sexta-feira 20 2013
As escolhas racionais dos viciados em crack
| Por John Tierney- The New York Times News Service/Syndicate
Muito antes de começar a trazer pessoas para fumar crack em seu laboratório na Universidade de Columbia, Carl Hart testemunhou os efeitos da droga em primeira mão. Nascido na pobreza, ele viu parentes se tornarem craqueiros, vivendo na imundície e roubando as próprias mães.
Muito antes de começar a trazer pessoas para fumar crack em seu laboratório na Universidade de Columbia, Carl Hart testemunhou os efeitos da droga em primeira mão. Nascido na pobreza, ele viu parentes se tornarem craqueiros, vivendo na imundície e roubando as próprias mães. Amigos de infância acabaram em prisões e necrotérios.
Aqueles viciados pareciam escravizados pelo crack, como ratos de laboratório incapazes de parar de consumir cocaína, mesmo quando estão morrendo de fome. O crack oferece um estímulo de dopamina tão forte no centro de recompensa do cérebro que os dependentes não conseguem resistir a outra tragada.
Ao menos, essa era a impressão de Hart quando começou sua carreira como pesquisador nos anos 1990. Assim como muitos outros cientistas, ele esperava encontrar uma cura neurológica para o vício; algum mecanismo que bloqueasse a atividade de dopamina no cérebro para que as pessoas não sucumbissem à necessidade irrefreável pela cocaína, heroína e outras drogas extremamente viciantes.
No entanto, quando começou a estudar os dependentes, Hart viu que as drogas não eram assim tão irresistíveis.
"Entre 80 e 90 por cento das pessoas que usam crack e metanfetamina não ficam realmente viciadas", afirmou Hart, que é professor de psicologia. "E a pequena parcela dos viciados não se parece nem um pouco com as caricaturas com as quais estamos acostumados."
Hart recrutou dependentes por meio de um anúncio no The Village Voice, oferecendo-lhes a oportunidade de ganhar 950 dólares para fumar crack feito a partir de cocaína de nível farmacêutico. A maior parte dos interessados, assim como os dependentes que conheceu quando era criança em Miami, eram homens negros vindos de bairros de baixa renda. Para participar, eles teriam de viver em uma ala do hospital por várias semanas durante o experimento.
No começo de cada dia, os pesquisadores observavam por trás de um vidro espelhado, enquanto uma enfermeira colocava certa quantidade de crack em um cachimbo – a dose variava a cada dia – e o acendia. Enquanto fumavam, os participantes eram vendados para que não pudessem ver o tamanho da dose daquele dia.
Em seguida, depois daquela dose de crack para começar o dia, cada participante teria outras oportunidades de fumar a mesma quantidade de craque durante o dia. Contudo, a cada vez que a oferta era feita, os participantes poderiam optar por uma recompensa diferente, que receberiam depois que deixassem o hospital. Algumas vezes a recompensa eram cinco dólares em dinheiro, às vezes era um ticket no valor de cinco dólares para comprar produtos em determinada loja.
Quando a dose de crack era relativamente alta, os sujeitos geralmente preferiam continuar fumando ao longo do dia, mas quando as doses eram menores, eles preferiam ficar com os cinco dólares em tickets ou dinheiro.
'Eles não se encaixavam na caricatura do viciado em drogas que não consegue mais parar depois que experimenta', afirmou Hart. 'Quando tinham uma alternativa ao crack, eles tomavam decisões econômicas racionais.'
Quando o crack foi substituído pela metanfetamina, a droga que mais causa problemas nos Estados Unidos, Hart trouxe viciados em metanfetamina ao laboratório para realizar uma experiência similar – cujos resultados exibiram escolhas igualmente racionais. Ele também descobriu que quando aumentava a recompensa para 20 dólares, absolutamente todos os dependentes de crack e metanfetamina preferiam o dinheiro. Eles sabiam que não receberiam o dinheiro até o final do experimento e mesmo assim estavam dispostos a dispensar o barato imediato.
