quinta-feira 06 2014

O PORTO QUE O BRASIL FINANCIOU EM CUBA: Se é bom, por que é secreto?

http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/

FIDEL COM DILMA -- "Cultivo una rosa bianca / en junio como enero / para el amigo sincero / que me da su mano franca" (Foto: Alex Castro / AP)
FIDEL COM DILMA — “Cultivo una rosa bianca / en junio como enero / para el amigo sincero / que me da su mano franca” (Foto: Alex Castro / AP)
Reportagem de Duda Teixeira, publicada em edição impressa de VEJA
SE É BOM, POR QUE É SECRETO?
Nos detalhes do empréstimo do BNDES para um porto em Cuba, protegidos por sigilo, está a resposta para saber se foi mesmo um bom negócio ou a sobrevida para a ditadura
Em visita a Cuba na semana passada, a presidente Dilma Rousseff inaugurou o Porto de Mariel, reformado em sua maior parte com dinheiro brasileiro, participou de uma reunião de cúpula latino-americana e teve um encontro particular com Fidel Castro, que segue mandando no país mesmo tendo passado a bengala para o irmão Raúl.
Com a Venezuela reduzindo o envio de petróleo a aliados, o amparo brasileiro tornou-se essencial para a ditadura cubana. De Dilma, o enfraquecido Fidel ganhou suporte não apenas econômico como político. A presidente até ecoou a desculpa do “injusto embargo” dos americanos a Cuba, usada largamente pelos irmãos Castro para podar os direitos de sua população.
Na tentativa de justificarem ao público brasileiro o empréstimo de 682 milhões de dólares do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ao porto dos gerontocratas, Dilma e seus subordinados apresentaram uma lista pronta de argumentos. Nenhum explica a razão da confidencialidade do acordo entre governos.
Uma das condições do empréstimo concedido pelo BNDES é que a ditadura só poderia gastá-lo na compra de bens e serviços brasileiros. Os capacetes de proteção, o cimento e até um carro Gol foram levados do Brasil. A maior parte das exportações foram serviços.
Os projetos de engenharia, por exemplo, foram traçados por escritórios brasileiros. Dos 233 milhões de dólares exportados para a ilha no ano passado para atender à obra, 201 milhões de dólares foram em serviços. O governo diz que 156.000 empregos foram gerados no Brasil.
Tudo muito bonito, não fosse o alto risco de calote. O Brasil aceitou conceder o empréstimo ancorado em garantia soberana, balizada pelos bancos centrais. Essa modalidade é segura quando há um mecanismo de compensação de exportações entre os países, o que não ocorre com Cuba.
O argumento do governo federal de que a modernização do porto caribenho ajudou a economia brasileira não se sustenta no campo do pensamento lógico. Se investir em uma ilha do Caribe submetida há mais de meio século a uma ditadura comunista tem efeito positivo na economia no Brasil, imagine, então, os ganhos se o dinheiro do contribuinte brasileiro tivesse sido investido diretamente na melhoria dos atulhados e obsoletos portos do Brasil.
É difícil para Brasília explicitar os motivos reais da generosidade na reforma do Porto de Mariel. O que a indigente economia cubana tem para exportar que justifica o investimento brasileiro? Nada. O Porto de Mariel ficou mundialmente conhecido em 1980 pela exportação em massa de… gente.
Em apenas duas semanas cerca de 125 000 cubanos escaparam da ditadura castrista, que, pressionada pela miséria, suspendeu a proibição de abandonar o país. O episódio ficou conhecido como o Êxodo de Mariel.
Na impossibilidade de justificar o empréstimo a Cuba, a saída para o governo brasileiro foi classificá-lo como “secreto”. Os detalhes do projeto, portanto, só poderão ser conhecidos em 2027, dois anos antes do prazo final para Cuba quitar a dívida. É estranho que os negócios do governo do PT com Cuba e também com Angola sejam fechados em segredo.
Nem o Congresso Nacional tem acesso aos termos dessas transações. Dessa forma, até que esse conteúdo seja exposto à luz do sol, os brasileiros têm todo o direito de desconfiar das intenções desses projetos. Têm todo o direito de achar, por exemplo, que o que o Brasil fez foi simplesmente uma doação aos irmãos Castro. Ou coisa pior.
“Os técnicos do BNDES trabalham bem e são meticulosos com as garantias, mas, no final, o banco faz o que o governo manda”, diz Mansueto Almeida, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O Ministério do Desenvolvimento informa que o sigilo estava previsto no protocolo de entendimento assinado entre Brasil e Cuba — e só.
Propagou-se também a versão de que o porto cubano será útil às empresas brasileiras com a criação de uma zona especial de desenvolvimento (ZED). A construção dessa área industrial demanda um novo financiamento do BNDES, de 290 milhões de dólares.
Diz o professor Sérgio Lazzarini, da escola de negócios Insper: “É difícil perceber qual seria o interesse brasileiro no projeto. Os chineses fazem portos na África porque cobiçam as matérias-primas locais. Qual será o objetivo do Brasil em um mercado insignificante como o de Cuba?”.
Dilma falou que há várias empresas nacionais interessadas em se instalar na ZED, mas a Agência Brasileira de Promoção de Exportações (Apex) não é capaz de citar uma única sequer. É arriscado instalar fábricas em Cuba, país que desconhece os conceitos de propriedade privada, lucro e respeito a contratos.
Os defensores do investimento em Mariel acreditam que fixar bandeira agora colocará o Brasil em posição privilegiada quando a economia cubana se abrir. Por esse ângulo também pode ter sido um tiro no pé, como prevê o historiador cubano Manuel Cuesta Morúa: “O modelo de Mariel dará fôlego novo à ditadura porque continuará impedindo o nascimento de um empresariado nacional, ao mesmo tempo que permitirá o enriquecimento ainda maior dos militares”.
Não se sustenta, ainda, a tese de que o porto se pagaria servindo de entreposto logístico, onde os grandes navios redistribuiriam sua carga para embarcações menores. “Se isso ocorrer, o Brasil terá favorecido os exportadores chineses”, diz Wilen Manteli, presidente da Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP).
Até que o segredo sobre o projeto seja aberto, a melhor explicação é que se trata de um novo PAC: Programa de Amparo a Cuba.

