domingo 09 2013

Michael Douglas chora em Cannes ao falar da superação de câncer

Ator se emocionou ao se lembrar de doença na garganta.
Em filme de Soderbergh, ele vive casal gay com Matt Damon.


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Da EFE

O ator Michael Douglas se emociona em Cannes ao falar da superação de um câncer na garganta; ele esteve no festival para apresentar 'Behind the candelabra', de Steven Soderbergh, em que faz par com Matt Damon e interpreta um gay (Foto: Loic Venance/AFP)O ator Michael Douglas se emociona em Cannes ao falar da superação de um câncer na garganta; ele esteve no festival para apresentar 'Behind the candelabra', de Steven Soderbergh, em que faz par com Matt Damon e interpreta um gay (Foto: Loic Venance/AFP)


"O filme foi rodado depois do meu câncer. Foi precioso para mim, um presente. Me sinto muito agradecido por ele ter esperado por mim", afirmou Douglas, com a voz trêmula e com lágrimas nos olhos, durante a apresentação do filme no Festival de Cannes.
Michael Douglas ficou emocionado e chorou nesta terça-feira (21) em Cannes ao contar que Steven Soderbergh esperou o ator superar um câncer na garganta para poder rodar "Behind the candelabra", um filme que retrata a esplêndida interpretação de Lee Liberace, um popular músico que ocultou a própria homossexualidade.
As palavras do ator foram seguidas por aplausos, e Michael Douglas ainda se divertiu com as bricandeiras e os gestos de cumplicidade de Soderbergh e seu companheiro de elenco, um relaxado e simpático Matt Damon, na apresentação do filme.
E com uma magistral interpretação de Walter Liberace – um pianista e, sobretudo, showmanque foi extremamente popular nos Estados Unidos entre nos anos 1950 e 19770 e cuja estética excessiva, colorida e cheia de tensão é um dos principais elementos do filme –, Douglas faz uma volta triunfal ao cinema.
Este é um dos melhores papéis de sua carreira, nas próprias palavras de Michael Douglas, para quem o aspecto físico era uma de suas principais preocupações, já que Liberace fazia atuações nas quais se movimentava muito e inclusive voava pelo palco. O aspecto foi solucionado por Soderbergh reduzindo os movimentos sobre o palco e sentando Douglas em um piano para as atuações.
O ator também teve que aprender a simular que tocava piano – "me contrataram um professor, mas era evidente que não ia aprender; Me dei conta de que não ia funcionar" – e suportar longas sessões de maquiagem, já que os personagens mudam de aspecto várias vezes durante o filme, por isso que foi preciso utilizar próteses e máscaras.
Isso faz, por exemplo, que a presença de Debbie Reynolds, que interpreta a mãe de Liberace, passe quase sem ser percebida pelo espectador. Debbie serviu, além disso, como fonte de informação sobre Liberace, já que conhecia o músico muito bem, apesar de Liberace ter sido uma pessoa extremamente reservada com a vida pessoal e quase não saía de casa, como disse Douglas.
"Todo mundo dizia que era um anfitrião maravilhoso e muito generoso. É uma espécie de pai de Elton John, Lady Gaga e o povo com um estilo similar" e um grande sentido do espetáculo.
A ideia de fazer um filme sobre a vida de Liberace surgiu há 13 anos, quando Soderbergh estava rodando "Traffic", que contava com a participação de Douglas. Sete anos depois, Soderbergh encontrou a autobiografia feita por Scott Thorson (Matt Damon), o homem que compartilhou durante anos a vida de Liberace e que tornou público seu homossexualismo.
"Não estava muito confiante sobre o que iria ser do filme", explicou Damon na entrevista coletiva, mas "é a sétima vez que trabalho com Steven e confio totalmente nele".
Damon elege os filmes por seus diretores, sem ver o roteiro antes. Neste caso, havia "um diretor como Steven, um roteiro tão bom e tão absolutamente bem escrito e dois grandes papéis: não é algo que me fez duvidar, era uma grande oportunidade, e aceitei sem hesitar".
Porém, foi um filme difícil de financiar e que finalmente encontrou sua via de produção através do canal por assinatura HBO, o que faz com que o filme só possa ser visto, no Estados Unidos, pela televisão – sem poder, portanto, concorrer ao Oscar –, mas que poderá estrear em salas de cinema em outras partes do mundo.
"Behind the candelabra" é um filme que conta a vida de Liberace, mas que entra principalmente em seus excessos e em como esse ambiente muda o jovem Scott (Damon).
Usa muitas luzes, trajes de lantejoulas, estética kitsch e um excesso que transborda a cada cena. E, embora seja interessante e bem rodado, o melhor do filme são seus atores e o cenário social do homossexualismo.
"Sempre penso que em 50 anos questionaremos por que havia inclusive um debate sobre este tema e por que durou tanto tempo", afirmou o diretor, que disse que sua intenção não era falar do homossexualidade, mas de uma relação entre duas pessoas: fazê-la crível para o espectador.
Sério nas respostas mas brincalhão com seus atores, especialmente com Damon, que não parou durante toda a entrevista coletiva de fazer comentários espontâneos sobre qualquer coisa, inclusive sobre a cena na qual aparece nu.
E sobre suas sequências na cama com Douglas, o intérprete disse, entre risos: "Agora tenho coisas em comum com Sharon Stone e Glenn Close: podemos nos encontrar um dia e contar histórias".

Michael Douglas diz que sexo oral provocou câncer de garganta


Ator disse em 2010 que enfrentaria câncer com quimio e radioterapia.
Vírus HPV é a origem da doença, falou ao jornal inglês 'The Guardian'.

