sábado 02 2015

Os Normais - Episódio 5 - Um dia Normal - Parte 1



Alguém tem que ceder - dublado e completo.






"Harry Sanborn (Jack Nicholson) é um executivo que trabalha no ramo da música e que namora Marin (Amanda Peet), que tem idade para ser sua filha. Harry e Marin decidem ir até a casa de praia da mãe dela, Erica (Diane Keaton), para visitá-la. Lá Harry sofre uma parada cardíaca, ficando sob os cuidados de Erica e de Julian (Keanu Reeves), um jovem médico local. Aos poucos Harry percebe que está se interessando cada vez mais por Erica, mas tenta esconder seus sentimentos. Julian também sente atração por ela, tornando-se um rival de Harry".

Tomates verdes fritos inteiro e dublado



ESCREVENDO AMOR







SINOPSE: "Quando renomada editora literária Max Normane conhece o conturbado mas talentoso escritor Jake Buckley, ela vê em seus textos muitos mais do que apenas uma boa história".


Marvin Gaye Lets Get It On



Sexual Healing
Ooh, baby let's get down tonight
Baby I'm hot just like an oven
I need some lovin'
And baby, I can't hold it much longer
It's getting stronger and stronger
And when I get that feeling
I want Sexual Healing
Sexual Healing, baby
Makes me feel so fine
Helps to relieve my mind

Sexual Healing baby, is good for me
Sexual Healing is something that's good for me
Whenever blue tear drops are falling
And my emotional stability is leaving me
There is something I can do
I can get on the telephone and call you my baby, and
Honey I know you'll be there to relieve me
The love you give to me will free me
If you don't know the things you're dealing
I can tell you, darling, that it's Sexual Healing

Get up, Get up, Get up, Get up, let's make love tonight
Wake up, Wake up, Wake up, Wake up, 'cos you do it right
Baby I got sick this morning
A sea was storming inside of me
Baby I think I'm capsizing
The waves are rising and rising
And when I get that feeling
I want Sexual Healing

Sexual Healing is good for me
Makes me feel so fine, it's such a rush
Helps to relieve the mind, and it's good for us
Sexual Healing, baby, is good for me
Sexual Healing is something that's good for me
And it's good for me and it's good to me

My baby ohh
Come take control, just grab a hold
Of my body and mind
Soon we'll be making it
Honey, oh we're feeling fine
You're my medicine open up and let me in
Darling, you're so great
I can't wait for you to operate
Get up get up get up get up
Let's make love tonight
Wake up wake up wake up wake up
Cause you do it right




Cura sexual
Meu bem, vamos até o fim essa noite
Baby, estou quente como um forno
Preciso do seu amor
Meu bem, não vou aguentar por muito tempo
Este desejo está ficando cada vez mais forte
E eu sinto esta emoção
Eu quero cura sexual
Cura sexual, baby
Me faz sentir tão bem
Ajudaliviar a minha mente

Cura sexual, meu bem, funciona para mim
A cura sexual é algo que é muito bom
Sempre que lágrimas tristes começam a cair
E minha estabilidade emocional me abandona
Há algo que eu posso fazer
Eu pego o telefone e te ligo
Meu bem, e eu sei que você vai estar lá para me orientar
O amor que você me dá vai me libertar
Se você não sabe com o que está lidando
Eu posso te dizer, querida, é cura sexual

Levante-se, levante-se, levante-se, vamos nos amar esta noite
Acorde, acorde, acorde, porque você sabe como fazer direitinho
Meu bem, eu fiquei doente esta manhã
Tinha uma tempestade dentro de mim
Meu bem, eu acho que estou capotando
E as ondas estão crescendo e crescendo
E eu sinto esta emoção
Eu quero cura sexual

Cura sexual é muito bom pra mim
Me faz sentir tão bem, é uma adrenalina
Ajudaliviar a mente e é muito bom para nós
A cura sexual, baby, é boa pra mim
A cura sexual é algo que é muito bom
Bom para mim, é bom para mim

Meu amor, oh
Não consigo me controlar, apenas agarre
Meu corpo inteirinho
E então, logo, logo
Nós estaremos nos amando
Meu bem, oh, você está se sentindo bem
Você é o meu remédio, abra este final feliz e me deixe entrar
Querida, você é espetacular, mal posso esperar você me operar
Levante-se, levante-se, levante-se
Vamos fazer amor essa noite
Acorde, acorde, acorde, acorde
Pois você faz direitinho





