A entrevista em Havana adverte: chegou a hora da escala técnica numa oficina especializada em neurônios avariados





“A senhora está engasgada com as notícias sobre a sua estada em Lisboa?”, quis saber uma jornalista quase no fim da entrevista coletiva em Havana. Confiram a resposta de Dilma Rousseff, publicada no Portal do Planalto e abaixo reproduzida sem correções nem retoques:
Olha, eu vou te falar, viu? Eu acho fantástico. Vou te falar o que é que eu acho fantástico. Eu fui pra Zurique, e pra Davos. E tinha uma estrutura em Zurique e Davos. E não comparem o gasto em Zurique, ou na Suíça, com o gasto em Portugal. Tá certo? Não vamos comparar. Agora, interessante é que foram procurar meu gasto lá em Portugal, e não em Zurique.
A minha estrutura, aliás, até vocês lembram, houve aquela crítica violenta ao “aeroLula”, vocês lembram disso? Bom, o avião chamado “aeroLula”, ele não tem autonomia de voo, ao contrário dos aviões do México e de outros países, da Argentina, é, aqui você vai achar vários aviões com maior autonomia que a minha. Eu, pra ir,  faço uma escala. Para voltar, eu faço duas, para voltar pro Brasil. Neste caso agora nós tínhamos uma discussão. Eu tinha que sair de Zurique, podia ir para Boston, ou pra Boston, até porque… vocês vão perguntar, mas é mais longe? Não é não, a Terra é curva, viu?
De Zurique eu ia para Boston, para Pensilvânia, ou para Washington. Acontece, como vocês sabem, tinha, podia ter, podia, não se sabia se confirmaria ou se não confirmaria. Tinha um problema forte lá por causa das nevascas. Então a Aeronáutica montou uma outra alternativa. Eu cheguei. Qual é essa outra alternativa? Eu fui para Lisboa com a equipe que estava comigo em Zurique e Davos. Tá? E lembra bem, hein? Tem uma parte da equipe que faz mais escalas do que eu, porque o meu é um airbus-319. O deles é um avião do Escav, o avião reserva, ele tem menos autonomia de voo ainda do que o meu. Bom, então saí de Zurique, pousei na… em Lisboa às 5h30 da tarde, e fui embora às 9 horas da manhã. Quem anunciou que eu estava passando um fim de semana em Lisboa não sabe fazer a conta. Eu dormi em Lisboa.
No que se refere a restaurante, eu quero avisar pra vocês o seguinte: é exigência de todos, para todos os ministros, eu só faço exigência que eu também exijo de mim, que quem jantar ou almoçar comigo, pague a sua conta. Já houve casos chatos no dia do meu aniversário porque a conta foi um pouquinho alta e tinha gente – que eu não vou dizer quem – que estava acostumado que seria um pagamento do governo. No meu aniversário eu paguei a minha parte, porque é assim que eu lido com isso. Então, não vem… eu posso escolher o restaurante que for, desde que eu pague a minha conta. Eu pago a minha conta, pode ter certeza disso.
Pode olhar em todos os restaurantes que eu estive, em alguns causando constrangimento porque fica esquisito uma presidente e uma porção de ministros fazendo aquela conta: “é quanto para cada um? Soma aí, deu quanto?” E com calculadora. Tem gente que acha estranho. Eu acho que isso é extremamente democrático e republicano. Não tem… Não, só um pouquinho. Não tem a menor condição de, alguma vez, eu usar cartão corporativo. Não fiz isso. Até, no meu caso, está previsto para mim cartão corporativo, mas eu não faço isso porque eu considero que é de todo oportuno que eu dê exemplo, diferenciando o que é consumo privado do que é consumo público. Então, podem ter certeza disso.
Nenhum jornalista se atreveu a perguntar como foram pagas as contas dos hotéis. Ninguém pediu à entrevistada que justificasse o sigilo que encobre desde maio de 2013 a gastança com viagens presidenciais. O palavrório só serviu para escurecer o que estava cinzento. Por isso mesmo, deixou claro que  chegou a hora da escala técnica numa oficina especializada em reparar neurônios solitários. Pelo andar da carruagem, daqui a pouco até Dilma Rousseff vai ficar perplexa com o que diz a presidente da República.




