segunda-feira 03 2014

Sai novo manifesto em apoio a Aécio — desta vez, de ex-eleitores do PT

Eleições 2014

Manifesto em apoio ao tucano tem assinaturas coletadas com intelectuais e ativistas de esquerda que afirmam não se sentirem representados pelo PT

O candidato à Presidência da República pelo PSDB, Aécio Neves, chega para o debate promovido pelo SBT, nesta quinta-feira (16), em São Paulo
O candidato à Presidência pelo PSDB, Aécio Neves, recebe apoio de ex-petistas (Felipe Cotrim/VEJA.com)
A mobilização virtual de eleitores tem ido muito além dos compartilhamentos de virais em redes sociais. Manifestos têm sido produzidos por grupos intelectuais como forma de defender candidaturas e ideias. No início da semana, 164 economistas se mobilizaram para explicar detalhadamente por que a crise internacional — principal argumento usado pela presidente Dilma para explicar o fracasso econômico — é, na verdade, uma falácia. Agora, 246 intelectuais e profissionais liberais também redigiram um texto de apoio ao tucano Aécio Neves. Aqueles que assinaram afirmam, inclusive, terem sido ativistas de esquerda e/ou eleitores de candidatos petistas. "Sempre respeitamos o PT, em cujos candidatos muitos de nós já votaram. Pensamos que o rico pluralismo da esquerda deve se combinar com a recusa a qualquer posicionamento inflexível, submisso a princípios abstratos ou comandos partidários. Não aceitamos que nenhum partido atue como se fosse o único representante coerente da esquerda ou da democracia", afirma o texto, cujo título é 'Esquerda Democrática com Aécio Neves'.
Os signatários da lista se dizem decepcionados com o PT, sobretudo após a campanha eleitoral deste ano, em que o partido dizimou a candidatura de Marina Silva à presidência. "A campanha petista no primeiro turno valeu-se de táticas e subterfúgios que desonram o bom debate. Caluniou, difamou e agrediu moralmente a candidatura de Marina Silva, sob o pretexto de que seria preciso fazer um 'aguerrido' confronto político. Atropelou regras procedimentais e parâmetros éticos preciosos para a esquerda e a democracia", afirmam os autores.
Segundo o texto, o tucano Aécio Neves poderá dar seguimento às políticas sociais dos últimos anos, além de ampliar os programas já existentes. "O capitalismo brasileiro se consolidou sob os governos do PSDB e do PT, tendo sido modelado pelas mesmas elites econômicas e pela predominância do capital financeiro. Agora, temos de avançar para um novo patamar de modernização e superar o padrão de liberalismo que presidiu àquela consolidação. Não dá para aceitar que os setores mais pobres da população sejam abandonados à própria sorte ou transformados em consumidores, em vez de cidadãos", dizem os autores.
Entre os que assinaram a lista estão o ator Marcos Palmeira, o economista José Eli da Veiga, da USP, o ex-presidente do IBGE, Sergio Besserman Vianna, e o cientista político Luiz Eduardo Soares, que foi secretário de Segurança Pública no governo Lula.
Manifesto petista — No seio do PT, também houve um manifesto. A militância conseguiu, com grande esforço, coletar uma lista de onze nomes encabeçada por Maria da Conceição Tavares, que adotou com desfaçatez o slogan da campanha petista "O Brasil não pode parar" para veicular um texto de apoio à candidatura de Dilma Rousseff. O documento, que mais parece uma peça publicitária escrita pelo marqueteiro João Santana, tamanho alinhamento retórico com o texto discursado por Dilma em sua campanha, afirma que as conquistas econômicas são mérito do atual governo e que a "crise" não pode servir de argumento "para um retorno às políticas econômicas do passado". Outros dois nomes que endossam o texto são Luiz Gonzaga Belluzzo e Nelson Barbosa. O primeiro é conselheiro econômico de Dilma. O segundo foi secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda e tem operado junto ao PT para ser indicado ao cargo de Ministro , caso Dilma se reeleja. 