Essas descobertas fizeram Hart refletir sobre o que viu quando era jovem, conforme relata em seu novo livro, 'High Price' (Preço Alto, em tradução livre). O livro é uma combinação fascinante de memórias e ciências sociais: cenas de partir o coração exibindo miséria e violência, acompanhadas de uma análise detida de dados históricos e resultados de laboratório. Hart conta histórias aterrorizantes – sua mãe o atacou com um martelo e o pai o banhou com uma panela cheia de xarope fervendo – e, em seguida, tenta encontrar tendências estatísticas significativas.
Hart destaca que, obviamente, algumas crianças foram abandonadas por pais viciados em crack, mas muitas famílias foram destruídas antes mesmo do crack – incluindo a dele. (Hart foi criado principalmente pela avó.) É verdade que seus primos se tornaram craqueiros miseráveis, vivendo em barracos no quintal, mas eles abandonaram a escola e estão desempregados muito antes que o crack aparecesse em suas vidas.
'Parecia haver ao menos o mesmo número de casos – senão mais – em que as drogas ilícitas tinham pouca ou nenhuma influência, quanto situações nas quais seus efeitos farmacológicos tinham qualquer relevância', escreveu Hart, que tem 46 anos. O crack e a metanfetamina são especialmente problemáticos em alguns bairros pobres e nas zonais rurais, mas não necessariamente por serem drogas tão potentes.
'Se você vive em um bairro pobre e sem opções, existe certa racionalidade em continuar tomando uma droga que dará ao menos algum prazer temporário', afirmou Hart em uma entrevista, argumentando que a caricatura dos dependentes escravizados pelo crack é produto de uma interpretação errônea dos experimentos com ratos de laboratório.
'O principal fator é ambiental, estejamos falando de ratos ou de seres humanos', afirmou Hart. 'Os ratos que continuavam pedindo mais cocaína foram estressados pelo fato de terem sido criados em condições solitárias e por não terem outras opções. Porém, quando seu ambiente era enriquecido e eles tinham acesso a doces e podiam brincar com outros ratos, eles paravam de apertar a alavanca que liberava a cocaína.'
Os paladinos da luta contra as drogas podem duvidar de seu trabalho, mas outros cientistas ficaram impressionados. 'O argumento do Carl é convincente e motivado por dados', afirmou Craig R. Rush, psicólogo da Universidade do Kentucky que estudo o abuso de estimulantes. 'Ele não está dizendo que o uso excessivo de drogas não seja prejudicial, mas demonstra que as drogas não transformam as pessoas em lunáticos. Elas são capazes de parar de usar drogas quando recebem alternativas.'
Uma avaliação similar foi feita pelo Dr. David Nutt, especialista britânico no uso de drogas. 'Tenho muita simpatia pelos pontos de vista de Carl', afirmou Nutt, professor de neuropsicofarmacologia no Imperial College London. 'A dependência possui um elemento social que é amplificado por sociedades com poucas oportunidades de trabalho e de satisfação pessoal.'
Sendo assim, por que continuamos nos concentrando tanto em drogas específicas? Uma das razões é a conveniência: é muito mais fácil para os políticos e jornalistas se concentrarem nos malefícios das drogas, do que lidar com os problemas sociais por trás do uso. Todavia, Hart também coloca parte da culpa nos cientistas.
'De 80 a 90 por cento das pessoas não são negativamente afetadas pelas drogas, mas na literatura científica, quase 100 por cento dos relatórios apresentam resultados negativos', afirmou Hart. 'Existe um foco enviesado na patologia. Nós cientistas sabemos que conseguimos mais dinheiro se continuarmos dizendo ao Congresso que estamos resolvendo esse problema terrível. Nós temos um papel nada positivo na guerra contra as drogas.'
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Simone de Beauvoir
De Beauvoir, Simone (1908-1986)
Escritora francesa e feminista, e
existencialista. Ela é conhecida principalmente por seu tratado O Segundo
Sexo (1949), um apelo intelectual e apaixonado pela abolição do que ela chamou
o mito do "eterno feminino". Tornou-se um clássico da literatura
feminista na década de 1960.
