sexta-feira 29 2012

Lenine - Aquilo que dá no coração

TSE libera candidaturas de políticos com contas de campanha reprovadas


Eleições 2012

Ministros voltaram atrás em decisão tomada em março depois de um pedido de reconsideração apresentado por catorze partidos

Julgamento foi concluído com voto-vita do minitros Dias Toffoli
Julgamento foi concluído com voto-vita do minitros Dias Toffoli (Dorivan Marinho/AE)
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) voltou atrás e decidiu autorizar a candidatura dos políticos 'contas-sujas'. Em março, por 4 a 3, a corte havia determinado que só poderia disputar uma eleição o candidato cuja prestação de contas de campanhas passadas tivesse sido aprovada pela Justiça Eleitoral. Nesta quinta-feira, pelo mesmo placar, o tribunal decidiu que basta apresentar a prestação para entrar na corrida eleitoral.
Segundo o TSE, 21 000 candidatos tiveram suas contas reprovadas em eleições até 2010. A nova resolução garante a todos eles o direito de buscar uma cadeira de prefeito ou vereador nas eleições de outubro. Eles precisarão apenas apresentar suas contas para a obter certidão de quitação eleitoral, documento necessário para requerer o registro de candidatura.
O pedido de reconsideração da decisão tomada em março foi apresentado pelo PT e, mais tarde, assinado por outros 13 partidos: PMDB, PSDB, DEM, PTB, PR, PSB, PP, PSD, PRTB, PV, PCdoB, PRP e PPS. As legendas argumentaram que a necessidade de ter as contas aprovadas não estava prevista em lei e que sua eventual adoção deve respeitar o prazo da anualidade – ou seja, deve ser estabelecida pelo menos um ano antes do pleito.
Na terça-feira, a questão foi retomada pelo plenário do TSE. Com o placar empatado em três a três, a sessão foi interrompida com o pedido de vista do ministro Dias Toffoli. Nesta quinta, ele decidiu acompanhar o voto dos ministros favoráveis ao pedido dos partidos,  Gilson Dipp, Arnaldo Versiani e Henrique Neves. Para eles, quandos as contas de um candidato são rejeitadas, cabe ao Ministério Público verificar se é ou não caso de gasto ilícito e apresentar denúncia perante a Justiça Eleitoral, que aí sim pode decidir barrar uma candidatura.
Segundo Toffoli, a legislação eleitoral não exige a aprovação das contas como condição para disputar eleições. No entanto, ele ressalvou que contas apresentadas 'de maneira fajuta' devem ser consideradas não prestadas e, portanto, razão para impedir uma candidatura.
Foram votos vencidos: Marco Aurélio, Cármen Lúcia e Nancy Andrighi, a relatora do processo. “O candidato que foi negligente e não observou os ditames legais não pode ter o mesmo tratamento daquele zeloso que cumpriu com seus deveres", argumentou a ministra Nancy, na sessão de março.

Adele - Set Fire To The Rain (Live at The Royal Albert Hall)

Pílula que concentra quatro drogas diferentes anti-HIV se mostra eficaz e segura em testes clínicos


Aids

Comprimido pode melhorar adesão dos pacientes ao tratamento da aids, reduzindo as chances de o vírus se tornar resistente aos antirretrovirais

Vírus HIV
Vírus HIV: tratamento que concentra quadro drogas que tratam a aids em uma se mostra seguro e eficaz nos testes clínicos (Thinkstock)
Testes clínicos envolvendo um comprimido que combina quatro drogas para o tratamento da aids mostraram que essa é uma alternativa segura e eficaz para pacientes recém diagnosticados com a doença. Segundo a pesquisa, publicada na edição desta semana da revista The Lancet, a pílula 'quatro em um', chamada Quad, tem uma atuação mais rápida, não apresenta efeitos colaterais neuropsiquiátricos e pode melhorar a adesão das pessoas ao tratamento.

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ANTIRRETROVIRAIS
Esse grupo de medicamentos surgiu na década de 1980 e atua no organismo impedindo a multiplicação do vírus. Eles não matam o HIV, mas ajudam a evitar que ele se reproduza e enfraqueça o sistema imunológico da pessoa infectada. Por isso, seu uso é fundamental para prolongar o tempo e a qualidade de vida do portador de Aids. Desde 1996 o Brasil distribui gratuitamente o coquetel antiaids para todos que necessitam de tratamento. Atualmente, existem 19 medicamentos, divididos em cinco classes diferentes. Para combater o HIV é necessário utilizar pelo menos três antirretrovirais combinados, sendo dois medicamentos de classes diferentes.
O pilar do tratamento destinado a um paciente infectado pelo vírus HIV é a combinação de ao menos trêsantirretrovirais. Essas drogas, embora reduzam drasticamente a presença do vírus no sangue, não conseguem agir nos vírus que estão inativos no organismo, e, portanto, não são capazes de curar a doença.
Os autores do estudo, que são do Hospital Brigham and Women, ligado à Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, explicam que a adesão do paciente à terapia contra a aids é vital, e que deixar de tomar algum medicamento pode fazer com que o vírus HIV passe a ser resistente às drogas. “Trabalhos têm demonstrado que tratamentos com uma única pílula melhoram a adesão e a satisfação do paciente, além de ajudar a evitar erros de prescrição e reduzir a probabilidade de falha do tratamento e a resistência à droga”, diz o coordenador da pesquisa, Paul Sax.
Eficácia e segurança — Nos testes, os cientistas compararam, em 700 pacientes infectados pelo vírus HIV, o efeito do tratamento com a pílula Quad ao do melhor tratamento contra aids que está disponível atualmente. Após 48 semanas, os pesquisadores concluíram que o comprimido é tão eficaz e seguro quanto as opções disponíveis, com a vantagem de concentrar em apenas uma cápsula quatro drogas. No entanto, os pacientes que fizeram uso da cápsula apresentaram um maior índice de problemas renais.
“Se a pílula for aprovada pelas agências reguladoras dos países, essa seria a primeira vez em todos os medicamentos utilizados no tratamento da aids se concentrariam em apenas um comprimido, o que é um grande avanço. Seria mais uma opção de tratamento para pacientes com essa doença”, diz Brian Kearney, que também participou da pesquisa.

