segunda-feira 14 2012

Lipoabdominoplastia

O que é: O procedimento consiste na lipoaspiração do abdome, seguida de uma plástica para retirada de pele e modelagem do local. A técnica permite um menor descolamento da pele e proporciona uma maior tensão à musculatura da parede abdominal.
Essa plástica ajuda a reaproximar os músculos retos do abdome (que se ligam na linha vertical que vai das costelas ao umbigo), que foram afastados pela gestação ou por uma grande perda de peso. “Esse afastamento acontece em graus variáveis, podendo ser mínimo a chegar aos cinco centímetros”, diz Golcman.
Até um mês após a operação, o paciente não pode fazer esforço físico, com risco de abrir pontos e prejudicar a cicatrização.
Complicações: São três as complicações mais comuns quando o pós-operatório não é seguido à risca: prejuízos na cicatrização e sangramento e infecção locais. Em alguns casos, pode haver a formação de queloides na cicatriz, que independente da conduta do médico e do paciente. Na plástica do abdome podem aparecer ainda os seromas, formações de líquido entre a musculatura e a pele. O problema pode ser revertido  com sessões de drenagem linfática.
Transformação – Para aproveitar as vantagens de operar no inverno, alguns pacientes optam por fazer mais de um procedimento ao mesmo tempo. As associações mais comuns são aquelas feitas em regiões do corpo que estão próximas, como mama e barriga. “Essas duas áreas evidenciam uma a outra. Se você tem uma deformidade na mama e uma barriguinha, a operação na mama vai chamar a atenção para a barriga”, diz Golcman. Mas é possível ainda, sem aumento de riscos ao paciente, realizar uma cirurgia na região do tronco, como o abdome, e outra no rosto. "Não é frequente, mas é algo que pode ser feito", diz.
Operações muito longas, entretanto, não são recomendadas. Isso porque elas podem potencializar os riscos inerentes a qualquer procedimento cirúrgico. De acordo com os especialistas, o ideal é que a plástica não passe de cinco horas. Acima disso, aumentam os riscos de complicações, como possíveis casos de tromboses e de hipotermia.

Quem não pode

Há uma série de fatores que aumentam o risco de quem passará por uma cirurgia plástica. Saiba quais são eles

  1. •Não se deve tomar aspirina nem ervas medicinais 2 semanas antes e 2 semanas depois da cirurgia. Elas aumentam o risco de sangramentos. O mesmo vale para pessoas com distúrbios de coagulação, como hemofilia e coagulopatias
  2. •Quem se submeterá a cirurgias na face e no abdome não deve fumar 1 mês antes/depois da cirurgia, sob o risco de aumentar as chances de necrose da pele
  3. •Álcool também deve ser evitado 2 semanas antes/depois. As bebidas alcoólicas aumentam a retenção de líquido pelo corpo, favorecendo o inchaço depois da cirurgia
  4. •Quem tem anemia não pode passar por nenhuma cirurgia. A doença acarreta graves problemas de cicatrização
  5. •Portadores de doenças crônicas descompensadas. Quem tem diabetes pode ter problemas de cicatrização e quem tem problemas cardiorrespiratórios pode enfrentar problemas com a anestesia
  6. •Os remédios para acne precisam ser suspensos 6 meses antes. Eles aumentam o risco de queloides
  7. • Não há problema em tomar sol antes da cirurgia, mas nos 2 meses após a operação é preciso evitar, por causa do inchaço
Fonte: Alan Landecker, especialista em cirurgia plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica
Plásticas sucessivas também representam perigo. Toda operação cria um tecido de cicatrização. Qualquer cirurgia no mesmo local que aconteça depois é mais complicada. “Há riscos dessa segunda cicatriz ter uma 'qualidade inferior': a cicatrização pode ser pior, ela pode ficar mais feia, pode demorar mais para fechar. Quando, por exemplo, são feitas três operações no mesmo lugar, há risco de necrose do tecido local, de depressões, de perda de elasticidade, da cicatriz ficar alargada (em vez de um risquinho, fica uma faixa mais larga) e de uma menor vascularização", afirma o cirurgião Alan Landecker, membro da Sociedade Internacional de Cirurgiões Plásticos Estéticos.
Hora extra – De maio a agosto, o número de cirurgias aumenta tanto que algumas clínicas chegam a ter dificuldades para marcar novos procedimentos. Na clínica onde trabalha o cirurgião André Colaneri, para ser atendido nessa época do ano, o paciente precisa marcar a operação com mais de um mês de antecedência. “Em média, faço 18 cirurgias por mês. Mas só em julho do ano passado fiz 30”, diz.
Os grandes centros também costumam sentir a diferença do período. Ano passado, por exemplo, o Hospital Albert Einstein teve 39% mais plásticas no período de maio a agosto, comparado ao quadrimestre de dezembro a março (verão). Para responder a essa demanda, os cirurgiões costumam aumentar a jornada de trabalho, atendendo em finais de semana e feriados. Há casos ainda onde há uma reformulação no processo de trabalho, como na clínica Ivo Pitanguy, no Rio de Janeiro. No local, os atendimentos de consultório e do pós-operatório costumam ser redirecionados a colaboradores devidamente treinados.
http://veja.abril.com.br/noticia/saude/comecou-a-temporada-de-cirurgias-plasticas 

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