Citado por delator do petrolão, presidente da Transpetro pede licença

Política

Afastamento de Sérgio Machado foi uma das condições impostas pela empresa de auditoria que avalia os contratos feitos pela subsidiária da Petrobras

Sérgio Machado na Transpetro
Presidente da Transpetro, Sérgio Machado (Divulgação)
Atualizada às 21h25
Após ter o nome citado nas investigações da Operação Lava Jato como um dos integrantes do esquema de corrupção na Petrobras, o presidente da Transpetro, Sérgio Machado, pediu licença do cargo nesta segunda-feira. Em depoimento à Justiça Federal, o  ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa relatou que recebeu de Machado 500.000 reais de propina referentes a uma licitação de navios. Em nota, Machado afirma que ficará afastado por 31 dias, sem receber salário. "Tomo a iniciativa de afastar-me temporariamente para que sejam feitos, de forma indiscutível, todos os esclarecimentos necessários", diz o texto.Como informa a coluna Radar, de Lauro Jardim, Machado afirmou em reunião com diretores nesa tarde que está sendo "injustiçado".
"Apesar de toda uma vida honrada, tenho sido vítima nas últimas semanas de imputações caluniosas feitas pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, cujo teor ainda não foi objeto sequer de apuração pelos órgãos públicos competentes. A acusação é francamente leviana e absurda, mas mesmo assim serviu para que a auditoria externa PwC apresentasse questionamento perante o Comitê de Auditoria do Conselho de Administração da Petrobras", segue a nota. "Trata-se de um gesto de quem não teme investigações. Pretendo com isso, também, evitar eventuais atrasos na divulgação do balancete do terceiro trimestre da Petrobras. Estou certo do pleno rigor e lisura de minha gestão na Transpetro, e tranquilo quanto ao curso das investigações. Tenho todo o interesse de que tudo seja averiguado rapidamente", encerra.
O substituto de Sergio Machado durante a licença será Claudio Ribeiro Teixeira Campos, diretor de Gás Natural da Transpetro – o anúncio foi feito pela Petrobras na noite desta segunda por meio de fato relevante à Comissão de Valaores Mobiliários (CVM). 
Ex-senador, Machado é afilhado político do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB). Por causa do seu envolvimento, a presidente Dilma Rousseff já havia cogitado demiti-lo do cargo. O PMDB, no entanto, impediu a exoneração, alegando que o mesmo tratamento fosse dado aos petistas também citados na Lava Jato, como tesoureiro do partido, João Vaccari Neto. Na semana passada, Vaccari disse que deixaria o posto no conselho de administração da Itaipu.
O afastamento imediato de Sérgio Machado foi uma das exigências impostas pela PriceWaterhouseCoopers para realizar a auditoria de contratos da subsidiária de transporte e logística da Petrobras. A Price é uma auditora independente que avaliza os balanços comerciais e financeiros da estatal. Nos bastidores, o PMDB acredita que ele deve sair de cena temporariamente até que a investigação comprove a sua inocência, para depois reaver o cargo.

Chuck Berry & Julian Lennon - Johnny B Goode (1986)





Chuck Berry & Julian Lennon - Johnny B Goode (1986)





Justiça veta acesso da Petrobras a inquérito sobre empreiteiras

Lava Jato

Também foi rejeitado pedido da Petrobras para tomar depoimento do ex-diretor Paulo Roberto Costa, delator do petrolão

Daniel Haidar, do Rio de Janeiro
CPI mista da Petrobras recebe ex-diretor da estatal, Paulo Roberto Costa, no Congresso Nacional, em Brasília (DF) - 17/09/2014
CPI mista da Petrobras recebe ex-diretor da estatal, Paulo Roberto Costa, no Congresso Nacional, em Brasília (DF) - 17/09/2014 (Ueslei Marcelino/Reuters)
O juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal do Paraná, negou pedido da Petrobras para ter acesso a investigações em andamento que apuram o desvio de verbas da estatal. A petrolífera queria vista integral de inquéritos, originados pela Operação Lava Jato, que apuram esquemas de corrupção praticados com envolvimento de executivos da Petrobras e de prestadores de serviço da estatal. 
"Embora legítimo o interesse da empresa requerente, uma vez que tais inquéritos destinam-se a apurar a possível prática de crimes ocorridos em seu âmbito de atuação, o acesso prematuro pode prejudicar as investigações, já que compromete o necessário sigilo", afirmou o juiz na decisão. 
Esses inquéritos são desdobramentos da operação que já originou nove ações penais. Um dos processos trata da lavagem de dinheiro desviado da refinaria Abreu e Lima, construída pela Petrobras em Pernambuco. O doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa são réus neste caso, que é público e pode ser acompanhado integralmente pela petrolífera. Mas a operação identificou outros esquemas criminosos que ainda estão em etapa de investigação e, por isso, permanecem sob sigilo.
Ainda assim, o Ministério Público Federal e a Polícia Federal vão opinar se a Petrobras deve ter acesso a inquéritos preliminares sobre a atuação dos executivos das empreiteiras na apropriação ilícita de recursos da petrolífera. Depois dos pareceres, o juiz tomará a decisão final.
Também foi rejeitado pedido da Petrobras para tomar depoimento do ex-diretor Paulo Roberto Costa, delator do megaesquema de corrupção que desviava verbas da petrolífera para o bolso de políticos e partidos. Os advogados da Petrobras tinham requisitado que Costa respondesse a perguntas "de forma escrita e sigilosa". Mas o juiz também entendeu que investigações criminais em andamento poderiam ser prejudicadas pela "intervenção prematura" de uma investigação administrativa.

