Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgados nesta segunda-feira informam que os diretórios nacionais do PT e do PMDB, que compõem a base aliada do governo Dilma Rousseff (PT), gastaram R$ 114 milhões, contra R$ 56,4 milhões do PSDB e DEM, da oposição, em 2011. Na soma de todas as legendas, exceto o PHS, os gastos chegam a R$ 310,5 milhões. O campeão de despesas é o PT, com R$ 71,6 milhões.
O PMDB vem em segundo lugar, com R$ 42,6 milhões, seguido pelo PSDB (R$ 36,1 milhões) e DEM (R$ 20,3 milhões). O menor gasto foi do Partido Pátria Livre (PPL), que totalizou R$ 124 mil. O PT também lidera as arrecadações, com R$ 109,8 milhões. Os diretórios nacionais declararam ao TSE que receberam R$ 382,5 milhões em 2011, e R$ 307,3 milhões foram recebidos pelo Fundo Partidário.
Todos os diretórios nacionais dos 29 partidos prestaram contas do exercício financeiro de 2011 e os dados serão analisados pela Corte; os estaduais, pelo Tribunal Regional Eleitoral do respectivo Estado; e os municipais ou zonais, pelo juiz eleitoral. As penalidades previstas na Lei dos Partidos Políticos (Lei nº 9.096/1995) para as contas não apresentadas ou desaprovadas total ou parcialmente são a suspensão das cotas do Fundo Partidário pelo período de um a 12 meses e a devolução de recursos ao erário. http://noticias.terra.com.br/eleicoes/2012/noticias/0,,OI5772230-EI19136,00-TSE+PT+e+PMDB+gastam+R+mi+a+mais+do+que+PSDB+e+DEM.html
Três dos principais temas discutidos em Brasília nas últimas semanas podem parecer não ter qualquer relação um com o outro, mas estão mais ligados do que parecem. Os desdobramentos da Operação Monte Carlo, que revelaram as ligações políticas do contraventor Carlinhos Cachoeira, a aprovação do novo Código Florestal e o boicote à criação do imposto sobre grandes fortunas remetem a um mesmo tema: a influência do capital privado no Poder Legislativo e a atuação dos lobistas.
Defensor de um dos pontos mais polêmicos da reforma política, que é o financiamento público de campanhas eleitorais, o deputado estadual Robson Leite (PT-RJ) acredita que esse é o único caminho para limitar a forte influência de empresários e grandes empresas na atuação dos parlamentares.
"Hoje, todas as grandes pautas nacionais são contaminadas pelo financiamento privado de campanha", aponta Robson Leite, em entrevista ao JB. "O Código Florestal é um grande exemplo disso. A senadora Kátia Abreu (DEM-TO) fez uma carta aos empresários do agronegócio pedindo recursos para campanhas eleitorais sinalizando para a ameaça de um Código Florestal mais voltado às ideias ambientalistas. E fica claro que o mandato destes políticos se limita a atender os interesses do grande produtor. E é por isso que eu sempre falo: o financiamento privado é o pai e a mãe da corrupção, um instrumento para enriquecer os políticos em troca de lobby. Não dá para acreditar que um empresário dê R$ 200 mil para uma campanha visando apenas o bem do país. É muito ingênuo".
No caso do contraventor Carlinhos Cachoeira, as gravações da Polícia Federal somadas a uma rápida análise da prestação de contas eleitorais dos políticos envolvidos mostra que a quadrilha financiou a campanha da maioria deles. Empresários ligados ao bicheiro fizeram grandes doações às campanhas do senador Demóstenes Torres (DEM-GO) e dos governadores Marconi Perillo (PSDB-GO) e Siqueira Campos (PSDB-TO). Demóstenes, por exemplo, foi flagrado num grampo dizendo que defenderia um projeto para legalizar os jogos de azar no país, se Cachoeira quisesse. Ele também aconselhava o contraventor sobre quais projetos poderiam prejudicá-lo.
O esvaziamento da sessão da Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara, que debatia a criação do imposto sobre grandes fortunas, também escancarou o lobismo dos parlamentares. As bancadas ligadas a empresários ruralistas e do setor industrial foram as principais responsáveis pelo boicote, que também incluiu os partidos evangélicos. JB - Deputado Robson Leite, o senhor crê que os políticos que dependem do financiamento privado acabam se tornando, em última instância, meros lobistas de seus doadores? Robson Leite - Sem dúvida, o capital privado transforma políticos em lobistas. Obviamente, sou contra a regularização do lobby, que alguns chegaram a propor. Isso é uma grande piada. Confesso que a atuação da presidente Dilma Rouseff tem me chamado a atenção. Ela fez críticas às empresas e está pressionando os bancos a baixarem os juros. É raro ver um político ter a ousadia de fazer isso. Mas confesso que estou temeroso em relação ao Código Florestal. Acho que ela vai vetá-lo, mas podem derrubar o veto presidencial se ele voltar à Câmara dos Deputados. E isso acontece porque as grandes pautas temáticas nacionais estão contaminadas pelo grande capital. Os partidos estão enfraquecidos e acabam se vendendo como moeda de troca, viram balcões de negócios. JB - Esse financiamento ocorreria através do fundo partidário? Robson Leite - Muitas pessoas acreditam que as campanhas no Brasil são financiadas parcialmente pelas verbas do fundo partidário em conjunto com as privadas, mas não é bem assim. Hoje, o fundo partidário serve para manter o aparelhamento dos partidos. Os partidos têm funcionários, escritórios, realizam convenções, promovem palestras. O que financia esse funcionamento, em sua maioria, é o fundo partidário. JB - Se o financiamento público de campanhas eleitorais for aprovado na reforma política, então o governo teria que aplicar mais recursos nos partidos. O senhor não teme que a população não goste da ideia de financiar as campanhas eleitorais? Robson Leite - Eu sempre digo uma coisa: o sistema político mais barato que existe é a ditadura. Se o objetivo é minimizar os gastos eleitorais, a saída para qualquer país é colocar um ditador no poder. A democracia é