Da France Presse
O ator Michael Douglas se emociona em Cannes ao falar da superação de um câncer na garganta; ele esteve no festival para apresentar 'Behind the candelabra', de Steven Soderbergh, em que faz par com Matt Damon e interpreta um gay (Foto: Loic Venance/AFP)O ator Michael Douglas se emociona em Cannes
ao falar da superação de um câncer na garganta
em foto de 21 de maio. (Foto: Loic Venance/AFP)
O ator americano Michael Douglas, que há três anos sofreu um câncer de garganta, afirmou, em uma entrevista concedida ao jornal britânico "The Guardian", que sua doença foi provocada pelo sexo oral.

"Sem entrar em detalhes, este câncer muito específico é provocado pelo vírus do papiloma humano (HPV), que na verdade vem do sexo oral", explicou o ator.
Douglas, de 68 anos, que em seu último papel interpreta o pianista homossexual Liberace em 'Behind The Candelabra', dirigido por Steven Soderbergh, explica que o câncer não foi provocado pelo cigarro ou álcool, e sim por uma doença sexualmente transmissível.
"Estava preocupado por saber se os problemas causados pela prisão de meu filho teriam contribuído para desencadear o câncer, mas não, na realidade se deve a uma doença sexualmente transmissível", completou o ator.
O filho do ator, Cameron, cumpre uma pena de 10 anos de prisão por posse de drogas e tráfico.
Michael Douglas, vencedor de dois Oscars, revelou em 2010 que lutaria contra um câncer com quimioterapia e radioterapia.
"Tenho que fazer controles regulares, agora a cada seis meses, mas tudo está normal há dois anos", disse.

Da vida de assaltante à cadeira de deputado

 Por Fernando Gallo, estadao.com.br
Luiz Moura (PT) foi preso, condenado, foragido e hoje está na Assembleia de SP
De: Ir para página inicial do MSN

Ele praticou assaltos à mão armada, passou mais de um ano e meio na cadeia e acabou fugindo, antes de cumprir o total de 12 anos de prisão a que fora condenado. Na sentença judicial, foi classificado pelo juiz como "periculoso sob o aspecto social" e teve sua personalidade avaliada pelo magistrado como "mal formada e inclinada para a prática de crimes contra o patrimônio".
Passou quase uma década na condição de fugitivo, até que voltou à Justiça para dizer que as penas haviam prescrito e pedir a reabilitação criminal, alegando que praticara os crimes porque usava drogas. Em meio à reabilitação, que lhe seria concedida, tornou-se líder dos perueiros na zona leste de São Paulo e virou empresário do ramo de transportes. Em 2010, decidiu entrar na política. Elegeu-se deputado pelo PT e, hoje, exerce mandato na Assembleia.
Ele é Luiz Moura, 42 anos, casado, natural de Batalha (AL), com base eleitoral na zona leste, irmão do vereador Senival Moura (PT) e dono de um patrimônio declarado de R$ 1,1 milhão, do qual R$ 700 mil de quatro postos de gasolina de que é dono.
O dia 21 de agosto de 1991 se aproximava das 19 horas quando Luiz Moura, na companhia do amigo Vagner Onofre, entrou no supermercado Planalto, em Umuarama (PR), já perto do encerramento das atividades. Perguntaram ao vigia Benedito Paulo Ferrari por uma escova de dentes.
No momento em que o vigia se virou para indicar a gôndola, Onofre deu-lhe a chamada "gravata", apontou uma pistola Taurus calibre 380 contra a têmpora e deu voz de assalto. Com o vigia como refém, gritou para os demais presentes para avisar do que se tratava.
Enquanto isso, Luiz Moura obrigou os funcionários dos caixas a lhe entregarem dinheiro, cheques e tíquetes-restaurante. Os dois fugiram em uma motocicleta de propriedade de um irmão do hoje deputado. Levaram com eles cerca de CR$ 560.000,00, ou, em valores corrigidos para hoje, R$ 6.636.
No dia 26, a cena se repetiria. Tendo vencido os mais de 770 quilômetros que separam Umuarama da cidade de Ilhota (SC), os dois aportaram, por volta das 17 horas, em uma filial do supermercado Vitória. Pegaram uma escova de dentes e se dirigiram para o caixa. Onofre fingiu que ia tirar dinheiro do bolso traseiro da calça, mas puxou a mesma pistola Taurus e a apontou para a cabeça de uma funcionária, ordenando que ela ficasse "quietinha". Gritando palavrões, ordenou que Arlete e outra operadora "limpassem" os respectivos caixas. O dinheiro e os cheques foram entregues a Luiz Moura, que também gritava, xingava e dava ordens. Os dois fugiram na mesma moto.
Um homem que passava pelo local avisou a polícia sobre o roubo e as características do veículo e dos assaltantes. No dia seguinte, eles passavam pela polícia rodoviária quando foram presos. Levavam dinheiro e dez cheques que somavam CR$ 205.000,00 (em valores de hoje, R$ 2.429).
À Justiça de Umuarama, para onde foram transferidos, Luiz Moura admitiria o primeiro roubo. Diria, porém, que, quando passavam pelo supermercado, Onofre lhe apontou a arma e o obrigou a assaltar. Afirmaria também que, nas cidades por onde passaram, no Sul do País, costumava ficar no hotel quando Onofre saía para vender planos de saúde da Golden Cross. Ele negaria ter assaltado em Ilhota.
Onofre alegou que os cheques eram de terceiros e lhes foram repassados por compradores do plano de saúde. Contudo, a maior parte dos cheques estava marcada com o carimbo do supermercado Vitória. Ademais, ambos foram reconhecidos pelos funcionários dos supermercados e, no caso catarinense, pelos policiais que os prenderam.
A Justiça de Umuarama refutaria, na sentença de março de 1992, a tese de que Luiz Moura fora coagido pelo comparsa: "Se os acusados não fossem amigos, e a coação tivesse existido, o réu Luiz de Moura Pereira não ficaria, após os fatos, aguardando o acusado Vagner em um quarto de hotel de uma cidade do interior de Santa Catarina, sem que buscasse proteção ou até mesmo a fuga". Ambos foram condenados a cinco anos e quatro meses em regime semiaberto.
Remoção. Luiz Moura escrevera, em novembro, uma carta de próprio punho à Justiça para pedir a remoção para a Colônia Penal Agrícola, sugerida pelo tribunal para o cumprimento do semiaberto. "Não temos nem um tipo de assistência, como psicólogo, assistente social, médico, odontologista e até mesmo alimentação, que é o nosso ponto mais crítico que enfrentamos e por tais motivos e direitos humanos, achamos por bem pedir clemência em nos conceder remoção (sic)".
A remoção foi concedida em março de 1993. Menos de uma semana depois, Luiz Moura, que deveria dormir na prisão durante o restante da pena, fugiria para não mais voltar até que a pena prescrevesse.
Em agosto de 1993, transitava em julgado a condenação de seis anos e oito meses em regime fechado, imposta em primeira instância. O petista, contudo, já estava foragido.
Em 2000, advogados de Luiz Moura voltariam à Justiça de Umuarama para pedir a decretação da prescrição da pena, o que ocorreu em 2002.
Vergonha. No caso catarinense, em 2005 ele pediu sua reabilitação criminal. Seus advogados sustentaram que ele era "um exemplo a ser seguido". "Quando jovem teve aqueles problemas no âmbito criminal, originado por ingerir substância entorpecente. Sentindo muita vergonha, não suportava ver sua mãe se deslocar de São Paulo para visitá-lo no presídio. Pobre, com sacolas nas mãos, viajava de ônibus centenas de quilômetros. Aquilo foi atormentando o ora reabilitando, que, buscando mais poupar sua mãe daquele sacrifício, decidiu por evadir-se, apegar-se a Deus e prometer nunca mais ter envolvimento criminal."
Segundo os advogados, Luiz Moura dava palestras em escolas sobre uso de drogas "para auxiliar os jovens, evitando que tenham qualquer tipo de envolvimento criminal". A reabilitação foi confirmada em julho de 2006.
Embora em 2005 tenha informado que vivia em "falta de condições econômicas", e que em 2003 seus rendimentos foram de R$ 15,8 mil em todo o ano, em 2009 Luiz Moura virou sócio da empresa de ônibus Happy Play Tour, com um total de R$ 4 milhões em cotas. No começo de 2011 ele sairia da empresa.
As várias tentativas de contato do Estado com Moura, via assessoria de imprensa e depois com seu advogado, não tiveram retorno. Ao invés de responder às questões, ele se limitou a enviar ao jornal a notificação publicada ao lado.