Nasa: tempestade solar não é capaz de destruir a Terra



Apocalipse


Agência espacial desmente o achado pretensamente científico de que o aumento da atividade solar vai acabar com o planeta em 2012, conforme interpretação mirabolante de uma relíquia maia

Imagem divulgada pela Nasa em junho mostra erupção solar que desencadeou uma tempestade de radiação em um nível sem precedentes desde 2006
Imagem divulgada pela Nasa em junho mostra erupção solar que desencadeou uma tempestade de radiação em um nível sem precedentes desde 2006 (NASA/AFP)
Profetas do apocalipse têm um 'fato' a menos para tentar convencer o mundo de que a Terra acabará em 2012. Um artigo assinado pela cientista espacial Susan Hendrix, da agência espacial americana, a Nasa, explica que é impossível qualquer tempestade solar acabar com o nosso planeta. O texto desautoriza a popular paranoia, baseada numa mirabolante leitura do calendário maia, de que o aumento da atividade solar, que ocorre em ciclos de 11 anos, levaria ao fim do mundo em 2012.

Saiba Mais

TEMPESTADES SOLARES
As tempestades solares, ou erupções solares, são explosões na superfície do Sol. Elas são causadas por mudanças repentinas no campo magnético do astro e têm um ciclo de intensidade de 11 anos. A atividade faz com que radiação eletromagnética atinja o planeta. Nos casos em que a energia é mais alta, as tempestades podem afetar sistemas da Terra, como satélites ou redes de energia.
De acordo com Hendrix, qualquer pessoa com mais de 11 anos já 'sobreviveu' a um máximo na atividade solar. Além disso, o próximo pico na atividade do Sol deve acontecer apenas em 2013 ou 2014, não em 2012. Acima de tudo, afirma o artigo, "não existe energia suficiente no Sol para enviar uma bola de fogo por 150 milhões de quilômetros (a distância entre a Terra e o astro) capaz de destruir o planeta". 

Isso não quer dizer, contudo, que o 'clima espacial' não é capaz de afetar o planeta. O calor explosivo das tempestades solares não chega ao planeta, mas a radiação eletromagnética e partículas energizadas, sim. Essas rajadas podem alterar temporariamente a alta atmosfera criando distorções em, por exemplo, sistemas de GPS. 

Outro fenômeno produzido pelo Sol pode ser ainda mais problemático. Algumas explosões solares, conhecidas como Ejeção de Massa Coronal (EMC), são capazes de induzir flutuações elétricas na superfície do planeta que podem destruir transformadores da rede de eletricidade. As EMC também podem danificar satélites que orbitam a Terra.

Contudo, "o homem podem tomar medidas para minimizar os danos", diz o artigo. A Nasa e várias agências espaciais no mundo alertam as empresas de energia, as linhas aéreas e pilotos de aviões antes que uma EMC atinja o planeta, de modo que possam tomar providências. "A atividade solar não deve ser negligenciada e podemos tomar medidas para nos proteger", conclui o artigo.

Descoberta escadaria maia com mensagem sobre 2012


Arqueologia

Hieróglifos fazem menção ao “último dia”, 21 de dezembro de 2012. Segundo arqueólogos, mensagem tem caráter político, não profético

Hieróglifos maias
Descoberta: Detalhe de um dos hieróglifos encontrados no sítio arqueológico La Corona, com referências a 2012 (Tulane University/Divulgação)
Uma escadaria com mensagens hieroglíficas de mais de 1.300 anos da civilização maia, com menção ao “último dia”, 21 de dezembro de 2012, foi encontrada no sítio arqueológico de La Corona, na Guatemala.
O texto, escrito em 56 hieróglifos nos degraus de uma escadaria, é considerado a descoberta mais importante das últimas décadas de pesquisas sobre a civilização pré-colombiana. Em maio, arqueólogos já haviam anunciado a descoberta do mais antigo calendário maia, encontrado no mesmo local.
"A mensagem tem caráter mais político do que profético", afirma Marcello Canuto, diretor do Instituto de Pesquisas da América Central da Universidade de Tulane, nos Estados Unidos, e codiretor do Projeto Arqueológico La Corona. De acordo com ele, os maias usaram o calendário para promover a continuidade e a estabilidade dos reinados, mais do que prever o apocalipse. Descrevendo ciclos de poder, estabeleceram que ele fosse se encerrar em 21 de dezembro de 2012.
Ciclo de poder — David Stuart, da Universidade do Texas, que esteve na primeira expedição a La Corona em 1997, identificou a referência a 2012 em um bloco de uma escadaria descoberto recentemente. 
A mensagem comemorava a visita a La Corona do rei maia mais poderoso da época, em 696 antes de Cristo. Yuknoom Yich'aak K'ahk', de Calakmul, esteve na cidade alguns meses depois de ser derrotado em uma batalha pelo seu maior rival, Tikail, no ano 695. Ele visitava aliados para recuperar o apoio e evitar sua queda. Segundo Stuart, a mensagem sobre 2012 tentava retomar a ordem estabelecendo um grande ciclo de poder.
Tulane University/Divulgação
Hieroglifos maias
Pesquisadores trabalham no sítio arqueológico de La Corona
Saqueadores — Desde 2008, Canuto e Tomás Barrientos, da Universidade da Guatemala, comandam as escavações no sítio La Corona, que já foi alvo de saqueadores no passado.
Segundo Barrientos, foram justamente as pedras saqueadas da escadaria que ajudaram pesquisadores a encontrar os hieróglifos. Algumas dessas peças foram abandonadas pelos saqueadores porque estavam muito danificadas. Ao serem encontradas no ano passado, despertaram a atenção dos pesquisadores. 