Super Entrevista - Roda Viva | Romeu Tuma Júnior | 03/02/2014





Os carcereiros da ilha-presídio vão embolsar 23,5 milhões de dólares por mês com a venda ao Brasil dos escravos de jaleco

mais-medicos
Entre janeiro de 1995 e dezembro de 2002, o PT oposicionista rejeitou aos berros todos os projetos, planos, ideias ou pontos de vista apresentados pelo governo do presidente Fernando Henrique Cardoso. De janeiro de 2003 em diante, o PT no poder atribuiu todos os problemas do Brasil à “herança maldita” que FHC teria depositado no colo de Lula. Somados os dois períodos, até um andré vargas é capaz de entender que os sacerdotes da seita se obrigaram a fazer, sempre, exatamente o contrário do que fez, faz ou fará o Grande Satã.
Isso se tivessem algum compromisso com a verdade, a lógica e a coerência. Como o PT não sabe o que é isso, Fernando Henrique é transformado em exemplo a seguir a cada enrascada em que se mete o governo lulopetista (algo que, neste verão, anda acontecendo duas ou três vezes por semana). No momento, os milicianos em trânsito na esgotosfera berram que o BNDES, ao financiar a construção do porto de Mariel, apenas repetiu o que aconteceu nos tempos de FHC.
“Fala do empréstimo que o FHC fez em 2000″, acaba de desafiar, entre um palavrão de cortiço e um assassinato da gramática, um dos patrulheiros escalados para vigiar esta coluna. Pois não. É verdade que, há 14 anos, o BNDES liberou U$ 15 milhões para que Cuba importasse do Brasil 125 ônibus Busscar com mecânica Volvo, destinados à  ”dinamização da atividade turística e ao transporte urbano”. O episódio deveria ser intensamente divulgada não pelo PT, mas pelo PSDB. Ele escancara exemplarmente o abismo que separa um acordo comercial entre dois governos de uma gastança colossal tramada por comparsas ideológicos.
Para facilitar a exportação dos ônibus, o BNDES de Fernando Henrique emprestou 15 milhões. O porto de Mariel logo terá engolido 1 bilhão de dólares. É de 985 milhões de dólares a diferença entre o financiamento de 2000 e a farra financeira que começou em 2008 e não tem prazo para terminar. FHC negociou às claras com um parceiro como tantos outros. As escandalosas doações que bancaram a construção de Mariel foram promovidas a segredos de Estado.
Os efeitos colaterais do caso de Ramona Rodriguez incluem uma espécie de cálculo que dispensa a evocação do porto bilionário para encerrar o chilique do rebanho de devotos. Sabe-se agora que cada cubano anexado ao programa Mais Médicos custa ao Ministério da Saúde 10 mil reais por mês, dos quais 7,6 mil são embolsados pelo governo comunista. A partir de março, portanto, quando chegarão a 7.378 os jalecos importados da ilha-presídio, o Brasil entregará aos Irmãos Castro, mensalmente, R$ 56.220.360. Pelo câmbio de hoje, são 23,5 milhões de dólares. Ou 8,5 milhões de dólares a mais que o empréstimo concedido em 2000.
Se tivessem juízo, os patrulheiros do PT deveriam resistir à tentação de, logo no início de outra confusão no saloon, saírem atirando em FHC. Sempre acertam a própria testa.

Sete alimentos que atuam na prevenção do câncer


Veja quais nutrientes combatem células doentes e aumentam a imunidade

Para muitas pessoas, ter ou não um câncer é uma questão de destino. Será? Um estudo publicado na edição de dezembro de 2011 do British Journal of Cancer apontou que 45% dos casos de câncer em homens e 40% dos casos de câncer em mulheres poderiam ser evitados com a adoção de hábitos de vida saudáveis. Dentre esses hábitos, um que se destaca é a alimentação. De acordo com a nutricionista Priscila Cheung, do Centro Paulista de Oncologia (CPO), uma dieta equilibrada previne não só o desenvolvimento de um câncer, mas de outras inúmeras enfermidades. "Alguns alimentos, entretanto, apresentam destaque quando o assunto é combater a multiplicação de células doentes", afirma. Confira quais são eles:

Brócolis - Foto Getty Images

Brócolis

Um estudo publicado na revista Molecular Nutrition & Food Research já comprovou a atuação dos brócolis na prevenção do câncer. "Graças a diversos compostos, como o fitoquímico sulforafano, eles têm a capacidade de destruir células cancerígenas e deixar as demais intactas", explica a nutróloga Tarama Mazaracki, da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN). Na pesquisa, homens com câncer de próstata que consumiram o vegetal apresentaram inibição de determinada enzima que também é alvo de medicamentos para tratamento da doença. Resultados similares também puderam ser vistos em mulheres com câncer de mama, em estudo divulgado na reunião anual da American Association for Cancer Research.
Chá verde - Foto Getty Images

Chá verde

Queridinho de quem está de dieta, o chá verde não ganha destaque somente por acelerar o metabolismo e evitar a formação de coágulos nas artérias. "A bebida também é rica em antioxidantes, que atuam na prevenção do câncer", explica o nutrólogo Roberto Navarro, da ABRAN. Isso é o que mostra um estudo divulgado pela Cancer Prevention Research que acompanhou a progressão do câncer de próstata em homens que passaram a tomar cápsulas de uma substância encontrada no chá. Outra pesquisa, da Chun Shan Medical University, em Taiwan, ainda destacou importante atuação do chá verde contra o câncer de pulmão. Segundo ela, uma única xícara por dia reduz em 13 vezes o risco de fumantes desenvolverem a doença.
Chá Verde: Não Gosto, Não me Faz Bem. Mas... Para alguns, vale! 
Alho e cebola - Foto Getty Images

