segunda-feira 10 2012

Café pode reduzir pela metade o risco de morte por câncer de boca ou faringe


Prevenção

Pesquisa observou dados de quase um milhão de americanos, mas especialistas não conseguiram relacionar qual foi a causa dessa associação

Prevenção natural: café e chá quente reduzem as chances de se carregar a bactéria MRSA no nariz
Café: Bebida contribui para a redução das chances de morte por câncer de boca ou de faringe (Thinkstock)
Pesquisadores da Sociedade Americana do Câncer encontraram uma associação inversa entre consumo de café e o risco de morte por câncer de boca e faringe: quanto mais café uma pessoa toma, menor o risco de ela morrer em decorrência de alguma dessas doenças, segundo o trabalho dos especialistas. Após analisar os dados de quase um milhão de pessoas, a equipe concluiu que consumir mais do que quatro xícaras de café ao dia, em comparação com não ingerir nenhuma, pode chegar a reduzir as chances de óbito pela metade. O artigo foi publicado no periódico American Journal of Epidemiology.
CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Coffee, Tea, and Fatal Oral/Pharyngeal Cancer in a Large Prospective US Cohort

Onde foi divulgada: periódico American Journal of Epidemiology

Quem fez: Janet Hildebrand, Alpa Patel, Marjorie McCullough, Mia Gaudet, Amy Chen, Richard Hayes e Susan Gapstur

Instituição: Sociedade Americana do Câncer

Dados de amostragem: 968.432 pessoas

Resultado: Pessoas que consomem ao menos quatro xícaras de café ao dia, em comparação com quem não ingere nenhuma, têm metade do risco de morrer por câncer de boca ou de faringe
Os autores do trabalho olharam para as informações de 968.432 homens e mulheres registradas ao longo de 26 anos pelo II Estudo de Prevenção do Câncer, desenvolvido pela própria Sociedade Americana do Câncer. Nenhum participante tinha câncer quando a pesquisa começou. A equipe, então, levou em consideração o consumo de café com e sem cafeína e também de chá e cruzou esses dados com a incidência e morte por câncer.
Ao longo da pesquisa, foram registradas 868 mortes por câncer de boca ou faringe. O estudo observou que cada xícara de café consumida ao dia contribui progressivamente para a redução da probabilidade de óbitos pela doença, e que a associação ocorre independentemente de sexo, tabagismo ou abuso de álcool. O estudo não identificou, porém, quais são os mecanismos que proporcionam esse efeito protetor. Não foi encontrada uma relação significativa com o consumo de café descafeinado e chá.
"O café contém uma variedade de antioxidantes, polifenóis e outros compostos biologicamente ativos que podem ajudar a proteger contra o desenvolvimento ou a progressão do câncer", diz Janet Hildebrand, coordenadora do estudo. "Embora seja menos comum nos Estados Unidos, o câncer oral está entre os dez tipos de câncer mais comuns no mundo.”
Brasil — O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que até o final deste ano sejam registrados 14.170 casos de câncer de boca no Brasil, sendo a maioria deles (9.990) entre homens. Em 2009, 6.510 brasileiros morreram em decorrência dessa doença.

Clarice Falcão - Macaé

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Spirulina promete trazer saciedade e emagrecer. Médicos duvidam


Dieta

Rica em proteínas e nutrientes, a spirulina é vendida com a promessa de provocar saciedade e também pode ser usada como suplemento alimentar, mas até para isso existem melhores alternativas

