domingo 08 2013

A cervejaria Colorado tem sede de quê?

Bebidas

Ao lançar edição especial com os Titãs, microcervejaria de Ribeirão Preto aposta na conquista de um novo público enquanto planeja a expansão da fábrica para 2015

Márcio Kroehn
Cervejaria Colorado e Titãs
Paulo Miklos, Tony Belloto, Sérgio Britto e Branco Mello na fábrica da Colorado, em Ribeirão Preto (SP): 80 mil garrafas da cerveja dos Titãs (Divulgação)
Se barulho é uma das premissas do rock, a cerveja dos Titãs botou para quebrar. Nos primeiros dias em que o produto ficou em pré-venda no site Cerveja Store, o número de visitantes foi maior que a média diária de público na loja virtual. Além da bebida remeter a uma das principais e mais queridas bandas nacionais, ela tem a assinatura da Colorado, a microcervejaria de Ribeirão Preto que virou referência no mercado brasileiro e inspirou a criação de boa parte das mais de duas centenas de cervejarias artesanais do país.
Com cinco cervejas de série – Appia, Cauim, Demoiselle, Indica e Vixnu – e duas sazonais – Berthô e Ithaca –, a Titãs é a primeira associação da Colorado com outra marca. A bebida ficará na lista de sazonais com as 80.000 garrafas (aproximadamente 50.000 litros) já produzidas. Mas os Titãs não foram a primeira banda a procurar a microcervejaria para uma parceria, embora a Colorado não entregue quais músicos foram até eles, nem os motivos para rejeitar o brinde. Com os criadores de “Comida”, “Cabeça dinossauro” e “Sonífera ilha”, a cervejaria diz ter encontrado características semelhantes entre eles, como tradição, personalidade e originalidade. “Música e cerveja têm tudo a ver porque lembram comemoração, mas nós procurávamos um projeto que fosse uma harmonia completa”, diz o presidente Ronaldo Morado.
Nova fase - Como os Titãs, Morado é uma novidade na cervejaria, que passa por uma fase de profissionalização. Egresso do mercado de tecnologia, ele assumiu a presidência em abril deste ano – o fundador Marcelo Carneiro foi comandar o Conselho. Com Morado chegaram Roberto Rudnytskyj, mestre-cervejeiro ex- Antarctica e Heineken, e Walter Haga, ex-banco Ribeirão Preto, para as diretorias industrial e financeira, respectivamente. Ainda falta um diretor comercial para completar o novo time.
O objetivo dessa nova equipe é levar a Colorado a produzir 1 milhão de litros de cerveja em 2017, quase cinco vezes mais do que a fabricação atual. A exportação deverá crescer de 5% para 20%. Neste ano, a Colorado conseguiu entrar nos mercados americano e francês e chegar até praças como Espírito Santo, Ceará e Pernambuco. As melhorias, até aqui, foram de processo: tonar a fábrica mais eficiente, reforçar a equipe comercial e melhorar a rede de distribuição. “Mas todos esses ganhos uma hora se esgotam. Por isso temos de pensar na ampliação”, diz Morada.
Para que a multiplicação de produção e consumo aconteça, a Colorado prepara uma expansão física. Uma nova fábrica com o dobro da capacidade da produção atual deve ser inaugurada em 2015. O projeto exigirá um investimento de 20 milhões de reais – metade desse valor será para a compra de máquinas nacionais e importadas.
Nessa mesma trilha, outras cervejarias artesanais têm planos semelhantes, como as mineiras Falke Bier e Wäls, que também estão ampliando suas fábricas. Todas querem aproveitar o crescente interesse pela bebida e, principalmente, aumentar a presença das especiais no copo dos brasileiros. Atualmente, de cada 100.000 litros produzidos por uma grande cervejaria, as micro enchem apenas um copo 'caçulinha', de 150 mililitros.
Conceito boutique - A pretensão da Colorado é ser uma cervejaria boutique. Num mercado tão desigual como o nacional, com as grandes no topo e as pequenas na base, esse parece ser o caminho natural para as microcervejarias que ficam um pouco maiores. “O discurso de todas elas que estão crescendo é o mesmo”, diz Alexandre Bratt, especialista em planejamento estratégico e sócio do CluBeer, um dos principais clubes de assinatura de cerveja do país. “Mas ainda é difícil falar em cervejaria boutique quando o diferencial delas é apenas o preço mais caro da bebida.”
É justamente o preço que cria uma barreira para a cerveja artesanal chegar a um novo público. No caso da Titãs, que busca se aproximar de um novo público para a Colorado, o valor de 23,90 reais sugerido pela fabricante para a Cerveja Store fez com que o “barulho” pela novidade fosse maior que as compras. Em cerca de 15 dias, apenas 400 de 3.000 garrafas foram vendidas. “A performance nas vendas ficou abaixo do esperado”, diz Leandro Ribeiro, coordenador do e-commerce da loja virtual, que planeja reduzir em 20% o preço para tornar a bebida mais competitiva.
Cara ou barata, a Colorado Titãs está nas prateleiras e ajuda a aumentar a ‘cervejografia’ brasileira, ao lado de outras bandas que também uniram seus nomes a alguma cerveja: Nenhum de Nós (Camila Camila), Sepultura (Sepulweiss) e Raimundos (Helles), trio fabricado pela cervejaria Bamberg, e das Velhas Virgens (Rockin’ Beer), da cervejaria Invicta. Se depender da tradição internacional - Iron Maiden, AC/DC, Kiss e Motorhead, entre outras -, ainda há muitas bandas nacionais para figurar no rótulo das garrafas e matar a sede dos fãs de música e cerveja. 
Velhas Virgens (Rockin’ Beer)
Velhas Virgens (Rockin’ Beer) - Divulgação