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A engenharia do sexo

Por Tempo de Mulher
REGINA RACCO: "Casais com características físicas diferentes devem aprender juntos como obter mais prazer"
Por Regina Racco
Como uma boa obra, tudo tem que ter um ajuste perfeito. Nenhuma parede seria erguida (e permaneceria assim) sem cálculos e correções. E por incrível que pareça, no sexo também é assim, nem sempre tudo vem pronto e casais apaixonados se veem frente a frente com algumas discrepâncias que incomodam e põem em risco a relação. Bem, o Kama Sutra, escritos antigos indianos, datados 400 anos A.C., já relatava isso. Para quem lê pela primeira vez, parecem relatos bizarros, aparentemente fora da nossa realidade. Eu disse, aparentemente...
Mas como estes ensinamentos são conhecidos! Em parte pelas famosas posturas, mas há neles elementos que podem ser aplicados em nossos dias e melhorar ainda mais nosso relacionamento amoroso. E ele relata o que abordo nesta matéria, ajustes...
O Kama Sutra separava os relacionamentos entre homens e mulheres de acordo com seus tamanhos. Isso mesmo, tamanhos, por mais absurdo que isso soe nos dias de hoje... Eram apontados três tipos de homens e suas respectivas parceiras “perfeitas”, chamados  iguais, aqueles que se ajustavam naturalmente. E desiguais quaisquer união entre os “diferentes”.
Assim, homens lebre, touro e cavalo, seriam pares perfeitos para as mulheres corça, égua e elefoa. E os pares diferentes seriam formados por uniões entre os desiguais em relação ao tamanho de seus órgãos genitais. Não é difícil entender que as posturas apresentadas neste estudo e tão famosas mundialmente apontam para as possíveis soluções para os desiguais já que os iguais são aquelas uniões perfeitas que acontecem de vez em quando. É fácil perceber que é muito mais comum encontrarmos casais que precisam de certo ajuste, para que o prazer se intensifique.
Recebo e-mails de mulheres aflitas preocupadas com um possível afrouxamento no canal, que elas chamam de “vagina larga”, sofrem e se preocupam em não estar proporcionando prazer aos parceiros assim como tem o próprio prazer prejudicado. Claro que certa perda do tônus muscular acontece, pela idade e outros fatores e a ginástica íntima resolve, fortalecendo os músculos genitais, mas por que não pensarmos também que problemas assim podem ocorrer quando um homem e uma mulher que possuam anatomias “desiguais” se encontram e se casam? 
Afinal, somos tão humanos quanto aqueles que viveram no período em que o Kama Sutra foi escrito, ou não? 
E se há problema, há solução. E neste caso está claro que as posturas diferenciadas poderão ajudar.
Alguns de nós se fecham de tal modo a qualquer mudança quando o assunto é sexo que até mesmo mudar as posturas se torna difícil. Já ouvi de mulheres que tudo que foge do papai/mamãe não é “normal”. Declaração absurda. Se olharmos em redor, na natureza, essa é exatamente uma postura que poderíamos dizer, fora do normal, se levarmos em conta que somos também animais.
Ainda bem que são poucos os que pensam assim, a grande maioria aceita mudanças quando percebem que estas vêm para beneficiar ou mesmo corrigir algo que não vai bem. Analise... Há alguma coisa errada com o relacionamento? Tudo está bem mais o sexo não é tão prazeroso como deveria ser? Ajuste-se. Experimente. Faça uma boa obra de contenção ou alargamento, porque não? Afinal o que vale é o que virá depois: O prazer absolutamente incrível que todos merecemos.
Regina Racco é escritora e palestrante, autora dos livros "O livro de Ouro do Pompoarismo", "A Conquista do Prazer Masculino" e "Pirulito e Outras Delícias", "Sexo para Mestres na Arte da Sedução". Site:

Preste atenção aos sinais invisíveis

Por Natália Leite, http://estilo.br.msn.com/tempodemulher
NATÁLIA LEITE: "O corpo se comunica com a gente o tempo todo. Nós é que não prestamos atenção. Como tudo na vida, é preciso treino para captar o que ele diz. Mas está aí um exercício que vale o esforço".
Preste atenção aos sinais invisíveis que o corpo manda
Preste atenção aos sinais invisíveis que o corpo manda

Por NATÁLIA LEITE
Sabe aquela sensação horrível de revirar a bolsa e não encontrar a carteira? O medo de ter perdido documentos, cartões, dinheiro... Dá um frio na barriga, um aperto no coração e um gosto metálico na boca. Foi assim que Samantha descreveu o que sentiu quando reencontrou um camarada que passou pela vida dela e fez um estrago danado. Veio uma sensação de ameaça, de perigo, como se o corpo estivesse dizendo "corre, se salva menina!". Ela me contou essa história e fiquei pensando no assunto. Acho que é exatamente isso que acontece: o corpo se comunica com a gente o tempo todo. Nós é que não prestamos atenção.
A dor de cabeça aparece toda vez que você sai com uma determinada pessoa. O que você faz? Toma remédio. Acha que está trabalhando demais, vê mil explicações, mas nem considera que, talvez, seja o que há de mais íntimo e puro em você gritando, "socorro, não se exponha a isso, não ouça essas colocações, não se contamine!".
Depois do relato da Samantha, passei a observar essas reações físicas com atenção. Toda vez que encontro alguém, que preciso tomar uma decisão, fico ligadona nas mensagens do corpo. Percebi que não tem erro. Pintou o frio na barriga, a sensação de fechamento, é melhor encontrar a saída diplomática e me mandar. Se insistir em ficar na festa ou em fazer o negócio, apesar dos sinais, é problema garantido.
Da mesma forma, se o encontro traz uma sensação de abertura, conforto, de doçura, pode ir em frente. Não é a impressão racional que se tem do outro, essa pode enganar. O raciocínio erra. Se não errasse seria tão mais fácil... O que vale sempre é a sensação orgânica, biológica despertada interiormente a cada contato. É como na natureza que não erra.  Se a terra é ruim, a semente fica ali, fechadinha para não se desperdiçar. Se o ambiente é bom, ela se abre e dá frutos.  Como tudo na vida, é preciso treino. Mas está aí um exercício que vale o esforço.
*Natália Leite é jornalista, mestre em Ciência da Informação pela Universidade de Brasília, curiosa e otimista incurável. Escreve quinzenalmente sobre os erros, acertos e dúvidas que nos fazem mulheres

"Acredito que as relações entre pessoas que conhecem a si mesmas, e se amam antes de amar o outro, têm tudo para dar certo".



Eles se conheceram na minha frente. Foram apresentados num jantar na casa de amigos em comum. A conexão foi imediata. Não é exagero: olhei uma vez e estavam conversando. Quando olhei de novo, foi por conta do volume das gargalhadas. Se alguém tinha dúvida de que eles logo seriam um casal, quando sentamos para jantar, deixou te ter. Éramos dez pessoas. Oito numa conversa sobre economia e os dois de “tititi” como se estivessem sozinhos. Pareciam ser velhos e queridíssimos amigos. Havia intimidade, alegria, mas não jogo de sedução.
Malu é uma mulher coerente, sabe o valor que tem e não baixa a guarda para qualquer um. Somos amigas há anos e já acompanhei alguns romances dela, mas nunca vi tamanha cumplicidade. Eu estava ao mesmo tempo participando da conversa do grupo e saboreando a festa deles.
Na hora da sobremesa, já se comunicavam com o olhar. Quase caí pra trás quando ela dividiu o brigadeiro com o bonitão. Voluntariamente, partiu metade e colocou no prato do moço. Pode parecer banal, mas quem conhece Malu entende minha surpresa. Ela é uma formiga, chega a qualquer restaurante já pensando na sobremesa. É capaz de tirar os sapatos para dar a um estranho que precise, mas perde o bom humor se alguém se aproxima ao prato de doce dela.
No dia seguinte, marcamos de almoçar juntas. Eu estava pronta para seguir o script. Imaginei que ela fosse chegar dando pulinhos de alegria e batendo palmas de excitação. Imaginei que, em seguida, contaria os detalhes da conversa e a certeza de que nasceram um para o outro. Depois, me caberia cumprir o papel de proteger a amiga que amo.  Ensaiei mentalmente formas de dizer para Malu ir com calma sem parecer “a estraga prazer”. Quando ela chegou, o discurso estava no gatilho.
Mas Malu é surpreendente. Não seguiu o script. Mostrou que é sempre nova. Aprendeu a viver as experiências à medida que aparecem, sem seguir modelos, guiada pelo balanço entre alma e coração. Chegou sorridente, satisfeita e serena, não boba e embriagada de paixão como eu esperava. Fez o relato de um encontro que parece ser bem especial. Aí fui eu quem caiu no papel da adolescente boba. Perguntei quando vai vê-lo novamente, como vai conduzir a história e Malu, mais uma vez, deu um baile de coerência. Não vou nem explicar. Vou transcrever porque a colocação é irretocável.  Ela disse: “Vou com apetite suficiente para me fazer feliz. Não para me fazer enjoar. Vou com parcimônia e amor próprio”.
Acredito mesmo que isso pode virar amor. Pelo tempo que durar – dois meses, três anos, a vida toda - deve ser amor de verdade. Acredito que as relações entre pessoas que conhecem a si mesmas, e se amam antes de amar o outro, têm tudo para dar certo.
*Natália Leite é jornalista, mestre em Ciência da Informação pela Universidade de Brasília, curiosa e otimista incurável. Escreve quinzenalmente sobre os erros, acertos e dúvidas que nos fazem mulheres.

