quarta-feira 20 2012

PERDEU, CARA!



A resposta da secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, ao governo brasileiro foi tão dura quanto se pode ser na diplomacia. A proposta do Brasil e da Turquia faz o “mundo mais inseguro, não menos”, disse Hillary. Não há nada pior a dizer sobre um país no ambiente internacional. E isso significa que não se negocia a partir daí. A decisão é de Barack Obama, não de Hillary, é óbvio.
Trata-se de um golpe nas ambições megalonanicas muito maior do que, na média, acusa a imprensa brasileira — que ou demora a reagir ou serve, vergonhosamente, ao lobby do muitas vezes desastrado Itamaraty. Por quê? Sei lá… Está um tanto viciada nos supostos sucessos de Lula. Convencionou-se por aqui, com raras exceções, que, se ele diz que algo vai acontecer, então é porque vai. E a situação pode assumir um aspecto verdadeiramente surrealista a depender do caso.
É impressionante que, contra os fatos, a pregação do Itamaraty e de Lula ainda encontre eco por aqui. O Irã deixou claro que não abre mão de enriquecer o urânio em seu próprio território. A tal troca era só uma firula. Tenta-se, com a gritaria, mudar uma evidência. Lula está acostumado. É assim que age no ambiente interno. Fala o que lhe dá na telha e não é contestado. Conta a história como lhe convém. No caso do Irã, meteu-se num vespeiro certamente maior do que imaginava. Erro de cálculo do Itamaraty.
Há um conjunto de fatores que concorre para isso. O leitor sabe que, nos Estados Unidos, sou republicano, assim como, em Dois Córregos, torço para o Mocoembu, não para o Botafogo local. Mas é fato que, se John McCain tivesse vencido a disputa, talvez o governo americano estivesse mais aberto a uma intermediação como a brasileira ou, sei lá, tivesse sido menos rápido em desmoralizar o acordo com a proposta de sanções. O passivo dos republicanos nessa área seria, sem dúvida, bem maior. Obama, ao contrário, está livre para não responder pelos “erros” (concorde-se ou não com essa avaliação) do antecessor. O Itamaraty certamente não pôs essa questão na balança.
O Brasil também apostava num Obama “fraco”. Escrevi aqui durante a campanha eleitoral americana que boa parte dos que torciam pela eleição do democrata apostava, no fundo, que ele seria um presidente “antiamericano”, o que era uma bobagem. Por mais que não tenha, e não tenho, especial simpatia pelo atual titular da Casa Branca, ele é quem é, e isso significa incorporar todos os que o antecederam. Parte do seu papel nem depende de sua vontade.
“Nova estratégia”?Veio a público justamente ontem o documento com a Estratégia de Segurança Nacional do governo democrata — apresentado justamente por Hillary, que deu um pito no Brasil. Obama tem, sim, um viés, digamos, meio lulesco, especialmente no hábito de oferecer mais do mesmo como se fosse uma revolução. É o caso do documento — e já deixo claro em que ponto essa questão se conecta com o resto do meu texto.
No que um articulista do New York Times interpretou como um dos “tapas” em George W. Bush, Obama afirma que o peso do novo século não pode cair só nos ombros dos americanos e diz que os adversários da América gostariam de ver o país enfraquecido pelo exercício excessivo do poder. O documento afirma a importância da diplomacia etc e tal… Mas atenção!
“Porquanto o uso da força seja às vezes necessário, nós vamos sempre esgotar as outras opções antes da guerra e pesar cuidadosamente o peso e o risco da ação e da inação (…)”. Quando necessário, “vamos buscar um amplo apoio internacional, trabalhando com instituições como a Otan e o Conselho de Segurança da ONU”. Bush dizia que os EUA não precisavam de permissão para agir, Obama escreve que os “EUA se reservam o direito de agir unilateralmente, se necessário, para defender nossa nação e nossos interesses”, mas sempre respeitando regras.
Isso “enterra” a doutrina Bush, como se vai dizer no Brasil? Não! Essa é a doutrina de segurança dos Estados Unidos. O que Obama está dizendo é que ele pode fazer o mesmo, só que com o coração partido e batendo um papinho. Volto ao Brasil.
De volta ao BrasilO Brasil enxergou no governo Obama uma janela de oportunidades — um pouco, assim, como se o galo tivesse saído para dar uma ciscada, e o terreiro tivesse sido confiado aos frangotes. E se meteu na aventura iraniana. De fato, Obama enfrenta um combate acirrado dos republicanos, que ainda duvidam — e levam essa dúvida a milhões de americanos — que ele possa ser o homem certo para defender os EUA de seus inimigos. Por lá,  o confronto é aberto, e ninguém considera sabotagem um partido de oposição fazer… oposição!!!
Isso torna o atual presidente dos EUA um pouco menos Obama do que o Obama que foi eleito? Sim! Mas sempre foi uma tolice supor que uma abordagem como a brasileira, de protagonismo irresponsável, tivesse chance de prosperar. E, agora de acordo com o documento, os EUA podem ser acusados de qualquer coisa no caso do Irã, menos de “unilateralistas”. Na sua ação, conta com o apoio dos cinco membros permanentes e da maioria esmagadora do Conselho de Segurança e com o quase consenso da Europa. Isolado, nessa questão, está o Brasil.
Perdeu, Cara! A bravata foi desmoralizada. Pede pra sair!
Por Reinaldo Azevedo
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/perdeu-cara/