Sepultura (Sepulweiss)
Sepultura (Sepulweiss) - Divulgação
Raimundos (Helles), da cervejaria Bamberg
Raimundos (Helles), da cervejaria Bamberg - Divulgação

Nenhum de Nós (Camila Camila)
Nenhum de Nós (Camila Camila) - Divulgação

Motorhead beer
Motorhead beer - Divulgação

Kiss beer
Kiss beer - Divulgação
Iron Maiden beer
Iron Maiden beer - Divulgação

AC/DC beer
AC/DC beer - Divulgação

PPS sinaliza apoio a Campos e quer candidatura no DF e em dois Estados

Alianças

Após convenção nacional, deputado Roberto Freire diz que buscará ter as cabeças de chapa nas disputas pelos governos do Amazonas, Maranhão e Distrito Federal: "É um reencontro histórico com a esquerda democrática"

Felipe Frazão
Roberto Freire: "PPS tem bons candidatos no Amazonas, Maranhão e no Distrito Federal"
Roberto Freire: "PPS tem bons candidatos no Amazonas, Maranhão e no Distrito Federal" (Thiago Chiaravalloti/Futura Press)
O presidente nacional do PPS, deputado federal Roberto Freire, espera receber o apoio do PSB às candidaturas do PPS a governador no Distrito Federal e em dois Estados nas eleições de 2014: Amazonas e Maranhão. Na noite deste sábado, o PPS indicou, após convenção nacional, que apoiará o pré-candidato do PSB à Presidência da República, o governador pernambucano Eduardo Campos. Freire disse neste domingo ao site de VEJA que o partido que contar com a "melhor alternativa” deve encabeçar o o recém-formado bloco com o PSB e a Rede Sustentabilidade nas disputas para governador.
"São três lugares onde o PPS tem bons candidatos ao governo”, disse Freire. “Vamos construir uma alternativa e analisar o que é melhor. Se no Maranhão é melhor a candidatura do PPS, o PSB vai entender dessa forma, assim como estamos entendendo que a candidatura do PSB em nível nacional é a melhor. É simples, não se trata de imposição, mas de avaliar o que é melhor para o projeto comum.”
O PPS quer ter como cabeça de chapa no Amazonas o vice-prefeito de Manaus, Hissa Abrahão. No Maranhão e no Distrito Federal, o partido tem duas parlamentares em pré-campanha ao governo: a deputada estadual Eliziane Gama (MA) e a deputada distrital Eliana Pedrosa (DF).
Na convenção nacional realizada em São Paulo, Freire conduziu o PPS a se aliar ao PSB de Eduardo Campos e da ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva. A decisão precisará ser referendada em nova convenção eleitoral no ano que vem.
O PPS faz oposição ao governo federal ao lado do PSDB e era cortejado pelo senador mineiro Aécio Neves, provável candidato tucano à sucessão da presidente Dilma Rousseff (PT). O partido chegou a oferecer legenda para Marina se candidatar ao Palácio do Planalto, antes de ela aderir ao PSB, e ao ex-governador de São Paulo José Serra – mas ele preferiu ficar no PSDB.
O apoio a Campos foi votado pelos diretórios estaduais do PPS em disputa com a possibilidade de candidatura própria da ex-vereadora paulistana Soninha Francine. Venceu por 152 votos contra 98 a favor de Soninha. A terceira opção, a proposta de aliança com Aécio, foi retirada da votação de última hora pelos diretórios do Rio de Janeiro e de Minas Gerais. A manobra tentava reforçar a tese da candidatura própria, defendida pelo deputado federal Rubens Bueno (PPS-PR) e pelo vereador em Recife Raul Jungmann.
O presidente do PPS disse que respeita Aécio, mas argumentou que o partido escolheu a “formação de um novo bloco político” e uma “correção de rumos nas suas alianças”. “O partido definiu claramente que quer construir uma alternativa com Eduardo”, disse Freire. “Somos um partido firme na oposição ao governo que aí está, para derrotar o Lula e o PT. Apesar de pequeno, o partido está em todo o Brasil e temos tradição. Somos bons aliados, muito confiáveis. Vamos ajudar o Eduardo nisso”.
Freire afirmou que pretende agora procurar Campos e Marina para integrar os militantes do PPS à discussão do programa do PSB com a Rede para a candidatura à Presidência. O PSB e a Rede têm promovido uma série de seminários para refinar o programa. 
São Paulo - O deputado Márcio França (PSB-SP) participou da convenção do PPS. França é um dos principais articuladores da pré-candidatura de Campos e cotado para ocupar o posto de vice na chapa do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). Alckmin e o presidente do PSDB paulista, deputado Duarte Nogueira, também foram ao encontro defender que o PPS, que possui cargos no primeiro escalão de Alckmin, reedite a aliança pela reeleição do tucano ao Palácio dos Bandeirantes. Uma corrente do partido cogita o lançamento, em conjunto com o PSB, da candidatura do vereador paulistano Ricardo Young (PPS) ao governo paulista. Young é um dos principais aliados de Marina Silva na Rede Sustentabilidade.