Barry White-There it is

Andar mais ao longo do dia ajuda a evitar diabetes tipo 2, diz estudo


Estilo de vida

Pesquisa observou que pessoas que caminham mais chegam a ter 30% menos riscos da doença

Diabetes
Diabetes tipo 2: andar mais pode ser solução para pessoas com maior risco da doença evitarem o problema (Thinkstock)
As conclusões de um novo estudo feito na Universidade de Washington, nos Estados Unidos, reforçam a ideia de que a prática de atividade física, mesmo em intensidade leve, já é benéfica à saúde e pode ajudar a evitar uma série de doenças. Segundo a pesquisa, pessoas que não fazem exercícios e que apresentam maiores riscos de ter diabetes tipo 2  podem reduzir essas chances andando mais ao longo do dia. Os resultados foram publicados na edição desta semana do periódico Diabetes Care.
CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Modest Levels of Physical Activity Are Associated With a Lower Incidence of Diabetes in a Population With a High Rate of Obesity

Onde foi divulgada: periódico Diabetes Care

Quem fez: Amanda Fretts, Barbara Howard, Barbara McKnight, Glen Duncan, Shirley Beresford, Darren Calhoun, Andrea Kriska, Kristi Storti e David Siscovick

Instituição: Universidade de Washington, Estados Unidos

Dados de amostragem: 1.826 pessoas sem diabetes ou doença cardiovascular

Resultado: Caminhar mais no dia reduz em até 30% o risco de diabetes tipo 2 em comparação com andar menos do que o equivalente a 3.500 passos - ou menos de 3km ao dia
De acordo com os autores, outros estudos já associaram o fato de um indivíduo andar mais com uma redução do risco de diabetes tipo 2. No entanto, eles não especificavam quanto tempo uma pessoa deve andar para que isso aconteça. Eles indicam que o ideal é que uma pessoa dê ao menos 10.000 passos ao dia — e caminhe uma distância total equivalente a cerca de oito quilômetros.
Para chegar a esse resultado, os pesquisadores pediram que 1.826 pessoas que não tinham diabetes ou doenças cardiovasculares usassem um pedômetro — aparelho que conta quantos passos um indivíduo dá a cada dia — durante uma semana. Um quarto dos participantes apresentou níveis muito baixos de atividade física: eles davam, em média, 3.500 passos diariamente; e metade dessas pessoas andava menos do que 7.800 passos.
Após cinco anos desde o início do estudo, foram registrados 243 casos de diabetes tipo 2. Depois de ajustar os dados com outros fatores, como idade, tabagismo e histórico da doença na família, os pesquisadores concluíram que as pessoas que caminhavam mais eram 29% menos propensas a ter diabetes do que aquelas que caminhavam menos do que 3.500 passos.
Os especialistas explicam que os benefícios da atividade física leve ou moderada são válidos apenas para as pessoas que são sedentárias e decidem começar a se exercitar. Isso não significa, portanto, que indivíduos que estão mais acostumados a praticar atividades possam reduzir a intensidade delas.

Vejam aqui a última de Ahmadinejad, o amigão de Lula e do dirigente do PCdoB…



Na Folha, das Agências:
Líderes mundiais condenaram ontem as declarações do vice-presidente iraniano feitas durante evento temático sobre drogas patrocinado pela ONU em Teerã — na ocasião, ele culpou o judaísmo pelo tráfico internacional de drogas. Catherine Ashton, representante da União Europeia para as Relações Exteriores, afirmou em declaração oficial que está “altamente perturbada pelas afirmações racistas e antissemitas” do vice-presidente.
Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU, pediu a funcionários do governo iraniano que evitem fazer tais comentários. Entre as declarações dadas nesta semana por Reza Rahimi, vice-presidente do Irã, está a de que “o Talmude [livro sagrado do judaísmo] ensina que é lícito enriquecer tanto por meios legais quanto ilegais, o que dá aos judeus o direito de destruir a humanidade”. Em reação aos comentários, Israel chamou o Irã de “regime de fanáticos antissemitas”.
Por Reinaldo Azevedohttp://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/vejam-aqui-a-ultima-de-ahmadinejad-o-amigao-de-lula-e-do-dirigente-do-pc-do-b/

Dirigente do PCdoB escreve artigo antissemita, recheado de mentiras, e direção do partido, que está no governo Dilma e tem a vice na chapa de Haddad, se cala(VEJA)



