sexta-feira 02 2014

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PT pensa em pôr Lula para disputar o cargo em lugar de Dilma, mas informalmente

E Lula pode disputar a eleição em lugar de Dilma, mas informalmente!  O cargo de dono da candidata já não basta. Segundo informa Andréia Sadi na Folha, o Babalorixá de Banânia pode assumir a função de coordenador da campanha de Dilma à reeleição. Caso se efetive, o esforço atende a um duplo propósito: mitigaria o movimento “Volta Lula”, que, obviamente, incomoda a presidente e deixaria Lula ainda mais livre para atacar os adversários. Na prática, repetir-se-ia o que se viu em 2010: ele faria a campanha, e ela posaria de papagaio de pirata. Na disputa anterior, o então presidente afirmou que, quando alguém pusesse o “x” no nome de Dilma, estaria, na verdade, votando em Lula.
Os dois se encontram hoje em São Paulo. Segundo a apuração da Folha, devem discutir essa possibilidade, antes do início do encontro nacional do PT. É claro que Lula teria desde sempre um papel central na campanha. Com um cargo, no entanto, ficaria mais claro o seu empenho na reeleição da companheira. E é evidente que o chefão do PT disporia também de mais autonomia para falar em lugar dela — o que é sempre desagradável, não é? Para todos os efeitos, afinal, a presidente é ela, ainda que ele certamente não se conforme com isso.
Os dois participam nesta sexta da abertura do Encontro Nacional do PT, quando deverá haver manifestações explícitas de unidade. O evento servirá para confirmar Dilma como a candidata do partido à Presidência. A ala dilmista avalia que é preciso pôr um ponto final na boataria de que Lula pode lhe tomar o lugar.
Esse encontro também debaterá um documento de diretrizes que foi elaborado por Marco Aurélio Garcia. Referindo-se às oposições, diz o texto: “Sua paralisia é decorrência do caráter regressivo e reacionário das poucas propostas que têm apresentado. Não escondem a disposição de abandonar as políticas de emprego e de renda dos governos Lula e Dilma”. Num outro trecho, o documento sustenta que as críticas dos adversários à Petrobras e à Elotrobras são uma “nostálgica fidelidade às políticas privatistas que aplicaram no passado”.
Como se nota, parece que os petistas não tiveram nenhuma ideia nova nos últimos 12 anos que não seja acusar os adversários de quererem privatizar isso e aquilo, embora, como se sabe, Dilma tenha corrido desesperadamente para privatizar, ela sim, estradas e aeroportos.
O discurso, tudo indica, não está colando. E, por isso, pensam em substituir informalmente a candidatura de Dilma pela de Lula. No fim das contas, ele disputaria a Presidência, mas como coordenador… Aí será preciso combinar com o eleitor.
Texto publicado originalmente às 4h55
Por Reinaldo Azevedo
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/

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CUT e PT protagonizam vexame histórico no Dia do Trabalho; latas, garrafas e bolas de papel impedem petistas de discursar