A origem da diferença entre os sexos

Por Natália Leite, http://estilo.br.msn.com/tempodemulher
NATÁLIA LEITE: "Cada mulher deve encontrar o seu modelo, sua verdade, sua forma de ser feliz. Não a que a família ou os amigos apontam como a correta, mas a sua maneira autêntica de viver bem".
As diferenças começam ainda na gestação. Do momento em que se descobre o sexo do bebê.
As diferenças começam ainda na gestação. Do momento em que se descobre o sexo do bebê.

Por NATÁLIA LEITE
O assunto na mesa do restaurante era remuneração de executivos. Um dos integrantes da turma acaba de ser promovido e a mulher que vai substituí-lo aceitou o cargo por um salário bem mais baixo. O chefe ofereceu, ela topou e pronto. No nosso grupo, ninguém soube explicar o porquê da diferença de comportamento, mas todos concordaram que, no lugar dela, um homem teria pedido a mesma renumeração do antecessor.
Roberto, o promovido, lembrou que existem pesquisas para comprovar que homens recebem mais aumentos simplesmente porque pedem. Já as mulheres têm vergonha. Das pesquisas, a conversa pulou para natureza feminina versus masculina. E foi aí que discordei dos meus queridos amigos Léo, Roberto e Guilherme.
Eles acreditam que as diferenças de gênero são puramente inatas. Mulheres nascem de um jeito, homens de outro. Eu, por outro lado, acredito que além das importantes variáveis genéticas, há um componente social. Acredito que os modelos repetidos por famílias e sociedades há séculos explica porque a sucessora não exigiu o salário do Roberto.
Acho que as diferenças começam ainda na gestação. Do momento em que se descobre o sexo do bebê, o posicionamento da família se define. Se for um menino começam as brincadeiras com referência à força, tamanho e virilidade. Se for menina, as referências são à beleza, delicadeza e recato.
Com a chegada da criança, os modelos se intensificam. Meninos são criados para encarar o mundo de frente, competir e vencer. Se um colega toma um brinquedo a reação esperado de um garoto é que se posicione, enfrente. Pegue de volta. E isso é bom, afinal, agressividade é um instinto básico, fundamental para sobrevivência em qualquer espécie. Estamos falando aqui de agressividade no sentido de garra, coragem e obviamente não de violência.     
Na hora de aprender a lidar com o corpo, para os meninos tudo é simples, natural. Garoto pode ficar a vontade com o pênis desde pequenininho. Pode tirar para fazer xixi, puxar, brincar, mostrar. As descobertas são encorajadas pelos adultos. Mais tarde, quando vem a sexualidade, eles também recebem incentivos. Essa forma saudável de lidar com o erotismo faz toda diferença para o amadurecimento do indíviduo.
Com as meninas nascidas na mesma sociedade os moldes são bem diferentes. Elas aprendem que mocinhas não brigam. Se outra criança lhe arranca a boneca dos braços, deve-se reprimir o instinto natural de retomar o que é seu. Uma garotinha não deve reagir com agressividade. Se o faz, é feio. Mas se vai chorando pedir socorro é consolada, acariciada e recompensada. Assim, sem que ninguém precise dizer claramente, a menina vai aprendendo a não agir por si, mas a ser dependente.
O mesmo sufocar de instintos se repete na relação com o corpo. Quando a menina começa a descoberta do que tem de mais bonito e natural, a descoberta de si mesma, é imediatamente castrada. Aos dois, três anos de idade, ela já se acostumou a ouvir, “não levanta a saia. Fecha a perna. É feio! É errado. Não pode”. Até um arroto que saia sem querer, do menino, pode ser considerado engraçado. Da menina é constrangedor.
A mulher aprende a reprimir a própria natureza e assim cresce dividida. De um lado, o instintivo. Do outro, o comportamento imposto pela família, escola, amigos. Essa divisão gera um desconforto, um vazio que nem ela sabe de onde vem. A origem do problema está na castração da liberdade, da naturalidade. E o mais importante é perceber que a própria mulher, na figura de mãe, dá início ao ciclo que mais tarde a castiga.
A maior vítima é a própria mulher. Mas a sociedade inteira paga o preço de ter mães, irmãs, funcionárias, namoradas e chefes divididas. Acredito profundamente que a saída está em romper o ciclo de estereótipos. Cada mulher deve encontrar o seu modelo, sua verdade, sua forma de ser feliz. Não a que a família ou os amigos apontam como a correta, mas a sua maneira autêntica de viver bem. Fomos treinadas para atender o outro, por isso é difícil aprender a ouvir o próprio coração, a reconhecer as próprias vontades. Mas tudo é treino. Fica o convite, aceite a responsabilidade de cuidar bem do primeiro projeto que a vida lhe confiou: você mesma.
* Natália Leite é jornalista, mestre em Ciência da Informação pela Universidade de Brasília, curiosa e otimista incurável. Escreve quinzenalmente sobre os erros, acertos e dúvidas que nos fazem mulheres.

Amores pelo avesso

Por Natália Leite, Tempo de Mulher
NATÁLIA LEITE: "O valor que se dá ao parceiro é inversamente proporcional à segurança que acreditamos ter no relacionamento".