Educada em instituições privadas,
de Beauvoir participou da Sorbonne, onde, em 1929, ela passou a agrégation em
filosofia e conheceu Jean-Paul Sartre, começando, uma associação livre ao longo
da vida com ele. Ela ensinou em várias escolas (1931-43) antes de voltar a
escrever para o seu sustento. Em 1945, ela começou a editar Les Temps
Modernes com Sartre.
Seus romances expôs os principais
temas Existenciais, demonstrando sua concepção do compromisso do escritor com
sua época. Ela veio para ficar (1943) trata o difícil problema da relação
de uma consciência de "o outro". De seus outros trabalhos de
ficção, talvez o mais conhecido é Os Mandarins (1954), uma crônica da tentativa
dos intelectuais pós-Segunda Guerra Mundial a deixar suas "mandarim"
(educado elite) Estado e se envolver em ativismo político. Ela também
escreveu quatro livros de filosofia, incluindo a Ética da Ambigüidade (1947).
Vários volumes de sua obra são
dedicados à autobiografia que constituem um retrato revelador da vida
intelectual francesa da década de 1930 à década de 1970. Além de tratar
questões feministas, de Beauvoir estava preocupado com a questão do
envelhecimento, que se dirigiu em A Morte Muito Fácil (1964), sobre a morte de
sua mãe em um hospital. Em 1981, ela escreveu A Farewell to Sartre, um
doloroso relato dos últimos anos de Sartre.
Simone de Beauvoir revelou-se
como uma mulher de coragem e integridade formidável, cuja vida apoiou a sua
tese: as opções básicas de um indivíduo devem ser feitas sobre a premissa e uma
vocação igual para o homem e a mulher fundadas na estrutura comum de seu ser,
independente de sua sexualidade.
Simone de Beauvoir Reflete em
1963:
Fonte: "força das
circunstâncias", uma autobiografia de Simone de Beauvoir.
O primeiro volume de O Segundo
Sexo foi publicado em Junho, em maio, Les Temps Modernes tinha impresso o
capítulo sobre "Iniciação Sexual da Mulher" e seguiu-o nas questões
junho e julho, com os capítulos sobre 'The Lesbian' e 'maternidade' . Em
novembro, Gallirnard publicado o segundo volume.
Eu descrevi como este livro foi
concebido, quase por acaso. Querendo falar de mim, eu me tornei ciente de
que para fazer isso eu deveria primeiro ter que descrever a condição da mulher
em geral, primeiro eu considerei os mitos que os homens forjaram sobre ela
através de toda a sua cosmologia, religiões, superstições, ideologias e
literatura. Eu tentei estabelecer alguma ordem na imagem que a princípio
pareceu-me completamente incoerente, em todos os casos, o homem colocou-se para
a frente como o assunto e considerou a mulher como um objeto, como o Outro. Esta
hipótese poderia naturalmente ser explicada pelas circunstâncias históricas, e
Sartre me disse que eu também deve dar alguma indicação sobre a base
fisiológica. Isso foi em Ramatuelle, nós conversamos sobre isso por um
longo tempo e eu hesitei, eu não esperava que a envolverem-se em escrever um
trabalho tão vasto.Mas era verdade que o meu estudo dos mitos seria deixado
pendurado no ar se as pessoas não conhecem a realidade desses mitos foram
destinados a mascarar. Por isso, mergulhou em obras de fisiologia e
história. Não se limitou a compilar; cientistas até mesmo, de ambos os
sexos, estão imbuídos de preconceitos em favor do homem, então eu tive que
tentar cavar a verdade exata sob a superfície de suas interpretações. Da
minha viagem à história voltei com algumas ideais que eu nunca tinha visto
expressas em qualquer lugar: eu ligado a história da mulher que de herança,
porque pareceu-me ser um subproduto da evolução econômica do mundo masculino.
