Eleições 2014
Evento organizado pelas redes contou também com a participação de políticos, como o senador eleito José Serra, que classificou marcha como 'histórica'
Bianca Bibiano
Manifestação de apoio ao candidato à Presidência da República pelo PSDB, Aécio Neves, leva centenas de eleitores para a avenida paulista, neste sábado (25), em São Paulo (Adriano Lima/VEJA.com)
(Atualizado às 21h15)
Um ato de apoio ao candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, reuniu pelo menos 8.000 pessoas neste sábado na Avenida Paulista, em São Paulo, segundo informações da Polícia Militar. Já os organizadores do evento contabilizaram 12.000 pessoas. A caminhada começou às 15 horas no vão livre do Masp e seguiu pela Avenida Brigadeiro Luís Antônio, até o Parque do Ibirapuera.
"É um momento histórico, do qual São Paulo vai se lembrar para sempre", afirmou ao site de VEJA o senador eleito José Serra, que participou da marcha. O tucano conquistou nestas eleições uma vaga no Congresso com mais de 11 milhões de votos.
Também participaram do evento Eduardo Jorge (PV), derrotado na corrida pelo Planalto, o vereador tucano Andrea Matarazzo e o deputado federal Walter Feldman (PSB), porta-voz da Rede, grupo político da ex-senadora Marina Silva. Em terceiro lugar na corrida presidencial, Marina declarou apoio a Aécio neste segundo turno.
Nas ruas, famílias com crianças, idosos e jovens acompanhavam o carro de som e empunhavam faixas de apoio ao candidato, além de diversos exemplares da revista VEJA desta semana, cuja reportagem de capa revela que o doleiro Alberto Youssef, um dos pivôs de um megaesquema de lavagem de dinheiro e pagamento de propinas a políticos e partidos desvendado pela Operação Lava Jato, afirmou em delação premiada à Polícia Federal que Dilma e Lula tinham conhecimento do assalto aos cofres da Petrobras.
O ato foi organizado pelas redes sociais e grupos de discussão do WhatsApp com o hashtag #vemprarua, a mesma usada pelos manifestantes que protestaram em 2013. “No entanto, ao contrário daqueles atos, queremos mudar o Brasil por vias institucionais, pelo voto”, afirmou ao site de VEJA o economista Humberto Laudares, um dos quatro organizadores do evento. “Queremos mudança partidária e esperamos que esse movimento seja aproveitado para incluir pessoas que têm interesse político no debate pelas reformas do país.”