Anúncio em jornais cobra explicações de Ahmadinejad


Direitos humanos

Peça publicitária pede explicações ao presidente iraniano sobre as constantes violações dos Direitos Humanos em seu país

“Senhor Ahmadinejad, aproveite que o senhor está em um país onde a liberdade de expressão é respeitada para explicar as frequentes violações do seu regime aos Direitos Humanos. Somos todos ouvidos” – Estas são as frases estampadas em um anúncio que circula hoje em diversos jornais brasileiros. A iniciativa é da Confederação Israelita do Brasil (Conib), que, com outras entidades civis, protesta contra a presença do presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad na Conferência Rio+20.
Detalhe do anúncio da Confederação Israelita do Brasil que circula hoje nos jornais brasileiros (Reprodução)
Mahmoud Ahmadinejad e os aiatolás governam o Irã com mão de ferro, mantêm centenas de opositores na prisão e sufocam todas as manifestações contrárias ao regime. O governo autoritário iraniano também censura a internet, reprime o trabalho da imprensa (inclusive dificultando o trabalho de jornalistas internacionais) e as universidades do país, além de perseguir o livre-pensamento e as manifestações culturais que julgam "impróprias para a República Islâmica". 
O anúncio divulgado hoje foi criado pelo publicitário Eduardo Fischer e traz uma foto de Ahmadinejad e um questionário de múltipla escolha com o seguinte enunciado: “Escolha um motivo para se preocupar com os atos deste homem”. Entre as alternativas possíveis para os leitores ‘marcarem’, há: “Sou cristão, evangélico ou baha’í e não gostaria de me sentir ameaçado por exercer minha crença”; “Sou judeu e não quero ser perseguido e nem ver o Holocausto apagado da história”; “Sou advogado e não gostaria de ser preso por defender meus clientes”; “Sou jornalista e não gostaria de ser perseguido por divulgar o que acontece em meu país”; entre outras.
De acordo com Mario Fleck, presidente da Federação Israelita do estado de São Paulo, uma das entidades que integram a Conib, o anúncio “expressa o pensamento de uma larga parcela da população brasileira que não compactua com as práticas do governo autoritário iraniano”. Fleck ainda ressalta que o regime atual não deve ser confundindo com o povo iraniano, que também é vítima da opressão. “O Irã não deveria ter sido convidado pela ONU. O governo iraniano defende e pratica ações contrárias aos princípios do mundo civilizado e não tem nada para falar na Rio+20.” 
Ahmadinejad chegou na noite desta terça-feira. Antes de embaracar para o Brasil, ele esteve na Bolívia, onde assinou acordos de cooperação com o colega Evo Morales. Depois da breve estadia em La Paz, Ahmadinejad e Morales viajaram juntos ao Rio de Janeiro.
A presença de Ahmadinejad no Brasil ocorre no mesmo tempo em que o chamado Grupo 5+1 encontra-se reunido com representantes iranianos, em Moscou, para inibir o plano nuclear de Teerã. Segundo os últimos informes de agências internacionais, o chefe dos negociadores iranianos, Said Jalili, argumenta que "o enriquecimento de urânio com um objetivo pacífico em todos os níveis é um direito da República Islâmica". No entanto, a chefe da diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton, considera que ainda existem "divergências significativas" entre o Irã e as grandes potências nas negociações mundiais sobre o programa nuclear de Teerã. Os membros do Grupo 5+1, Estados Unidos, Rússia, China, França, Grã-Bretanha e Alemanha, pediram ao Irã que reduza consideravelmente o atual nível de sua capacidade de enriquecimento de urânio, atualmente a 20%.
Os presidentes de Estados Unidos e Rússia, Barack Obama e Vladimir Putin, disseram nesta segunda-feira que o Irã "deve empreender sérios esforços para recuperar a confiança internacional sobre a natureza exclusivamente pacífica de seu programa nuclear".
Protesto – No último domingo, defensores dos direitos humanos, ambientalistas e membros da comunidade judaica protestaram no Rio de Janeiro contra a participação de Ahmadinejad na Cúpula da Rio+20. Manifestantes percorreram as ruas de Ipanema com bandeiras de Israel e cartazes com mensagens nas quais se lia "O Rio não dá as boas-vindas a Mahmoud Ahmadinejad" e "Negar o Holocausto é o mesmo que negar a escravidão no Brasil".