cara e difícil de ser mantida. Se o modelo atual for mantido, veremos episódios como o do Código Florestal se repetindo o tempo todo. Mas há algumas boas ideias. Certa vez, ouvi de um advogado a sugestão da criação de um fundo no qual todas as empresas que participassem de licitações seriam obrigadas a depositar. Nesse caso, um determinado percentual do valor total da licitação deveria ser depositado no fundo partidário e, depois, distribuído entre as legendas. JB - Hoje, a maior parte dos políticos em Brasília está comprometido em algum tipo de lobby. Isso torna a aprovação do financiamento público de campanhas um tema espinhoso da reforma política. É possível ele sair do papel? Robson Leite - Honestamente, eu acho muito difícil. Se o Código Florestal não passou, é evidente que isso não passaria. Ainda mais porque todo o Congresso foi eleito pelo financiamento privado. Por isso eu digo que esse deveria ser um pleito da sociedade. Se o povo cobrar dos políticos, isso vai avançar. Do contrário, o sistema atual será mantido. É aí que entram os movimentos sociais, a sociedade civil organizada, a CNBB. Quem deve pautar a reforma política é a pressão da sociedade civil e o clamor de ideiais. JB - Os críticos do financiamento público de campanhas eleitorais argumentam que ele vai favorecer os grandes partidos em detrimento dos pequenos. Qual é a opinião do senhor a respeito disso? Robson Leite - Realmente, partidos pequenos, como o Psol e até alguns partidos tradicionais, sofreriam muito com esse novo modelo, que deveria basear a divisão de recursos no número de representantes eleitos de cada partido. Mas vivemos num mundo duro e essa medida é muito necessária. Devemos nos questionar se é viável a existência de engajamento político e representatividade quando temos um universo de 38 partidos diferentes. Você precisa limitar isso, senão você cria situações como a do PSD. Ninguém votou no PSD em 2010 simplesmente porque o partido não existia naquela época. Mesmo assim, hoje eles estão próximos de receber uma boa quantidade de verbas do fundo partidário sem ter recebido o voto de nenhum brasileiro. http://www.jb.com.br/pais/noticias/2012/05/14/robson-leite-o-capital-privado-em-campanhas-transforma-politicos-em-lobistas/
Sua pele não pode ser jovem para sempre. Mas por um bom tempo a mais, pode sim. Um ótimo aliado na recuperação da vitalidade e juventude da pele é o laser CO2 fracionado. Ele aumenta a firmeza, suaviza rugas e remove manchas. Como funciona?
O laser atinge a pele em colunas bem próximas umas das outras, aquecendo e eliminando as células atingidas. A pele fica cheia de pontos microscópicos sem células superficiais, as células antigas, que serão substituídas por células novas. E entre esses pontos, surgem áreas da pele intocadas pelo laser, que também sofrem aquecimento. O aquecimento ativa o colágeno, que prolifera, se remodela e fica mais firme. O tratamento
Serve para eliminar manchas e rugas leves e suavizar rugas profundas, podendo ser aplicado em qualquer área da pele. Você pode escolher entre tratamento intenso, com grande densidade de pontos atingidos pelo laser, ou tratamento mais suave. Os resultados estéticos aparecem logo após a recuperação e a pele continua a melhorar por meses, porque a remodelação do colágeno leva de quatro a seis meses para se completar.
Além do tratamento rejuvenescedor, o laser CO2 consegue atenuar cicatrizes de acne. E também é útil no tratamento de estrias.
Dependendo do aparelho utilizado no tratamento, da potência selecionada pelo médico e da indicação são necessárias de uma a quatro sessões de tratamento. A exposição ao sol deve ser evitada por 2 semanas após cada sessão de tratamento. Recuperação
A recuperação da pele varia de acordo com a potência usada no tratamento. No tratamento suave, o tempo de recuperação é menor. No tratamento agressivo a recuperação leva mais tempo, de até duas semanas, mas a melhora da pele é maior. http://veja.abril.com.br/blog/estetica-saude/tratamento/pele-mais-jovem-com-laser-co2-fracionado/
As plásticas de face, com o lifting e a blefaroplastia (correção da pálpebra), estão sendo feitas cada vez mais tarde - por homens e mulheres. Isso se deve a melhor terapia dermatológica disponível hoje em dia, que conta com cremes mais eficazes e tratamentos menos invasivos. Entre esses procedimentos, os mais procurados no período de maio a agosto são os lasers, o peeling e a depilação a laser - que podem ter um aumento na procura de até 50%. “Os processos que deixam a pele mais avermelhada e mais sensível, como os laser, tendem a ser feitos nesse período porque é mais fácil fugir do sol”, diz a dermatologista Shirlei Borelli.
O laser e o peeling são costumeiramente usados para rejuvenescer a pele, tirar rugas, manchas e cicatrizes causadas pela acne. A vermelhidão característica do procedimento tende a durar três semanas, período em que é essencial se proteger contra o sol. Do contrário, a paciente corre riscos de ficar com manchas no rosto.
Já a depilação a laser tende a ser mais procurada no inverno porque a pele bronzeada pode “enganar” o laser. De acordo com Eliandre Palermo, diretora da Sociedade Brasileira de Cirurgias Dermatológicas (SBCD), o equipamento é calibrado na primeira sessão e vai tendo sua energia aumentada gradativamente. "Se o paciente aparece no meio do tratamento mais bronzeado, o médico perde o parâmetro", diz Eliandre. Em alguns casos, essa disparidade pode levar a queimaduras, bolhas e manchas. http://veja.abril.com.br/noticia/saude/comecou-a-temporada-de-cirurgias-plasticas
O que é: O procedimento consiste na lipoaspiração do abdome, seguida de uma plástica para retirada de pele e modelagem do local. A técnica permite um menor descolamento da pele e proporciona uma maior tensão à musculatura da parede abdominal.