Se volto um pouco no tempo, uns 20 anos, é certo que não me imaginava chegar a esta altura da vida obrigado — obrigação moral e ética! — a escrever certas coisas. “Ter de defender valores essenciais da democracia daqui a 20 anos? Isso não será necessário! Quem será doido o bastante para contestá-los?” E, no entanto, há doidos o bastante para isso. E eles estão no poder! “Ter de defender o direito de Israel de existir? Isso não será necessário! Quem será doido o bastante para contestá-lo?” E, no entanto, há doidos o bastante para isso. E eles estão no poder.
Só ontem à noite me chegou às mãos, com certo atraso, um texto asqueroso, escrito por um tal José Reinaldo Carvalho, secretário nacional de Comunicação do PCdoB. Não fosse ele um dos dirigentes nacionais de uma sigla com assento no Congresso, que está no governo federal e na administração da cidade de São Paulo, com possibilidades efetivas até de eleger a prefeita de Porto Alegre, que indicou a candidata a vice na chapa do petista Fernando Haddad, em São Paulo, deixaria passar. Não vou. Carvalho produziu um texto delirantemente antissemita, que ele pretende apenas “antissionista”. O antissionismo é a mais recente fachada do antissemitismo. Usa-se o combate ao caráter supostamente racista do nacionalismo judeu, o que é uma falsificação miserável da história, para expressar o ódio aos judeus. Vamos ver.
Quando o terrorista Mahmoud Ahmadinejad, que preside o Irã, veio ao Brasil para a Rio + 20, a Confederação Israelita do Brasil publicou este anúncio em alguns meios de comunicação:
anuncio-conib-contra-ahmadinejad
Como vocês veem, qualquer dos grupos mencionados no anúncio pode marcar um “x” na referência que lhe diz respeito. As alternativas não se excluem. Elas se somam. As tiranias não se fazem com um ou dois ódios, mas com muitos.  Pois bem. Carvalho, DIRIGENTE DO PCdoB — e desconheço que o partido tenha desautorizado o seu texto —, escreveu a boçalidade que segue em vermelho. Comento em azul.
Sionistas incitam o ódio ao Irã no Brasil
Os sionistas, que em tudo se assemelham aos nazistas, utilizaram-se nesta quarta-feira (20) do seu enorme poder econômico para destilar seu ódio e sua intolerância racistas contra o Irã, por meio de um anúncio publicitário veiculado nos principais jornais do país, os panfletos impressos do PIG.
O ódio das esquerdas aos judeus não é uma novidade, embora Karl Marx, o pai de todos, fosse judeu, a exemplo de Trotsky, Kamenev (cujo sobrenome era Rosenfeld), Zinoviev e Sverdlov, para citar alguns. O antissemitismo de extrema direita costumava dizer que o comunismo era mais uma invenção judaica para dominar o mundo. Os nazistas, Goebbels em especial, gostava de se referir aos inimigos que tinham de ser destruídos como os “bolcheviques judeus”. A União Soviética não pôs fim ao antissemitismo muito presente na Rússia czarista — os “Protocolos dos Sábios de Sião”, que traziam um suposto complô judaico e maçom para dominar o mundo, foi uma invenção da Okhrana, a polícia secreta do czar Nicolau 2º. Ao contrário: sob Stálin, os “pogroms” contra os judeus continuaram. Assim, se a ignorância do tal Carvalho do PCdoB não disputasse espaço com seu antissemitismo bucéfalo, ousaria dizer que ele é herdeiro de uma tradição. Mas ele é nada mais do que estúpido. Afirmar que os “sionistas se assemelham aos nazistas” — que eliminaram 6 milhões de judeus — só não é provocação barata porque moralmente criminosa. Mas estou certo de que Carvalho, além de achar que é justo, também se quer um homem sagaz.
O anúncio é assinado pela Confederação Israelita do Brasil (Conib), um dos famigerados lobbies do movimento sionista internacional. Agride o chefe de Estado da República Islâmica do Irã que visita a partir de hoje o Brasil para participar da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, a Rio+20.
Carvalho está entre aqueles que acreditam que judeus podem ser injuriados e difamados por motivos que ele, Carvalho, pode nem saber quais são, mas que suas vítimas conhecem muito bem. Essa é uma das essências do preconceito. O agressor quase nunca sabe por que agride, mas está certo de que o outro sabe por que está sendo agredido. O que há, afinal de contas, de “famigerado” na Conib? Se chamado a se explicar, ele não conseguiria. No máximo, seria obrigado a tartamudear: “Bem, eles juntam um monte de…, de…, bem…, de judeus!!!
Em sua peça mal ajambrada, os sionistas homiziados na Conib propagam seus valores racistas e anti-islâmicos, utilizando os recursos que aprenderam com seus êmulos goebelianos - a mentira mais deslavada.
Este delinquente intelectual não sabe como se entrega. Ao escolher o verbo“homiziar-se”, diz o que pensa dos judeus — ou revela, quem sabe?, um desejo. O significado de “homiziar-se”, na acepção empregada por ele, é “furtar-se à vigilância ou à ação da Justiça”. Ou ainda: “furtar(-se) à vista; esconder(-se), encobrir(-se)”. O dirigente nacional do PCdoB, partido que está no governo Dilma, partido que está na gestão Kassab, partido que indicou a candidata a vice de Fernando Haddad, partido que tem chances de eleger a prefeita de Porto Alegre, acha que judeus são bandidos que fogem à vigilância — ou, ao menos, deveriam ser tratados como tal; acha que tentam “esconder-se” ou “encobrir-se”, como ratos ou conspiradores — ou que, ao menos, deveriam ser tratados como tal. O nome disso é ódio. O nome disso é preconceito. O nome desse ódio e desse preconceito é “antissemitismo”.
Carvalho achou que não tinha sido abjeto o bastante. Ele foi além. Chamou os nazistas de “êmulos” dos judeus. “Êmulo” quer dizer “concorrente”, “competidor”. Para o dirigente nacional do PCdoB, judeus e nazistas eram meros competidores, concorrentes, categorias que disputavam uma mesma coisa… Como os nazistas ganharam, mataram seis milhões nos campos de concentração e nos guetos. SE O PCdoB MANTÉM ESTE SENHOR NA DIREÇÃO DO PARTIDO, ENDOSSA SUAS PALAVRAS.
E, claro, cabe perguntar: o que há no anúncio da Conib que seja “racista” ou “anti-islâmico”? A menos que Carvalho entenda que apedrejar mulheres, enforcar homossexuais em praça pública, prender opositores, perseguir minorias religiosas, entre outras barbaridades citadas no anúncio, sejam práticas que definem o islamismo. E isso a Conib não disse. Prestem atenção ao que vem agora.
Ignorando que estão instalados em um país democrático e tolerante, como o Brasil, que mantém relações amistosas com o Irã, e onde todas as confissões religiosas professam suas crenças livremente - graças, aliás, ao Partido Comunista do Brasil, que fez inscrever o princípio da igualdade religiosa na Constituição de 1946, contra a intolerância da Igreja Católica Apostólica Romana de então - os sionistas da Conib tentam incitar o ódio de outras religiões contra a fé islâmica.
Começo pelo fim. Não há uma só crítica à fé islâmica no anúncio. Ali se listam práticas hoje corriqueiras no Irã dos aiatolás, de que Mahmoud Ahmadinejad é presidente. Yousef Nadarkhani, por exemplo, foi condenado à morte por ter se convertido ao cristianismo. Carvalho finge estar cobrando da Conib respeito ao islamismo, mas é mentira. Ele cobra é “respeito” — isto é, submissão — a Ahmadinejad para que este não respeite ninguém. Associar comunismo a liberdade religiosa é coisa de mau-caratismo intelectual. Se os comunistas, à época, pudessem e tivessem maioria para tanto, teriam feito o que fizeram em todos os países em que chegaram ao poder: perseguir as religiões.
ATENÇÃO! Os judeus da Conib “não estão instalados” num país democrático. A maioria é composta de brasileiros, senhor Carvalho! Ainda que não fossem, teriam o direito a se manifestar. Ao recorrer à expressão em negrito, ele pretende açular o preconceito contra o “judeu apátrida”, o “intruso”, aquele que “tem sempre uma agenda secreta” contra os interesses do país.  É o que pensava Hitler dos judeus alemães e dos judeus de qualquer parte. Por isso tentou eliminá-los.
