quinta-feira 15 2012
Marte na corte marcial
veja.com
“Olá, Sérgio. Gostaria de saber o significado de corte ‘marcial’, relacionado aos tribunais dos militares.” (Jener Sapia)
O adjetivo marcial chegou ao português em 1651, derivado do latim martialis, “relativo ao deus Marte”. Como Marte (foto) era o deus romano da guerra, equivalente a Ares na mitologia grega, a palavra era usada para qualificar qualquer substantivo que a ela fosse ligado, ou seja, como sinônimo de bélico – este também um adjetivo de origem latina, mas ainda mais antigo em nosso idioma.
O termo marcial nasceu no campo de batalha, mas a acepção mais genérica de militar foi uma expansão semântica imediata e natural. Uma corte marcial, que julga membros das Forças Armadas que sejam suspeitos de infringir as leis militares, pode ser instaurada também em tempo de paz. Não é preciso haver uma guerra para que uma banda militar composta por clarins e tambores seja chamada de marcial.
As chamadas artes marciais também têm esse nome por ligação com a guerra. Na verdade, trata-se de uma tradução do termo japonês bujutsu (“técnica marcial”), como era chamado o conjunto das artes marciais tradicionais do Japão, que faziam parte do treinamento militar dos guerreiros samurais.
Te cuida, Suplicy
veja.com
Pode-se acusar o PT de quase tudo, menos de incoerência. Enquanto brada em favor de mensaleiros como José Genoíno, José Dirceu e Delúbio Soares, oferecendo amparo, colo e socorro financeiro, seleciona as peças de descarte. A bola da vez: Eduardo Suplicy.
Isolado da cúpula paulista do partido, responsável por dar os rumos da legenda, Suplicy já não encontra amparo nem colo algum entre os mandatários. Está próximo do fim da linha.
O PT direta e indiretamente já sinalizou o que espera de Suplicy em 2014: sair de cena. Não há apoio para uma eventual reeleição no Senado. Governo, então, nem pensar.
http://veja.abril.com.br/blog/radar-on-line/partidos/pt-escolhe-os-seus-e-joga-suplicy-para-escanteio/
PT quer que o elefante branco de Brasília seja… vermelho
Cidades-sede
Agnelo quer trocar verde, amarelo e azul da bandeira pela cor do seu partido
Obras do Estádio Nacional de Brasília no fim de outubro de 2012 - Ademir Rodrigues/Ministério do Esporte/Divulgação
Governo estima custo da obra em 800 milhões de reais. Senadores acham que preço deve passar de 1 bilhão de reais. Em Brasília, muitos acreditam que a conta será ainda mais salgada - algo na casa de 1,5 bilhão, só de dinheiro público
Ele deverá consumir 1 bilhão de reais de dinheiro público e tem tudo para se transformar num abacaxi para o Distrito Federal depois da Copa do Mundo. Se depender do PT, o Estádio Nacional de Brasília deverá ser também o único elefante branco do Mundial vestido de vermelho - a vontade do governador Agnelo Queiroz é de que essa seja a cor das cadeiras da nova arena, que substituiu o antigo estádio Mané Garrincha. Um dos projetos mais contestados entre as doze sedes de jogos da Copa de 2014, a nova arena enfrenta uma perspectiva preocupante, já que não existe nenhum clube de grande porte na capital federal. Com isso, o uso do estádio depois de 2014, a princípio, se limitará a eventuais amistosos da seleção brasileira - que raramente marca partidas no país - e alguns shows e eventos, ainda que Brasília (palco do primeiro cancelamento de obras prometidas para 2014) não esteja na rota dos grandes espetáculos que visitam o país. O petista Agnelo, que garante que o governo distrital encontrará uma forma de evitar que o estádio fique sem uso, contraria o projeto original do estádio, que previa cadeiras nas cores da bandeira nacional, verde, amarelo e azul. Nesta quinta-feira, aliás, o governo inicia, em parceria com a Coca-Cola, patrocinadora oficial da Copa, uma campanha de coleta de garrafas PET que serão recicladas e usadas na fabricação dos assentos do estádio.