Dilma quer chegar de trator à reeleição

Eleições 2014

Até o ano que vem, governo pretende contemplar 91% dos municípios brasileiros com retroescavadeiras, motoniveladoras e pás-carregadeiras. Presidente tem feito as entregas pessoalmente

Gabriel Castro, de Brasília
Dilma entregar motoniveladoras e retroescavadeiras para prefeitos de cidades do Rio Grande do Norte, em junho de 2013
AGRADO - Dilma entrega motoniveladoras e retroescavadeiras para prefeitos de cidades do Rio Grande do Norte, em junho (Roberto Stuckert Filho/PR)
Até 2014, o governo federal gastará 5 bilhões de reais para distribuir máquinas às prefeituras
O roteiro não varia muito: em menos de dez segundos, o prefeito se aproxima, cumprimenta  Dilma Rousseff, recebe uma chave e posa para uma foto ao lado da presidente da República. Alguns puxam uma rápida conversa com a chefe do Executivo. E então o mestre de cerimônias chama o próximo da fila. A cena já se repetiu centenas de vezes desde que o governo federal começou a montar palanques para distribuir máquinas às pequenas cidades nos grotões do pais. São retroescavadeiras, motoniveladoras, pás-carregadeiras e outros equipamentos do tipo que, entregues a pequenos municípios, têm o potencial de criar uma dívida de gratidão dos prefeitos com a presidente, candidata à reeleição no ano que vem.

Os dois lados saem ganhando: para o chefe do Executivo municipal, a chegada de um equipamento novo é útil para melhorar as condições das rodoviais vicinais e conquistar o apoio de seus conterrâneos. Para a presidente, é uma garantia de proximidade com os líderes políticos de pequenas cidades, onde a influência do prefeito é significativa.

Nas cerimônias de entrega dos equipamentos, Dilma deixa claro que está fazendo uma espécie de favor aos prefeitos: "Essas estradas são verdadeiras veias de alimentação do organismo econômico. Por isso o governo federal resolveu fazer essas doações", disse ela, em outubro, em um ato no qual distribuiu máquinas de pavimentação a municípios do Paraná.

A ideia de criar uma rubrica dentro do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para a compra dessas máquinas foi anunciada por Dilma em 2012, durante a tradicional Marcha dos Prefeitos, mas as primeiras máquinas começaram a ser entregues apenas neste ano. Até o ano que vem, o governo deve gastar 5 bilhões de reais para distribuí-las às prefeituras. Até agora, foram entregues 8 949 equipamentos. Em 2014, o governo pretende ter contemplado 91% dos municípios brasileiros – mais de 5 000 cidades.

"Os prefeitos e os vereadores são, tradicionalmente, os grandes cabos eleitorais da política brasileira", diz a cientista político e professor da Universidade de Brasília Paulo Kramer.
As rodadas de distribuição de máquinas são uma ferramenta de Dilma para tentar disfarçar a falta de grandes realizações no interior do país. É verdade que o cenário nas pesquisas é favorável para Dilma – 41% de aprovação à gestão, segundo o instituto Datafolha. Mas, segundo aliados do governo, os números não são tranquilizadores: a avaliação é que Dilma, ao contrário do seu antecessor e padrinho político, o ex-presidente Lula, não detém carisma suficiente e enfrentará dificuldade na Região Nordeste se a candidatura presidencial da dupla Eduardo Campos (PSB) e Marina Silva decolar.


Crítica - O senador de oposição Alvaro Dias (PSDB-PR) afirma que a entrega das máquinas não é invenção do atual governo. Mas, antes, nunca foi divulgada com tanta pirotecnia porque não se trata de um projeto dos mais grandiosos. "Eu, como governador, nunca ia pessoalmente entregar essas máquinas. Era um convênio que se fazia do estado com o Banco do Brasil e se entregava isso lá no município. O diretor do banco e o secretário de agricultura é quem iam. A presidente mostra que o governo não tem feito nada de espetacular para inaugurar", diz o tucano.

Os prefeitos dos pequenos municípios, que dispõem de pouca autonomia financeira e normalmente não poderiam pagar 600 000 reais por uma motoniveladora, agradecem – embora digam que o apoio eleitoral a Dilma não pode ser vinculado aos benefícios. "A gente fica grato ao governo federal, mas não tem compromisso nenhum", diz o tucano Edson Sima, prefeito de Taquarivaí (SP) – 5 000 habitantes e PIB de 82 500 reais –, que vai receber uma motoniveladora em 19 de dezembro. Ele diz não se incomodar com a possibilidade de tirar uma fotografia ao lado da presidente da República. "Fomos eleitos para trabalhar, independentemente de partido."

Na mesma cerimônia do dia 19 estará Araldo Todesco (PSB) – 8 000 habitantes e PIB de 67 800 reais –, que comanda a prefeitura de Tapiraí (SP). Ele também vai  buscar uma motoniveladora para sua cidade. E diz que o benefício tem potencial para melhorar seu apoio popular: "Esse tipo de coisa sempre altera o panorama", afirma ele. Dividido entre o apoio à reeleição de Dilma e à possível candidatura de Eduardo Campos, o prefeito diz que vai esperar 2014 para tomar uma decisão mais clara.