Alho e cebola

"Alho e cebola pertencem a um mesmo gênero de alimentos que são fonte de determinado fitoquímico envolvido na capacidade de excreção de compostos carcinogênicos", aponta a nutricionista Priscila. Em outras palavras, esses alimentos auxiliam na eliminação de toxinas que favorecem o desenvolvimento de doenças degenerativas, como o câncer. Um estudo publicado no International Journal of Cancer aponta para redução do risco de câncer de intestino, enquanto que uma pesquisa divulgada pelo Epidemiology Biomarkers & Prevention relacionou o consumo dos alimentos a menor probabilidade de câncer de pâncreas.
Tomate - Foto Getty Images

Tomate

Muitas pessoas associam o tomate à prevenção do câncer de próstata. Não é à toa: o alimento é fonte de licopeno, carotenoide que confere alto grau de proteção contra a oxidação celular, explica a nutricionista Priscila. Segundo ela, é preferível comer o tomate após o aquecimento e acompanhado de uma gordura, como o azeite, para facilitar a absorção da substância pelo organismo. Molho de tomate, portanto, é a melhor escolha para obter o nutriente. Tais benefícios foram comprovados por inúmeros estudos. Entre eles, um publicado no British Journal of Nutrition e conduzido por especialistas da University of Portsmouth, no Reino Unido.
Cenoura - Foto Getty Images

Cenoura

"A cenoura contém uma substância chamada carotenoide, atuante no combate a radicais livres que, quando em excesso, levam a mutações celulares capazes de originar um câncer", explica o nutrólogo Roberto. Tal ação se mostra eficaz principalmente na prevenção do câncer de mama, como mostra um estudo publicado no Journal of the National Cancer Institute que acompanhou mais de 6 mil mulheres. Acerola, abóbora e manga são outras boas fontes desse nutriente.
Uva - Foto Getty Images

Uva

Fonte de polifenois, a casca e a semente da uva são outros bons aliados no combate aos efeitos dos radicais livres, aponta a nutróloga Tamara. Para prevenção do câncer, entretanto, não é recomendado obter o nutriente bebendo vinho, pois o álcool pode anular os efeitos anticancerígenos do alimento. Um estudo publicado no Cancer Prevention Research descobriu que o resveratrol aumenta a produção de uma enzima que destrói compostos orgânicos de estrogênio perigosos. Como esse tipo de câncer é hormono-dependente, o controle dos níveis de estrogênio é fundamental para impedir sua evolução.
Frutas vermelhas - Foto Getty Images

Frutas vermelhas

Frutas vermelhas, como a framboesa e a amora, são ricas em antocianinas, fitonutrientes que retardam o crescimento de células pré-malignas e evitam a formação de novos vasos sanguíneos que poderiam estimular o crescimento de um tumor. Um estudo publicado noJournal of Agricultural and Food Chemistry mostrou que o consumo desses alimentos reduzir o risco de desenvolver câncer de boca, câncer de mama, câncer de cólon e câncer de próstata.

Policial italiano que ajudou na prisão de Pizzolato havia sido grampeado pela Polícia Federal


Pizzolato tal como era na ocasião da descoberta do mensalão, em 2005, e no dia da prisão, a 5 de fevereiro, em Maranello (Fotos: Estadão Conteúdo :: Polizia de la Provincia di Modena) VEJA.COM

Pizzolato tal como era na ocasião da descoberta do mensalão, em 2005, e no dia da prisão, a 5 de fevereiro, em Maranello (Fotos: Estadão Conteúdo :: Polizia di la Provincia di Modena)
O mundo é pequeno.
Roberto Donati, oficial de ligação da polícia italiana no Brasil e agente da Interpol que exerceu papel importante na prisão do mensaleiro foragido Henrique Pizzolato na Itália, figura nas gravações telefônicas ilegais feitas pela Polícia Federal para investigar o ex-secretário Nacional de Justiça, delegado Romeu Tuma Junior.
As gravações, segundo o delegado, eram parte dos esforços de setores do governo Lula para incriminá-lo como cúmplice de um cidadão chinês acusado de contrabandista.
Tuma foi inocentado em 2009 por unanimidade pela Comissão de Ética da Presidência da República e pela comissão de investigação criada no Ministério da Justiça para o caso.
Donati e Tuma se conheceram durante os trabalhos que levaram à prisão do banqueiro ítalo-brasileiro Salvatore Cacciola, condenado à prisão por crimes financeiros na gestão do extinto banco Marka mas foragido a Itália como forma de escapar da cadeia.
Como a Itália não extradita seus nacionais, Cacciola, como se recorda, acabou sendo preso ao deixar território italiano, durante uma viagem a Mônaco, em setembro de 2007. Acabaria extraditado para o Brasil no ano seguinte, tendo cumprido quatro anos de pena no presídio de Bangu, no Rio.
Donati foi um dos policiais italianos mais empenhados na captura de Cacciola e manteve frequentes contatos com o então secretário Nacional de Justiça. Mais tarde, já com Cacciola preso, Donati solicitou o auxílio de Tuma em uma questão de documentos de sua ex-sogra, brasileira residente na Itália, cujo sobrenome grafado erradamente vinha causando problemas.
Nas trocas de telefonemas sobre esse tema, o policial italiano acabou sendo gravado em um dos “grampos” ilegais.

