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“Olá, Sérgio. Gostaria de saber o significado de corte ‘marcial’, relacionado aos tribunais dos militares.” (Jener Sapia)
O adjetivo marcial chegou ao português em 1651, derivado do latim martialis, “relativo ao deus Marte”. Como Marte (foto) era o deus romano da guerra, equivalente a Ares na mitologia grega, a palavra era usada para qualificar qualquer substantivo que a ela fosse ligado, ou seja, como sinônimo de bélico – este também um adjetivo de origem latina, mas ainda mais antigo em nosso idioma.
O termo marcial nasceu no campo de batalha, mas a acepção mais genérica de militar foi uma expansão semântica imediata e natural. Uma corte marcial, que julga membros das Forças Armadas que sejam suspeitos de infringir as leis militares, pode ser instaurada também em tempo de paz. Não é preciso haver uma guerra para que uma banda militar composta por clarins e tambores seja chamada de marcial.
As chamadas artes marciais também têm esse nome por ligação com a guerra. Na verdade, trata-se de uma tradução do termo japonês bujutsu (“técnica marcial”), como era chamado o conjunto das artes marciais tradicionais do Japão, que faziam parte do treinamento militar dos guerreiros samurais.
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