O fato de o governo montar uma cerimônia a cada vez que vai entregar as máquinas às vezes atrapalha mais do que ajuda: além de onerar o governo federal com os altos custos da viagem da comitiva e da organização dos atos, o método obriga os prefeitos a providenciar o  transporte das máquinas por centenas de quilômetros até suas cidades. Sima e Todesco, por exemplo, precisarão buscar suas motoniveladoras na pequena Campina do Monte Alegre (SP).

Vasco e Fluminense, dois grandes clubes do Rio, caem para a 2ª divisão

Calvário

Tricolor carioca é rebaixado um ano após ser campeão da séria A. Time de São Januário volta à série B cinco anos depois de vencer a disputa

Vasco e Fluminense (campeão de 2012) são os dois grandes do Rio rebaixados neste ano
Vasco e Fluminense (campeão de 2012) são os dois grandes do Rio rebaixados neste ano (Romildo de Jesus/Futura Press e Geraldo Bubniak/Fotoarena)
Pela primeira vez, dois grandes clubes do Rio de Janeiro caíram para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro no mesmo ano. Vasco e Fluminense foram rebaixados para a série B neste domingo. Eles se juntaram a Náutico e Ponte Preta, que já haviam caído em rodadas anteriores, como os times com as quatro piores campanhas na temporada de 2013.
O Vasco voltará a disputar a série B em 2014 cinco anos depois de ter vencido a competição, em 2009, depois do rebaixamento em 2008. O time de São Januário foi goleado neste domingo: perdeu por 5 a 1 para o Atlético-PR em Joinville (SC), em uma partida marcada pela barbárie promovida por torcidas organizadas nas arquibancadas do estádio. O alvinegro carioca somou apenas 44 pontos nas 38 partidas da disputa nacional e terminou na antepenúltima colocação.
O Fluminense será o primeiro campeão brasileiro a ser rebaixado para a série B um ano depois de levar o título da série A. Com uma campanha irregular, o tricolor das Laranjeiras venceu o Bahia por 2 a 1 na Fonte Nova, em Salvador (BA), neste domingo, mas dependia de um resultado negativo do Coritiba para se livrar do rebaixamento - o coxa, no entanto, venceu o São Paulo por 1 a 0, em Itu (SP), e se safou. O Fluminense teve o quarto pior desempenho entre os vinte clubes da primeira divisão: terminou com 46 pontos, na 18ª colocação.
Este é o quarto rebaixamento da história do clube. O Fluminense caiu três vezes seguidas na década de 1990: em 1996 - quando não disputou a série B no ano seguinte por uma virada de mesa -, 1997 e 1998 - quando caiu da segunda para a terceira divisão. Em 1999, o time venceu a série C e em 2000 voltou direto para a séria A, sem disputar novamente a segunda divisão.

Você não me ensinou a te esquecer - Caetano Veloso_ Lisbela O Musical





Joao Gilberto e Caetano Veloso - Garota de Ipanema



Astrologia financeira quer provar que o lucro está escrito nas estrelas

Comportamento

Astrólogos usam análise gráfica e big data para construir ferramentas que antecipam movimentos de mercado; há quem acredite nas previsões — e até mesmo conduza seus negócios com base no alinhamento dos planetas