Juliana Santos
Spirulina
Spirulina: de acordo com o registro na Anvisa, não é permitido fazer de alegações de que ela tenha propriedades de saúde ou efeito emagrecedor (Thinkstock)
Entre as dietas e produtos emagrecedores da moda, nem tudo que aparece é exatamente uma novidade. A mais recente tendência entre as "cápsulas emagrecedoras" é a spirulina havaiana (também chamada de espirulina), que já teve seu momento de fama, mas que, com o lançamento de uma nova variação, foi trazida de volta para uma posição de destaque. Uma grande rede especializada em alimentos saudáveis lançou em agosto as cápsulas de spirulina pacífica havaiana. Do mês de lançamento até outubro, a empresa registrou um aumento de 220% nas vendas do produto.
O surgimento de suplementos no mercado que prometem efeitos emagrecedores ocorre com certa frequência — há poucos meses foi a vez do óleo de coco. O problema é que nem sempre esses produtos apresentam comprovação científica de seus supostos efeitos benéficos. "A spirulina se tornou o produto do momento", diz o médico endocrinologista Henrique Suplicy, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem).  "Mas volta e meia surge uma substância desse tipo. As pessoas começam a usar e logo aparece outra."
Marcella Garcez, nutróloga e membro da diretoria da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran), relaciona a recente proibição de alguns medicamentos emagrecedores com a procura por spirulina. "Com a proibição, as pessoas passaram a procurar outros meios para emagrecer", afirma.
Bactéria — Apesar de ter sido considerada uma alga por muito tempo — e de ainda ser divulgada como tal — a spirulina é uma bactéria capaz de fazer fotossíntese, denominada cianobactéria. Ela vive em colônias com aparência semelhante a algas, o que colaborou para a confusão que durou anos para ser desfeita. As espécies que costumam ser vendidas em cápsulas são a Arthrospira maxima e Arthrospira platensis"Elas foram identificadas erroneamente como Spirulina e este nome acabou permancendo comercialmente", afirma Célia L. Sant´Anna, pesquisadora do Instituto de Botânica da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo.
A spirulina pode ser encontrada em lagos, diferentemente das algas, que costumam ser marítimas. Porém ela se desenvolve apenas em águas alcalinas, com pH muito elevado. Em geral, rios e lagos tem pH em torno de 7 a 8, mas a spirulina se desenvolve em águas de pH entre 10 e 11. No Brasil, um local onde ocorrem as condições adequadas para a reprodução dessa bactéria é o Pantanal.
De acordo com Flávia Morais, coordenadora de nutrição de uma rede de produtos naturais, a grande diferença entre a nova spirulina havaiana e a spirulina comum estaria na pureza do produto: a spirulina havaiana, cultivada na região de Kona, no Havaí, seria livre de contaminantes provenientes da tinta utilizada na pintura de cascos de embarcações, e metais como mercúrio e chumbo, que fazem mal à saúde – mas sua composição é a mesma das spirulinas "anteriores".
Falta de comprovação — A spirulina apresenta uma grande quantidade de proteínas – cerca de 60% de sua composição. Ela também possui vitaminas, como o betacaroteno (que pode ser convertido em vitamina A) e vitamina B12. Apesar da composição, especialistas não se mostram confiantes em relação ao efeito emagrecedor prometido. A principal razão apontada é a falta de comprovação científica.
"A spirulina existe há anos, e, como inúmeros outros fitoterápicos que são ditos emagrecedores, não há nada provado sobre sua eficácia", diz Henrique Suplicy. Para ele, um estudo válido para esse caso teria que ser realizado de forma bastante rigorosa, por um período de pelo menos três a seis meses e com o método duplo-cego, ou seja, os participantes seriam divididos em dois grupos, um tomando spirulina e outro placebo, e os médicos que fizessem o acompanhamento também não poderiam saber quem estava em qual grupo.