Chico Buarque - O Meu Amor

Crystal Silence - Chick Corea

Toots Thielemans - Theme from Midnight Cowboy - European Quartet Live 2010

Patch Adams - Faith in the Heart

Chico Buarque - Linha de Montagem

Baía de Guanabara continua poluída 20 anos após promessas da Rio 92



BBCGerardo Lissardy
BBC Mundo no Rio de Janeiro
Vinte anos após a primeira Cúpula da Terra - a Eco-92 - no Rio de Janeiro, a Baía de Guanabara - que é o cartão-postal da cidade das conferências da ONU sobre o ambiente - segue poluída.
Nem mesmo investimentos de US$ 1 bilhão - feitos pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento e pelos governos do Japão e do Estado do Rio - foram suficientes para evitar que poluentes industriais e o esgoto da cidade contaminassem a baía.
"A Baía da Guanabara, há vinte anos, recebeu US$ 1 bilhão. E hoje, efetivamente, o resultado prático ambiental disso é que os rios continuam valões de esgoto, temos estações de tratamento que funcionam pela metade ou que nunca viram esgoto", disse à BBC o biólogo Mário Moscatelli.
Na véspera da Rio+20, outra cúpula que pretende achar soluções para problemas ambientais em todo o planeta, a Baía de Guanabara segue como no passado.
"O principal problema do programa [de despoluição] da Baía de Guanabara foi a falta de continuidade", afirmou o coordenador de saneamento da baía, Gerson Serva.
"Investiu-se muito, mas muitos sistemas não foram concluídos. Nossa estimativa é que ela recebe 20 mil litros por segundo de esgotos domiciliares".
Apenas 60% deste volume de esgoto é tratado. Um novo programa multimilionário de despoluição tem a meta de ter 80% do esgoto tratado até 2016, mas mesmo as autoridades reconhecem que esse desafio é imenso.
"Ainda há muito o que fazer, porque, no entorno da baía moram cerca de 5 milhões de pessoas", disse o professor de engenharia oceânica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Paulo Rosman. "Sessenta por cento deste contingente têm grandes carências em termos de saneamento, de urbanidade, etc."
A baía também sofreu contaminação industrial. Há 12 anos, uma operação da Petrobras vazou mais de 1 milhão de litros de petróleo em suas águas. A empresa diz que implementou programas socioambientais em resposta ao acidente. Mas em Magé, no norte da baía, os moradores reclamam que ainda há sinais de poluição.
"Tivemos uma perda considerável do pescado devido à presença enorme oriunda de hidrocarbonetos das refinarias que estão instaladas na Baía de Guanabara", diz Alexandre Anderson, que é líder de uma associação comunitária. Ele diz que, devido à sua campanha contra poluidores da Baía, recebe ameaças anônimas, e anda com escolta policial.
A situação da Baía de Guanabara inspirou o artista plástico Vik Muniz a criar uma instalação para a Rio+20. O artista usou objetos associados à poluição - como garrafas de plástico - para recriar a imagem da Baía de Guanabara. Ele explica que sua obra cria beleza a partir de algo feio - exatamente o contrário do que acontece na Baía.
"No contexto verdadeiro, da Baía de Guanabara, você tem justamente o contrário", disse Muniz à BBC. "Você tem uma coisa extremamente bonita, mas que no fundo não é tão bonita assim. Eu quero criar uma situação onde as pessoas possam meditar sobre onde elas se encontram em relação a essa paisagem."