Haja maturidade e sabedoria para dar valor ao relacionamento bom que se tem!
Haja maturidade e sabedoria para dar valor ao relacionamento bom que se tem!
Por NATÁLIA LEITE
O jantar de segunda-feira é sagrado. Desde que criamos o compromisso, o primeiro dia de trabalho da semana passou a ter sabor de festa. Conheci Amanda e Raquel no yoga. Logo percebemos que nós três só íamos à aula para ver umas às outras, e aí trocamos o método de relaxamento. Adeus yoga, olá terapia de papo semanal com as amigas! Tem dado ótimos resultados.
No nosso último encontro, as duas receberam ligações dos namorados. Raquel mora com o dela, ou seja, é casada. Amanda namora um cara casado. A esposa vive no interior para cuidar dos pais idosos. Na prática, o fulano passa a semana com a Amanda. Dormem juntos de segunda a sexta. De fato, o cara é marido das duas, de direito só de uma. É, por que duvido que ele viva como amiguinho da mulher no fim de semana.  
O namorado da Raquel é sensacional. O sujeito da Amanda bem mais ou menos. No entanto, Raquel, que vive o conto de fadas, encara a própria realidade sem muita excitação. Acha normal, nem se comove mais com as declarações do companheiro. E, repito, o cara é o máximo. Já Amanda se derrete com qualquer migalha. O camarada fica 15 minutos a mais antes de pegar a estrada na sexta-feira e ela acha um ótimo sinal. Fica toda feliz.
O contraste me fez perceber uma realidade comum. O valor que se dá ao parceiro é inversamente proporcional à segurança que acreditamos ter no relacionamento. Ou seja, haja maturidade e sabedoria para dar valor ao bom que se tem. É raro de ver.
O enredo se repete com diferentes personagens. Passados os primeiros momentos da novidade, as relações entram num frequência de normalidade. Por melhores que sejam. A sensação é "tá, você me ama, eu te amo. Ok. Nada demais". Já se o terreno é incerto, vale o avesso. Duvido que Amanda se comportasse com tanto entusiasmo diante de um telefonema de três minutos numa tarde de sábado se o camarada fosse oficialmente o parceiro dela.
Apesar de entender que esse é um comportamento humano normal, acredito que vale a reflexão para os dois lados. Vale às "Raquéis" pensar em serem mais gratas à vida, dar mais valor às surpresas, corresponder ou criar o tempero quando se está numa cenário bacana.
E para tantas Amandas que existem por aí, vale pensar "opa, será que ele é isso tudo mesmo?". E reduzir o grau de euforia com as sobras que lhes são jogadas. Na pior das hipóteses, o sujeito vai se sentir menos seguro. E aí vale a regra: vai acabar dando mais valor. Num raciocínio bem otimista, pode ser que assim ele ajude Amanda a tomar consciência do tamanho de mulher que é. Fico aqui cruzando os dedos para que, de um jeito ou de outro, ela tenha coragem de buscar alguém que a mereça.

Adeus, convicções!

Por Natália Leite, Tempo de Mulher
NATÁLIA LEITE: “Viver leve é tããão melhor! Essa tarefa de guardiã feroz das próprias convicções cansa e é chata pra caramba”.

E a chance do outro ter razão? No assunto mulher? Desconsiderava. / Foto: Thinkstock

Por NATÁLIA LEITE
Dona Rosa, a vizinha, diz que a posição dos astros explica a mudança. Meu tio, zen de carteirinha, tem certeza de que é a força da repetição dos místicos números da trindade, 3 e 3. Mas tenho outra teoria para a transformação que veio com meu aniversário de 33 aninhos. Acredito que (finalmente!) reagi às dicas de pessoas queridas que, há anos, tentam desarmar minha rigidez. 
Seja por conta de planetas, algarismos ou pela natureza do processo de acumular anos, o fato é que a vida está diferente. É nítido. Tive mais uma prova num saboroso encontro com um casal queridíssimo. Os dois são inteligentes e divertidos, logo, adoro ser a vela oficial. Nesse dia, o namorado entrou num tema que me apaixona e costuma despertar em mim posições pra lá de firmes: comportamento feminino.
Historicamente, numa situação como essa, nem ouvia de verdade. Estava tão fechada nas minhas convicções que o outro começava a falar e eu imediatamente me punha a pensar em argumentos, defesa, contra-ataque. E a chance do outro ter razão? No assunto mulher? Desconsiderava.
Neste dia, ouvi. Juro, nem pensei em pensar. Ouvi com alma e coração. Sabe o que aconteceu? Concordei. Nem doeu admitir que meus estudos sobre o tema não me fizeram perceber a sutileza e verdade do que ele viu.
A lição que aprendi: viver leve é tããão melhor! Essa tarefa de guardiã feroz das próprias convicções cansa e é chata pra caramba. Foi uma delícia ouvir e crescer. Bem melhor que o velho sentimento de estar num ringue de boxe, em clima de luta final, a cada conversa.
Viver sentindo, deixar o raciocínio para quando é de fato necessário - uma novidade que me traz a sensação de fluir na suave correnteza de um rio gostoso. Bem mais feliz que passar dia e noite a pensar, pensar, pensar e pensar. Tchau, Nat velha!!!
* Natália Leite é jornalista, mestre em Ciência da Informação pela Universidade de Brasília, curiosa e otimista incurável. Escreve quinzenalmente sobre os erros, acertos e dúvidas que nos fazem mulheres.