Marvin Gaye - Sexual Healing






PF descobre laços impróprios entre Toffoli e empreiteiro do petrolão


Investigação mostra que o ministro do STF e Léo Pinheiro, envolvido no petrolão e recém-libertado da cadeia, têm preocupante proximidade. O ministro Benedito Gonçalves, do STJ, também está no rol de amigões do ex-presidente da OAS

Por: Rodrigo Rangel
O ministro Toffoli e o empreiteiro Léo Pinheiro: festas de aniversário, presentes e visitas para tratar de assuntos de interesse da OAS, uma das principais construtoras envolvidas no escândalo da Petrobras
O ministro Toffoli e o empreiteiro Léo Pinheiro: festas de aniversário, presentes e visitas para tratar de assuntos de interesse da OAS, uma das principais construtoras envolvidas no escândalo da Petrobras(Beto Barata / Folhapress/Estadão Conteúdo)
No dia 13 de novembro do ano passado, o engenheiro Léo Pinheiro, sócio e presidente da empreiteira OAS, não imaginava que sua rotina estaria prestes a sofrer uma reviravolta em algumas horas. Era noite de quinta-feira. Trocando mensagens com um amigo, ele parecia tranquilo e informava: "Estou indo para a África na segunda". Depois, perguntou: "Você vai ao aniversário do ministro Toffoli no domingo?". O amigo respondeu que ainda não sabia se compareceria à festa. Marcaram um encontro para o sábado no Rio de Janeiro e outro para segunda-fei­ra, 17, em São Paulo. Léo Pinheiro acabou não indo à África, ao Rio, a São Paulo nem ao aniversário do ministro. A Polícia Federal prendeu o engenheiro horas depois da troca de mensagens. Seis meses se passaram e esse diálogo, aparentemente sem relevância, ganhou outra dimensão. Léo Pinheiro foi solto na última semana no fim de um julgamento dividido, em que o voto do ministro Toffoli foi decisivo para sua libertação. Toffoli votou com o relator, ministro Teori Zavascki, para conceder habeas corpus ao empreiteiro Ricardo Pessoa, da OAS - decisão logo estendida aos demais presos da Lava-Jato. Se Toffoli tivesse votado contra a concessão do habeas corpus, Pessoa e Léo Pinheiro teriam sido mantidos atrás das grades.
Léo Pinheiro, ponta de lança do esquema de corrupção da Petrobras, acusado de desviar bilhões de reais e de subornar algumas dezenas de políticos, deve sua soltura à inadequada e estranha proximidade com o ministro Toffoli? É tão difícil afirmar que sim quanto que não. Para que os empreiteiros con­ti­nuas­sem presos bastaria que um dos outros ministros que votaram a favor do habeas corpus, Gilmar Mendes e Teori Zavascki, tivesse discordado do relator. A questão é que, até onde se sabe, nem Gilmar Mendes nem Teori Zavascki têm relações com empreiteiros. Como mostra o relatório da Polícia Federal, Toffoli é próximo de Léo Pinheiro, da OAS. Ambos são amigos diletos do ex-presidente Lula, em cujo governo Toffoli, ex-advogado do PT, foi nomeado para o STF.
VEJA teve acesso a um relatório produzido pelos investigadores da Operação Lava-Jato a partir das mensagens encontradas nos telefones apreen­di­dos com Léo Pinheiro. O documento mostra que o empreiteiro frequentava as altas esferas de poder da capital. O interlocutor que aparece marcando encontros com ele no Rio e em São Paulo e a ida à festa de aniversário de Toffoli é o ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Vale lembrar que Benedito chegou a ser o nome preferido do governo para assumir uma vaga no STF. "As mensagens demonstram uma proximidade entre Léo Pinheiro e Benedito Gonçalves, bem como a proximidade destes com o ministro Toffoli", conclui o relatório da Polícia Federal.
O ministro Benedito Gonçalves, do STJ: processo decidido em favor da empreiteira do amigo, lobby para chegar ao Supremo e favores, muitos favores
O ministro Benedito Gonçalves, do STJ: processo decidido em favor da empreiteira do amigo, lobby para chegar ao Supremo e favores, muitos favores(Lula Marques/Folhapress)
http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/pf-descobre-lacos-entre-dias-toffoli-e-leo-pinheiro-da-oas