http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/

Com medo de vaias, Alexandre Padilha não discursou no evento da CUT do Dia do Trabalhador Agência Estado Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/pais/publico-vaia-petistas-atira-latas-durante-festa-da-cut-em-sp-12357967#ixzz30XbmZlpX  © 1996 - 2014. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.
Com medo de vaias, Alexandre Padilha não discursou no evento da CUT do Dia do Trabalhador  (Agência Estado)  
A CUT e o PT protagonizaram neste Dia do Trabalho um dos maiores vexames de sua história. Explico. O governo decidiu ser onipresente e participar, em São Paulo, tanto da festa promovida pela Força Sindical, na praça Campos de Bagatelle, na Zona Norte, como do chamado ato unificado, que juntou, no Vale do Anhangabaú, a CUT (Central Única dos Trabalhadores), a CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) e a CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros). Não custa lembrar: os eventos ocorreram um dia depois de a presidente Dilma Rousseff ter anunciado um reajuste de 10% no Bolsa Família e de 4,5% na tabela de correção do Imposto de Renda.
No ato da Força, os oposicionistas Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) foram aplaudidos. Os que tentaram defender o governo, como Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência, foram impiedosamente vaiados. No evento liderado pela CUT, os petistas não conseguiram falar. O primeiro que se preparou para discursar foi o prefeito Fernando Haddad. Quando seu nome foi anunciado, começou uma chuva de latas, garrafas e bolas de papel, tudo temperado por muita vaia. Irritado, ele foi embora e não quis conversar nem com os jornalistas. O sindicalista e cutista Ricardo Berzoini, ministro da Casa Civil, passou pelo mesmo constrangimento. O senador Eduardo Suplicy e o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha limitaram-se a cumprimentar os presentes.
Chamo a atenção para os números: a Força reuniu 250 mil pessoas (embora tenha anunciando 1,5 milhão), e a CUT, 3 mil (embora tenha falado em 80 mil). Seja nos números superestimados dos organizadores, seja nos mais realistas, da PM, a diferença é gigantesca. Ainda que esses eventos de Primeiro de Maio tenham se transformado em grandes shows, o fato é que aquele promovido pelos que se opõem a Dilma foi bem mais concorrido. Por falar nela, as generosidades anunciadas no dia anterior não tiveram a menor importância para as pessoas presentes aos dois eventos. Ao ter seu nome pronunciado, Dilma foi ainda mais vaiada do que a companheirada.
Na manifestação organizada pela Força, Aécio criticou Dilma: “Ela foi ontem à televisão falando que quer dialogar com a classe trabalhadora e hoje está fechada no Palácio do Governo, não veio aqui olhar para vocês, explicar por que a inflação voltou, por que o crescimento sumiu e por que a decência anda em falta no atual governo”. Eduardo Campos emendou: “Vamos derrotar o inimigo nº 1 do trabalhador que é a inflação, o desemprego, a desindustrialização”.
Evento do 1º de Maio da Força Sindical: Paulinho da Força e Aécio Neves criticam a presidente Dilma Marcos Alves/Agência O Globo Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/pais/ato-pelo-dia-do-trabalho-vira-palco-de-ataque-entre-oposicao-governo-12354959#ixzz30XbEEsNe  © 1996 - 2014. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.
Evento do 1º de Maio da Força Sindical: Paulinho da Força e Aécio Neves criticam a presidente Dilma Marcos Alves/Agência O Globo
Fora do tom
Quem ficou um pouco fora do tom foi o deputado Paulinho. Depois de pedir que os presentes mandassem uma banana para Dilma, disse: “Quem vai acabar no presídio da Papuda é ela porque quem roubou a Petrobras é ela, que era presidente do Conselho”. Ainda que isso seja pinto perto da violência institucional promovida por Dilma no dia anterior, quando usou a rede nacional de rádio e televisão para fazer campanha eleitoral, é o tipo de fala desnecessária. Aécio e Campos tinham sido contundentes o bastante, sem resvalar na grosseria. Alguém dirá que o sindicalista e político Lula já fez coisa muito pior. É verdade. Mas eu não tomo Lula como modelo do que se deve fazer em política.
E fora do tom também estão o governo e o petismo. Protagonizaram um vexame verdadeiramente histórico. As ruas não andam muito hospitaleiras com o oficialismo.
Texto publicado originalmente às 4h59
Por Reinaldo Azevedo
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/

Governo gasta mais R$ 3,6 bi com reajuste do Bolsa Família, mas não repõe inflação

Bolsa Família

Aumento de 10% não cobre 19,6% de inflação acumulada desde último reajuste. Despesas com programa já começam a afetar as contas públicas este ano

Anúncio ocorre num dos momentos mais críticos para a política fiscal brasileira
Anúncio ocorre num dos momentos mais críticos para a política fiscal brasileira (Ueslei Marcelino/Reuters)
Apesar da promessa de cortar despesas para garantir um ajuste fiscal maior e melhorar a situação dos cofres públicos, o governo da presidente Dilma Rousseff vai arcar com mais 5,3 bilhões de reais com a correção de 4,5% da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) em 2015. Mas essa conta sobe mais ainda com o reajuste de 10% do programa Bolsa Família: serão mais 3,6 bilhões de reais, segundo analistas.
O cálculo foi feito pelo economista Felipe Salto, da Consultoria Tendências, com base nos números do ministério, que apontam um gasto mensal de 213 milhões de reais para 9 milhões de famílias (36 milhões de brasileiros). Com o reajuste, o benefício médio sobe de 213 para 234,30 reais. O reajuste, no entanto, não cobre as perdas com a inflação desde o último aumento no programa, em 2011. Desde então a inflação acumulada foi de 19,6%, segundo o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor, do IBGE), que mede o impacto do aumento de preços na faixa de até cinco salário mínimos.
Parte das despesas com o Bolsa Família – 1,3 bilhão de reais – já vai afetar as contas deste ano. Isso porque o reajuste do benefício começa a valer já em 1º de junho, informou na quinta-feira o Ministério do Desenvolvimento Social. Outros 2,3 bilhões de reais ficarão na conta dos gastos do Bolsa Família do presidente que assumirá o cargo em janeiro de 2015.
"O próximo presidente assume com um abacaxi nas contas públicas", considera Felipe Salto, da Consultoria Tendências. Segundo ele, num cenário de receita crescendo em ritmo mais baixo, o presidente eleito vai ter de elevar impostos e cortar despesas e desonerações tributárias concedidas para economizar 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB) de 2015 para o superávit primário.
As medidas foram anunciadas em cadeia nacional de rádio e TV na noite de quarta-feira, uma espécie de pacote de bondades do Dia dos Trabalhadores que incluiu ainda a manutenção da política de valorização do salário mínimo. O anúncio ocorre num dos momentos mais críticos para a política fiscal brasileira, em que a equipe econômica busca recuperar a credibilidade abalada pela deterioração das contas públicas.
Na prática, a presidente está renovando o mesmo valor de correção anual dos últimos quatro anos, abaixo da inflação. Segundo cálculos do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal, a tabela tem defasagem de 61,42%.
Pela nova tabela, a faixa de isenção do IRPF sobe para 1.868,22 reais. Na alíquota de 7,5%, ficam os contribuintes com renda entre 1.868,23 reais até 2.799,86 reais. Com alíquota de 15%, a faixa fica em 2.799,87 reais até 3.733,19 reais. Na de 22,5%, quem ganha de 3.733,20 reais até 4.664,68 reais. Na alíquota de 27,5%, fica ganhos acima de 4.664,68 reais. 
O ministério não informou o efeito das medidas nas contas públicas. Já a Fazenda, em nota, apresentou os novos valores da tabela do IRPF e o impacto da renúncia fiscal. A tabela passa a vigorar em janeiro de 2015 para a declaração de 2016. Segundo a Fazenda, por causa do princípio de anualidade, as alterações devem ser realizadas em 2014 para ter efeito em 2015.
(com Estadão Conteúdo)