Loreena McKennitt- Tango to Evora

Sharon Jones & The Dap-Kings "100 Days, 100 Nights"

Confira o que Lula e Maluf disseram, um sobre o outro, ao longo dos anos (VEJA)


Diretas já, em 1984

O então sindicalista Luiz Inácio Lula da Silva discursa ao lado do sociólogo Fernando Henrique Cardoso, durante comício das Diretas Já, em 1984

"O símbolo da pouca-vergonha nacional está dizendo que quer ser presidente da República. Daremos a nossa própria vida para impedir que Paulo Maluf seja presidente".
Luis Inácio Lula da Silva ( presidente do PT ), no Comício das Diretas Já, na Praça da Sé, em 1984
"Se o civil tiver que ser o Paulo Maluf, eu prefiro que seja um general".
Luís Inácio Lula da Silva, durante a eleição presidencial indireta de 1984

Campanha a governador, em 1986

Lula nos tempos de deputado federal

"O problema do Brasil não está no deputado Paulo Maluf, mas sim nos milhares de 'malufs'".
 
Luís Inácio Lula da Silva, em 1986

Pré-candidatura às eleições de 1994

Paulo Maluf, então prefeito de São Paulo

"Faz 15 anos que Lula não está no torno, que não conta como vive, quem paga seu salário."
Paulo Maluf, quando era prefeito de São Paulo, em 1993.
"Quem votar em Lula vai cometer suicídio administrativo."
Paulo Maluf, quando era pré-candidato a presidente em 1993.

Prisão de Maluf, em 2005

Maluf chega à Superintendência da Polícia Federal

"Declaração infeliz do presidente. Ele não está a par do problema, e se ele quiser realmente começar a prender os culpados comece por Brasília. Tenho certeza de que o número de presos dá a volta no quarteirão, e a maioria é do partido dele, do PT."
Paulo Maluf (ex-prefeito), em 2005, sobre as declarações de Lula a respeito de sua prisão

Campanha a prefeito de 2012, em São Paulo

Lula malufando na casa do antigo inimigo

"O Brasil deve muito a Lula, foi o presidente que ajudou as empresas, ajudou a gerar empregos, ajudou os pobres. Está entre os melhores presidentes da república que o Brasil já teve."
Paulo Maluf, deputado federal, anunciando o apoio do PP ao candidato do PT, Fernando Haddad



Luiza Erundina oficializa saída da chapa de Haddad


Eleições 2012

Em reunião com o presidente do PSB, governador Eduardo Campos (PE), deputada mantém a posição que antecipou ao site de VEJA. Haddad já avisou ao PCdoB que a vaga está aberta

Thais Arbex e Gabriel Castro
A deputada Luiza Erundina (PSB) desiste de concorrer como vice na chapa de Fernando Haddad: protesto contra a aliança com Maluf
A deputada Luiza Erundina (PSB) desiste de concorrer como vice na chapa de Fernando Haddad: protesto contra a aliança com Maluf (Agência Brasil)
A deputada federal Luiza Erundina, do PSB, confirmou sua desistência de concorrer como candidata a vice na chapa do candidato do PT, Fernando Haddad. A decisão foi comunicada ao presidente do PSB, governador Eduardo Campos (PE), em reunião em Brasília. Na útlima segunda, Erundina havia antecipado ao site de VEJA que não aceitaria fazer campanha ao lado do deputado federal Paulo Maluf, presidente estadual do PP, que havia anunciado aliança com o PT.
O presidente nacional do partido, Eduardo Campos, afirmou em entrevista coletiva que o PSB segue na aliança com Haddad e, ao mesmo tempo, respeita a posição de Erundina. Ele adotou um discurso pragmático sobre o acordo envolvendo o PP: "Tem alianças com que você concorda, tem outras com que você não concorda, mas quando você entra numa aliança você sabe que não tem controle sobre todo o processo", disse.