Essa plástica ajuda a reaproximar os músculos retos do abdome (que se ligam na linha vertical que vai das costelas ao umbigo), que foram afastados pela gestação ou por uma grande perda de peso. “Esse afastamento acontece em graus variáveis, podendo ser mínimo a chegar aos cinco centímetros”, diz Golcman.
Até um mês após a operação, o paciente não pode fazer esforço físico, com risco de abrir pontos e prejudicar a cicatrização. Complicações: São três as complicações mais comuns quando o pós-operatório não é seguido à risca: prejuízos na cicatrização e sangramento e infecção locais. Em alguns casos, pode haver a formação de queloides na cicatriz, que independente da conduta do médico e do paciente. Na plástica do abdome podem aparecer ainda os seromas, formações de líquido entre a musculatura e a pele. O problema pode ser revertido com sessões de drenagem linfática.
Transformação – Para aproveitar as vantagens de operar no inverno, alguns pacientes optam por fazer mais de um procedimento ao mesmo tempo. As associações mais comuns são aquelas feitas em regiões do corpo que estão próximas, como mama e barriga. “Essas duas áreas evidenciam uma a outra. Se você tem uma deformidade na mama e uma barriguinha, a operação na mama vai chamar a atenção para a barriga”, diz Golcman. Mas é possível ainda, sem aumento de riscos ao paciente, realizar uma cirurgia na região do tronco, como o abdome, e outra no rosto. "Não é frequente, mas é algo que pode ser feito", diz.
Operações muito longas, entretanto, não são recomendadas. Isso porque elas podem potencializar os riscos inerentes a qualquer procedimento cirúrgico. De acordo com os especialistas, o ideal é que a plástica não passe de cinco horas. Acima disso, aumentam os riscos de complicações, como possíveis casos de tromboses e de hipotermia.
Quem não pode
Há uma série de fatores que aumentam o risco de quem passará por uma cirurgia plástica. Saiba quais são eles
•Não se deve tomar aspirina nem ervas medicinais 2 semanas antes e 2 semanas depois da cirurgia. Elas aumentam o risco de sangramentos. O mesmo vale para pessoas com distúrbios de coagulação, como hemofilia e coagulopatias
•Quem se submeterá a cirurgias na face e no abdome não deve fumar 1 mês antes/depois da cirurgia, sob o risco de aumentar as chances de necrose da pele
•Álcool também deve ser evitado 2 semanas antes/depois. As bebidas alcoólicas aumentam a retenção de líquido pelo corpo, favorecendo o inchaço depois da cirurgia
•Quem tem anemia não pode passar por nenhuma cirurgia. A doença acarreta graves problemas de cicatrização
•Portadores de doenças crônicas descompensadas. Quem tem diabetes pode ter problemas de cicatrização e quem tem problemas cardiorrespiratórios pode enfrentar problemas com a anestesia
•Os remédios para acne precisam ser suspensos 6 meses antes. Eles aumentam o risco de queloides
• Não há problema em tomar sol antes da cirurgia, mas nos 2 meses após a operação é preciso evitar, por causa do inchaço
Fonte: Alan Landecker, especialista em cirurgia plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica
Plásticas sucessivas também representam perigo. Toda operação cria um tecido de cicatrização. Qualquer cirurgia no mesmo local que aconteça depois é mais complicada. “Há riscos dessa segunda cicatriz ter uma 'qualidade inferior': a cicatrização pode ser pior, ela pode ficar mais feia, pode demorar mais para fechar. Quando, por exemplo, são feitas três operações no mesmo lugar, há risco de necrose do tecido local, de depressões, de perda de elasticidade, da cicatriz ficar alargada (em vez de um risquinho, fica uma faixa mais larga) e de uma menor vascularização", afirma o cirurgião Alan Landecker, membro da Sociedade Internacional de Cirurgiões Plásticos Estéticos. Hora extra – De maio a agosto, o número de cirurgias aumenta tanto que algumas clínicas chegam a ter dificuldades para marcar novos procedimentos. Na clínica onde trabalha o cirurgião André Colaneri, para ser atendido nessa época do ano, o paciente precisa marcar a operação com mais de um mês de antecedência. “Em média, faço 18 cirurgias por mês. Mas só em julho do ano passado fiz 30”, diz.
Os grandes centros também costumam sentir a diferença do período. Ano passado, por exemplo, o Hospital Albert Einstein teve 39% mais plásticas no período de maio a agosto, comparado ao quadrimestre de dezembro a março (verão). Para responder a essa demanda, os cirurgiões costumam aumentar a jornada de trabalho, atendendo em finais de semana e feriados. Há casos ainda onde há uma reformulação no processo de trabalho, como na clínica Ivo Pitanguy, no Rio de Janeiro. No local, os atendimentos de consultório e do pós-operatório costumam ser redirecionados a colaboradores devidamente treinados. http://veja.abril.com.br/noticia/saude/comecou-a-temporada-de-cirurgias-plasticas
O que é: A cirurgia do nariz pode ser feita para remodelar seu perfil, a forma da ponta, o tamanho (diminuir ou aumentar), a projeção ou a largura. O procedimento não costuma deixar cicatriz aparente, já que os cortes são feitos por dentro dos orifícios do nariz. “Essa cirurgia mudou muito. Hoje em dia, se tira muito menos cartilagens e ossos e se modela muito mais”, diz Ronaldo Golcman.
Em algumas situações, para atingir o formato ideal, é preciso colocar pequenos enxertos no nariz. Essa cartilagem costuma ser retirada do próprio nariz do paciente, sem danos. Em três semanas, os roxos do pós-operatório já desapareceram. Complicações: São três as complicações mais comuns quando o pós-operatório não é seguido à risca: prejuízos na cicatrização e sangramento e infecção locais. Em alguns casos, pode haver a formação de queloides na cicatriz, que independente da conduta do médico e do paciente. Há riscos ainda de problemas respiratórios, irregularidades visíveis ou palpáveis e de insatisfação com o visual final.