Igualmente, incitam as mulheres, os homossexuais, advogados, jornalistas, cineastas e ativistas políticos a se manifestarem contra o visitante, o qual, além de participar das atividades da ONU na Rio+20, cumprirá no Brasil uma intensa agenda de trabalho e contatos com autoridades do governo, representantes da sociedade civil, intelectuais e demais formadores de opinião.
Judeus são mesmo perversos, não é?, sempre incitando pessoas inocentes a fazer o que não querem!!! Bem, esse é um dirigente nacional do PCdoB. É aquela sigla que usa o que não presta para esconder o que presta menos ainda. Explico-me. O comunismo, por óbvio, como provam cento e tantos milhões de mortos, é lixo moral. Mas os comunistas do Brasil — como sabe hoje Paulo Maluf, a quem o PCdoB se aliou em São Paulo — não querem mais saber de revolução; eles querem é grana. Lembrem-se do escândalo das ONGs no Ministério dos Esportes. Lembrem-se da dinheirama que a UNE pegou para convênios e que usou para comprar, entre outros divertimentos, uísque! Alguns bananas foram ouvir uma palestra de Ahmadinejad. Um dirigente da UNE, do PCdoB, estava lá e deu ao facinoroso uma bandeira da entidade, que ficou manchada com o sangue de inocentes.
A peça publicitária da Conib acusa o Irã de ser uma ditadura. Mas é nos cárceres infectos do Estado sionista israelense que se encontram presos mais de dez mil palestinos, uma grande quantidade dos quais estão presos pelo “crime” de opinião. Entre esses prisioneiros há também crianças.
Dez mil uma ova! É mentira! Há 4.500 palestinos em prisões israelenses, que poderiam ser consideradas um paraíso se comparadas àquelas da Faixa de Gaza e da Cisjordânia, em que, respectivamente, Hamas e Fatah prendem os próprios palestinos acusados de crime comum ou de conspiração. E não estão lá porque foram flagrados tomando suco de laranja. Outra mentira: não há presos por crime de opinião em Israel. A detenção de “crianças” é mais uma peça da máquina de propaganda anti-israelense. O que chama “crianças” são jovens recrutados por grupos terroristas para atacar forças israelenses. Basta pesquisar órgãos de informação minimamente isentos para que se chegue aos fatos.
De maneira particular, chama a atenção a última mentira do citado anúncio. Os sionistas se apresentam como “amantes da paz” e incitam os pacifistas brasileiros a se manifestarem contra a “ditadura nuclear” iraniana. Ora, o Irã não tem armas nucleares.
O governo iraniano quer a bomba e já prometeu varrer Israel do mapa. Ponto!
Ditadura nuclear mundial é a que exercem os patrões dos sionistas, os imperialistas estadunidenses, que além de possuírem um imenso arsenal de armas atômicas e outras de destruição em massa, foram os únicos que explodiram a bomba atômica por duas vezes, em Hiroshima e Nagasaki, e nunca se comprometeram a não mais repetir semelhante crime. Ditadura nuclear exerce o Estado sionista, títere do imperialismo no Oriente Médio, sendo o único possuidor de armas nucleares na região.
“Estadunidense” é como as esquerdas que mamam nas tetas do dinheiro público no Brasil chamam os americanos… Judeus, para Carvalho, não têm vontade própria. São apenas serviçais de seus “patrões” imperialistas. Seria penoso demais ter de explicar a esse camarada que as bombas foram, sim, um horror em si, mas que o horror poderia ter sido maior, ter-se prolongado e ter matado muito mais gente sem elas. Aí já seria um debate intelectualmente adulto, coisa para a qual, obviamente, este prosélito vulgar não está preparado.
Insisto, no entanto, que, em sua ignorância imodesta, ele diz mais do que certamente gostaria que percebêssemos. Então Israel é só um “estado títere” do imperialismo? Isso nos faz supor que, não fossem os EUA, o país nem sequer existiria. Huuummm… Lembro que Israel ganhou sozinho todas as batalhas que travou, muito especialmente as de 1967 e 1973, sem que os EUA tivessem de disparar um tiro. Aliás, asseguro ao senhor Carvalho que, se o Irã realmente se aventurar na construção da bomba, Tel Aviv não pedirá autorização a Washington para agir.
Mas afirmei que ele diz mais do que pretende. Explico: se Israel é só um estado títere, então não tem razão de existir. Derrotado o imperialismo, com o que deve sonhar Carvalho, os israelenses seriam ou lançados ao mar ou jogados numa grande fogueira.
Além da ditadura nuclear, o Estado sionista pratica uma política expansionista e de extermínio do povo palestino, sendo uma ameaça para todos os povos árabes e não árabes da região.
Extermínio do povo palestino? Ser delinquente intelectual deve dar algum prazer. Ou não haveria tantos. O sociólogo alemão Gunnar Heinsohn fez em 2008 um estudo comparativo sobre a morte de civis em conflitos desde 1950. O israelo-palestino, pasmem vocês, ocupava a 49ª posição, com 51 mil vítimas ao longo, então, de SESSENTA ANOS! E mortos dos dois lados, é bom deixar claro. No Brasil, morrem 51 mil pessoas assassinadas por ano! Em 20 anos, foram vítimas de homicídio mais de um milhão de brasileiros!
No ranking das mortes elaborado por Heinsohn, em primeiro lugar, está a China, com 40 milhões; em segundo, a URSS, com 10 milhões; em terceiro, a Etiópia, com 4 milhões; em sétimo, o Camboja, com 1,870 milhão; em nono, a guerra URSS-Afeganistão, com 1,8 milhão. O que esses casos todos têm em comum? Os comunistas foram os protagonistas — os amigos de causa de Carvalho.
Ao incitarem o ódio racial, religioso e a intolerância no Brasil, são os sionistas israelenses os indesejáveis em nosso país.
Os chefes de Estado que chegam ao país para a Rio+20, entre eles o presidente da República Islâmica do Irã, Mahmud Ahmadinejad, são bem-vindos.
Segundo entendi, chama os judeus da Conib de “sionistas israelenses indesejáveis”. Parece que o dirigente do PCdoB quer um “pogrom” nativo. Não, Ahmadinejad não é bem-vindo! Que este senhor ataque de maneira tão asquerosa a única democracia do Oriente Médio, convenham, faz sentido. Quando morreu Kim Jong-Il, então tirano da Coreia do Norte, em dezembro do ano passado, o PC do B emitiu uma nota de pesar nestes termos:
“(…)
Recebemos com profundo pesar a notícia do falecimento do camarada Kim Jong Il, secretário-geral do Partido do Trabalho da Coreia, presidente do Comitê de Defesa Nacional da República Popular Democrática da Coreia e comandante supremo do Exército Popular da Coreia.
Durante toda a sua vida de destacado revolucionário, o camarada Kim Jong Il manteve bem altas as bandeiras da independência da República Popular Democrática da Coreia, da luta anti-imperialista, da construção de um Estado e de uma economia prósperos e socialistas, e baseados nos interesses e necessidades das massas populares.
(…)
Havia certo humor involuntário na boçalidade. Desta vez, no ataque a Israel e a uma entidade judaica, o partido passou de todos os limites. O texto é uma manifestação rombuda de antissemitismo e merece o repúdio das pessoas civilizadas. Resta saber se o PCdoB vai repudiá-lo ou se vai endossar a afirmação de que os judeus brasileiros estão apenas “instalados” por aqui, conspirando contra o Brasil.  Se não obrigar o senhor Carvalho a se retratar e não emitir uma nota pedindo desculpas, resta concluir que o antissemitismo chegou ao coração do poder.
Artigo publicado originalmente às 6h05
Por Reinaldo Azevedo
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/dirigente-do-pc-do-b-escreve-artigo-antissemita-recheado-de-mentiras-e-direcao-do-partido-que-esta-no-governo-dilma-e-tem-a-vice-na-chapa-de-haddad-se-cala/