Beleza que vem da alma

Por Natália Leite, Tempo de Mulher
NATÁLIA LEITE: "Havia algo de diferente nas linhas do rosto, no semblante, no brilho dos cabelos e da pele. Não, não era botox, progressiva ou algo do gênero. Vinha de dentro".
Existe um tipo de beleza rara, típica do amadurecimento, da sabedoria, das escolhas corretas.
Por NATÁLIA LEITE
Vejo Mariana todos os dias. Na redação trabalhamos em mesas compridas, sem divisórias, e ela senta bem na minha frente. A moça é uma graça. Não dispensa uma balada, então, nas sextas-feiras costuma chegar bem mais produzida.
Mas não foi a roupa ou a maquiagem o que me chamou atenção essa semana. Ela chegou mais bonita, sem dúvida. E sei que não fui a única a notar. Até gente que estava de costas instintivamente virou na direção do elevador quando Mariana entrou.
Havia algo de diferente nas linhas do rosto, no semblante, no brilho dos cabelos e da pele. Não, não era botox, progressiva ou algo do gênero. Vinha de dentro. Mariana estava emanando uma graça, uma luz especial. Como somos bastante próximas, aproveitei a oportunidade do cafezinho no fim do dia para entender a transformação paradoxal - 100% visível, mas não objetiva, concreta.
Aprendi que Mariana está colhendo os frutos da arte de cultivar a própria inteligência. Ela escolheu ser amiga de si mesma e sair de relacionamentos que a maltratavam. Depois de meses de erro, de decisões contra ela mesma, Mari cortou a turma que só a fazia perder tempo, juventude, dinheiro e saúde.
Ao observar Mari lembrei de muitos casos semelhantes. E hoje ouso afirmar: existe um tipo de beleza rara, típica do amadurecimento, da sabedoria, das escolhas corretas. É uma beleza serena e profunda. Uma beleza que deriva da bondade consigo mesma e, por consequência, com os outros. 
Não é algo fútil ou superficial. É como o belo da arte que inspira e alimenta a alma. É o tipo de belo que me faz acreditar no seguinte raciocínio: a vida faz cada indivíduo de uma forma. Mas perder o viço e cair em velhice precoce não é puramente genético ou acidental. Tem a ver com atitudes contrárias a própria singularidade.
Acredito também que esse tipo de beleza que vem da alma traz consigo um poder especial. O poder de inspirar, motivar e oxigenar qualquer ambiente. Enfim, obrigada Mari por me ajudar a entender que a beleza nasce do íntimo da ação.
* Natália Leite é jornalista, mestre em Ciência da Informação pela Universidade de Brasília, curiosa e otimista incurável. Escreve quinzenalmente sobre os erros, acertos e dúvidas que nos fazem mulheres.

Para o seu dinheiro render

Por Tempo de Mulher
NATÁLIA LEITE: “Em dois supermercados, nos Jardins, a pera seca variou entre R$ 34 e R$ 125. Mesmo a mais barata da região ainda é mais cara do que na zona cerealista. Alguém me explica como chegaram à conta de R$ 125?".
Foto: Thinkstock
Por NATÁLIA LEITE
Resolvi perder aqueles três quilinhos que quase toda mulher acredita ter a mais. No meu caso, o mais difícil foi resistir à tentação da barra de chocolate ou brigadeiro no meio da tarde. A vida sem doce parecia não valer a pena. Nem em nome do tão sonhado jeans 36.
Andava meio cabisbaixa, glicose lá no pé, dúvida sobre manter a dieta. Até que um telefonema às nove da noite de uma segunda-feira triste, de baixíssimas calorias, mudou tudo. “Não precisa ficar sem doce, querida. Pode abusar de gelatina zero e frutas secas”, disse meu pai e médico de confiança. 
Uhuuuuuuu! Como diz minha amiga Thais quando está com pressa, “saí em desabalada carreira” rumo ao supermercado. Carregamentos de pozinhos coloridos e pequenos potes com maçãs, peras, mangas e abacaxis desidratados devolveram minha alegria.   
O consumo de frutas secas aumentava e a conta no caixa do supermercado também.  Assustadoramente. O pote vem pouquinho e custa R$ 8, R$ 10. Ok. Nunca tinha prestado atenção no preço do quilo. Antes da dieta era raro comprar esses itens. Sabe quanto custa o quilo da pera desidratada onde eu costumava comprar? Pasmem: R$ 125! Cen-to e vin-te e cin-co re-ais. Isso mesmo. Será que o processo de desidratação envolve banho de ouro nas frutas? Só pode. De que outra forma explicar cerejas secas ao custo de quase R$ 200 o quilo?
Trabalho muito, 12, 14, 16 horas por dia. Respeito o dinheiro. Decidi achar uma saída para manter o doce na boca e o saldo no banco. Fui bater na zona cerealista, centro de São Paulo. Logo no comecinho da famosa Rua Santa Rosa entrei numa casa de produtos naturais lotada. Por quê? Preços honestos.

Se estiver em pé, melhor sentar para não cair. Lá o quilo da mesmíssima pera desidratada é vendido por R$ 24,99. Um quinto do preço! Poderia se argumentar que a explicação está no custo do transporte, do aluguel. Não cola. Em dois supermercados lado a lado, nos Jardins, a pera seca variou entre R$ 34 e R$ 125. Mesmo a mais barata da região ainda é mais cara do que na zona cerealista. Por favor, alguém me explica como chegaram à conta de R$ 125?
Minha relação com essas maravilhas de baixa caloria existe há tempo suficiente para me dar condição de avaliar qualidade. Se houver diferença é para melhor lá no mais barato.  Me senti respeitada. Afinal, é justo para todos. A loja no centro tem lucro. Não é ONG, é negócio. E vai bem.
Em nome de todas as mulheres que fazem dieta e trabalham muito para ter a vida que escolheram, saí de câmera em punho.
* Natália Leite é jornalista, mestre em Ciência da Informação pela Universidade de Brasília, coordenadora do Projeto Mulher do Milênio em São Paulo, curiosa e otimista incurável. Escreve quinzenalmente sobre os erros, acertos e dúvidas que nos fazem mulheres.