Campos afirmou ainda que a ideia era resolver o problema de forma definitiva para evitar um desgaste ainda maior: "A decisão da direção nacional era resolver hoje a questão, ouvindo a posição da deputada Erundina, porque nós não iríamos ficar participando de um processo para ter um problema hoje, outro amanhã, outro depois de amanhã", afirmou. O presidente estadual do PSB em São Paulo, deputado federal Márcio França, contou que a ex-prefeita não recuou de suas críticas à aliança com o PP de Paulo Maluf. "Ela disse que não tinha condições de continuar na disputa com essa aliança", afirmou o deputado.
Com a desistência de Erundina, o PSB não deve indicar um substituto para o cargo. A abertura dessa vaga serve aos interesses do PT, que trabalha para atrair o PCdoB para a aliança. Assim que soube que Erundina não abriria mão de seus princípios para fazer campanha ao lado de Maluf, Fernando Haddad ligou para os comunistas para avisar sobre a mudança de cenário. O interlocutor escolhido foi o ex-ministro dos Esportes, Orlando Silva. O PCdoB pretendia lançar candidatura própria, com o vereador Netinho de Paula, mas deve desistir para se aliar ao PT. Nesse caso, o nome mais cotado para compor a chapa é o da deputada estadual Lecy Brandão.
Surpreso - Fernando Haddad afirmou que não esperava que Erundina desistisse de ser sua vice-prefeita por causa de Paulo Maluf. "Foi com alguma surpresa que recebemos essa mudança de postura", disse. Para o petista, até então, as declarações de Erundina apontavam que ela deixaria de lado as antigas divergências com Maluf para se manter como vice na chapa do PT. "Ninguém queria que isso acontecesse, mas sou uma pessoa de partido e funciono com base em critérios partidários", completou Haddad. 
O pré-candidato confirmou que está aguardando uma decisão do PC do B até o final desta semana para decidir quem substituirá Erundina como vice. 
FolhaPress
Lula cumprimenta Maluf, ao lado de Fernando Haddad: malufou
Lula cumprimenta Maluf, ao lado de Fernando Haddad, candidato do PT a prefeito: malufou
Indignação - Erudina, inimiga histórica de Paulo Maluf, desistiu de disputar a eleição assim que viu a foto antológica do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva malufando no jardim da casa do deputado. Na sexta-feira, ao ser indicada como vice, Erundina já havia adiantado que não se sentia confortável com a possibilidade - que ainda estava em discussão - de a chapa receber o apoio dos malufistas. No domingo, ela jantou na casa de Haddad e lá foi informada pelo petista de que a aliança seria confirmada, mas não se manifestou a respeito. O que a deixou indignada, de fato, foi saber que Lula havia comparecido ao anúncio do apoio de Maluf e se deixado fotografar ao lado dele (confira, ao lado, a histórica foto da discórdia).  Assim que terminou o encontro de Maluf com Lula, ela afirmou ao site de VEJA: "É demais para mim. É muito além do razoável. É constrangedor ver Lula e Haddad na casa de Maluf celebrando essa aliança".
Lula havia faltado ao anúncio do nome de Erundina como vice após receber recomendações médicas para que cancelasse sua agenda. Na semana passada, o ex-presidente se internou no Hosptial Sírio-Libanês para retirar o cateter que havia sido usado no tratamento quimioterápico. Durante o procedimento, os médicos constataram um acúmulo de secreção na laringe do ex-presidente e chegaram a desconfiar de uma recaída do câncer na região. Foi realizada uma biópsia, porém, que descartou a hipótese. Mesmo assim, os médicos recomendaram o cancelamento de todos os compromissos de sua agenda. Sua presença no anúncio do apoio do PP, na casa de Maluf, foi uma condição imposta pelo deputado para selar o apoio.

Com foco em Perillo, CPI busca dados da Monte Carlo


CPI do Cachoeira

Parlamentares deverão se focar em depoimentos de assessores ligados ao governador de Goiás. Presidente do colegiado pré-agendou três dias da próxima semana para ouvir integrantes do governo goiano.

Laryssa Borges
O governador de Goiás, Marconi Perillo
O governador de Goiás, Marconi Perillo, em evento oficial na última semana (Sebastião Nogueira/O Popular/AE)
Com dados da operação Monte Carlo ainda represados pelas autoridades policiais, a CPI do Cachoeira teve que mobilizar o próprio relator, deputado Odair Cunha (PT-SP), para recolher pessoalmente na 11ª Vara da Justiça Federal, em Goiânia, o conjunto de documentos e áudios que retratam como a quadrilha do contraventor Carlinhos Cachoeira atuava na corrupção de autoridades em Goiás e no entorno do Distrito Federal. O parlamentar passou esta terça-feira na capital goiana reunindo provas sobre a abrangência do esquema do bicheiro na cooptação de empresários e autoridades públicas e privadas.
Após esta semana, quando a CPI está paralisada por conta da conferência Rio+20 e das festas juninas, os parlamentares da comissão de inquérito deverão se focar em depoimentos de assessores ligados ao governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). Para isso, o presidente do colegiado, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), pré-agendou três dias da próxima semana para ouvir assessores e integrantes do governo goiano.
Paralelamente à costura das próximas oitivas da CPI, a comissão terá um capítulo à parte no Poder Judiciário. É que a corregedora nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, vai receber nesta quarta em Brasília o juiz federal Paulo Augusto Moreira Lima, que atuava nas investigações decorrentes da operação Monte Carlo, mas pediu afastamento após “ameaças veladas”. O juiz federal Alderico Rocha Santos, titular da 5.ª Vara Federal da Seção Judiciária de Goiás, foi confirmado como o novo responsável pelas investigações da Monte Carlo.
Santos foi o responsável pela decretação da prisão do senador Jader Barbalho (PMDB-PA) em 2002 por suposto envolvimento no desvio de R$ 9,6 milhões da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) para custear um criadouro de rãs.