Golpe no Mercosul – Dilma chuta a democracia, acolhe uma ditadura e vira coadjuvante de Cristina Kirchner. Ou: Cristina recompensa Chávez por mala de dólares que ganhou do ditador(VEJA)



Os governos da Argentina, Brasil e Uruguai suspenderam mesmo o Paraguai do Mercosul e aproveitaram, eles sim, para dar um golpe cartorial e burocrático: incorporaram a Venezuela ao bloco. Ou por outra: Cristina Kirchner, Dilma Rousseff e José Mujica — aquele que quer estatizar a maconha… — fizeram rigorosamente aquilo que acusam o Senado paraguaio de ter feito: deram um golpe branco.
Por quê? Segundo as regras do Mercosul, a adesão de um novo país ao bloco tem de ser aprovada pelos respectivos Parlamentos dos países-membros. O senado paraguaio, num rasgo de lucidez, recusava a entrada do ditador Hugo Chávez com base no Protocolo de Ushuaia, que estabelece as cláusulas democráticas. Destaco algumas em azul. Volto em seguida:
ARTIGO 1
A plena vigência das instituições democráticas é condição essencial para o desenvolvimento dos processos de integração entre os Estados Partes do presente Protocolo.
ARTIGO 2
O presente Protocolo se aplicará às relações que decorram dos respectivos Acordos de Integração vigentes entre os Estados Partes do presente protocolo, no caso de ruptura da ordem democrática em algum deles.
ARTIGO 3
Toda ruptura da ordem democrática em um dos Estados Partes do presente Protocolo implicará a aplicação dos procedimentos previstos nos artigos seguintes.
ARTIGO 4
No caso de ruptura da ordem democrática em um Estado Parte do presente Protocolo, os demais Estados Partes promoverão as consultas pertinentes entre si e com o Estado afetado.
VolteiNão há uma só que explique a suspensão do Paraguai. Não há uma só que permita a entrada da Venezuela. No entanto, a Venezuela é agora membro do Mercosul, e o Paraguai está suspenso. Por quê? Porque, afinal de contas, o novo governo paraguaio não pertence ao mesmo “lado” em que estão Dilma Rousseff, Cristina Kirchner e José Mujica. Coube à “Loca de Buenos Aires” fazer o anúncio.
Sempre que alguém como Cristina Kirchner fala em nome da democracia, o dita-cuja está, obviamente, em perigo. A presidente da Argentina tem motivos para tentar recompensar Hugo Chávez. No dia 24 de setembro de 2008 (eu e minha memória…), o empresário venezuelano Guido Antonini Wilson confirmou à Justiça americana ter enviado, em agosto de 2007, US$ 6 milhões de Caracas para Buenos Aires, divididos em duas maletas. O dinheiro ilegal era destinado ao financiamento da candidatura de Cristina à Presidência. No momento, esta grande democrata está empenhada em destruir as instituições democráticas argentinas. Mas que ninguém ouse reagir, ou a safra de governantes que pretendem obter nas urnas o “direito” à ditadura gritam: “Golpe!!!”
A suspensão do Paraguai já seria indignidade o suficiente para os três governantes. Aproveitar o fato para abrigar a Venezuela, ao arrepio das regras que orientam o próprio Mercosul, é um escárnio. Ou vejamos: se o país tivesse sido expulso, muito bem! Mas não foi! A suspensão, que não é expulsão, não elimina uma das prerrogativas que o país tem como membro do bloco: aprovar ou vetar o ingresso de um novo país.
Há, sim, uma nova modalidade de golpe na América Latina: o golpe das eleições! Ainda voltarei a esse assunto. A safra de candidatos a ditadores do continente acredita que as urnas lhes dão o direito de solapar até… urnas!
A diplomacia de Dilma Rousseff consegue ir mais baixo do que a de Lula. Se querem saber, no que diz respeito às formalidades nas relações externas, nem Celso Amorim, o megalonanico, desceu tanto. Antonio Patriota acaba de se tornar mais “mégalo” e mais “nanico” do que o antecessor.
Por Reinaldo Azevedo
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/golpe-no-mercosul-%E2%80%93-dilma-chuta-a-democracia-acolhe-uma-ditadura-e-vira-coadjuvante-de-cristina-kirchner-ou-cristina-recompensa-chavez-por-mala-de-dolares-que-ganhou-do-ditador/