Transformação – Para aproveitar as vantagens de operar no inverno, alguns pacientes optam por fazer mais de um procedimento ao mesmo tempo. As associações mais comuns são aquelas feitas em regiões do corpo que estão próximas, como mama e barriga. “Essas duas áreas evidenciam uma a outra. Se você tem uma deformidade na mama e uma barriguinha, a operação na mama vai chamar a atenção para a barriga”, diz Golcman. Mas é possível ainda, sem aumento de riscos ao paciente, realizar uma cirurgia na região do tronco, como o abdome, e outra no rosto. "Não é frequente, mas é algo que pode ser feito", diz.
Operações muito longas, entretanto, não são recomendadas. Isso porque elas podem potencializar os riscos inerentes a qualquer procedimento cirúrgico. De acordo com os especialistas, o ideal é que a plástica não passe de cinco horas. Acima disso, aumentam os riscos de complicações, como possíveis casos de tromboses e de hipotermia.
Quem não pode
Há uma série de fatores que aumentam o risco de quem passará por uma cirurgia plástica. Saiba quais são eles
•Não se deve tomar aspirina nem ervas medicinais 2 semanas antes e 2 semanas depois da cirurgia. Elas aumentam o risco de sangramentos. O mesmo vale para pessoas com distúrbios de coagulação, como hemofilia e coagulopatias
•Quem se submeterá a cirurgias na face e no abdome não deve fumar 1 mês antes/depois da cirurgia, sob o risco de aumentar as chances de necrose da pele
•Álcool também deve ser evitado 2 semanas antes/depois. As bebidas alcoólicas aumentam a retenção de líquido pelo corpo, favorecendo o inchaço depois da cirurgia
•Quem tem anemia não pode passar por nenhuma cirurgia. A doença acarreta graves problemas de cicatrização
•Portadores de doenças crônicas descompensadas. Quem tem diabetes pode ter problemas de cicatrização e quem tem problemas cardiorrespiratórios pode enfrentar problemas com a anestesia
•Os remédios para acne precisam ser suspensos 6 meses antes. Eles aumentam o risco de queloides
• Não há problema em tomar sol antes da cirurgia, mas nos 2 meses após a operação é preciso evitar, por causa do inchaço
Fonte: Alan Landecker, especialista em cirurgia plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica
Plásticas sucessivas também representam perigo. Toda operação cria um tecido de cicatrização. Qualquer cirurgia no mesmo local que aconteça depois é mais complicada. “Há riscos dessa segunda cicatriz ter uma 'qualidade inferior': a cicatrização pode ser pior, ela pode ficar mais feia, pode demorar mais para fechar. Quando, por exemplo, são feitas três operações no mesmo lugar, há risco de necrose do tecido local, de depressões, de perda de elasticidade, da cicatriz ficar alargada (em vez de um risquinho, fica uma faixa mais larga) e de uma menor vascularização", afirma o cirurgião Alan Landecker, membro da Sociedade Internacional de Cirurgiões Plásticos Estéticos. Hora extra – De maio a agosto, o número de cirurgias aumenta tanto que algumas clínicas chegam a ter dificuldades para marcar novos procedimentos. Na clínica onde trabalha o cirurgião André Colaneri, para ser atendido nessa época do ano, o paciente precisa marcar a operação com mais de um mês de antecedência. “Em média, faço 18 cirurgias por mês. Mas só em julho do ano passado fiz 30”, diz.
Os grandes centros também costumam sentir a diferença do período. Ano passado, por exemplo, o Hospital Albert Einstein teve 39% mais plásticas no período de maio a agosto, comparado ao quadrimestre de dezembro a março (verão). Para responder a essa demanda, os cirurgiões costumam aumentar a jornada de trabalho, atendendo em finais de semana e feriados. Há casos ainda onde há uma reformulação no processo de trabalho, como na clínica Ivo Pitanguy, no Rio de Janeiro. No local, os atendimentos de consultório e do pós-operatório costumam ser redirecionados a colaboradores devidamente treinados. http://veja.abril.com.br/noticia/saude/comecou-a-temporada-de-cirurgias-plasticas
O que é: A cirurgia retira o excesso de pele ou o acúmulo de gordura nas pálpebras, tanto superiores quanto inferiores. Geralmente, é realizada por pacientes que reclamam de uma aparência de cansaço, inchaço ou envelhecimento ao redor dos olhos.
Quando o procedimento pede apenas a retirada das bolsas de gordura na pálpebra inferior, não há cicatriz visível. No caso de retirada de pele inferior, a cicatriz fica rente aos cílios. Na pálpebra superior, a cicatriz fica na dobra do olho.
Após cinco a sete dias, a região já perde inchaço e é possível retirar os pontos. Em três semanas, o roxo desaparece. Complicações: São três as complicações mais comuns quando o pós-operatório não é seguido à risca: prejuízos na cicatrização e sangramento e infecção locais. Em alguns casos, pode haver a formação de queloides na cicatriz, que independente da conduta do médico e do paciente.
Transformação – Para aproveitar as vantagens de operar no inverno, alguns pacientes optam por fazer mais de um procedimento ao mesmo tempo. As associações mais comuns são aquelas feitas em regiões do corpo que estão próximas, como mama e barriga. “Essas duas áreas evidenciam uma a outra. Se você tem uma deformidade na mama e uma barriguinha, a operação na mama vai chamar a atenção para a barriga”, diz Golcman. Mas é possível ainda, sem aumento de riscos ao paciente, realizar uma cirurgia na região do tronco, como o abdome, e outra no rosto. "Não é frequente, mas é algo que pode ser feito", diz.
Operações muito longas, entretanto, não são recomendadas. Isso porque elas podem potencializar os riscos inerentes a qualquer procedimento cirúrgico. De acordo com os especialistas, o ideal é que a plástica não passe de cinco horas. Acima disso, aumentam os riscos de complicações, como possíveis casos de tromboses e de hipotermia.
