quinta-feira 17 2016

Moro: a vida dos malandros e o sacrifício da população




Ao justificar a prisão de Sérgio Cabral e o seu bando, Sérgio Moro chamou a atenção para o contraste entre a vida dos malandros e a situação do estado do Rio:
“Essa necessidade faz-se ainda mais presente diante da notória situação de ruína das contas públicas do governo do Rio de Janeiro. Constituiria afronta permitir que os investigados persistissem fruindo em liberdade do produto milionário de seus crimes, inclusive com aquisição, mediante condutas de ocultação e dissimulação, de novo patrimônio, parte em bens de luxo, enquanto, por conta de gestão governamental aparentemente comprometida por corrupção e inépcia, impõe-se à população daquele Estado tamanhos sacrifícios, com aumentos de tributos e corte de salários e de investimentos públicos e sociais.”

http://www.oantagonista.com/posts/moro-a-vida-dos-malandros-e-o-sacrificio-da-populacao

‘Se a Lava Jato for abafada, crimes como esse jamais serão investigados’, diz procurador sobre Cabral


Athayde Ribeiro Costa, do Ministério Público Federal no Rio, alerta que 'a sociedade deve estar vigilante quanto ao retrocesso do Legislativo'
RJ 17/11/2016 NACIONAL / PRISÃO SÉRGIO CABRAL/PF - Movimentação na sede da Polícia Federal, Zona Portuária do Rio de Janeiro (RJ), após prisão do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral sob a acusação de cobrança de propina em contratos com o poder público, na manhã desta quinta-feira (17). O ex-governador foi alvo de dois mandados de prisão preventiva, um expedido pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro, e outro pelo juiz Sérgio Moro, em Curitiba. Além de Cabral, outras nove pessoas tinham sido presas até as 7h30. FOTO FABIO MOTTA/ESTADÃO
O ex-governador do Rio, Sérgio Cabral, ao chegar na sede da Polícia Federal no Rio. FOTO FABIO MOTTA/ESTADÃO
O procurador do Ministério Público Federal, Athayde Ribeiro Costa, fez um discurso inflamado sobre os efeitos negativos da corrupção na sociedade, durante entrevista coletiva na sede da Polícia Federal do Rio de Janeiro para tratar da prisão do ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) na manhã desta quarta-feira, 17.
Segundo o investigador, “a sociedade deve estar vigilante quanto ao retrocesso do Legislativo” e ainda “voltar os olhos ao Congresso Nacional”, que discute projetos de lei sobre os limites de atuação do Judiciário e Ministério Público.
Ribeiro Costa repetiu por vezes, durante a coletiva, que é preciso “haver um avanço no combate à corrupção e não um retrocesso”. E destacou a importância da Operação Lava Jato para combater esquemas de desvios de recursos envolvendo políticos. “Se a Operação Lava Jato for abafada, crimes como esse jamais serão investigados”, afirmou.
O posicionamento de Ribeiro Costa ocorre em meio à reação da Câmara dos Deputados e do Senado Federal aos avanços das Lava Jato e seus desdobramentos no combate à corrupção. Atualmente, deputados discutem a possibilidade de anistiar o caixa 2 e de se poder enquadrar procuradores e juízes em crimes de responsabilidade.
Segundo a Polícia Federal, o esquema de corrupção no Rio de Janeiro se estendeu após o mandato de Cabral, mas não há indícios de que o atual governador, Luiz Fernando Pezão (PMDB), tenha participado do esquema. Pezão foi vice-governador durante o governo de Cabral.

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