Relator do TCU isenta Dilma no caso Pasadena

Petrobras

O negócio começou a ser investigado em 2013 após ser revelado prejuízo da Petrobras com a operação

Refinaria Pasadena comprada pela Petrobrás no Texas (EUA)
Área de tanques da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA) - Gilberto Tadday/VEJA
A presidente Dilma Rousseff e os desmais integrantes do Cnselho de Admministração da Petróbras em 2006, ano da compra de metade de Pasadena, nos EUA, devem se livrar da responsabilidade pelos eventuais prejuízaod e eventuais irregularidades relacionados ao negócio. O Tribunal de Contas da União (TCU) incluiu na pauta desta quarta-feira votação do relatório do minist´ro José Jorge sobre a compra da refinaria pela estatal. Segundo inforação publicada nesta terça-feira no site do jornal Folha de S. Paulo, Jorge ienta Dilama e os outros conselheiros da estatal.A presidente Dilma Rousseff e os desmais integrantes do Cnselho de Admministração da Petróbras em 2006, ano da compra de metade de Pasadena, nos EUA, devem se livrar da responsabilidade pelos eventuais prejuízaod e eventuais irregularidades relacionados ao negócio. O Tribunal de Contas da União (TCU) incluiu na pauta desta quarta-feira votação do relatório do minist´ro José Jorge sobre a compra da refinaria pela estatal. Segundo inforação publicada nesta terça-feira no site do jornal Folha de S. Paulo, Jorge ienta Dilama e os outros conselheiros da estatal.A presidente Dilma Rousseff e os demais integrantes do Conselho de Administração da Petrobras em 2006, ano da compra de metade da refinaria de Pasadena, nos EUA, devem se livrar da responsabilidade pelos eventuais prejuízos e eventuais irregularidades relacionados ao negócio. O Tribunal de Contas da União (TCU) incluiu na pauta desta quarta-feira votação do relatório do ministro José Jorge sobre a compra da refinaria pela estatal. Segundo informação publicada nesta terça-feira no site do jornal Folha de S. Paulo, Jorge isenta Dilma e os outros conselheiros da estatal.  
O negócio começou a ser investigado em 2013 pelo Ministério Público junto ao TCU após ser revelada a diferença entre o valor pago pela empresa belga Astra pela refinaria, em 2005, e o desembolso total efetuado pela Petrobras pelo empreendimento . Após uma disputa judicial, a empresa brasileira foi obrigada a ficar com 100% da refinaria.
A Petrobras admite que a compra de 100% de Pasadena – cujo valor superou 1,2 bilhão de dólares – não foi um bom negócio e causou prejuízo total de 530 milhões de dólares ao caixa da companhia.
Pareceres do TCU - Relatórios elaborados por técnicos do TTCU recomendaram que diretores da Petrobras envolvidos na compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, devolvam aos cofres públicos até 873 milhões de dólares. Um dos pareceres chegou a responsabilizar a presidente Dilma Rousseff no negócio por "ato de gestão ilegítimo e antieconômico", além de "omissão" e "exercício inadequado do dever de diligência". Em 2006, quando a primeira metade da refinaria foi comprada, Dilma era ministra da Casa Civil do governo Luiz Inácio Lula da Silva e presidente do Conselho de Administração da Petrobras.
Em outro parecer, porém, o diretor da 1ª Diretoria Técnica da Secex Estatais, Bruno Lima Caldeira de Andrada, sugere a exclusão da presidente e dos demais integrantes do conselho do rol de possíveis responsáveis. O argumento é o mesmo utilizado por Dilma quando tentou justificar o fato de ter aprovado a compra de 50% da refinaria em março deste ano: ela tomou a decisão com base em um parecer técnico "falho" e "incompleto", pois não citava cláusulas consideradas prejudiciais à Petrobras na sociedade com a empresa belga Astra Oil.
(Com Estadão Conteúdo)