Um estudo publicado em 2002 no periódico Journal of the American Nutraceutical Association, feito pelo professor Amha Belay, analisa a potencial aplicação nutricional e terapêutica da spirulina. O artigo relata que a spirulina apresenta grande potencial como anticancerígeno, antiviral e como redutor de colesterol, mas o autor reafirma que são necessários mais estudos para que esse potencial possa ser comprovado. É preciso levar em conta, porém, que Amha Belay é diretor, desde 1989, de uma empresa que vende a spirulina comercialmente e que o periódico em que a pesquisa foi publicada é irrelevante no meio científico.
Outra pesquisa, publicada em 2008 no periódico Evidence-Based Complementary and Alternative Medicine (eCAM), levanta a hipótese de que o efeito anticancerígeno pode estar relacionado à presenta de betacaroteno na spirulina. Por outro lado, os autores desse estudo consideram que não existem evidências de alto nível que indiquem seu potencial antiviral. Para esses autores, a spirulina é considerada um suplemento alimentar seguro, sem efeitos colaterais, mas cujos benefícios ainda carecem de comprovação.
Para o nutrólogo Celso Cukier, do Hospital Albert Einstein, falta uma indicação clínica definida que aponte como a spirulina deve ser utilizada. "A spirulina pode ser consumida em pequenas doses, sem que haja algum malefício, mas ela também não tem benefícios comprovados." Ele explica que é mais aconselhável, no caso de um paciente com alguma deficiência nutricional, indicar uma suplementação alimentar específica, como o ferro ou uma vitamina, que se encontram em concentrações maiores e têm efeitos comprovados. Celso desaconselha o uso em quantidades elevadas, devido ao desconhecimento das consequências a longo prazo. "Em termos de saúde, existem vários outros alimentos mais completos do que ela", afirma Henrique Suplicy.
Reduz o apetite? — O efeito de saciedade que é frequentemente relacionado à spirulina pode ser explicado pelo fato de, após ingerida, ela absorver água, aumentando de volume e, portanto, ocupando um espaço maior no estômago. Para Henrique, porém, esse efeito não é tão intenso que possa causar saciedade, considerando-se a média de consumo diário, de duas a quatro cápsulas. Além disso, esse efeito não é observado exclusivamente na spirulina. "Os alimentos ricos em fibras têm este efeito de absorver água e 'inchar' no estômago. Existem algumas substâncias como o goma-guar e glucomanan (duas fibras alimentares) que também são empregadas com este fim", afirma Henrique.
Para Marcella Garcez, da Abran, o efeito de saciedade pode ser obtido, mas para isso seria preciso consumir uma quantidade significativa de spirulina. "Não há uma recomendação diária para a spirulina, pois ela não é um nutriente essencial, o que há é uma recomendação de dose mínima efetiva e dose máxima para consumo sem riscos, isto é para consumo sem orientação médica. A dose efetiva da spirulina vai de um grama a cinco gramas por dia podendo chegar a 15 gramas, como suplemento. Acima de 1,5 grama por dia é ideal que seja consumida sob prescrição", afirma Marcella. Ela recomenda a spirulina para pacientes vegetarianos, devido ao alto teor proteico. Para isso, porém, é necessário consumir uma dose mais elevada da substância, o que deve ser feito sob acompanhamento médico.
Segundo informações da Anvisa, a spirulina não está registrada na categoria de "alimentos com alegação de propriedade funcional". Assim, ela não pode ser vendida com a indicação de substância emagrecedora. 