Conheça oito alimentos que podem aumentar o risco de câncer


Bacon, refrierante e até churrasco têm substâncias cancerígenas

Maus hábitos alimentares estão diretamente relacionados com essa estatística. A vida moderna, cada vez mais agitada, dificultou o velho (e bom) hábito de preparar os próprios alimentos e deu lugar aos alimentos prontos para consumo ou de fácil preparo. 

O nutricionista Fábio Gomes, do INCA, explica que muitos alimentos possuem fatores mutagênicos, ou seja, lesam as células humanas e alteram o material genético que existe dentro dela. "Esse processo leva a uma multiplicação celular muito maior do que o normal e, em consequência, pode aparecer um tumor". Muitos desses alimentos não apresentam qualquer benefício à saúde e podem ser facilmente riscados do cardápio. Veja quais são e modere no consumo dos alimentos que predispõem a doença.  

Salsicha - foto: Getty Images

Carnes processadas 

Linguiça, salsicha, bacon e até o peito de peru contêm quantidades consideráveis de nitritos e nitratos. Essas substâncias, em contato com o estômago, viram nitrosaminas, substâncias consideradas mutagênicas, capazes de promover mutação do material genético. 

"A multiplicação celular passa a ser desordenada devido ao dano causado ao material genético da célula. Esse processo leva à formação de tumores, principalmente do trato gastrointestinal", explica Fábio Gomes. 

A recomendação do especialista é evitar esses alimentos, que não contribuem em nada com a saúde.  



Refrigerante - foto: Getty Images

Refrigerantes 

A bebida gaseificada, além de conter muito sal em forma de sódio, possui adoçantes associados ao aparecimento de câncer. O ciclamato de sódio, por exemplo, é proibido nos Estados Unidos, mas ainda é utilizado no Brasil, principalmente em refrigerantes "zero". "Essa substância aumenta o risco de aparecimento de câncer no trato urinário", conta Fábio Gomes. 

Quanto aos adoçantes que podem ser adicionados à comida ou à bebida, o nutricionista diz que ainda não há comprovação científica. "O ideal é que o adoçante seja usado de forma equilibrada, pois é um produto destinado a pessoas com diabetes e não deve ser consumido em excesso pela população em geral", aponta. 

Carne gordurosa - foto: Getty Images

Alimentos gordurosos 

Fábio Gomes explica que não é exatamente a gordura a principal responsável pelo aparecimento de câncer, e sim a quantidade de calorias que ela agrega ao alimento. A comida muito gordurosa é densamente calórica, ou seja, tem mais que 225 calorias a cada 100 gramas do alimento. "Por esses alimentos geralmente serem pobres em nutrientes, é preciso ingeri-los em grandes quantidades para obter saciedade, o que leva ao superconsumo", conta o nutricionista do INCA. 

Em excesso, esses alimentos provocam obesidade, que é fator de risco para câncer de pâncreas, vesícula biliar, esôfago, mama e rins. A célula de gordura libera substâncias inflamatórias, principalmente hormônios que levam a alterações no DNA e na reprodução celular, como o estrogênio, a insulina e um chamado de fator de crescimento tumoral.  

Alimentos ricos em sal - foto: Getty Images

Alimentos ricos em sal 

"Se ingerido em quantidade maior do que cinco gramas por dia, o sal pode lesar as células que estão na parede do estômago", explica o nutricionista Vinicius Trevisani, do Instituto do Câncer de São Paulo. Essa agressão gera alterações celulares que podem levar ao aparecimento de tumores. 

Procure evitar alimentos ricos em sal ou mesmo aqueles que usam sal para aumentar o tempo de conservação, como os congelados e os comprados prontos que só precisam ser aquecidos. 

Entram nessa lista: carne seca, bacalhau, refrigerantes, pizzas congeladas, iscas de frango empanadas congeladas, macarrão instantâneo, salgadinhos de pacote, entre outros. 

Churrasco - foto: Getty Images

Churrasco 

Na fumaça do carvão há dois componentes cancerígenos: o alcatrão e o hidrocarboneto policíclico aromático. "Ambos estão presentes na fumaça e impregnam o alimento que é preparado na churrasqueira", explica Fábio Gomes. "Eles também possuem fatores mutagênicos que levam ao aparecimento de tumores."  

Junkie food - foto: Getty Images

Dieta pobre em fibras 

O nutricionista Vinicius Trevisani explica que o intestino se beneficia muito pelo consumo adequado de fibras. Elas garantem um bom trânsito intestinal, de modo a eliminar os ácidos biliares secundários, um produto da digestão presente no intestino. Isso evita a agressão às células do intestino e a multiplicação celular descontrolada.  