Quem não pode
Há uma série de fatores que aumentam o risco de quem passará por uma cirurgia plástica. Saiba quais são eles
•Não se deve tomar aspirina nem ervas medicinais 2 semanas antes e 2 semanas depois da cirurgia. Elas aumentam o risco de sangramentos. O mesmo vale para pessoas com distúrbios de coagulação, como hemofilia e coagulopatias
•Quem se submeterá a cirurgias na face e no abdome não deve fumar 1 mês antes/depois da cirurgia, sob o risco de aumentar as chances de necrose da pele
•Álcool também deve ser evitado 2 semanas antes/depois. As bebidas alcoólicas aumentam a retenção de líquido pelo corpo, favorecendo o inchaço depois da cirurgia
•Quem tem anemia não pode passar por nenhuma cirurgia. A doença acarreta graves problemas de cicatrização
•Portadores de doenças crônicas descompensadas. Quem tem diabetes pode ter problemas de cicatrização e quem tem problemas cardiorrespiratórios pode enfrentar problemas com a anestesia
•Os remédios para acne precisam ser suspensos 6 meses antes. Eles aumentam o risco de queloides
• Não há problema em tomar sol antes da cirurgia, mas nos 2 meses após a operação é preciso evitar, por causa do inchaço
Fonte: Alan Landecker, especialista em cirurgia plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica
Plásticas sucessivas também representam perigo. Toda operação cria um tecido de cicatrização. Qualquer cirurgia no mesmo local que aconteça depois é mais complicada. “Há riscos dessa segunda cicatriz ter uma 'qualidade inferior': a cicatrização pode ser pior, ela pode ficar mais feia, pode demorar mais para fechar. Quando, por exemplo, são feitas três operações no mesmo lugar, há risco de necrose do tecido local, de depressões, de perda de elasticidade, da cicatriz ficar alargada (em vez de um risquinho, fica uma faixa mais larga) e de uma menor vascularização", afirma o cirurgião Alan Landecker, membro da Sociedade Internacional de Cirurgiões Plásticos Estéticos. Hora extra – De maio a agosto, o número de cirurgias aumenta tanto que algumas clínicas chegam a ter dificuldades para marcar novos procedimentos. Na clínica onde trabalha o cirurgião André Colaneri, para ser atendido nessa época do ano, o paciente precisa marcar a operação com mais de um mês de antecedência. “Em média, faço 18 cirurgias por mês. Mas só em julho do ano passado fiz 30”, diz.
Os grandes centros também costumam sentir a diferença do período. Ano passado, por exemplo, o Hospital Albert Einstein teve 39% mais plásticas no período de maio a agosto, comparado ao quadrimestre de dezembro a março (verão). Para responder a essa demanda, os cirurgiões costumam aumentar a jornada de trabalho, atendendo em finais de semana e feriados. Há casos ainda onde há uma reformulação no processo de trabalho, como na clínica Ivo Pitanguy, no Rio de Janeiro. No local, os atendimentos de consultório e do pós-operatório costumam ser redirecionados a colaboradores devidamente treinados. http://veja.abril.com.br/noticia/saude/comecou-a-temporada-de-cirurgias-plasticas
O que é: A técnica consiste na retirada de gordura localizada, com o uso de cânulas com espessuras que podem variar de dois a quatro milímetros. Em geral, o procedimento é feito em regiões como barriga, costas e pernas. Em três semanas a paciente já está livre dos roxos. A cinta compressora deve ser usada por um mês, para ajudar a diminuir o inchaço e os focos roxos, além de ajudar a modelar o local.
A operação dura, em média, duas horas. Complicações: São três as complicações mais comuns quando o pós-operatório não é seguido à risca: prejuízos na cicatrização e sangramento e infecção locais. Em alguns casos, pode haver a formação de queloides na cicatriz, que independente da conduta do médico e do paciente. Na lipo, há riscos ainda de irregularidades visíveis. Isso pode acontecer por problemas durante a retirada da gordura ou quando a fisioterapia pós-operatório não é feita adequadamente.
Transformação – Para aproveitar as vantagens de operar no inverno, alguns pacientes optam por fazer mais de um procedimento ao mesmo tempo. As associações mais comuns são aquelas feitas em regiões do corpo que estão próximas, como mama e barriga. “Essas duas áreas evidenciam uma a outra. Se você tem uma deformidade na mama e uma barriguinha, a operação na mama vai chamar a atenção para a barriga”, diz Golcman. Mas é possível ainda, sem aumento de riscos ao paciente, realizar uma cirurgia na região do tronco, como o abdome, e outra no rosto. "Não é frequente, mas é algo que pode ser feito", diz.
Operações muito longas, entretanto, não são recomendadas. Isso porque elas podem potencializar os riscos inerentes a qualquer procedimento cirúrgico. De acordo com os especialistas, o ideal é que a plástica não passe de cinco horas. Acima disso, aumentam os riscos de complicações, como possíveis casos de tromboses e de hipotermia.
