Peritos da Polícia Federal reuniram uma avalanche de evidências para caracterizar a relação cada vez mais nebulosa entre o ex-presidente Lula e o Grupo Odebrecht. Relatório da PF que embasou a 35ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada hoje, mostra que uma “pasta rosa” direcionada à ex-primeira-dama Marisa Letícia e apreendida no notório sítio de […]
Peritos da Polícia Federal reuniram uma avalanche de evidências para caracterizar a relação cada vez mais nebulosa entre o ex-presidente Lula e o Grupo Odebrecht. Relatório da PF que embasou a 35ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada hoje, mostra que uma “pasta rosa” direcionada à ex-primeira-dama Marisa Letícia e apreendida no notório sítio de Atibaia reunia informações sobre a compra de terreno que iria sediar uma nova sede do Instituto Lula. A aquisição do imóvel, na rua Doutor Haberbeck Brandão, 178, faria parte do abatimento de propina que a Odebrecht devia pagar ao PT e a pessoas indicadas pelo partido. Segundo a PF, “o terreno foi objeto de negociação para atender interesses do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, uma vez que foi identificada em sua residência comunicação com tratativas para compra da propriedade, mediadas por Roberto Teixeira [advogado e compadre de Lula] e tendo como promitente comprador José Carlos Bumlai”. Mensagens eletrônicas de Marcelo Odebrecht e em poder da Polícia Federal evidenciam que o imóvel seria destinado à construção do prédio do Instituto Lula. O projeto acabou não sendo executado, mas a PF estimou em 4,48 milhões de reais o custo da reforma para atender ao petista, o que equivale a 1.024 reais o metro quadrado reformado.