Hamburguer na chapa - foto: Getty Images

Preparo com altas temperaturas 

Alimentos fritos ou grelhados também incorporam algumas substâncias cancerígenas. Ao colocar o alimento cru em óleo ou chapa muito quentes (com temperatura aproximada de 300 a 400°C), são formadas aminas heterocíclicas - substâncias que contêm fatores mutagênicos e estimulam a formação de tumores. 

O nutricionista Fábio recomenda preparar as carnes ensopadas - modo de cozimento em que não há nenhuma formação de aminas-, ou ainda prepará-las no forno. Dessa maneira, a temperatura do alimento aumenta gradualmente e não chega a níveis tão altos.  

Maçã podre - foto: Getty Images

Alimentos com agrotóxicos 

Não existe uma forma eficiente de limpar frutas, verduras e legumes dos agrotóxicos. "Muitas vezes, esses conservantes são aplicados nas sementes e passam a fazer parte da composição do alimento", aponta Fábio Gomes. Ele explica que o agrotóxico provoca vários problemas de saúde em quem tem contato direto com esses alimentos, mas ainda está em estudo a sua real contribuição com o aparecimento do câncer. 

Como ainda existem dúvidas sobre esses efeitos, o nutricionista orienta evitar opções ricas em agrotóxicos. É melhor consumir alimentos cultivados sem o produto químico, que comprovadamente têm mais vitaminas, minerais e compostos quimiopreventivos. "Estes compostos atuam na proteção e reparação celular frente a uma lesão que pode gerar câncer", afirma.  

Casal diagnosticado com câncer na mesma época contou com família e fé para superar a doença

Minha Vida - Saúde, Alimentação e Bem-Estar

Lilian e Teruo Yatabe enfrentaram juntos os cânceres de intestino e próstata em maio de 2005 e foram operados de seus tumores na mesma semana

Lilian e Teruo Yatabe enfrentaram tumores cancerígenos em maio de 2005 e contam como superaram as doenças

Enfrentar um câncer não é fácil, muitas vezes a sensação ao receber esse tipo de diagnóstico é de que foi dada uma sentença letal. Imagine então, se essa notícia atingir dois membros da mesma família na mesma época? Mais especificamente, marido e mulher? Foi o que aconteceu com o casal paulistano Lilian e Teruo Yatabe, hoje com 51 e 73 anos, respectivamente. O advogado e a arquiteta tiveram o diagnóstico de um câncer na mesma época, em maio de 2005: ela foi diagnosticada com um tumor já desenvolvido no intestino, enquanto ele teve um diagnóstico inicial de câncer de próstata. O casal chegou a passar por intervenções cirúrgicas na mesma semana. 
O Dia Mundial do Câncer (4 de fevereiro) é sempre um momento para se refletir sobre a doença, que está se tornando cada vez mais comum. Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) em parceira com o Ministério da Saúde estimam que em 2014 haja 576 mil casos novos de câncer no Brasil. E os tipos de câncer de Teruo e Lilian são comuns. Hoje, o câncer de próstata está em segundo lugar em incidência no país (68,8 mil casos), seguido apenas pelo câncer de pele não-melanoma(182 mil casos). Já o câncer de intestino vem em 4º lugar (33 mil casos), atrás do câncer de mama (57,1 mil). No entanto, a estimativa do Inca pela primeira vez aponta que, entre as mulheres, o câncer enfrentado por Lilian será mais frequente do que o câncer de colo de útero neste ano. Mas mais do que números, esses dados representam pessoas que sentem medo e insegurança ao receber ao diagnóstico. "É muito difícil uma pessoa estar preparada para enfrentar o câncer, a doença vem como um furacão, abalando as estruturas de uma vida, sem mandar sinais de alerta", expõe a psico-oncologista Luciana Holtz, presidente do Instituto Oncoguia. Por sorte, histórias de superação da doença, como a do casal Yatabe, ajudam a dar força e motivação a quem acaba de receber esse diagnóstico.

Como tudo começou

Lilian foi diagnosticada com um câncer no intestino, depois de marcada a cirurgia para o câncer na próstata de Teruo
O primeiro a ser diagnosticado foi Teruo com um câncer inicial na próstata. A suspeita começou durante os exames de rotina, quando perceberam que o nível da proteína PSA estava alterado. O urologista decidiu investigar e foi localizado um pequeno tumor, em estágio bem inicial. O médico deu a opção de retirarem apenas o tumor ou a próstata toda, e o advogado escolheu a segunda opção. A cirurgia de prostectomia decorreu com tranquilidade, ele inclusive a adiou, para que não fosse próxima ao seu aniversário, no começo do mês de maio. "Eu retirei a próstata e tudo se resolveu, não tive que fazer quimioterapia nem nada, apenas os exames de acompanhamento periódicos", nos conta Teruo.
Mas, no meio tempo entre o diagnóstico e a operação, Lilian começou a encontrar sinais de alerta: sangue em suas fezes. Depois de fazer uma colonoscopia, ela levou o resultado a um médico, que identificou o tumor na imagem, mas disse a ela que poderia ser benigno. "Ele já sabia pelo aspecto que era um câncer, mas não quis me assustar. Quis esperar a cirurgia do meu marido acontecer e voltar depois, e ele me avisou que eu precisava ser operada o mais rápido possível", relembra Lilian. Foi assim que ela percebeu a gravidade da situação. Logo fez todos os exames pré-operatórios e a cirurgia acabou sendo marcada para dois dias depois do marido.
O estado do tumor fez com que a situação fosse um pouco mais complicada, mesmo depois da cirurgia. "Fiz quimioterapia por seis meses, de junho a dezembro de 2005. Eu fazia o tratamento uma semana sim e outra não e precisava ficar três dias internada no hospital a cada vez". 