Comecei a olhar para as mulheres
com outros olhos e descobriu surpresa após surpresa à espreita para mim. É
ao mesmo tempo estranho e estimulante para descobrir, de repente, depois de
quarenta anos, um aspecto do mundo que foi você olhar na cara o tempo todo, que
de alguma forma você nunca notou. Um dos mal-entendidos criados por meu
livro é que as pessoas pensaram que eu estava negando que havia qualquer
diferença entre homens e mulheres. Pelo contrário, escrever este livro me
deixou ainda mais consciente das coisas que os separam, o que eu sustentei foi
que essas diferenças são de uma cultural e não de uma ordem natural. I se
comprometeu a contar sistematicamente, desde a infância até a velhice, como
foram criados; examinei as possibilidades que este mundo oferece às mulheres,
aquelas que lhes nega, seus limites, sua boa e má sorte, suas evasões e suas
realizações. Isso foi o que eu coloquei no segundo volume: L'Experience
vécue.
Passei apenas dois anos sobre
isso, trabalhar. [1] já conhecia alguma sociologia e psicologia. Graças a
minha formação universitária, eu tinha o hábito de métodos de trabalho
eficientes, eu sabia como classificar os livros fora e tira a carne fora-los
rapidamente, como rejeitar aqueles que eram meramente relhasses dos outros ou
fantasias puras, eu fiz um inventário bastante exaustivo de tudo o que tinha
aparecido sobre o assunto em Inglês e Francês, era aquele que tinha dado origem
a uma enorme literatura, mas, como é geralmente o caso, apenas um pequeno
número destes estudos foram importantes. Quando ele veio para o segundo
volume, eu também lucrei com o contínuo interesse que Sartre e eu tivemos
durante tantos anos em todos os tipos de pessoas, a minha memória me
proporcionou uma grande quantidade de material.
O primeiro volume foi bem
recebido: vinte e duas mil cópias foram vendidas na primeira semana. O
segundo também vendeu bem, mas chocou as pessoas. Eu estava completamente
surpreso com a confusão que provocou quando os extratos do livro apareceram em
Les Temps Modernes. Eu tinha falhado completamente de levar em conta que
"bitchiness francês Julien Gracq mencionado em um artigo em que - embora
ele me comparado a Poincaré fazendo discursos em cemitérios - ele me
parabenizou pela minha" coragem ". A palavra me surpreendeu na
primeira vez que foi usado. 'Como você é corajoso! Claudine Chonez me
disse com uma admiração cheia de piedade. 'Corajoso? 'Você vai perder
um monte de amigos!' Bem, eu pensei comigo mesmo, se eu perdê-los é porque
eles não são amigos. Em qualquer caso, eu tinha escrito este livro do
jeito que eu queria escrever, mas não havia nenhum pensamento de heroísmo em
minha mente a qualquer momento. Os homens que eu conhecia bem - Sartre,
Bost, Merleau-Ponty, Leiris, Giacometti e os funcionários do Les Temps Modernes
- eram verdadeiros democratas sobre este ponto, bem como em qualquer outro, se
eu tivesse escrito por eles eu teria estado em perigo de quebrar uma porta
aberta. Em qualquer caso, fui acusada de fazer exatamente isso, também de
inventar, parodiando, divagar e reclamando. Fui acusada de tantas coisas:
tudo! Primeiro de tudo, indecency. As questões junho, julho e agosto
de Les Temps Modernes vendidos como bolos quentes, mas eles foram lidos, por
assim dizer, com os olhos afastados. Quase se poderia ter acreditado que
Freud e a psicanálise nunca tivesse existido. O que é um festival de obscenidade,
com o pretexto me açoitando para o meu! Que o bom e velho espírito gaulois
fluía em torrentes. Recebi alguns e assinado alguns epigramas anônimos,
epístolas, sátiras, admoestações e exortações dirigidas a mim, por exemplo,
"alguns membros muito ativos do Primeiro Sexo '. Insatisfeito,
frígido, prática, ninfomaníaca, lésbica, cem vezes abortada, eu era tudo, até
mesmo uma mãe solteira. Pessoas ofereceu-se para me curar da minha
frigidez ou a moderar meu apetite labiais, eu estava revelações prometidas, nos
termos mais grosseiros, mas em nome da verdade, do bem e do belo, em nome da