Encontro nos EUA apresenta novidades contra a leucemia


Câncer

Drogas que combatem a doença e terapia com células geneticamente modificadas são destaques em evento da Sociedade Americana de Hematologia

Leucemia
Leucemia: A doença, geralmente de origem desconhecida, tem como principal característica o acúmulo de células jovens anormais na medula óssea, que substituem as células sanguíneas normais (Thinkstock)
O encontro anual da Sociedade Americana de Hematologia reuniu diversas inovações no tratamento da leucemia, tipo de câncer que se origina na medula óssea e atinge o sangue. O evento teve início no dia 8 de dezembro, e vai até o dia 11, na cidade de Atlanta, nos Estados Unidos. O site de VEJA reuniu os principais avanços apresentados neste fim de semana na lista abaixo:

Novo medicamento

Pesquisadores de dez centros médicos nos Estados Unidos e na Europa testaram um medicamento que reverteu o quadro de leucemia em mais de um terço dos participantes.

O estudo foi realizado com 137 pacientes com leucemia mieloide aguda (LMA), uma variação da doença, de avanço rápido, que ocorre tanto em adultos quanto em crianças. A maior parte desses pacientes (99) apresentava mutações no gene FLT3-ITD, que é responsável pela produção de uma enzima que faz com que as células-tronco da medula óssea se multipliquem. Mutações nesse gene fazem com que a produção da enzima aumente, fazendo com que a doença se desenvolva de forma mais rápida.

Os pacientes que apresentam a mutação no gene FLT3-ITD costumam precisar de quimioterapia intensiva para atingir o estado de remissão (quando o câncer desaparece por um tempo depois do tratamento) e assim, poderem ser submetidos ao transplante de medula óssea.

De acordo com Mark Levis, integrante da equipe de pesquisadores, até três quartos dos adultos com esse tipo de leucemia atingem um estado de remissão da doença com a quimioterapia, mas há 50% de chances de ela voltar, podendo até ser fatal. A maioria dos participantes do estudo já haviam tentado outras formas de tratamento, sem obter sucesso.

O medicamento testado, denominado Quizartinib, bloqueia a produção da enzima relacionada ao gene FLT3- ITD. Dentre os pacientes que apresentavam a mutação no gene, 44% tiveram remissão completa, ou seja, um estágio em que não há mais sinais da doença. Ainda assim, eles precisaram de transfusões de sangue e plaquetas. Já entre o total dos participantes, 34% puderam fazer o transplante de medula óssea após o tratamento com Quizartinib.

O medicamento apresentou alguns efeitos colaterais, como náuseas e anemia, e 10% dos participantes tiveram que suspender o uso. Segundo Levis, os pesquisadores estão agora testando doses mais baixas do medicamento.

Remédio diminui a rejeição após transplante

Um novo medicamento reduz as chances de pacientes que recebem transplante de medula óssea desenvolverem efeitos colaterais, que podem ser fatais.

O estudo foi realizado nas Universidades americanas de Michigan e Washington, com 47 pacientes que receberam transplante de medula com células doadas por parentes. Além da medicação normalmente utilizada após transplantes, os pacientes receberam um medicamento denominado vorinostat, atualmente utilizado no tratamento de alguns tipos de câncer.
Dentre os participantes, apenas 21% desenvolveram uma reação denominada doença do enxerto contra hospedeiro, na qual as células recebidas começam atacar outras células do organismo do paciente. Sem a utilização do vorinostat, a média de pacientes que desenvolvem esse quadro é de 42%.
Os pesquisadores querem agora testar o medicamento em pacientes que recebem o transplante de doadores que não são da família. De modo geral, esses casos apresentam maiores riscos de desenvolverem a reação.

Células geneticamente modificadas

Linfócitos T, células do sistema imunológico, foram geneticamente modificados por pesquisadores da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, para atacar tumores de pacientes com leucemia.
O tratamento foi testado em doze pacientes com câncer em estágios avançados, sendo dez adultos com leucemia linfoide crônica, que costuma aparecer em pessoas com mais de 55 anos, e duas crianças com leucemia linfoide aguda, o tipo mais comum em crianças. Dentre eles, nove participantes responderam positivamente ao tratamento com linfócitos T.
Dois dos três primeiros pacientes a receberem esse tratamento com células modificadas ainda apresentam a doença em estado de remissão (quando o câncer desaparece por um tempo depois do tratamento), depois de mais de dois anos. Para Carl June, um dos pesquisadores do grupo, é possível que no futuro essa técnica reduza ou até substitua a necessidade de transplantes de medula óssea.
As células geneticamente modificadas têm como objetivo atacar células que expressam uma proteína denominada CD19, o que inclui as células tumorais de ambos os tipo de leucemia estudados, além dos linfócitos B, responsáveis pela produção de anticorpos. Os linfócitos T também são capazes de se multiplicar, constituindo um verdadeiro “exército”, até que todas as células tumorais sejam destruídas.
Como esse tratamento provoca a destruição dos linfócitos B normais, que são importantes no combate a infecções, os pacientes estão recebendo tratamento com imunoglobulina, de forma a prevenir o aparecimento de infecções.