Quem não pode
Há uma série de fatores que aumentam o risco de quem passará por uma cirurgia plástica. Saiba quais são eles
•Não se deve tomar aspirina nem ervas medicinais 2 semanas antes e 2 semanas depois da cirurgia. Elas aumentam o risco de sangramentos. O mesmo vale para pessoas com distúrbios de coagulação, como hemofilia e coagulopatias
•Quem se submeterá a cirurgias na face e no abdome não deve fumar 1 mês antes/depois da cirurgia, sob o risco de aumentar as chances de necrose da pele
•Álcool também deve ser evitado 2 semanas antes/depois. As bebidas alcoólicas aumentam a retenção de líquido pelo corpo, favorecendo o inchaço depois da cirurgia
•Quem tem anemia não pode passar por nenhuma cirurgia. A doença acarreta graves problemas de cicatrização
•Portadores de doenças crônicas descompensadas. Quem tem diabetes pode ter problemas de cicatrização e quem tem problemas cardiorrespiratórios pode enfrentar problemas com a anestesia
•Os remédios para acne precisam ser suspensos 6 meses antes. Eles aumentam o risco de queloides
• Não há problema em tomar sol antes da cirurgia, mas nos 2 meses após a operação é preciso evitar, por causa do inchaço
Fonte: Alan Landecker, especialista em cirurgia plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica
Plásticas sucessivas também representam perigo. Toda operação cria um tecido de cicatrização. Qualquer cirurgia no mesmo local que aconteça depois é mais complicada. “Há riscos dessa segunda cicatriz ter uma 'qualidade inferior': a cicatrização pode ser pior, ela pode ficar mais feia, pode demorar mais para fechar. Quando, por exemplo, são feitas três operações no mesmo lugar, há risco de necrose do tecido local, de depressões, de perda de elasticidade, da cicatriz ficar alargada (em vez de um risquinho, fica uma faixa mais larga) e de uma menor vascularização", afirma o cirurgião Alan Landecker, membro da Sociedade Internacional de Cirurgiões Plásticos Estéticos. Hora extra – De maio a agosto, o número de cirurgias aumenta tanto que algumas clínicas chegam a ter dificuldades para marcar novos procedimentos. Na clínica onde trabalha o cirurgião André Colaneri, para ser atendido nessa época do ano, o paciente precisa marcar a operação com mais de um mês de antecedência. “Em média, faço 18 cirurgias por mês. Mas só em julho do ano passado fiz 30”, diz.
Os grandes centros também costumam sentir a diferença do período. Ano passado, por exemplo, o Hospital Albert Einstein teve 39% mais plásticas no período de maio a agosto, comparado ao quadrimestre de dezembro a março (verão). Para responder a essa demanda, os cirurgiões costumam aumentar a jornada de trabalho, atendendo em finais de semana e feriados. Há casos ainda onde há uma reformulação no processo de trabalho, como na clínica Ivo Pitanguy, no Rio de Janeiro. No local, os atendimentos de consultório e do pós-operatório costumam ser redirecionados a colaboradores devidamente treinados. http://veja.abril.com.br/noticia/saude/comecou-a-temporada-de-cirurgias-plasticas
O que é: As próteses mamárias podem ser feitas de silicone, de solução salina ou de silicone com solução salina. A mais aceita atualmente é a totalmente de silicone, já que ela garante a melhor textura e palpação, além de trazer resultados mais bonitos. A prótese ajustável, feita de 90% de silicone e 10% de solução salina permite ao cirurgião equilibrar o tamanho dos dois seios, quando há diferença de volume entre as mamas.
De acordo com Ronaldo Golcman, chefe da equipe de cirurgia plástica do Hospital Israelita Albert Einstein, existe três maneiras de se colocar a prótese: pela axila, pela aréola e pelo sulco da mama. “O melhor método é pelo sulco, porque não há interferência na mama, você passa por debaixo dela”, diz. Há ainda menos risco de contaminação pelas bactérias que ficam alojadas na aréola, de perda de sensibilidade e mais controle em caso de rompimento de um vaso.
A operação não é indicada para mulheres jovens que ainda não atingiram a maturidade sexual. Em média, o procedimento costuma ser liberado de dois a três anos após a primeira menstruação. Complicações: São três as complicações mais comuns quando o pós-operatório não é seguido à risca: prejuízos na cicatrização e sangramento e infecção locais. Em alguns casos, pode haver a formação de queloides na cicatriz, que independente da conduta do médico e do paciente. Em menos de 3% dos casos, há chances de acontecer um engrossamento da pele na cicatriz por fora da prótese, o que causa dor, além de deformar o visual.
Transformação – Para aproveitar as vantagens de operar no inverno, alguns pacientes optam por fazer mais de um procedimento ao mesmo tempo. As associações mais comuns são aquelas feitas em regiões do corpo que estão próximas, como mama e barriga. “Essas duas áreas evidenciam uma a outra. Se você tem uma deformidade na mama e uma barriguinha, a operação na mama vai chamar a atenção para a barriga”, diz Golcman. Mas é possível ainda, sem aumento de riscos ao paciente, realizar uma cirurgia na região do tronco, como o abdome, e outra no rosto. "Não é frequente, mas é algo que pode ser feito", diz.
Operações muito longas, entretanto, não são recomendadas. Isso porque elas podem potencializar os riscos inerentes a qualquer procedimento cirúrgico. De acordo com os especialistas, o ideal é que a plástica não passe de cinco horas. Acima disso, aumentam os riscos de complicações, como possíveis casos de tromboses e de hipotermia.
Quem não pode
Há uma série de fatores que aumentam o risco de quem passará por uma cirurgia plástica. Saiba quais são eles
•Não se deve tomar aspirina nem ervas medicinais 2 semanas antes e 2 semanas depois da cirurgia. Elas aumentam o risco de sangramentos. O mesmo vale para pessoas com distúrbios de coagulação, como hemofilia e coagulopatias
•Quem se submeterá a cirurgias na face e no abdome não deve fumar 1 mês antes/depois da cirurgia, sob o risco de aumentar as chances de necrose da pele
•Álcool também deve ser evitado 2 semanas antes/depois. As bebidas alcoólicas aumentam a retenção de líquido pelo corpo, favorecendo o inchaço depois da cirurgia
•Quem tem anemia não pode passar por nenhuma cirurgia. A doença acarreta graves problemas de cicatrização
•Portadores de doenças crônicas descompensadas. Quem tem diabetes pode ter problemas de cicatrização e quem tem problemas cardiorrespiratórios pode enfrentar problemas com a anestesia
•Os remédios para acne precisam ser suspensos 6 meses antes. Eles aumentam o risco de queloides
• Não há problema em tomar sol antes da cirurgia, mas nos 2 meses após a operação é preciso evitar, por causa do inchaço
Fonte: Alan Landecker, especialista em cirurgia plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica
Plásticas sucessivas também representam perigo. Toda operação cria um tecido de cicatrização. Qualquer cirurgia no mesmo local que aconteça depois é mais complicada. “Há riscos dessa segunda cicatriz ter uma 'qualidade inferior': a cicatrização pode ser pior, ela pode ficar mais feia, pode demorar mais para fechar. Quando, por exemplo, são feitas três operações no mesmo lugar, há risco de necrose do tecido local, de depressões, de perda de elasticidade, da cicatriz ficar alargada (em vez de um risquinho, fica uma faixa mais larga) e de uma menor vascularização", afirma o cirurgião Alan Landecker, membro da Sociedade Internacional de Cirurgiões Plásticos Estéticos. Hora extra – De maio a agosto, o número de cirurgias aumenta tanto que algumas clínicas chegam a ter dificuldades para marcar novos procedimentos. Na clínica onde trabalha o cirurgião André Colaneri, para ser atendido nessa época do ano, o paciente precisa marcar a operação com mais de um mês de antecedência. “Em média, faço 18 cirurgias por mês. Mas só em julho do ano passado fiz 30”, diz.