A mudança é alvo de uma ação encaminhada à Promotoria do Patrimônio Público do DF. O governo anunciou a alteração como certa, mas os promotores aguardam uma nota técnica para decidir sobre a questão. A maquete do estádio ainda está como foi projetada, com os assentos lembrando a bandeira. Especializado em desenho de arenas esportivas e responsável pelo projeto de Brasília, o arquiteto Eduardo de Castro Mello explica que a ideia inicial seria a de manter a área vip na cor azul, "significando a hospitalidade". Já os assentos das arquibancadas iriam variar do amarelo claro ao verde. Essas variações de tons, usadas, por exemplo, nos estádios da África do Sul para a Copa de 2010, não só destacariam as cores nacionais como também serviriam para passar a impressão de que o estádio está cheio mesmo quando esse não é o caso. Com 70.000 lugares e nenhum time capaz de levar esse público ao estádio, Brasília tem, de fato, de levar esse problema em conta (no vídeo abaixo, divulgado pelo governo, imagens das obras na cidade). Apesar de ter seu projeto contestado pelo desejo de Agnelo Queiroz, o arquiteto evita entrar numa controvérsia com o governador: "A gente apresenta as cores, mas não levamos nada para o lado político, a decisão é do cliente".
Governo do Distrito Federal/Divulgação
Mudança de planos: quando exibiu a maquete do estádio para Valcke, da Fifa, e Marin, do COL, Agnelo Queiroz (ao centro) mostrou cadeiras em verde, amarelo e azul
O autor do projeto conta, no entanto, que descartou o vermelho na hora de desenhar o estádio, previsto para ser entregue na virada do ano. A nova arena será palco do jogo de abertura da Copa das Confederações, no dia 15 de junho de 2013, além de receber sete partidas no Mundial de 2014. De acordo com a assessoria do governo distrital, as obras do estádio custarão 800 milhões de reais. Os senadores Cristovam Buarque (PDT) e Rodrigo Rollemberg (PSB), porém, já afirmaram na tribuna da Casa que o preço deve passar de 1 bilhão de reais. Em Brasília, muitos acreditam que a conta será ainda mais salgada - algo na casa de 1,5 bilhão. A assessoria de Agnelo diz que a escolha das cores das cadeiras foi uma decisão técnica da Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo de Brasília, órgão do governo. "Não houve alteração, já que o edital de licitação das cadeiras afirmava que as cores ainda seriam definidas", afirma, ignorando o fato de o projeto ter outras cores. "Baseado nas experiências de outros estádios do Brasil e do mundo, a secretária escolheu o vermelho para os assentos da arena e a cor vinho para os camarotes."
Outra explicação oficial é de que o vermelho facilita a substituição das cadeiras, apesar de se tratar de uma das cores mais sujeitas ao desbotamento. "A secretaria da Copa avaliou que, com o passar do tempo, as demais cores mudam. O verde, sob impacto do sol, torna-se cinza; o amarelo fica com aspecto de sujo", diz a nota da assessoria. Entre os principais projetos de estádios para a Copa, nenhum adotou o vermelho. O Maracanã, por exemplo, terá o azul em boa parte de suas tribunas. O Mineirão, em Belo Horizonte, usará o cinza. Palco da abertura do Mundial, o Itaquerão, em São Paulo, adotará branco ou cinza. Palco de uma das semifinais, o Castelão, de Fortaleza, terá assentos brancos. O pedido de Agnelo lembra outra intervenção de gosto duvidoso dos petistas no conjunto arquitetônico da capital federal: a ordem da ex-primeira-dama Marisa Letícia, mulher de Luiz Inácio Lula da Silva, para que fossem plantados nos jardins do Palácio da Alvorada canteiros com flores vermelhas no formato da estrela do partido. A repercussão negativa fez com que os canteiros fossem alterados.
http://veja.abril.com.br/noticia/esporte/pt-quer-que-o-elefante-branco-de-brasilia-seja-vermelho
http://veja.abril.com.br/noticia/esporte/pt-quer-que-o-elefante-branco-de-brasilia-seja-vermelho
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