Balança o tripé de Moro


A estratégia do juiz da Lava-Jato, inspirada no sucesso da faxina contra a corrupção na Itália dos anos 90, estava apoiada em três pilares: prisão, delação e divulgação. Vinha funcionando extraordinariamente bem, mas a libertação dos empreiteiros rompe o “círculo virtuoso”

Por: André Petry

SEM SURPRESA - Moro, à sombra de si mesmo: decepcionado com o STF, mas não surpreso. Processos contra “figuras poderosas” não correm sem reações
SEM SURPRESA - Moro, à sombra de si mesmo: decepcionado com o STF, mas não surpreso. Processos contra “figuras poderosas” não correm sem reações(Pablo Jacob/Agência o Globo)
Sergio Moro é um estudioso e admirador da Operação Mãos Limpas, a gigantesca faxina contra a corrupção realizada na Itália na década de 90, que começou investigando um bagre miúdo com 4 000 dólares de propina no bolso e terminou capturando 1 300 empresários e parlamentares. Em 2004, Moro publicou cinco páginas numa revista jurídica analisando a operação italiana. Hoje, o texto circula na rede. Sob o título "Considerações sobre a Operação Mani Pulite", Moro descreve o que, em sua opinião, explica o estrondoso sucesso da ação italiana. É a criteriosa e sistemática aplicação de uma estratégia em três pilares: prisão, delação, divulgação.
Mesmo antes da condenação, a prisão dos corruptos - explica Moro - é fundamental para marcar a "seriedade do crime" e mostrar que, até "em sistemas judiciais morosos", a Justiça pode funcionar. A delação, por sua vez, é a única forma de chegar aos mandantes de uma organização criminosa. Moro cita o raciocínio de um dos investigadores italianos: "A corrupção envolve quem paga e quem recebe. Se eles se calarem, não vamos descobrir jamais". A divulgação, última perna do tripé, é uma forma de garantir o apoio da opinião pública às investigações. Os italianos, escreveu Moro, fizeram "largo uso da imprensa" com esse fim. Sintetizando sua análise, Moro afirma que o tripé criou um "círculo virtuoso" na Itália: "As prisões, confissões e a publicidade conferida às informações obtidas geraram um círculo virtuoso, consistindo na única explicação possível para a magnitude dos resultados obtidos pela Operação Mani Pulite".
Desde o início do ano passado, quando a Lava-Jato saiu do papel, o juiz Sergio Moro, 43 anos, estava pondo em prática a receita italiana e, desde a semana passada, quando os ministros do Supremo Tribunal Federal decidiram libertar os nove empreiteiros, sua estratégia ruiu. Sem a prisão de alguns dos maiores expoentes da organização criminosa que assaltou a Petrobras, é improvável que haja novos acordos de delação e, sem novos acordos, será escassa a produção de novidades capazes de garantir o interesse da opinião pública. Moro, dizem seus interlocutores mais próximos, ficou decepcionado com a decisão do STF, embora tenha achado exemplar o voto do ministro Celso de Mello, que queria manter os nove na cadeia por entender que a prisão preventiva se sustentava em "fatos impregnados de inquestionável relevo jurídico". Mas Moro não ficou surpreso com o revés. Ele mesmo escreveu, ainda a propósito da operação italiana: "É ingenuidade pensar que processos criminais eficazes contra figuras poderosas, como autoridades governamentais ou empresários, possam ser conduzidos normalmente, sem reações".
As ações penais da Lava-Jato vão continuar caminhando do modo como caminhavam antes da prisão dos empreiteiros. Nada impede que, a qualquer hora, o tripé de Moro volte a se erguer. Basta um novo motivo para prender um tubarão, quem sabe uma nova confissão de um empreiteiro vestindo tornozeleira eletrônica em casa. Ou, até mesmo, a entrada em cena de novos suspeitos de empreiteiras que constam do cartel da corrupção, como Odebrecht e Andrade Gutierrez, mas que foram pouco incomodados até agora. O apoio da opinião pública, a julgar pelas pesquisas e pelas ruas, está garantido. Mesmo com tudo isso, será mais complicado reativar o círculo virtuoso.