Os grandes centros também costumam sentir a diferença do período. Ano passado, por exemplo, o Hospital Albert Einstein teve 39% mais plásticas no período de maio a agosto, comparado ao quadrimestre de dezembro a março (verão). Para responder a essa demanda, os cirurgiões costumam aumentar a jornada de trabalho, atendendo em finais de semana e feriados. Há casos ainda onde há uma reformulação no processo de trabalho, como na clínica Ivo Pitanguy, no Rio de Janeiro. No local, os atendimentos de consultório e do pós-operatório costumam ser redirecionados a colaboradores devidamente treinados. http://veja.abril.com.br/noticia/saude/comecou-a-temporada-de-cirurgias-plasticas
Os corpos bonitos do verão começam a ser esculpidos durante o outono e inverno. O clima mais ameno, a menor exposição ao sol e as férias escolares deixam as salas de cirurgia lotadas
Aretha Yarak e Guilherme Rosa
De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), as plásticas correspondem a 17% dos procedimentos cirúrgicos do Brasil (Thinkstock)
Uma grande parcela dos corpos perfeitos que desfilam nas praias no verão é resultado de uma maratona que passa longe das academias de ginástica. Começa meses antes, durante o outono e o inverno. Todo ano, nesse período, as clínicas de cirurgia plástica têm um movimento até 40% maior graças a pacientes que procuram principalmente lipoaspiração, aumento dos seios, abdominoplastia e correções no nariz e nas pálpebras.
Para se ter uma ideia do volume a mais que as cirurgias de inverno representam, segundo os dados mais recentes, divulgados pela Sociedade Internacional de Cirurgiões Plásticos Estéticos, os mais de 5.000 cirurgiões plásticos brasileiros realizaram 1,6 milhão de cirurgias em 2009, quase 17% de todos os procedimentos cirúrgicos realizados no Brasil (veja gráfico abaixo). O Brasil é o segundo país onde são realizadas mais cirurgias plásticas, com 1.592.106 procedimento por ano. Só fica atrás dos Estados Unidos, com 1.620.855.
A preferência pelo intervalo entre o fim de maio e o começo de agosto se dá por razões práticas e médicas. Os três meses que separam o período do verão são suficientes para os pacientes se recuperarem plenamente e evitar os efeitos potencialmente nocivos do sol e do calor durante o pós-operatório. "Nessa época, é natural que exista uma menor exposição ao sol. Isso ajuda a evitar possíveis manchas na pele e na cicatriz", explica o cirurgião plástico Miguel Sorrentino. Além disso, quando a temperatura ambiente está mais elevada há vaso dilatação — e consequente maior inchaço.
Os dias abafados do verão ainda representam um incômodo extra para quem se submete a uma cirurgia plástica. A cinta usada depois da operação é grossa, apertada e esquenta muito. A esses fatores junta-se o fato de que as férias escolares aumentam o tempo de repouso dos pacientes, já que não precisam levar e buscar os filhos diariamente.
As férias podem ser ainda uma saída para driblar o choque da mudança. Ao se ausentarem por um tempo da vida social e profissional, os pacientes conseguem esconder o período de inchaço e marcas. "Quando retornam de férias, com o rosto retocado ou depois de uma lipo, é mais fácil passar despercebido", diz Ronaldo Golcman, chefe da equipe de cirurgia plástica do Hospital Israelita Albert Einstein.
Os homens também usam o inverno para esse tipo de 'escapada'. De acordo com o último censo feito pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), referente a 2008, eles respondiam por 12% do total de cirurgias plásticas realizadas no país. "Atualmente, esse porcentual já deve chegar aos 15%", diz José Horácio Aboudib, presidente da SBCP. Entre os procedimentos mais procurados estão o implante de cabelo, a lipoaspiração e as cirurgias de pálpebra e de face. http://veja.abril.com.br/noticia/saude/comecou-a-temporada-de-cirurgias-plasticas
Para Cláudia Sampaio, ao questionarem sua atuação, parlamentares querem desgastar Roberto Gurgel por causa do julgamento do mensalão
Cláudia Sampaio e Gurgel: "Aconteceu no momento em que está perto do julgamento do mensalão" (Carlos Moura/CB/D.A Press)
Ameaçada de convocação por integrantes da CPI do Cachoeira, a subprocuradora-geral da República Cláudia Sampaio Marques disse que não teme a quebra de seu sigilo telefônico e que irá ao Congresso se for convocada. "Os parlamentares não são burros e sabem que o Ministério Público agiu corretamente", declarou Cláudia, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo neste domingo.
Mulher do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, a subprocuradora é acusada por setores da base aliada de não levar adiante uma investigação contra parlamentares envolvidos com o contraventor Carlinhos Cachoeira, principalmente o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), em 2009. Cláudia diz que tomou a decisão em conjunto com o delegado da Polícia Federal (PF) responsável pelo caso. Segundo ela, ao questionar sua atuação, integrantes da CPI querem desgastar Roberto Gurgel por causa do julgamento do mensalão.