Jéssica Otoboni
Raymundo Magliano
Magliano e seu astrólogo, Maurício Bernis: clube de investimentos com base em astrologia (Heitor Feitosa)
“A única função das previsões econômicas é fazer com que a astrologia pareça respeitável”, disse certa vez o economista canadense John Kenneth Galbraith. O que acontece, então, quando as duas “disciplinas” se misturam? A astrologia financeira é um negócio em expansão, que em suas versões mais pretensiosas usa técnicas de big data e análise gráfica para correlacionar os movimentos dos mercados e dos astros. O negócio é tão rentável que não raro analistas americanos abandonam a rotina extenuante das bolsas de valores para se dedicar à produção de relatórios financeiros baseados em conjuntura cósmica. No Brasil, a astrologia financeira ainda não adquiriu contornos tão elaborados. Mas alguns astrólogos já começam a desbravar esse farto mercado de investidores e empresários que buscam nos astros as respostas não só para questões sentimentais, mas também para engordar seus cofres.
“Utilizamos técnicas avançadas de pesquisa para descobrir padrões e tendências que podem ser usados para entender o presente e ter insights sobre o futuro”, diz o texto de apresentação da Merriman Market Analyst, uma consultoria americana que produz relatórios para mais de 7 000 assinantes. Seu fundador, Raymond Merriman, se autointitula analista de mercado — e não astrólogo. Ele afirma que o software que desenvolveu integra “uma combinação de ciclos financeiros, signos geocósmicos e análises de padrões de movimentação de planetas”, transformando dados em previsões “muito precisas”. A ferramenta, diz ele, serve para assessorar “investidores sérios”. Merriman, que é autor de diversos livros sobre o tema, tampouco gosta do termo 'astrologia' para cunhar suas análises — prefere a palavra 'geocósmica'. Mas, ainda que torça o nariz para o clichê do horóscopo, ele é a Susan Miller da astrologia financeira — e produz relatórios cuja especificidade impressiona. Há para todos os gostos: de análises 'geocósmicas' para as negociações de petróleo no mercado de commodities até recomendações do melhor dia da semana para comprar e vender títulos do Tesouro americano. A assinatura de um pacote de relatórios astrológicos diários sobre o mercado de ações custa 3.250 dólares por ano.
Ao lado de alguns entorpecentes e bebidas energéticas, as previsões astrológicas estão se tornando um novo vício para muitos operadores de Wall Street – a ponto de uma sessão com o badalado Henry Weingarten, da New York Astrology Center, custar nada menos que 1 000 dólares. Ex-operador, Weingarten abandonou as negociações com contratos de milho e soja para analisar a posição de Saturno em conjuntura com Mercúrio — uma combinação considerada “explosiva” para os mercados. Durante a forte desvalorização das moedas dos países emergentes, meses atrás, o site indiano GaneshaSpeaks.com fartou-se de pedidos de analistas que negociavam rúpias no mercado futuro. Ao jornal Financial Times, um dos criadores do portal, Dharmesh Joshi, afirmou que o dia em que o novo símbolo da moeda indiana foi anunciado não foi “favorável”, diziam os astros. E que isso potencializou a queda da rúpia ante o dólar.
O investidor paulistano Raymundo Magliano Neto, da Magliano Corretora, é uma ávido apreciador das previsões astrológicas na hora de fazer negócios. Em 2008, começou a receber propostas de compra de sua empresa de eventos de educação financeira, a Expo Money. Receoso, resolveu consultar seu astrólogo, Maurício Bernis, para saber se o momento era propício. O guru disse que a venda ocorreria — porém, dentro de dois anos apenas. E o comprador seria uma grande empresa de mídia. Como previsto por Bernis, nenhuma proposta foi adiante naquele ano. “Mas em setembro de 2010, um representante de uma companhia ligada à Rede Globo me ligou querendo fechar o negócio”, disse Magliano, ainda empolgado com a mira certeira do astrólogo. A empresa em questão é a Geo Eventos, criada a parir de uma joint venture do grupo RBS com a Globo. Magliano não pensou duas vezes e vendeu a companhia. Ele não revela o valor. Se os astros lhe deram uma boa ajuda com o negócio, o mesmo não pode ser dito sobre a Geo. A empresa deve ser fechada pela Globo ainda neste mês, por não dar lucro. Seu último evento ocorreu no dia 6: o sorteio das chaves da Copa do Mundo de 2014, na Costa do Sauípe.
Magliano ainda fica extasiado ao recordar o episódio — e, desde então, se tornou cliente fiel de Bernis. Ambos pretendem, inclusive, fechar uma parceria: a criação de um clube de investimentos que usa ferramentas esotéricas, como a astrologia, para potencializar seus ganhos. “Eu acredito que o interesse tenha aumentado nos últimos anos devido às constantes flutuações no mercado financeiro. O investidor precisa de mais ferramentas para tomar decisões. As antigas teorias não são mais suficientes”, diz o astrólogo, cuja carteira de clientes fixos conta com 50 pessoas.
Enquanto ferramentas de data crunch, como a desenvolvida por Raymond Merriman, não chegam ao Brasil, a fórmula padrão utilizada pelos gurus de investidores e empresários é o mapa astral. A astróloga Márcia Mattos explica que é possível, por meio do desenho do alinhamento dos planetas na data de nascimento do cliente, verificar tendências astrológicas para situações nada místicas, como fluxo de caixa de uma empresa, inovação, chance de crescimento e período mais favorável para contratações ou demissões. O empreendedor Emerson Ferreira lança mão do expediente para prevenir prejuízos em seu negócio. Ele conta que seu mapa astral indicava um período de renovação e mudanças profissionais no início de 2013. “Foi nessa época que meus dois sócios terminaram a nossa parceria e eu decidi comprar a parte deles”, diz Ferreira, que costuma consultar os astros até mesmo para saber o melhor período para tirar férias.
A ânsia dos empresários pelo auxílio cósmico esbarra até mesmo na “invasão da privacidade” astrológica de outros indivíduos. A astróloga Marília Girardi contou que um de seus clientes é presidente de uma grande empresa brasileira de cosméticos. O executivo, segundo Marília, não contrata sequer um funcionário com quem terá de lidar pessoalmente sem antes encomendar o mapa astral do indivíduo. O executivo, segundo a astróloga, se interessa por características como comprometimento e extrema dedicação, principalmente para os colaboradores do alto escalão. Se o mapa astral indicar que sujeito não está em momento profissional favorável ou possui uma energia astral ruim, o administrador é implacável: cancela a contratação no ato.

Leandro Karnal:O pecado envergonhado a inveja e a tristeza sobre a felic...

Gestão Fernando Haddad: a vitrine do PT que virou vidraça

São Paulo

Popularidade em queda livre do prefeito de São Paulo preocupa Dilma Rousseff e o PT, que terão de buscar votos na maior cidade do país em 2014

Felipe Frazão
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), durante coletiva sobre os escândalos de corrupção e a prisão dos auditores na operação que desvendou esquema de corrupção milionário na Prefeitura, nesta segunda-feira (4)
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), durante coletiva sobre os escândalos de corrupção e a prisão dos auditores na operação que desvendou esquema de corrupção milionário na Prefeitura, nesta segunda-feira (4) (Adriano Lima/Brazil Photo Press/Folhapress)
Em janeiro deste ano, o recém-eleito prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), ainda não poderia prever todos os percalços que surgiram em seu primeiro ano de mandato na cidade, como o levante de protestos em junho e o escândalo da máfia dos auditores fiscais. Mas, quinze dias depois de assumir a cadeira, deu uma declaração vaticinadora ao afirmar que São Paulo era “um cemitério de políticos”.
Prestes a completar 365 dias de governo, o tombo em sua popularidade mostra que petista de primeiro mandato não soube se equilibrar na administração, que também chamou de "esporte radical": dos 34% de aprovação em junho, Haddad despencou para 18% em julho, segundo o Datafolha.