PGR denuncia Arruda e mais 36 por mensalão do Distrito Federal



Por Laryssa Borges e Gabriel Castro, na VEJA Online:
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, ofereceu denúncia ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) contra 37 suspeitos de envolvimento no mensalão do Democratas, esquema de corrupção desbaratado pela Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal. Entre os denunciados estão o governador cassado do Distrito federal, José Roberto Arruda (ex-DEM), e seu vice, Paulo Octávio, os ex-deputados distritais Leonardo Prudente (ex-DEM), Eurides Brito (PMDB) e Júnior Brunelli (ex-PSC) e o delator do esquema, Durval Barbosa.
De acordo com o chefe do Ministério Público, os denunciados responderão pelos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O STJ é foro para processar e julgar os suspeitos de participar do mensalão do DEM pelo fato de a denúncia também envolver o conselheiro do Tribunal de Contas do Distrito Federal, Domingos Lamoglia, apontado como integrante do esquema. As petições do procurador-geral, que também encaminhou ao tribunal 70 caixas de documentos, chegaram nesta quinta-feira ao STJ. O tribunal não tem prazo para levar o caso a julgamento na Corte Especial. O relator é o ministro Arnaldo Esteves Lima.
Roriz escapou - O procurador-geral chegou a anunciar que a denúncia incluía 38 réus, mas o ex-governador do DF, Joaquim Roriz, de 75 anos, não pode mais ser punido porque o crime está prescrito em seu caso. Por isso, a denúncia apresentada ao STJ terá 37 réus. ”Joaquim Domingos Roriz integrou este núcleo da quadrilha até quando dela se desligou, no final de 2006. Esta conduta está prescrita porque, em razão de sua idade superior a 70 anos, a prescrição conta-se pela metade”, diz trecho da denúncia.
De acordo com o Ministério Público, Roriz atuou no esquema de cobrança de propina de empresas até 2006, mas não pode mais ser condenado pelo crime de formação de quadrilha pelo Poder Judiciário. “Há membros que se integraram ao grupo criminoso desde seu início, outros juntaram-se em fase mais recente e outros deixaram o grupo a certa altura. Joaquim Domingos Roriz deixou o grupo em 2006, razão pela qual o crime de quadrilha está prescrito em relação a ele”, relata a denúncia.
Relembre o caso - A Operação Caixa de Pandora foi deflagrada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público em 30 de setembro de 2009. O pivô das investigações foi Durval Barbosa, que ocupou postos-chave nos governos de Joaquim Roriz e José Roberto Arruda. Beneficiado com a delação premiada, ele revelou detalhes do amplo esquema de corrupção que, durante pelo menos uma década, funcionou no governo distrital.
As acusações envolvem desvios de recursos em contratos do governo com empresas de informática e publicidade, cooptação de parlamentares e caixa dois de campanha eleitoral. Mesmo com a formalização da denúncia no STJ, o procurador-geral não descarta que mais empresas do DF possam ter participado do esquema.
De acordo com o procurador-geral, dependendo do tipo de contrato a ser celebrado com o governo, a divisão da propina podia chegar a 10% para secretários de estado, 30% para José Roberto Arruda e 20% para Paulo Octavio. Conforme a denúncia, os pagamentos eram regulares e, em alguns casos, representavam repasses mensais aos envolvidos.
Vídeos gravados pelo delator e divulgados pela imprensa mostraram Arruda recebendo maços de dinheiro do próprio Durval. A “videoteca” incluía cenas semelhantes com os deputados distritais Eurides Brito, Júnior Brunelli (o responsável pela chamada oração da propina) e Leonardo Prudente - esse, famoso por ter escondido o dinheiro nas meias. As denúncias de corrupção também atingiram a maior parte dos 24 deputados distritais, o vice-governador, o procurador-geral de Justiça, Leonardo Bandarra, e o conselheiro Domingos Lamoglia, do Tribunal de Contas do Distrito Federal.
Arruda insistiu em se manter no cargo até que, em fevereiro, foi preso depois de comandar uma operação para tentar subornar o jornalista Edson Sombra, braço-direito de Durval Barbosa. Com o governador, foi detido o deputado distrital Geraldo Naves (à época, no DEM).
Por Reinaldo Azevedohttp://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/

No Dia da Desonra, Mercosul celebra a figura de Lula! Faz sentido!



Um bloco de países que suspende uma democracia, como o Paraguai, e incorpora uma ditadura, como a Venezuela, não poderia terminar melhor: fazendo culto à personalidade. Vejam esta foto.
Cristina entrega um retrato do Apedeuta a Dilma: "Cidadão do Mercosul"! Oportuno! Afinal, o bloco se rendia a uma ditadura e churava uma democracia (Natacha Pisarenko/Associated Press)
Cristina entrega um retrato do Apedeuta a Dilma: "Cidadão do Mercosul"! Oportuno! Afinal, o bloco se rendia a uma ditadura e chutava uma democracia (Natacha Pisarenko/Associated Press)
Vocês reconhecem a imagem. O Apedeuta foi considerado “Cidadão Ilustre” do Mercosul. Faz sentido… O homem que já declarou existir “democracia até demais” na Venezuela e que mantém uma relação de amizade com Mahmoud Ahmadinejad merece todas as honras no dia da desonra.
Ao anunciar o título conferido a Lula, Cristina Kirchner não perdeu a chance de exaltar as próprias virtudes: “Na verdade, um presidente não deixa de ser presidente e, para mim, a figura de Lula tem uma associação indissolúvel com a do meu companheiro de toda a vida [em referência ao Néstor Kirchner]“.
A esquerda populista da América Latina inaugurou uma nova aristocracia.
Por Reinaldo Azevedo
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/

Barbra Streisand - The Way We Were (Live) HD

James Taylor - Fire and Rain (Beacon Theatre)

Horta em casa


Dicas de ervas e outros temperinhos para você plantar no conforto do seu lar. E ter sempre a mão na hora de cozinhar




Falta uma salsinha no omelete? Ou que tal dar um toque especial ao molho de macarrão com um punhado de manjericão fresquinho e perfumado? À noite, um chá de camomila para acalmar e dormir bem. Você pode plantar e colher tudo isso em casa. São vários os ingredientes que podem ser cultivados sem qualquer mistério ou técnica avançada de cultivo.

A primeira-dama dos Estados Unidos, Michelle Obama, vai inclusive escrever um livro sobre a horta que plantou na Casa Branca - ainda sem título, ele deve ser publicado em abril de 2012. Mas não é preciso muito espaço, nem técnicas complicadas, para montar sua horta em casa. Se você tiver um cantinho que pegue sol por pelo menos algumas horas do dia, já é o suficiente para ter sua própria hortinha. E o melhor: é super fácil e gostoso - literalmente - de cultivar. Sua casa vai ganhar um toque de beleza, perfume irresistível, e a cozinha vai ficar muito mais apetitosa. Confira dez dias para montar sua própria horta.

1 - Os vasos ou cantoneiras devem ter pelo menos 15 centímetros de altura e furos no fundo, para o excesso de água escoar. Atenção: nunca deixe o vaso diretamente no chão. Use uma base com pezinho. Do contrário, o acúmulo de água no vaso pode levar ao apodrecimento das raízes das plantas.

2 - Se o problema ainda for espaço, opte pela horta vertical em uma parede próxima à janela onde bate sol. Você pode pendurar os vasinhos da forma como quiser, de preferência escolhendo os mais leves, como os de plástico. É possível, ainda, plantar mais de uma erva no mesmo vaso: a alfavaca, por exemplo, pode ficar com o alecrim ou com o manjericão. Já a erva-cidreira precisa de um espaço maior para crescer, então é melhor deixá-la sozinha.