saúde e mesmo da poesia, todos indignamente pisado por mim. Certamente é
escrita monótonas inscrições nas paredes lavabos; eu poderia entender que
muitos maníacos sexuais pode preferir enviar suas elucubrações para uma mudança. Mas fiquei um pouco
surpresa com Mauriac! Ele escreveu a um dos contribuintes para Les Temps
Modernes: 'vagina da sua entidade patronal não tem segredos para mim', o que
mostra que na vida privada, ele não tinha medo das palavras. Quando ele
viu impresso-los, perturbá-lo tanto que ele começou uma série em Le Figaro
littéraire incitando a juventude da França para condenar a pornografia em
geral, e os meus artigos em particular. Seu sucesso foi ligeiro. Embora
as respostas de Pouillon e Cau, que tinha voado em meu socorro, foram suprimidas
- e, provavelmente, as de muitos outros também - eu tinha meus defensores:
entre outros, Domenach, os cristãos eram apenas levemente indignados, e em geral
os jovens da nação não parecem excessivamente indignado com os meus excessos
verbais. Mauriac lamentou o fato amargamente. Exatamente no momento
certo para fechar a série, um jovem angelical enviou-lhe uma carta tão
perfeitamente calculado para conceder todos os seus desejos de que muitos de
nós temos uma grande quantidade de diversão fora do que era, obviamente, uma
dádiva de Deus para Mauriac! No entanto, em restaurantes e cafés - que eu frequentava
muito mais do que o habitual por causa de Algren - muitas vezes as pessoas
riram porque olhou para mim ou mesmo abertamente apontou. Uma vez, durante
um jantar inteiro nas Províncias no Boulevard Montparnasse, uma mesa de pessoas
próximas olhou para mim e riu, eu não gostava de arrastar Algren em uma cena,
mas quando saí eu dei-lhes um pedaço de minha mente.
A violência e o nível dessas
reações me deixaram perplexa. Entre os povos latinos, o catolicismo tem
incentivado a tirania masculina e até mesmo inclinando-a para o sadismo, os
homens italianos têm a tendência de combiná-la com grosseria, e os espanhóis
com arrogância, mas esse tipo de maldade foi particularmente francesa. Por
quê? Principalmente porque, na França, um homem sente-se economicamente
ameaçados pela concorrência feminina, para manter, ou para afirmar a manutenção
de uma superioridade não é garantido pelos costumes do país, o método mais
simples é o de difamar as mulheres. A tradição da conversa licenciosa
fornece um arsenal inteiro calculado para reduzir as mulheres a sua função como
objetos sexuais: provérbios, imagens, anedotas e do próprio vocabulário. Além
disso, no campo erótico, o mito ancestral da supremacia francesa está sendo
ameaçada, o amante ideal agora é geralmente atribuído ao italiano, em vez de o
francês e, finalmente, a atitude crítica de mulheres feridas ou pneus liberadas
seus parceiros, que torna ressentido. Esta maldade é simplesmente o velho
licenciosidade francês tomado por homens vulneráveis e rancoroso. [2]
Em novembro, as espadas desembainhou
uma vez mais. Os críticos foram à loucura, não havia discordância: as
mulheres sempre foram iguais aos de homens, eles foram para sempre condenado a
ser seus inferiores, tudo o que eu disse era de conhecimento comum, não havia
uma palavra de verdade em todo o livro.Em Liberté de l'esprit, Boideffre e
Nimier superou os outros em desprezo. Eu era uma menina pobre neurótica,
reprimida, frustrada e enganada pela vida, uma virago, uma mulher que nunca
tinha feito amor corretamente, invejoso, amargurado e cheio de complexos de inferioridade
em relação aos homens, enquanto que em relação às mulheres I foi comido ao osso
por ressentimento. [3] Jean Guitton, com grande compaixão cristã, escreveu que
O Segundo Sexo tinha afetado dolorosamente porque se podia ver claramente que
passa por ele o fio da 'minha vida triste ". Armand Hoog se superou:
"Humilhado por ser mulher, dolorosamente consciente de ser preso em sua
condição, aos olhos dos homens, ela rejeita tanto os seus olhos e sua
condição."