Até a semana passada, as decisões de Moro vinham se mantendo contra o arsenal de vários dos mais calibrados escritórios de advocacia do país. Ao contrário de outro magistrado que se tornou celebridade nacional, o ex-ministro Joaquim Barbosa, Moro é considerado um juiz de alta competência técnica. Já era assim quando cursou direito na Universidade Estadual de Maringá, no Paraná, onde ganhou fama de "geniozinho". Continuou desse jeito no seu estágio no escritório do tributarista Irivaldo Joaquim de Souza, que tem meio século de experiência e só elogios para Moro: "Era um estagiário brilhante". E seguiu dessa forma quando prestou o rigoroso concurso para juiz federal em 1996, no qual tirou um honroso segundo lugar. Sua competência será posta à prova, mais uma vez, para manter a Lava-Jato de pé.
Além do talento, há outra qualidade que não falta a Moro: coerência. É antiga a sua opinião de que a prisão preventiva - como à que estiveram submetidos os nove empreiteiros soltos agora - não viola a presunção da inocência. Também é antigo seu interesse pela delação premiada, instituto relativamente recente na ordem jurídica brasileira. Chegou a traduzir um longo artigo do juiz Stephen Trott, de uma corte de apelações da Justiça federal dos Estados Unidos, publicado em 1996. Nele, Trott dá conselhos minuciosos sobre as vantagens e as armadilhas de obter o apoio de uma testemunha criminosa, seja como delator, informante ou cúmplice. Em sua tradução, Moro deixa evidente - em suas notas de rodapé ou nas passagens que fez questão de grifar por conta própria - que o cerne da questão não é saber se o criminoso deve ser usado como delator, mas quando e como.
Na sua trajetória profissional, talvez o dado mais forte seja seu sentido de missão, especialmente no que diz respeito a higienizar a democracia brasileira, amputando o braço da corrupção. Há cinco anos, Moro participou de um movimento pela renúncia dos diretores da Assembleia Legislativa no Paraná, suspeitos de grossa corrupção. A campanha fracassou, mas revelou-­lhe que um juiz federal podia fazer mais do que assinar sentenças. A própria Operação Mãos Limpas levou-o a traçar um paralelo com o Brasil. Moro acha que as "condições institucionais" que permitiram a limpeza italiana também estão maduras entre nós. Escreveu ele: "Assim como na Itália, a classe política não goza de prestígio junto à população, sendo grande a frustração pela quantidade de promessas não cumpridas após a restauração democrática".
No balanço da Lava-Jato, Moro cometeu poucos erros. Em fevereiro, tentou puxar para o seu controle o caso de corrupção que envolve a ex-­governadora Roseana Sarney, do Maranhão. Perdeu. Depois, pediu a prisão preventiva de empreiteiros cujos representantes haviam tido uma audiência na penumbra com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Moro entendeu que conspiravam para obstruir a Justiça. Também perdeu. No caso mais recente, prendeu a cunhada de João Vaccari, ex-tesoureiro do PT, ao confundi-la com a irmã. Depois de sete dias em cana, a cunhada do ex-tesoureiro foi libertada, mas Moro não teve a grandeza de admitir que errou de pessoa, escapulindo pela tangente ao dizer que perdera a "certeza" de quem era quem. Agora, três dos cinco ministros do STF disseram que não havia justificativa para manter os nove presos, derrubando uma decisão de Moro. Juízes erram, cometem injustiça, dobram a lei. O fundamental é que sejam movidos, sempre, pelo espírito de acertar, fazer justiça e garantir as proteções da lei.
Nada na carreira de Moro autoriza a pensar que seu espírito esteja no lugar errado. O tripé que montou é ousado, mas vem sendo executado com zelo para não violar os direitos dos investigados. É o ensinamento de um dos seus ídolos do mundo jurídico, o juiz americano Learned Hand, que nunca chegou à Suprema Corte mas é mais celebrado do que muitos que lá chegaram. Bem-­nascido e erudito, Hand escrevia com brilho e verve. Jamais se preocupou se suas decisões desagradariam a gregos ou troianos, e tinha respeito pétreo pela liberdade de expressão. Trabalhou como juiz federal por mais de meio século e morreu aos 89 anos, em 1961. Numa decisão que lhe valeu a hostilidade da imprensa em plena Guerra Fria, Hand inocentou uma funcionária do Ministério da Justiça que fora condenada a quinze anos de prisão depois que o governo americano descobriu que ela furtara segredos de defesa para repassá-los aos soviéticos. Mas a descoberta fora feita através de um grampo telefônico ilegal. Numa carta a um dos seus críticos, Hand deixou uma lição imortal: "Não é desejável condenar um réu, mesmo que seja culpado, quando, para fazê-­lo, é preciso violar as regras que asseguram a liberdade de todos nós".