O pilar da família

O casal sentiu que teria de ser mais forte ainda pelos dois filhos, Vivian e Vinícius
Lilian e Teruo têm dois filhos, Vivian e Vinícius, que naquela época estavam no final da adolescência. Isso só tornou a situação ainda mais difícil. "Eu sentia que tinha que ser forte pelos dois e pelo meu marido, e ele também sentia isso por nós", conta Lilian. Normalmente, essa situação é difícil, pois a cada idade os filhos lidam com a situação de formas diferentes. "É importante os próprios pais se preparem para lidar com o sofrimento causado pela sua doença em seus filhos", considera a psico-oncologista Luciana Holtz. Normalmente, é possível ter um diálogo franco sobre o tema com os adolescentes, que conseguem entender melhor a situação do que uma criança. 
O apoio, porém, foi muito forte da família e dos amigos do casal. Teruo ainda se recorda: "meus amigos decidiram fazer uma corrente de orações no momento da minha operação, independente da religião de cada pessoa, eles nos mandaram força naquele momento. Depois, quando contei que a Lilian também passaria por uma cirurgia, eles fizeram a mesma corrente no momento da operação dela". 
É incrível ver como a experiência também muda as pessoas ao seu redor, elas também não sabem até onde elas podem ir
Mas, para Lilian o mais marcante foi ver como as pessoas da família foram modificadas pela situação. Ela nunca se esquece quando voltou para casa após a cirurgia e acabou desabando todo o nervosismo e medo que havia acumulado, chorando sem parar. Os pais dela foram até lá, e ninguém sabia o que fazer. "Meu pai nunca foi de ficar fazendo 'agradinhos' nos filhos, mas ele ficou tão desesperado que começou a me consolar, até me deu remédio de colher na boca e ficou comigo até eu adormecer. Isso para mim foi muito marcante", conta a arquiteta. "É incrível ver como a experiência também muda as pessoas ao seu redor, elas também não sabem até onde elas podem ir. Tenho certeza que foi uma surpresa para o pai a forma como ele reagiu", conclui. 

Uma força maior

Nem sempre as pessoas pensam em procurar apoio psicológico nesse tipo de situação, mas ela é bem vinda não só em casos como o de Lilian e Teruo, mas para qualquer pessoa que está passando por um câncer. Por sorte, não é preciso um tratamento específico voltado para a oncologia. "Qualquer apoio terapêutico é de muita utilidade e qualquer terapia que 'case' bem com as perspectivas deste indivíduo tem valor. A análise, a terapia de luto, a terapia de grupo, a arte terapia e até o desenvolvimento da espiritualidade podem ajudar", explica Luciana.
E foi exatamente o último item que mais deu força para Lilian. "Quando eu estava no ônibus voltando da consulta em que o médico me informou sobre o tumor, eu me lembro de ter pensado e perguntado para Deus 'já está na hora de eu ir embora?'. Depois disso eu comecei a sentir uma segurança e uma força tão grandes, que eu mesma não sabia que eu tinha", recorda. Uma amiga a levou para se confessar - algo que ela não fazia desde a primeira comunhão - e desde que se recuperou, Lilian vai à missa toda semana. 
Desde que se recuperaram, o casal Lilian e Teruo tem aproveitado mais a vida. "Estou mais 'saidinha'", conta Lilian
Porém, o mais importante é que a fé que Lilian e a família passaram a ter não os fez ficarem de braços cruzados. "Sempre com muita fé e esperança, nós fizemos tudo que podíamos para a recuperação dela", conta Teruo. Tanto que, juntamente com o tratamento médico tradicional, eles buscaram homeopatia e até mesmo chás ou alimentos. O resultado foi uma mudança geral no estilo de vida da família, pelo menos na cozinha. "Agora tentamos consumir tudo o mais natural: temos uma hortinha no quintal, procuramos não comer tantos produtos industrializados. Eu não tomo mais refrigerante e parei de comer tanta carne, só agora estou voltando a comer mais frango e peixe", relembra Lilian. 
Mas a mudança mais significativa para ela foi a de se priorizar mais. "As mulheres japonesas, principalmente, vivem para a família, se colocando em último plano (ou em nenhum!). E eu comecei a buscar mais o que gostaria de fazer. Por exemplo, eu nunca tinha ido a um show, mesmo na minha juventude, e hoje estou me considerando mais 'saidinha'". 