Os tropeços de Haddad

JaneiroQuinze dias depois de assumir, congela 12% do orçamento, R$ 5,2 bilhões e logo determina a revisão de contratos
AbrilEnfrenta protesto de movimentos organizados de moradia popular
JunhoAumenta a tarifa de ônibus para R$ 3,20 e vê a cidade ser tomada por onda de protestos e vandalismo.Revoga, a contragosto, o reajuste; e adia licitação de ônibus
JulhoPopularidade cai de 34% para 18% após protestos. Fila para exames médicos aumenta e passa de 840.000 pacientes
AgostoPrédio em construção irregular desaba e mata dez operários em São Mateus; prefeitura investiga propina. Altera plano do Arco do Futuro, promessa de campanha
SetembroImprovisa lançamento da Rede Hora Certa em carreta móvel; ambulatórios reformados não ficam prontos no prazo
OutubroAprova aumento de até 35% do IPTU. Rompe contrato com a Controlar, mas Justiça mantém inspeção veicular obrigatória. Muda itinerário de linhas ônibus e moradores protestam
NovembroEstoura operação contra Máfia do ISS. Perde seu homem forte, Antonio Donato (PT), envolvido no esquema por fiscal
DezembroPopularidade fica estagnada em 18%
O prefeito terá meses torrenciais pela frente para evitar ser sepultado pela cidade. Em meio às tradicionais enchentes de verão, trânsito caótico e à chegada do carnê do IPTU mais alto na casa dos paulistanos, Haddad precisará fazer vingar o projeto do PT de transformar sua gestão numa vitrine do partido para as eleições de 2014 – quando pretende reeleger a presidente Dilma Rousseff e desalojar o PSDB do Palácio dos Bandeirantes com a candidatura do ministro Alexandre Padilha (Saúde).
O PT voltará a disputar o Estado governando a prefeitura depois de doze anos – a última vez foi com Marta Suplicy, em 2002. É justamente na capital paulista e nas cidades do entorno, sobretudo no ABC, que o partido costuma se sair melhor nas urnas. Padilha tem 5% das intenções de voto na capital e só 3% no interior, mostra o Datafolha.
Sem conseguir a renegociação da dívida paulistana de 54 bilhões de reais com o governo federal, Haddad conta com auxílio financeiro de Dilma para alavancar projetos anunciados em campanha – como os corredores de ônibus e as 55.000 casas populares. Dilma foi pessoalmente à sede da prefeitura anunciar um pacote de 8 bilhões de reais, depois da eclosão das manifestações que por pouco não conseguiram invadir o prédio da prefeitura após quebra-quebra na região central.
Tarifa - O estopim das marchas foi o aumento das tarifas de transporte, de 3 reais para 3,20 reais, que havia sido adiado do início do ano em uma manobra combinada com Dilma para segurar a inflação. Enquanto os protestos tomavam uma proporção descontrolada, Haddad batia o pé em dizer que estava “cumprindo o prometido na campanha” e resistia a revogar o aumento. O desgaste do petista ficou ainda mais evidente quando deixou Alckmin anunciar primeiro, no Palácio dos Bandeirantes, que a medida estava suspensa. Ao lado do tucano e visivelmente contrariado, Haddad pareceu agir a reboque, segundo avaliação de petistas.
“O prefeito Haddad teve uma séria de dificuldades que não estavam previstas, foi um ano atípico”, diz o presidente eleito do PT paulista, Emídio de Souza.
Haddad argumentou que a revogação do aumento de 20 centavos comprometeria investimentos na cidade e passou a intensificar a agenda pela revisão da dívida com o governo federal – que ainda não foi aprovada pelo Senado. O prefeito reclama do comprometimento da receita, porque o subsídio passou de 600 milhões de reais para 1,6 bilhão de reais.
Para compensar, Haddad enviou à Câmara Municipal o projeto de aumento em até 35% no valor do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), o que ele justifica que ajudaria a sanear as contas da gestão e bancar a tarifa. O projeto reforçou a impopularidade do petista, na avaliação de integrantes do primeiro escalão.
A base de vereadores de Haddad na Câmara Municipal começou a balançar justamente na votação do reajuste do IPTU, aprovado com pouca margem e já sem apoio do PSD de Kassab – embora os articuladores do prefeito tenham conseguido aprovar os projetos mais importantes para o Executivo no ano.
Foi depois da votação que Haddad enfrentou o principal protesto desde que assumiu o cargo. Ele subiu no palanque no Vale do Anhangabaú para discursar no Dia da Consciência Negra – tema em que o PT tem militância histórica –, mas foi vaiado e enfrentou uma chuva de garrafas d’água e latas de cerveja.
Base - A indisposição de vereadores não contemplados com cargos em subprefeituras e verbas para obras de sua indicação se espalhou no PT paulistano e partidos aliados. Deputados estaduais e federais de olho em “feudos” na capital paulista também cobram indicações de cargos. Os vereadores ameaçam dificultar a relação com Haddad caso a gestão não apresente resultados positivos até o primeiro semestre do ano que vem: “Se não estiver bom, a gente não tem dificuldade nenhum em ir para a oposição”, diz um vereador da base.
Parlamentares do PMDB e do PSD reclamam que os secretários são “inexperientes” e “imaturos”. Os vereadores também recebem queixas dos secretários, que acham Haddad “centralizador”, “desconfiado” e “impaciente”. Há pressão sobre os secretários da Saúde, José de Filippi Jr (PT), Educação, Cesar Callegari (PSB), Assistência Social, Luciana Temer (PMDB) – uma das que teve redução de verba de 14% no projeto orçamentário de 2014, que soma 50,7 bilhões de reais.
“Os vereadores do PMDB já não têm relacionamento com os secretários, que não conseguem dar vazão às demandas, não comandam as pastas”, relata um parlamentar do partido. “A Luciana Temer virou intocável porque é filha do vice-presidente da República e faz o que quer. É a pior área do governo.”
O PSD prepara o desembarque da gestão Haddad - o partido do ex-prefeito Gilberto Kassab abandonará a São Paulo Turismo (SPTuris) – e ameaça migrar para a oposição. O partido acha que a empresa controlada pela prefeitura não tem o mesmo “tamanho” da bancada do partido.
“O prefeito não é agregador, portanto faz uma administração solitária”, diz o vereador José Police Neto (PSD), ex-presidente da Câmara paulistana. “A cidade de São Paulo não consegue ser resolvida com Sassá Mutema, precisa de muito mais do que isso. Salvador da pátria aqui não tem.”
O mal-estar com correligionários de Kassab se ampliou com a operação de combate à máfia de auditores fiscais que podem ter desviado até 500 milhões de reais dos cofres da prefeitura. Auditores nomeados para cargos de confiança na gestão Kassab davam descontos no pagamento do Imposto Sobre Serviços (ISS) a construtoras em troca de propina. Eles agiram entre 2005 e 2012, segundo apuração do Ministério Público e da Controladoria-Geral do Município. A apuração foi incentivada pessoalmente por Haddad, mas acabou respingando em sua própria gestão: o secretário de Governo, Antonio Donato (PT), caiu após um fiscal afirmar em depoimento que ele recebeu mesada de 20.000 reais para campanha dele a vereador em 2012. 
A condução do caso por Haddad e um bate boca com Kassab também causou desgaste e controvérsia com a cúpula do PT. Donato pediu demissão em um almoço com Haddad, Emídio e outros dois presidentes do PT: Rui Falcão (nacional) e Paulo Fiorilo (municipal). Depois da reunião, um deles admitiu: “É crise atrás de crise”.
Para o deputado estadual Edinho Silva (PT), as críticas internas a Haddad de correntes como a PT de Lutas e de Massa são inerentes ao jogo democrático do partido: “No primeiro ano do governo Lula, ele fez ajustes na economia e setores do PT e movimentos sociais teceram críticas duríssimas. É algo muito semelhante ao que o Haddad está vivendo”.
Trânsito - Mesmo medidas administrativas consideradas corretas por especialistas e bem avaliadas pela população foram pouco exploradas positivamente pela gestão Haddad, na avaliação de líderes do PT. Exemplos são a mudança a criação do Bilhete Único Mensal, a mudança nos ciclos de ensino da rede pública de escolas com fim da aprovação automática de alunos e a inclusão de provas bimestrais; e a pintura de faixas exclusivas para ônibus nas avenidas da cidade – que o prefeito pretende ampliar para 300 quilômetros até o fim do ano.
Haddad não “solucionou o trânsito com uma lata de tinta e um pincel”, como o padrinho Lula se apressou em dizer, já que a cidade chegou ao recorde histórico de 309 quilômetros de congestionamento. Mas as faixas tiveram aprovação de 88% dos paulistanos e viraram tema de propaganda na TV. E mesmo assim não impactaram a avaliação sobre o prefeito.
“Está faltando comunicar um pouco melhor essa agenda positiva que ele tem. O Bilhete Único Mensal está começando a vigorar agora e precisa ser comunicado, foi uma bandeira importante da campanha. Ninguém viu nada até agora”, afirma Emídio.