Haddad é vaiado na festa do Dia do Trabalho da CUT

Política

Prefeito esteve presente em ato. Políticos optaram por discursos breves

Prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, é vaiado em ato da CUT
Prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, é vaiado em ato da CUT (Taba Benedicto/Futura Press)
A festa do Dia do Trabalho da Central Única dos Trabalhadores (CUT) é conhecido por abrigar entusiasmados discursos petistas. Neste ano, foi diferente. Nenhum integrante do PT ficou à vontade para falar ao público no evento, que reuniu 80.000 pessoas segundo a organização. 
O mais hostilizado foi o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad.  O público vaiou fortemente quando seu nome foi anunciado, mesmo sem ele estar presente no momento. Embora sua presença tenha sido aguardada (constava inclusive em sua agenda oficial), ele optou por não subir ao palco. A plateia também levantou faixas de protesto contra o petista: "Prefeito Fernando Haddad: atenda a nossas reivindicações!"
Petistas - Sem Haddad no palco, o ex-ministro da saúde e pré-candidato ao governo de São Paulo Alexandra Padilha também tentou falar ao público, com o senador Eduardo Suplicy ao lado.
Por causa da impaciência dos presentes, que claramente queriam continuar assistindo aos shows musicais, os políticos preferiram falar pouco. Padilha desejou "bom dia, boa tarde e boa noite" e questionou a plateia "quem era contra o racismo: levanta a mão". O ministro das Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, esteve no palco representando a presidente Dilma Rousseff e também foi econômico nas palavras. Ele fez apenas uma rápida saudação, sem discursar. 
O ministro do Trabalho, Manoel Dias, apenas gritou: "viva o trabalhador". O presidente do PCdoB, Renato Rabelo, partido da base de apoio da presidente Dilma, foi um dos que mais falou. Rabelo aproveitou seu discurso para fazer críticas aos opositores. Segundo ele, a oposição acha que aumentar o salário mínimo "é uma ameaça". "Não podemos voltar atrás, a oposição é uma volta atrás, é perda de conquistas e de direitos", afirmou.
Força Sindical - No ato do Primeiro de Maio da Força Sindical, o tom dos oradores foi de críticas ao governo. O deputado Paulo Pereira da Silva (SDD-SP) fez o discurso mais contundente. "Quem deveria estar presa na Papuda [presídio em Brasília onde estão os mensaleiros José Dirceu e José Genoino] é a presidente Dilma, pelos roubos que tem feito na Petrobras, empresa que os brasileiros aprenderam a admirar", disse.
Paulinho aproveitou para criticar a ausência da presidente no evento da Força, que reuniu 1,5 milhão de pessoas, segundo a central. "Quem tem coragem mostra a cara e quem não tem manda representantes", afirmou Paulinho, referindo-se aos dois emissários de Dilma no evento, o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, e o ministro do Trabalho, Manoel Dias.
(Com Estadão Conteúdo)

Correção do IR: por que a 'bondade' não foi tão grande assim

Contas públicas

Impacto na arrecadação ocorrerá em 2015, segundo o Ministério da Fazenda; reajuste da tabela foi anunciado pela presidente Dilma no pronunciamento de Dia do Trabalhador