3 - Prepare o solo. A terra deve conter 1/3 de areia, 1/3 de argila e 1/3 de composto (adubo, como o húmus de minhoca). Antes de colocar a terra no vaso, forre-o com uma camada de areia grossa, cascalho ou pedrinhas para garantir a drenagem da água. Em seguida, acrescente a terra composta de partes iguais de areia, argila e adubo - é possível comprar tudo em lojas de jardinagem.

4 - Evite deixar a terra descoberta por muito tempo, para que não haja perda de nutrientes. Se possível, cubra o solo com restos de palha ou cascas de cereais.

5 - As sementes exigem mais técnica de plantio. Por isso, prefira as mudas. Lembre-se de fincar uma estaca para auxiliar o crescimento vertical da planta - aproveite para identificá-la.

6 - Temperos e plantas medicinais, como hortelã, salsa, cebolinha, coentro, poejo e erva-cidreira, costumam ser de pequeno porte e, por isso, são ideais para serem cultivados em pequenos espaços.

7 - Regue conforme a necessidade de cada espécie. O ideal é uma vez por dia, de preferência pela manhã. Mais do que duas regas por dia podem levar ao apodrecimento da raiz. A água deve ser limpa e, de preferência, sem cloro. Lembre-se que você vai consumir o que sai da hortinha.

8 - Para saber se é preciso regar a horta, faça o seguinte teste: afunde o dedo na terra. Se ele sair sujo, significa que ela ainda está úmida. Portanto, não é necessário regar mais. Fique atento, também, à aparência da planta. Se ela estiver murchinha, é sinal de que precisa de água. Encontrar a quantidade ideal para a sua horta é um exercício diário de observação das plantas.

9 - Adube a horta uma vez por mês. Mas atenção: não remexa a terra do vaso. Isso pode matar a planta, uma vez que a raiz já está assentada.

10 - Se surgir alguma praga, use inseticida natural, como o óleo de nem, feito a partir da semente dessa espécie de árvore. E não se esqueça de arrancar os matinhos invasores vez ou outra nascem na hortinha.

Fonte: Janie Garcia, professora do Departamento de Biologia da UFF (Universidade Federal Fluminense) e Fábio Ramos, zootecnista diretor da Agrosuisse e professor do curso de Horta Orgânica do Jardim Botânico.

Mart'nália - Entretanto

David Guetta - Where Them Girls At ft. Nicki Minaj, Flo Rida

PGR denuncia 38 por envolvimento no mensalão do DEM


Mensalão do DEM

Ex-governador José Roberto Arruda e mais 37 responderão pelos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro

Laryssa Borges e Gabriel Castro
Reprodução de vídeo gravado por Durval Barbosa, secretário de Relações Institucionais do governador de BrasÌlia, José Roberto Arruda, mostrando o deputado Junior Brunelli, corregedor da Câmara Legislativa, recebendo um maço de notas no gabinete de Barbosa
Reprodução de vídeo gravado por Durval Barbosa, secretário de Relações Institucionais do governador de BrasÌlia, José Roberto Arruda, mostrando o deputado Junior Brunelli, corregedor da Câmara Legislativa, recebendo um maço de notas no gabinete de Barbosa (Reprodução Rede Globo)
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, ofereceu denúncia ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) contra 38 suspeitos de envolvimento no mensalão do Democratas, esquema de corrupção desbaratado pela Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal. Entre os denunciados estão o governador cassado do Distrito federal, José Roberto Arruda (ex-DEM), e seu vice, Paulo Octávio, os ex-deputados distritais Leonardo Prudente (ex-DEM), Eurides Brito (PMDB) e Júnior Brunelli (ex-PSC) e o delator do esquema, Durval Barbosa.
De acordo com o chefe do Ministério Público, os denunciados responderão pelos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O STJ é foro para processar e julgar os suspeitos de participar do mensalão do DEM pelo fato de a denúncia também envolver o conselheiro do Tribunal de Contas do Distrito Federal, Domingos Lamoglia, apontado como integrante do esquema. As petições do procurador-geral, que também encaminhou ao tribunal 70 caixas de documentos, chegaram nesta quinta-feira ao STJ. O tribunal não tem prazo para levar o caso a julgamento na Corte Especial. O relator é o ministro Arnaldo Esteves Lima.
A Operação Caixa de Pandora foi deflagrada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público em 30 de setembro de 2009. O pivô das investigações foi Durval Barbosa, que ocupou postos-chave nos governos de Joaquim Roriz e José Roberto Arruda. Beneficiado com a delação premiada, ele revelou detalhes do amplo esquema de corrupção que, durante pelo menos uma década, funcionou no governo distrital.
As acusações envolvem desvios de recursos em contratos do governo com empresas de informática e publicidade, cooptação de parlamentares e caixa dois de campanha eleitoral. Mesmo com a formalização da denúncia no STJ, o procurador-geral não descarta que mais empresas do DF possam ter participado do esquema.
De acordo com o procurador-geral, dependendo do tipo de contrato a ser celebrado com o governo, a divisão da propina podia chegar a 10% para secretários de estado, 30% para José Roberto Arruda e 20% para Paulo Octavio. Conforme a denúncia, os pagamentos eram regulares e, em alguns casos, representavam repasses mensais aos envolvidos.
Vídeos gravados pelo delator e divulgados pela imprensa mostraram Arruda recebendo maços de dinheiro do próprio Durval. A "videoteca" incluía cenas semelhantes com os deputados distritais Eurides Brito, Júnior Brunelli (o responsável pela chamada oração da propina) e Leonardo Prudente – esse, famoso por ter escondido o dinheiro nas meias. As denúncias de corrupção também atingiram a maior parte dos 24 deputados distritais, o vice-governador, o procurador-geral de Justiça, Leonardo Bandarra, e o conselheiro Domingos Lamoglia, do Tribunal de Contas do Distrito Federal.
Arruda insistiu em se manter no cargo até que, em fevereiro, foi preso depois de comandar uma operação para tentar subornar o jornalista Edson Sombra, braço-direito de Durval Barbosa. Com o governador, foi detido o deputado distrital Geraldo Naves (à época, no DEM).

The Doors - Touch Me (Live)