"Se tivesse arquivado em 2009, a investigação morreria ali e não teria dado em nada", afirmou. "É aquele negócio: aconteceu no momento em que está perto do julgamento do mensalão". Cláudia diz que, se convocada, vai à CPI esclarecer sua participação.
Cláudia também disse não estar preocupada com o pedido do senador Sérgio Souza (PMDB-PR) de quebrar seu sigilo telefônico nos últimos três anos. "Ele vai ter uma desagradável surpresa. Nunca conversei com parlamentares no meu telefone. Só falava com meus filhos e meu marido", disse. Guerra de versões - Polícia Federal e Ministério Público protagonizam uma verdadeira guerra de versões sobre as investigações a respeito do esquema comandado por Carlinhos Cachoeira. Em depoimento à CPI, na semana passada, o delegado PF Raul Alexandre Souza atribuiu a Cláudia Sampaio a decisão de paralisar as investigações da operação da PF.
Apesar dos indícios da ligação de agentes políticos com a quadrilha, o delegado disse que a subprocuradora não levou o caso adiante por não enxergar materialidade nas informações colhidas. As relações do senador com Cachoeira só seriam reveladas em fevereiro deste ano, com a operação Monte Carlo. No sábado, o jornal Folha de S. Paulo divulgou uma informação diferente: Cláudia disse que a apuração foi paralisada a pedido da própria PF.
Parlamentares defendem a convocação da subprocuradora. E subiram o tom ao insistir para que o próprio Gurgel fale à CPI. Desde que a comissão foi instalada, Gurgel é pressionado a esclarecer as investigações das operações Vegas e Monte Carlo e explicar por que demorou cerca de três anos para levar as suspeitas contra o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Em resposta às críticas, o chefe do MP disse que elas partiram daqueles que têm "medo do julgamento do mensalão" - o maior escândalo do governo Lula, que deve entrar em pauta este ano no STF. Gurgel será o acusador contra os 38 réus suspeitos de receber propina em troca de apoio político no Congresso Nacional. http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/subprocuradora-geral-ira-a-cpi-se-for-convocada--2
Vários jornais veicularam no fim de semana uma notícia que poderá ajudar a entender a embriogênese humana e permitir no futuro grandes avanços na tecnologia de reprodução assistida. Trata-se de uma pesquisa liderada pelo cientista Jonathan Tilly (Harvard Medical School, Boston) publicada na revista Nature Medicine (26 de fevereiro). Os pesquisadores mostraram que existem nas paredes do ovário células-tronco raras que teriam o potencial de formar ovócitos (células que originam os óvulos) de maneira análoga às células-tronco espermatogoniais que dão origem aos espermatozóides nos testículos adultos. Essa observação que já havia sido publicada em camundongos foi agora testada e depois de 3 anos de pesquisas aparentemente comprovada também com células humanas. A quebra de um paradigma
Desde a década de 50, aceita-se que o sexo feminino já nasce com um “pool” de ovócitos que não poderia ser expandido. Isto é, uma vez terminado o estoque não seria possível produzir novas células reprodutoras femininas. Entretanto em 2004 uma pesquisa liderada também por Jonathan Tilly demonstrou que existe no tecido ovariano de fêmeas de camundongos uma população rara de células-tronco que podem gerar ovócitos. Essa células foram denominadas OSCs (do inglês oogonial stem-cells). Essa publicação gerou muitas críticas na época, mas pesquisas posteriores mostraram que era de fato possível isolar células OSCs de ovários de fêmeas de camundongos recém-nascidas e adultas. Essas células quando transplantadas em ovários de outras fêmeas que haviam sido submetidas a quimioterapia formaram óvulos maduros que foram fertilizados e produziram descendentes viáveis. Estava comprovado que as OSCs tinham o potencial de gerar óvulos normais e que, portanto, o envelhecimento do ovário era um processo reversível. Pelo menos em fêmeas de camundongos. Qual foi o próximo passo?
Agora a grande questão era saber se isso também acontece com os seres humanos. Isto é, se há também nos ovários das mulheres células-tronco com o potencial de formar óvulos. Para responder essa questão os cientistas liderados pelo mesmo Dr. Jonathan Tilly obtiveram tecido ovariano que havia sido retirado de mulheres jovens (entre 20 e início dos 30) e conseguiram identificar células-tronco muito semelhantes às OSCs de fêmeas de camundongos. Quando colocadas em cultura essas células humanas – que foram marcadas previamente de modo a terem um brilho verde para facilitar sua identificação – tinham as mesmas características que ovócitos encontrados em ovários humanos. E “in vivo” como essas células se comportariam?
Para responder essa próxima questão, os cientistas inseriram esses ovócitos em fragmentos de tecido ovariano humano que foram depois transplantados sob a pele de camundongos imunologicamente deficientes ( isto é, manipulados geneticamente para não rejeitar tecidos humanos). Duas semanas depois os pesquisadores observaram que o tecido ovariano implantado continha inúmeros folículos com ovócitos humanos no seu interior que brilhavam com a cor verde, comprovando que eram de fato humanas e não de camundongos. E agora? Quais são as grandes dúvidas?
É importante salientar que essas células são raras o que explica em parte o longo tempo dos experimentos para obtê-las. Por outro lado, os cientistas mostraram que elas podem ser expandidas o que permitirá inúmeras novas pesquisas sobre embriogênese humana e envelhecimento ovariano. Entretanto, há muitas questões ainda a serem respondidas. A primeira que me surgiu ao ler o trabalho foi que as células OSCs haviam sido obtidas de tecido ovariano de mulheres jovens. Será que estão presentes também nos ovários de mulheres mais idosas e principalmente após a menopausa? Essa questão será mais fácil de ser respondida com novas pesquisas. A mais complicada, no entanto, é descobrir se os óvulos derivados dessas células seriam capazes de gerar bebês normais. Isso poderia revolucionar a medicina reprodutiva. Mas, por motivos óbvios não será possível repetir o experimento dos camundongos. Esperemos que os avanços tecnológicos possam resolver esse impasse.