Em 15 segundos, esta invenção estanca sangramento de quem levou tiro

Por Sarah Zhang-- Gizmodo

Esponjas feitas de polpa de madeira são injetadas dentro da ferida por meio de uma seringa, e em apenas 15 segundos, preenchem toda a cavidade do ferimento, criando pressão para estancar o sangramento




Reprodução / RevMedx
Reprodução / RevMedx


Um grupo de veteranos de guerra, cientistas e engenheiros nos EUA desenvolveu um dispositivo que usa pequenas esponjas médicas para parar a hemorragia, em apenas 15 segundos, de pessoas que levaram tiro.
Quando um soldado é baleado no campo de batalha, os médicos usam gaze para estancar a hemorragia, mas é difícil aplicar pressão direta se eles levam tiro: afinal, o ferimento tem vários centímetros de profundidade. E torniquetes podem até funcionar no braço ou perna, mas não ajudam se o tiro for na pélvis ou no ombro.
Mas as pequenas esponjas do XStat, desenvolvidas pela empresa RevMedX, se expandem para vedar um ferimento de bala em qualquer parte do corpo. A Popular Science explica como funciona:
"A equipe decidiu usar uma esponja feita de polpa de madeira e revestida com quitosana, uma substância antimicrobiana que coagula o sangue e vem de cascas de camarão. Para garantir que nenhuma esponja seja deixada acidentalmente no interior do corpo, eles acrescentaram marcadores em forma de X, que tornam cada esponja visível em uma imagem de raio-X".
Reprodução / RevMedx
As esponjas são injetadas dentro da ferida com uma seringa, o que lhes permite chegar bem próximo da artéria rompida. E elas funcionam rápido: em apenas 15 segundos, elas se expandem para preencher toda a cavidade da ferida, criando pressão suficiente para estancar o sangramento. E como as esponjas se prendem a superfícies úmidas, elas não são empurradas para fora do corpo.
A RevMedx recebeu US$ 5 milhões do Exército americano para desenvolver o XStat, e aguardam pela autorização da FDA (espécie de Anvisa dos EUA). O exército tem interesse na tecnologia, mas ela também poderia ser útil para civis: a Oregon Health and Science University ganhou uma bolsa no ano passado para estudar como o XStat pode ser usado para interromper o sangramento pós-parto.
Cada seringa de XStat deve custar cerca de US$ 100, mas isso pode diminuir à medida que a RevMedx fabricar mais unidades no futuro. 

Monitoramento da mulher de Pizzolato foi crucial para descobrir paradeiro

Mensalão

Polícia seguiu os passos da mulher do mensaleiro para descobrir o esconderijo do ex-diretor do Banco do Brasil no norte da Itália

Laryssa Borges, de Brasília
O ex-diretor de marketing do Banco do Brasil (BB) Henrique Pizzolato
O ex-diretor de marketing do Banco do Brasil (BB) Henrique Pizzolato (Divulgação/Polícia de Modena)
Embora tenha fraudado pelo menos cinco documentos oficiais para se passar pelo irmão morto há 35 anos, o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato e sua mulher, a arquiteta Andréa Eunice Haas, deixaram pistas pelo caminho. Segundo a Polícia Federal, o monitoramento da mulher foi decisivo para descobrir o paradeiro do mensaleiro.
De acordo com policiais federais que atuaram na operação de captura do fugitivo, Andréa tinha um Fiat Punto vermelho (placa 7597 GNF) em seu nome, registrado na cidade espanhola de Málaga. O fato de a arquiteta não ter adulterado sua identidade permitiu que seus deslocamentos fossem rastreados.

A polícia italiana, por exemplo, informou as autoridades brasileiras que o carro estava estacionado em frente a uma casa na cidade de Maranello, no norte da Itália, indicando a presença da mulher de Pizzolato na região. Em seguida, a polícia acabou descobrindo que o imóvel era o esconderijo do mensaleiro. Também foi Andréa quem comprou a passagem aérea da Aerolíneas Argentinas para o marido embarcar de Buenos Aires para Barcelona. E foi no embarque no aeroporto de Ezeiza que o ex-diretor do Banco do Brasil cometeu seu pior erro, segundo a polícia: embora tivesse o passaporte em nome de Celso Pizzolato, ele tirou foto e deixou as impressões digitais registradas na imigração – no dia 12 de setembro de 2013, às 19h08.

Outra indiscrição da esposa de Pizzolato alertou os policiais. Às vésperas da fuga, ela deixou a cobertura do número 46 da rua Domingos Ferreira, no Rio de Janeiro, em plena madrugada, com três malas. Não passou despercebida pelo porteiro do turno, que ainda a ajudou com a bagagem.
Pizzolato e Andréa sempre tiveram uma relação de cumplicidade. Eles se conheceram em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, quando cursavam arquitetura na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos). Pizzolato foi um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores (PT) no Paraná e, em sua casa no Rio de Janeiro, recebia advogados e poucos amigos.
Cerco – O cerco a Pizzolato ocorreu durante toda a noite que antecedeu a prisão. A presença de André na janela do imóvel em Maranello foi decisiva para que os policiais tivessem certeza de que Pizzolato estava escondido na casa. A residência era utilizada pelo sobrinho do mensaleiro, o engenheiro da Ferrari Fernando Grando, que deixou a casa na quarta-feira sem trancar a porta. De acordo com Roberto Donati, oficial de ligação da polícia italiana no Brasil, com a casa aberta, os policiais distraíram Grando para conseguir ter acesso ao fugitivo. Pizzolato não resistiu à abordagem policial, embora tenha se identificado como o irmão Celso. Apenas no interrogatório revelou sua verdadeira identidade.
De acordo com a Polícia Federal, será investigada se a participação da mulher e do sobrinho de Pizzolato na fuga e esconderijo do mensaleiro pode ou não ser considerada crime.

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