Para o seu dinheiro render

Tempo de Mulher |

Por NATÁLIA LEITE
Para quem ainda precisa de mais estímulo, lá vai: o metrô é pertinho da Santa Rosa (estação D. Pedro II). Para os motoristas tem estacionamento em frente e para na rua com Zona Azul, não é difícil. Sem falar que o passeio é colorido, tem aroma de temperos exóticos. Sim, é lotado aos sábados. Mas durante a semana, cedinho, é tranquilo. Evite a hora do almoço.  
No armazém que frequento, precisa pegar senha para ser atendido. Tudo bem. A simpatia e boa vontade da Cristiane, Adriana e toda turma compensam a espera. Sem falar na postura do seu Adhemar Machado que faz a gente acreditar nas pessoas e nos negócios a base de respeito e compromisso com o cliente. “Nós não queremos que só rico compre. Acho que todo mundo tem condição de comprar, sim, coisa boa, de qualidade a preço justo”, diz o dono da Casa Santa Filomena, uma das boas opções na zona cerealista.
Encontrar qualidade e preço justo tem gosto de vitória. Adorei. Pode acreditar que a partir de agora, a câmera está sempre pronta. 

Castanha do Pará
O preço do quilo pode variar entre R$ 24,00 até R$ 70,00.

Semente de abóbora
O preços pode variar de R$ 16,90 até R$ 56,99.

Macadâmia
O preço do quilo pode variar entre R$ 41,85 até R$ 120,99

Pêra desidratada
Se estiver em pé, melhor sentar para não cair. Lá o quilo da mesmíssima pera desidratada é vendido por R$ 24,99. Um quinto do preço! Poderia se argumentar que a explicação está no custo do transporte, do aluguel. Não cola. Em dois supermercados lado a lado, nos Jardins, a pera seca variou entre R$ 34 e R$ 125. Mesmo a mais barata da região ainda é mais cara do que na zona cerealista. Por favor, alguém me explica como chegaram à conta de R$ 125?
O preço do quilo pode variar entre R$ 24,30, R$ 34,50 até R$ 125,99.

Entre quatro paredes, inovar é preciso

Por Tempo de Mulher
REGINA RACCO: “Dicas para fazer seu Dia dos Namorados inesquecível”.

Foto: Thinkstock



Por REGINA RACCO
Esse ano não precisa ser exatamente como os passados, onde as “comemorações” eram sempre aqueles jantarzinhos em casa ou na rua, seguidos de motel... e todas as variações mais ou menos conhecidas dos dois.
Inovar é preciso!
O amor tem que estar em constante movimento. Não podemos deixar jamais que fique morno ou caia em estagnação. Nossa vida amorosa depende disso! Lutamos no dia a dia contra o cansaço, o marasmo, as protelações, facilmente qualquer coisa toma corpo e peso bem maior do que a nossa vida íntima. É assim que os apaixonados de ontem se tornam os novos “amigos e companheiros” de amanhã e, posteriormente, “desconhecidos”.
Quando sugiro que telefonem durante o dia, rapidamente apenas para dizer “te amo, estou com saudades” ou que mandem uma mensagem ou um e-mail, essas ações são pílulas mágicas que manterão acesa a chama. A brisa da lembrança que não deixará o fogo se apagar.
Um Dia dos Namorados especial é uma boa chance para isso, afinal, se criará novas lembranças que irão embalá-los por muito tempo. Lógico que continua valendo os presentinhos, aquele prato especial ou uma cesta de guloseimas para degustar na cama, acompanhadas por vinho ou champanhe. Os preparativos básicos como cenários especiais com velas, flores, incensos etc. Isso ajuda a marcar a data de forma especial, mas certamente acrescentando alguma novidade, tudo isso ficará bem mais interessante!
E também, é claro, abrindo o leque para novas brincadeiras vocês poderão determinar uma sequência de “Dias dos Namorados”, ao longo do ano. Por que esperar somente por uma data?
As minhas sugestões são fáceis e certamente irão surpreendê-lo. E mais: você não precisa necessariamente reproduzir as ideias como estou colocando aqui, elas servirão de esboços para as suas próprias criações que, tenho certeza, logo que comecem não cessarão tão cedo! E meninos que estejam lendo, mãos à obra para surpreendê-las também, afinal as recompensas são maravilhosas.

Balanço verão 2013/14: cabelos do SPFW


MÁRCIO MADEIRA/FIRST VIEPro verão, rabo de cavalo baixo e bem liso. Acima, na Ellus...Ver mais fotos
Pro verão, rabo de cavalo baixo e bem liso. Acima, na Ellus...
A edição de primavera-verão 2013/14 do SPFW trouxe ideias bem práticas de cabelos pra próxima estação. Além dos anos 90, aposte em rabos de cavalo baixos e lisos,riscas laterais (sempre no lugar com spray fixador ou gel de efeito molhado) etranças – longas, embutidas ou trabalhadas. 

Lilian fala sobre a tendência do vestido com calça


MÁRCIO MADEIRA/FIRST VIEW
A Prada usou o truque de styling em seu outono-inverno 2012/13, mostrando saias bordadas sobre calças secas, lisas ou estampadas em conjuntinhoVer mais fotos
A Prada usou o truque de styling em seu outono-inverno 2012/13, mostrando saias bordadas sobre calças secas, lisas ou estampadas em conjuntinho
Blog LP já te contou que os anos 90 estão de volta. E junto com eles, a sobreposição de vestido com calça, que foi febre na época e agora é a aposta de várias marcas doSPFW e do Fashion Rio pra primavera-verão 2013/14. Mas é uma ótima tendênciapra adotar já no inverno! Aliás, lá fora já tá rolando desde a temporada de outono-inverno 2012/13 em desfiles como o da Prada, Louis VuittonMarc Jacobs Chanel – Karl adora!
Aqui as duas peças aparecem de diversos jeitos. Com túnica e calça sequinha da mesma cor, como na Osklen e Alessa, ou com tricô comprido e skinny, ouvestidinho mais calça cropped… Tem até a versão macacão e saia! E pra quem acha que a combinação não é chic, o styling também tem suas adeptas no tapete vermelho e na alta-costura, viu? Emma Watson e Leighton Meester estão entre as famosas que já usaram. E Raf Simons foi um dos principais detonadores da onda em sua 1º coleção pra Dior.