Petistas como o deputado Cândido Vaccarezza afirmam que Haddad está “acertando e fazendo os ajustes apara governar bem” e virar um cabo eleitoral de Dilma e de Padilha no ano que vem. A impopularidade pode transformar, porém, a vitrine petista numa vidraça a ser explorada pelos adversários. A esperança do partido é que com um Orçamento calibrado por ele mesmo – e não herdado de Kassab –, Haddad possa reverter a popularidade em queda. “Nunca vi governo em primeiro ano bombar. É um ano duro, quando tem de consertar, e é o ano que dói mais”, diz o deputado federal e secretário-geral do PT, Paulo Teixeira.

The Best Ballads Of Phil Collins



Phil Collins - Another Day in Paradise



Genesis - That's All LIVE Wembley



Genesis - I Can't Dance



Genesis - Invisible Touch (Invisible Touch Tour)



Phil Collins - Golden Slumbers, Carry That Weight, The End



Phil Collins - Another Day In Paradise



Phil Collins - Look Through My Eyes



Phil Collins - Against All Odds - Live Aid 1985 - London, England



phil collins tearing and breaking (+playlist)



Phil Collins - Colours



Phil Collins - Going Back (Official Video 2010)



Phil Collins - Father To Son



Phil Collins - Sussudio (Official Video)



Phil Collins - All Of My Life (live)



Phil Collins - In The Air Tonight (Official Video)



Phil Collins - I Wish It Would Rain Down (Official Music Video)



PHIL COLLINS - TRUE COLORS (BEST VERSION)



Phil Collins Farewell Tour - Drums and "Take Me Home"



Phil Collins - Another Day In Paradise




Phil Collins - One More Night (Paris 2004)



Phil Collins - One More Night (Official Video)



Phil Collins - Look Through My Eyes



Phil Collins - Against All Odds - Live Aid 1985 - London, England



Phil Collins - You'll be in my heart



7 dicas para vender quase tudo.

