Como a coincidência entre um eclipse total da lunar e uma Superlua só vai se repetir em 2033, Bill Ingalls, fotógrafo da Nasa, ensina como fazer as melhores imagens do evento.
Um dos principais e mais belos eventos astronômicos do ano acontece na noite deste domingo (27). A partir das 23h11, será possível observar no céu um eclipse total lunar (quando o satélite fica totalmente encoberto pela parte mais escura da sombra da Terra) junto com uma Superlua (ponto da órbita em que o satélite está o mais próximo possível do planeta) que, por isso, parece maior e mais brilhante. O incrível evento não acontece há mais de 30 anos, de acordo com a Nasa, e só poderá ser visto novamente em 2033.
O Brasil está em uma posição ideal para observar o eclipse: poderá ser visto no país inteiro e a previsão é de céu claro na maior parte dos Estados. Para que os apaixonados pelo céu possam registrar o fenômeno, a agência espacial americana divulgou uma lista com as dicas do fotógrafo americano Bill Ingals que, há mais de 25 anos, faz fotos de missões da Nasa, chuvas de meteoros, eclipses e Superluas.
Confira as dicas para fotografar a ‘Superlua de sangue’:
Fotografe a Lua próxima a um ponto de referência
A Lua parece maior e mais brilhante quando há algum ponto de referência da superfície da Terra na imagem, pois é possível compará-la a algo que conhecemos. “Não faça o erro de fotografar apenas a Lua – todo mundo terá essa foto. Em vez disso, faça a imagem junto com algum objeto terreno, um ponto de referência”, diz Bill Ingals, fotógrafo que faz fotos para a Nasa há mais de 25 anos.
Não tenha pressa
Devido à longa duração do eclipse – uma hora e onze minutos de acordo com a Nasa, com o ápice às 23h47 – será possível fotografar a Lua em diversos ângulos. Aproveite longas exposições e outros artifícios. Ingals conta que, em 2009, para fotografar um cometa, tinha apenas equipamentos básicos e, mesmo assim, conseguiu uma de suas fotos mais incríveis: usou uma luz vermelha para “pintar” a floresta em uma longa exposição. A revista National Geographic acabou escolhendo a imagem como uma das dez melhores fotos do ano.
Prepare-se com antecedência e aproveite os mapas
“Uso o Google Maps e outros aplicativos para planejar onde posso conseguir o melhor ângulo na melhor hora”, diz o fotógrafo. Seu conselho é, se preferir fazer as fotos em algum lugar desconhecido, procurar saber se é preciso permissão para fazer fotos em tetos de prédios ou lugares mais afastados onde a poluição luminosa é menor.
Chame amigos e família para participar das fotos
De acordo com Ingals, o eclipse pode ser um divertido evento com a família e as crianças, já que seu auge será por volta da meia-noite. “Personalize a experiência. Há ótimas fotos com pessoas que parecem estar segurando a Lua ou coisas do tipo. É possível ser bastante criativo”, diz o fotógrafo.
Se usar um smartphone, prefira as fotos panorâmicas
Se decidir usar um smartphone, que costuma ter uma definição menor, a dica é fazer fotos panorâmicas, com algum ponto de referência. “Não será possível conseguir uma Lua gigante na foto. Prefira uma área urbana onde estará um pouco mais iluminada”, diz Ingals. Para conseguir boas fotos em iPhones e Androids, o fotógrafo sugere “aperte a tela e segure o indicador sobre a Lua, para garantir o foco. Em seguida, deslize o dedo para cima ou para baixo para uma iluminação mais clara ou mais escura.”
Considere o deslocamento da Lua
Para quem decidir usar lentes de maiior precisão, o fotógrafo lembra que a Lua é um satélite em movimento. “Será preciso balancear a exposição correta com a velocidade do obturador da câmera um pouco mais rápido”, afirma.
Fonte: Agência de Notícias