicação exclusiva.