As manifestações populares de junho de 2013 no Brasil foram as maiores desde os movimentos pelo impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello, em 1992, e pelas eleições diretas, na década de 1980. No início, as jornadas de junho pediam a redução das tarifas do transporte público; após alguns casos de violência policial, multidões se juntaram às passeatas e alargaram a pauta das reivindicações, exigindo o direito à manifestação sem repressão, melhorias nos serviços de saúde e educação, reforma política e fim da corrupção, entre outras demandas. Desde então, mais protestos têm se espalhado pelo país, defendendo causas diversas.
Neste Café Filosófico, o sociólogo Demétrio Magnoli reflete sobre motivações e consequências das jornadas de junho e pelos temas que elas trouxeram à tona: participação política, a democracia no Brasil, a imprensa e a atuação de grupos como os black blocs.