Este tema da minha humilhação foi
tomado por um número considerável de críticos que foram tão ingenuamente
imbuídos com a sua própria superioridade masculina que não podia sequer
imaginar que a minha condição nunca foi um fardo para mim. O homem que eu
coloquei acima de todos os outros não me considere inferior aos homens. Eu
tinha muitos amigos homens cujos olhos, longe de me aprisionar dentro dos
limites estabelecidos, reconheceram-me como um ser humano na minha direita. Essa
boa fortuna tinha me protegido contra todo o ressentimento e toda a amargura;.
Meus leitores vão saber, também, que eu nunca fui infectada por esses
sentimentos durante a minha infância e minha adolescência [4] leitores mais
sutis concluiu que eu era um misógino, e que, enquanto fingia assumir os
porretes para as mulheres, eu estava condenando-os, o que não é verdade. Eu
não elogiá-los para o céu e eu anatomizei todos os defeitos gerados por sua
condição, mas também mostrou suas qualidades e seus méritos. Tenho dado
muitas mulheres muito carinho e estima para traí-los agora por considerar-me
como um 'homem de honra », - nem nunca foi ferido por seus olhares. Na
verdade eu nunca fui tratada como um alvo para o sarcasmo até depois de O
Segundo Sexo, antes disso, as pessoas eram indiferentes ou gentil comigo. Depois,
eu era frequentemente atacada como uma mulher, porque meus agressores pensaram
que deve ser o meu calcanhar de Aquiles, mas eu sabia perfeitamente bem que
esta petulância persistente foi realmente destinado a minhas convicções morais
e sociais. Não, longe do sofrimento de minha feminilidade, que eu tenho,
pelo contrário, a partir de vinte anos de idade em diante, acumulou as
vantagens de ambos os sexos, após L'convidado, os que me rodeiam me tratado
tanto como escritor, seus pares no masculino mundo, e como mulher, o que é
particularmente visível nos Estados Unidos: nas festas eu fui, as esposas todos
se reuniram e conversaram entre si, enquanto eu falava com os homens, que, no
entanto, se dirigir a mim com mais cortesia do que eles fizeram para os membros
de seu próprio sexo. Fui incentivada a escrever O Segundo Sexo,
precisamente por causa dessa posição privilegiada. Permitiu-me de me
expressar com toda a serenidade. E, ao contrário do que eles sugerem, foi
precisamente esta placidez que exasperou muitos dos meus leitores masculinos. Um
grito selvagem de raiva, a revolta de uma alma ferida - que poderiam ter
aceitado com uma condescendência movido e compassivo, já que eles não poderiam
me desculpem a minha objetividade, que fingiu uma descrença nele. Por
exemplo, vou dar uma frase de Claude Mauriac do que ilustra perfeitamente a
arrogância do primeiro sexo. "O que ela tem contra mim?" ele
queria saber. Nada, eu não tinha nada contra nada, exceto as palavras que
eu estava citando. É estranho que tantos intelectuais deveriam se recusar
a acreditar em paixões intelectuais. [5]
Eu despertei algumas tempestades,
mesmo entre os meus amigos. Um deles, um acadêmico progressista, parou de
ler o meu livro e jogou toda a sala. Camus, em poucas frases melancólicas,
acusou-me de fazer o look masculino francês ridículo. Um homem
Mediterrâneo, cultivando o orgulho espanhol, ele permitiria a igualdade mulher
só se ela manteve a sua própria e diferente, reino, também, ele era claro, como
George Orwell teria dito mais igual dos dois. Ele admitiu alegremente para
nós, uma vez que ele não gostava da ideia de ser avaliado e julgado por uma
mulher: ela era o objeto, ele era o olho e a consciência. Ele riu sobre
isso, mas é verdade que ele não aceitava a reciprocidade. Finalmente, com
o calor repentino, ele disse: "Há um argumento que você deveria ter
enfatizado:. Próprio homem sofre por não ser capaz de encontrar um companheiro
real na mulher, ele não aspira à igualdade ' Ele também queria um grito do
fundo do coração ao invés de fundamentação sólida, e além do mais, um grito em
favor dos homens. A maioria dos homens tomou como um insulto pessoal a
informação que eu varejo sobre a frigidez nas mulheres, que queriam imaginar
que eles poderiam dispensar prazer quando e para quem quisessem, a duvidar de
tais poderes, de sua parte era para castrá-los.
