quarta-feira 21 2013

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Militares recebem Comissão da Verdade, mas proíbem visita a quartel no Rio

Por Atualizado às 11h58, estadao.com.br
Tenente-coronel diz ter cumprido ordem de não autorizar acesso de integrantes do colegiado ao prédio, centro de repressão da ditadura



Militares recebem Comissão da Verdade, mas proíbem visita a quartel no Rio
"Ativistas dos direitos humanos e ex-presos do Doi ficaram do lado de fora do quartel"
Rio - Integrantes da Comissão Estadual da Verdade, que tentavam visitar nesta quarta-feira, 21, o quartel onde fica sediado o 1.º Batalhão da Polícia do Exército, na Tijuca, zona norte, onde funcionou o Destacamento de Operações e Informações (DOI) do 1º Exército durante a ditadura, saíram às 11h20 da unidade sem conseguir visitá-la.

O comandante do 1.º BPE, tenente-coronel Luciano, recebeu a comissão, o deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP), que em 1977 esteve preso no DOI, e os deputados estaduais Gilberto Palmares e Robson Leite, ambos do PT. O militar informou cumprir ordens superiores de não permitir a visita.
O Comando Militar do Leste divulgou nota oficial na qual alega que o Comando do Exército está vinculado ao Ministério da Defesa e não se subordina à Lei Estadual 6335/2012, que criou a Comissão Estadual da Verdade.
Durante a reunião, além de Valente, dois ex-presos políticos que passaram pelo DOI, Álvaro Caldas e Cecília Coimbra, descreveram para o militar as torturas que sofreram no local. "Eu lamento profundamente", afirmou o oficial, segundo relato de Cecília Coimbra.
Após o encontro, o comandante Militar do Leste, general Francisco Carlos Modesto, convidou a comissão para uma reunião às 16 horas no Palácio Duque de Caxias.
Do lado de fora do quartel, ficaram ativistas dos direitos humanos e ex-presos do Doi, como Paulo Sérgio Paranhos, detido por três meses na década de 70 do século passado. "Fui barbaramente torturado. Não tenho nenhum dente por causa dos choques elétricos aplicados nas sessões de torturas", disse Paranhos.

Justiça pede investigação sobre fichas da Rede, novo partido de Marina


BRUNO BOGHOSSIAN
DO PAINEL
PAULO GAMA
DE SÃO PAULO

A Justiça Eleitoral identificou indícios de fraude e irregularidades na coleta de assinaturas em São Paulo para a criação da Rede Sustentabilidade, partido da ex-senadora Marina Silva. O Ministério Público Eleitoral e a polícia foram acionados em quatro municípios do Estado.
Os procedimentos foram solicitados em casos em que as assinaturas apresentadas nas fichas de apoiamento não correspondem ao registro dos eleitores nos cartórios.
Em nota, o partido afirmou que tomou "todo o cuidado" no processo de coleta e que os problemas podem ter sido provocados pela falta de parâmetros dos cartórios na certificação dos apoios.
A ex-senadora tem criticado publicamente a demora e o critério adotado pelos cartórios para a certificação das assinaturas de apoio.
Em Ourinhos, no oeste paulista, ao menos dois eleitores que aparecem na lista de apoiadores da legenda foram procurados pelos cartórios eleitorais da cidade e declararam não ter assinado nenhuma ficha do partido.
O processo foi enviado pelo juiz Cristiano Canezin Barbosa ao Ministério Público "para apuração de eventual ilícito eleitoral".
Segundo o promotor responsável, Marcos da Silva Brandini, foi instaurado inquérito policial para definir se as assinaturas são verdadeiras. "Terá de ser feito o exame grafotécnico para confirmar se as assinaturas são ou não dos eleitores", disse.
Na cidade, segundo o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, a Rede apresentou 192 assinaturas, das quais 112 foram certificadas.
Em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, o juiz eleitoral foi informado por um cartório da "existência de indícios de fraude" na ficha de um eleitor. O caso foi enviado ao Ministério Público Eleitoral e à delegacia de polícia.
Os outros dois casos aconteceram em São Bernardo do Campo e em São José do Rio Preto. Nessas cidades, os juízes remeteram os processos de certificação à Polícia Federal para apuração. Os despachos determinando a investigação não especificam o motivo do envio.
Pedro Ladeira/Folhapress
A ex-senadora Marina Silva dá entrevista à Folha no gabinete do senador Pedro Simon (PMDB-RS)
A ex-senadora Marina Silva dá entrevista à Folha no gabinete do senador Pedro Simon (PMDB-RS)
OUTRO LADO
Em nota enviada ontem à Folha, a Rede Sustentabilidade afirmou que tomou "todo o cuidado" no processo de coleta de assinaturas, mas ressaltou que ele "ocorreu de forma difusa e colaborativa, envolvendo mais de 10 mil pessoas que baixaram as fichas pela internet e imprimiram nas suas casas".
Apesar das verificações, diz o partido, "é possível que existam eventuais diferenças nas assinaturas". Segundo a Rede, "esses problemas podem se referir a casos corriqueiros", em que as assinaturas "não conferem com os documentos que os cartórios eleitorais tem a disposição para verificação (folhas de votação, requerimento de alistamento eleitoral ou canhoto do título de eleitor)".
Nessas situações, segue o texto, "os cartórios podem proceder, de acordo com a legislação, notificando os órgãos correspondentes".
Folha conversou também com o vereador de Ourinhos Lucas Pocay, hoje filiado ao PTB, que é um dos articuladores da Rede no município. Ele disse que pode ter havido confusão de coletadores ou que, por pressão política, eleitores podem ter ficado constrangidos em admitir que assinaram a ficha de apoio à criação da Rede.

The Doors - Touch Me (Live)