Sofrimento emocional eleva risco de morte por AVC


Saúde do coração

Novo estudo mostrou que pessoas que sofrem de ansiedade, depressão e insegurança têm até 66% mais chances de ter um acidente vascular cerebral

stress
Problemas psicológicos comuns pioram saúde cardiovascular (Thinkstock)
Ansiedade, depressão, distúrbios do sono, insegurança e outros problemas de ordem emocional elevam o risco de uma pessoa morrer devido a um acidente vascular cerebral (AVC) ou a uma cardiopatia isquêmica. Essa é a conclusão de um estudo feito na Universidade de Londres, no Reino Unido, e publicado nesta segunda-feira no periódico Canadian Medical Association Journal (CMAJ).
Para avaliar o impacto das desordens psicológicas sobre a saúde cardíaca da população, os pesquisadores selecionaram 68.652 homens e mulheres com idade média de 55 anos. No início do trabalho, nenhum participante tinha problemas cardiovasculares. Ao longo de oito anos, cada indivíduo respondeu a questionários que avaliaram sua saúde mental. Segundo o estudo, problemas psicológicos foram frequentes em 14% dessas pessoas, especialmente entre os mais jovens, as mulheres e os fumantes. Até o final da pesquisa, 2.367 participantes morreram por doenças cardiovasculares, sendo que 1.010 dos casos foram por doença cardíaca isquêmica e 562 por AVC.
A equipe concluiu que os problemas psicológicos estão associados a mortes por eventos cardiovasculares, especialmente em relação a essas duas doenças, elevando em 66% o risco de uma pessoa morrer por derrame cerebral e em 59% por doença cardíaca isquêmica. De acordo com os pesquisadores, esses resultados sugerem que a saúde mental dos pacientes deve ser levada em consideração na hora de analisar os riscos de uma pessoa ter um problema cardiovascular.


Stress pós-traumático está ligado a doença cardíaca

É o que mostra um estudo americano feito com veteranos de guerra

Pacientes que sofrem de stress pós-traumático correm mais risco de desenvolver problemas cardíacos. É o que revela um estudo feito com veteranos de guerra nos Estados Unidos. A pesquisa, publicada no periódico médico American Journal of Cardiology, analisou 637 veteranos, em sua maioria homens, com idade média de 60 anos, com suspeita de ter doenças cardíacas.
O resultado apontou para a evolução mais rápida da doença cardíaca nos veteranos de guerra. Também foi constatado que esses pacientes estavam mais propensos a morrer em decorrência de qualquer doença nos próximos três anos. 
"Durante muito tempo ostress pós-traumático foi basicamente conhecido como um distúrbio psicológico ou psiquiátrico", disse Ramin Ebrahimi, do  Veterans Administration Medical Center, de Los Angeles, que conduziu o estudo. "Pouco a pouco percebemos que esses pacientes realmente têm uma boa quantidade de outros problemas de saúde."
O especialista acrescentou que a pesquisa é importante pois o stress pós-traumático também atinge vítimas de estupro, catástrofes naturais e de outros tipos de violência. Segundo o Instituto Nacional de Saúde Mental dos Estados Unidos, por volta de um a cada 30 adultos americanos pode sofrer do transtorno em algum um período de sua vida.
Exames de varredura de cálcio mostraram que a maioria dos pacientes tem algum tipo de acúmulo de placa em suas artérias coronárias. Mais de 75% dos veteranos com stress pós-traumático tinham estreitado suas artérias, ante 59% entre os demais. O pesquisador Joseph Boscarino, da Geisinger Health System, em Danville, na Pensilvânia, confirma, em novo estudo, as conclusões anteriores. “Os hormônios do estresse relacionado ao stress podem afetar as chances de doenças cardíacas, ou talvez o comportamento das pessoas, como maiores taxas de uso consumo de álcool e tabaco, colocando-os em maior em risco”, disse ele.


Sergio Cabral saudando os participantes da Rio +20

Bruna Caram - Palavras do Coração

Bom dia, Gente!!!