Pronunciamento da presidente Dilma pelo Dia do Trabalhador
Pronunciamento da presidente Dilma pelo Dia do Trabalhador (Reprodução Blog do Planalto)
correção em 4,5% da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) vai custar aos cofres do governo 5,3 bilhões de reais. Esse é o tamanho da renúncia fiscal em 2015 com a adoção da medida. A informação é do Ministério da Fazenda, que divulgou nota nesta quinta-feira com os novos valores. O anúncio da correção das tabelas de incidência e os limites de deduções do IRPF foi feito na noite de quarta-feira pela presidente Dilma Rousseff em pronunciamento pelo Dia do Trabalhador.
A mudança passa a vigorar em janeiro de 2015 para a declaração de ajuste anual que terá de ser feita pelo contribuinte em 2016. Devido ao princípio de anualidade que rege o IRPF - as mudanças têm de ser feitas no ano anterior da sua vigência -, as alterações devem ser realizadas em 2014 para que tenham efeito em 2015.
Com o reajuste, estarão isentos do recolhimento trabalhadores que recebem até 1.868,22 reais, contra 1.787,77 reais atualmente. Também foi reajustada a dedução simplificada opcional para 16.595,53 reais, ante 15.880,89 reais neste ano.
Na faixa da alíquota mais baixa, de 7,5%, ficam os contribuintes com renda entre 1.868,24 reais até 2.799,86 reais. Na faixa de alíquota de 15%, quem ganha entre 2.799,87 reais até 3.733,19 reais. Já para a faixa de 22,5%, estão os contribuintes com renda de 3.733,20 reais até 4.664,68 reais. Na faixa mais alta de alíquota, de 27,5%, ficaram os contribuintes com rendimentos acima de 4.664,68 reais.
As mudanças serão incluídas no projeto de lei orçamentária de 2015 que será enviado pelo Executivo ao Congresso até o fim de agosto. A Fazenda, contudo, não explicou qual será a fonte de recursos usada para financiar a renúncia fiscal — ou se haverá redução da meta de superávit primário para bancar a perda de receita. A LDO prevê que a economia do governo para pagar os juros da dívida em 2015 chegue a 2% do PIB.
Pronunciamento — Em seu discurso, a presidente Dilma justificou o reajuste da tabela usando o argumento do avanço da renda. "Acabo de assinar uma medida provisória corrigindo a tabela do Imposto de Renda, como estamos fazendo nos últimos anos, para favorecer aqueles que vivem da renda do seu trabalho. Isso vai significar um importante ganho salarial indireto e mais dinheiro no bolso do trabalhador", disse. Contudo, o benefício é apenas parcial, tendo em vista que o reajuste não cobre a corrosão da renda causada pela inflação. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumula alta de 6,15% em doze meses até março. Isso significa que, para ao menos preservar os rendimentos, a presidente teria de usar tal porcentual no reajuste da tabela. Trata-se de mais um ponto falho da retórica eleitoreira usada à exaustão no pronunciamento.
Reajustes periódicos são necessários para que o IR, somado à corrosão da inflação, não anule o aumento da renda da população. Quando não há reajuste, mais contribuintes deixam de ser isentos e a arrecadação aumenta. Outro fator decorrente do congelamento é que, em alguns casos, mesmo avançando na faixa de renda (e de alíquotas), o contribuinte acaba tendo menos ganhos líquidos devido à mordida do leão.
Cálculos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) apontam uma defasagem acumulada de 15% no cálculo da tabela do IR nos últimos 10 anos. Entre 1996 (quando a tabela foi congelada) e 2013, a defasagem acumulada é de 61,42%. Nesse mesmo período, o IPCA avançou 206,64%, enquanto as faixas da tabela do IR receberam reajuste de 90%. Durante o governo Dilma, a tabela foi reajustada em 4,5% em 2011 2013. Nos dois anos, a inflação foi de 6,5% e 5,84%, respectivamente.
O impacto fiscal dos reajustes não é bem-vindo, mas necessário para equilibrar o impacto da inflação na renda da população. Acomodar a renúncia fiscal quando há mudança da tabela é um dos tipos de gasto para os quais o governo tem de estar preparado. Ocorre que, devido à deterioração fiscal ocorrida ao longo da gestão Dilma, o Ministério da Fazenda vem contando centavos para conseguir fechar as contas — sobretudo depois que se esgotaram todas as possibilidades de contabilidade criativa para acomodar o avanço da gastança pública. O Brasil encerrou 2013 com o pior resultado fiscal em doze anos — ou seja, desde 2001 não se economizava tão pouco (em relação ao PIB) para pagar os juros da dívida.

The Doors - Touch Me (Live)