Ativistas prometem bloquear a Av. Paulista no domingo, dia 22
Por Caio do Valle, estadao.com.br
Cerca de 3,5 mil pessoas de 50 coletivos sociais prometem bloquear um sentido da via
O centro e o Parque do Ibirapuera, na zona sul, não devem ser os únicos cartões-postais de São Paulo fechados para os automóveis no domingo (22), Dia Mundial Sem Carro. Cerca de 3,5 mil pessoas de 50 coletivos sociais prometem bloquear um sentido da Avenida Paulista para uma "ação educativa", destinada a discutir a mobilidade na capital paulista.
Quadra de basquete, parquinho infantil de material reciclado, piscina de bolinhas e área para piqueniques e para ioga são algumas das atrações prometidas por coletivos como Matilha Cultural, Tsunami e +Voz, unidos para o ato, que ganhou o nome de "Se a Paulista Fosse Minha". Segundo um dos organizadores da Virada da Mobilidade, Edson Silva, esses dispositivos ficarão montados na pista sentido Consolação, em dois quarteirões na região do Museu de Arte de São Paulo (Masp).
"Há alguns meses, em reunião com a Secretaria de Transportes, foi sugerido pelo próprio poder público que nós fizéssemos uma ocupação com os coletivos na Avenida Paulista, para o Dia Mundial Sem Carro", diz Silva, que também integra o movimento SampaPé. "Mas qual não foi a nossa surpresa quando, nesta semana, faltando poucos dias para a ação, recebemos uma nota informando que a Paulista não poderia ser mais utilizada." A alegação é de que faltaria contingente da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) para desvios no trânsito.
O problema é que os coletivos já foram mobilizados e provavelmente não se importarão de ir para a Paulista com suas atividades mesmo sem o aval da gestão Fernando Haddad (PT). "Eles vão para a rua, vão fazer a ação e a pergunta que fica é: o poder público vai deixar de participar dessa oportunidade de discutir a cidade?", afirma Silva.
Outro dos organizadores que haviam sido impelidos a convocar os coletivos, Marcio Nigro, criador do site Caronetas, afirma que o evento será pacífico. Nas conversas que tiveram com a Secretaria de Transportes, eles garantem que ficou acertado que o evento acontecerá das 10 às 22 horas.
secretário municipal dos Transportes, Jilmar Tatto, foi interpelado por Silva e Nigro ontem à tarde, durante um evento sobre mobilidade na zona sul, mas se esquivou de falar no assunto.
A cidade já recebeu outros eventos do tipo. O Minhocão, por exemplo, já teve algumas edições do festival Baixo Centro, com barracas de comida e música, sem autorização oficial da Prefeitura.
No domingo, a Prefeitura já informou que apoiará a restrição a carros apenas dentro da Rótula Central (perímetro viário marcado por avenidas como Mercúrio, Ipiranga, São Luís e a Rua Maria Paula) e no Parque do Ibirapuera.
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O trabalho ininterrupto gera diversas consequências físicas e psicológicas ao empregado. A exigência constante por produtividade faz com ...