Presidente do TJDFT receberá medalha de R$ 11,3 mil

10/12/2012
Filipe Marques
Do Contas Abertas
Há 54 anos no serviço público, o presidente do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), desembargador João de Assis Mariosi, receberá, como homenagem, a medalha-prêmio "50 anos de serviço público", que custou R$ 11.313,00 aos cofres públicos.
Cunhada pela Casa da Moeda do Brasil (CMB), a medalha foi criada pelo Decreto-Lei 51.061/61, e é concedida ao funcionário que completa meio século de serviço público.
Confeccionada artesanalmente, somente após solicitação, cada unidade da condecoração é feita com 30 gramas de ouro e o preço de fabricação é de R$ 7.042,79, mais tributos. Segundo assessoria da CMB, o valor elevado é resultado da "matéria-prima utilizada" e dos "tributos cobrados".
Para o secretário-geral da Associação Contas Abertas, Gil Castello Branco, o valor da medalha é despropositado. Afinal, o verdadeiro valor é o simbólico, e não o material. "O que importa na homenagem é o simbolismo, o significado da honraria. A União não deve gastar esse alto valor com um bem que será entregue a um servidor, por mais justa que possa ser a homenagem", critica.
Castello Branco lembrou ainda que a União possui 1,1 milhão de servidores ativos e seria oneroso premiar todos que chegam aos 50 anos de serviço. Ao todo, a União já gastou R$ 55,1 milhões com festividades e homenagens em 2012. No ano passado, os dispêndios com essa rubrica foram de R$ 54,2 milhões. Os gastos envolvem não só medalhas, mas também solenidades, cerimônias, buffets e outros eventos oficiais.
O valor da medalha (R$ 11.313,00) é praticamente metade da remuneração líquida de Mariosi, que recebe, em média, R$ 21 mil por mês. De acordo com informações do portal do TJDFT, a concessão da honraria a Mariosi foi proposta pelo 1º vice-presidente do tribunal, o desembargador Sérgio Bittencourt.
Natural de Pouso Alegre (MG), o presidente do Tribunal ingressou no serviço público em 1958, ainda em Monte Azul (MG), onde também ingressou na magistratura, como juiz. Permaneceu no cargo até 1980, quando, então, tomou posse como juiz substituto no Distrito Federal.
Desde então, atuou como juiz na área cível e eleitoral, passando a desembargador do TJDFT em 1994. Exerceu o cargo de Corregedor da Justiça local no período de 2006 a 2008, cargo que também ocupou no TRE-DF, de 2009 a 2010. Assumiu a Presidência do TRE-DF no biênio 2010-2012, e em abril de 2012 tomou posse como Presidente do TJDFT.
Essa não é a primeira vez que um servidor do TJDFT recebe essa homenagem. Outros quatro magistrados e um servidor da Casa já foram agraciados com a honraria. São eles: os Desembargadores Oswaldo de Souza e Silva, Joazil Maria Gardés, Hermenegildo Fernandes Gonçalves e Estevam Maia; e o servidor Antonio Luiz da Silva Neiva Moreira.
A homenagem não é rara no serviço público, apesar da aposentadoria compulsória aos 70 anos. Como exemplo, alguns dos servidores públicos que já receberam a homenagem foram os imortais da Academia Brasileira de Letras Affonso Arinos de Mello Franco, agraciado pelo Ministério das Relações Exteriores em 2006, e Marcos Vilaça, pelo Tribunal de Contas da União (TCU) em 2009. O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Carlos Velloso também recebeu a honraria em 2005.
Interrogada se a medalha não deveria ter apenas valor simbólico, a assessoria do TJDFT limitou-se a dizer que "a homenagem foi instituída pelo Decreto-Lei 51.061/61 e suas atualizações, que criou a aludida comenda". Além disso, a reportagem questionou a opinião do presidente do tribunal em relação ao alto valor da comenda, mas não recebeu resposta até o fechamento dessa matéria.