Como vender quase tudo - 1 (© Thinkstock)
Ser vendedor é uma profissão, mas saber vender as coisas é um talento que, no entanto, pode ser ensinado.

A Huthwaite é uma empresa de consultoria norte-americana de vendas, com nove escritórios espalhados pelo mundo, incluindo um no Brasil. A companhia ensina como vender por meio de um método desenvolvido 30 anos atrás pelo psicólogo de comportamento Neil Rackham, que estudou mais de 35 mil telefonemas de vendas em 40 países.
Como vender quase tudo - 1 (© Thinkstock)

Pesquise a necessidade do cliente
Sua tarefa começa antes da venda. Se você vende aparelhos médicos e seu cliente é um hospital, tenha conhecimento do que essa clínica precisa antes da primeira reunião.

Como vender quase tudo - 1 (© Thinkstock)

Pergunte os objetivos do cliente
Na sua primeira conversa com o comprador, pergunte o que ele precisa e o quanto ele quer usar seu produto.

Como vender quase tudo - 1 (© Thinkstock)

Use sua pesquisa para fazer perguntas que acrescentem
Aja como um facilitador das necessidades do comprador. Seu conhecimento sobre o produto pode ser útil para o cliente saber o que está comprando e como fará bom uso do novo item.

Ouça com atenção
Vendedores que usam o método de aproximação Huthwaite geralmente ouvem mais do que falam.

Aproxime-se como um consultor
Faça o cliente sentir que está recebendo um conselho de um expert que pode ajudá-lo a melhorar sua vida ou seus negócios.

Se há uma equipe de vendas, conheça cada um de seus membros
Não vá atrás apenas do líder da equipe, aproxime-se de cada pessoa do grupo para fazer perguntas e entender as características individuais de cada um.

Venda o fim dos problemas
Apresente seu produto como a solução dos problemas dos compradores. Enfatize as necessidades do comprador em paralelo com as qualidades do produto.





Como vender praticamente tudo apenas fazendo perguntas

Por Susan Adams- Forbes Brasil
Entender as necessidades e características dos clientes é vital na hora de fechar um negócio



John Golden (© Divulgação)
John Golden (Divulgação)






















Meu colega Fred Allen foi para uma Best Buy em Manhattan com a intenção de comprar um iPad. Mal chegou à prateleira, e um vendedor ansioso aproximou e tentou persuadi-lo a comprar um iPad extra e um plano de dados mensal que oferece acesso à internet 4G. O funcionário não fez perguntas nem demonstrou curiosidade em saber qual era a ideia de uso do iPad. "Saí de lá o mais rápido que pude", diz Allen. "Fui, então, a uma loja da Apple, onde ninguém me incomoda, e pude decidir sozinho qual modelo comprar."

Quem compra produtos da Apple, como iPads e iPhones, não precisa muito de vendedores, observa John Golden, executivo-chefe da Huthwaite, empresa de treinamento de vendas com sede em Arlington, na Virgínia (EUA), com nove escritórios no mundo todo, inclusive em São Paulo, Sydney e Cingapura.
A empresa, uma divisão da Informa, treina equipes de vendas com um método desenvolvido há 30 anos por Neil Rackham, psicólogo comportamental inglês. Golden diz que Rackham estudou mais de 35 mil vendas em 40 países para descobrir as estratégias mais eficazes.
Para Rackham, o principal fator para fechar um negócio é, em vez de aparecer com um discurso de vendas sobre o seu produto ou serviço, começar perguntando sobre o comprador para, em seguida, apresentar produtos que atendam às suas necessidades.
"Você precisa descobrir os problemas do cliente", Golden explica. "Mostrar ser capaz de encontrar uma solução". Na sua forma mais eficaz, o método de Rackham consiste em pedir e compreender, é isso o que atrai o comprador para o seu produto. "Você leva o cliente a tirar suas próprias conclusões."
No caso de um iPad, muitas vezes, não há muito o que o vendedor precise saber sobre o comprador. "É um tipo raro de produto que quase se vende sozinho", observa Golden. Em outras palavras, nesse caso, o vendedor tem de perceber que menos é mais.
Em geral, na hora da venda, é melhor perguntar do que responder, diz. Por exemplo: um cliente entra em uma concessionária de carros. O vendedor não deve abordá-lo e falar sobre os recentes modelos fabulosos ou sobre os preços baixos, mas tentar compreender as necessidades do comprador. Será que ele quer um carro médio, um veículo para levar os filhos para eventos esportivos? “Isso é o básico, mas os vendedores muitas vezes ignoram essa etapa”, diz Golden.
"A verdade é que os melhores vendedores fazem boas perguntas, analisam as respostas e identificam oportunidades que possam desenvolver e explorar." Em outras palavras, deixam o cliente falar e permitem que ele descubra, por conta própria, que precisa do produto ofertado.