Planalto tenta emplacar aliado no TCU para relatar Pasadena

Política

Veja.Com

Atual relator da investigação sobre compra de refinaria pela Petrobrás, José Jorge, vai se aposentar; governo quer substituto 'amigável'

Vista aérea da refinaria de Pasadena, comprada pela Petrobras no Texas
Vista aérea da refinaria de Pasadena, comprada pela Petrobras no Texas - Gilberto Tadday/VEJA

O Palácio do Planalto trabalha para emplacar um aliado na vaga do ministro do Tribunal de Contas da União José Jorge, que se aposenta no próximo dia 18, ao completar 70 anos. A indicação de um substituto de perfil amigável é considerada estratégica pelo governo, pois o novo ocupante da cadeira herdará a relatoria dos processos de investigação da Petrobrás, entre eles o que avalia prejuízos na compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.
A apuração sobre Pasadena tem potencial para causar mais danos políticos à presidente reeleita Dilma Rousseff - que presidia o Conselho de Administração da Petrobrás na época da aquisição da refinaria, iniciada em 2006.
Egresso da oposição no Senado, José Jorge tomou posse no TCU em 2009 e é considerado pelos aliados de Dilma um ministro rigoroso ao julgar casos delicados para o governo. Como relator, foi dele o voto - seguido pela maioria do plenário - pelo bloqueio dos bens de onze executivos da Petrobrás por dano ao erário de 792 milhões de dólares na compra de Pasadena. A tomada de contas especial sobre o caso, ainda em curso, poderá implicar no futuro conselheiros de administração da estatal que deram aval ao negócio, entre eles a presidente. Inicialmente, a corte os excluiu da lista de responsáveis.
O TCU é composto por nove ministros: três nomes indicados pela Câmara, três  pelo Senado e três pelo presidente da República. O substituto de José Jorge tem de ser indicado pelo Senado, pelo critério constitucional. Não há exigência de que o aprovado seja político, mas, tradicionalmente, os escolhidos são senadores, ex-senadores ou servidores apadrinhados pelas maiores bancadas da Casa. Os partidos aliados ainda não discutiram a questão oficialmente, mas já lançam alguns nomes nos bastidores.
Ministras - Segundo fontes do governo, o Planalto é simpático à indicação da ex-senadora e atual ministra da Secretaria dos Direitos Humanos, Ideli Salvatti (PT-SC). Ela já era cotada para ocupar a vaga de Valmir Campelo, que deixou a corte em abril, mas o escolhido foi o ex-consultor legislativo do Senado e ex-integrante do Conselho Nacional de Justiça Bruno Dantas, que teve aval do PMDB. Ideli enfrenta resistência nas principais legendas, principalmente por causa do desgaste no papel de negociadora do governo quando exercia o cargo de ministra das Relações Institucionais.
Outra opção é a senadora e ex-ministra da Casa Civil Gleisi Hoffmann (PT-PR), que perdeu a eleição para o governo do Paraná e voltou ao Congresso. Na Casa Civil ela tratou de alguns dos principais interesses do governo no TCU, como a aprovação de concessões. Gleisi, porém, foi vinculada recentemente ao escândalo na Petrobrás, o que dificulta sua indicação.
O ex-diretor de abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa revelou em depoimento ao Ministério Público Federal que o esquema de corrupção na companhia repassou 1 milhão de reais para a campanha da petista ao Senado, em 2010. Gleisi nega participação nas irregularidades e diz que a acusação é mentirosa.
Maior aliado do PT, o PMDB diz que só discutirá o assunto após a aposentadoria de José Jorge. Líderes do partido prometem não ceder facilmente ao PT e cogitam negociar a vaga de forma casada, com a cadeira a ser ocupada no Supremo Tribunal Federal após a aposentadoria de Joaquim Barbosa. Um dos nomes sugeridos para o TCU é o do senador Vital do Rêgo (PB), que preside as duas CPIs da Petrobrás e é um dos peemedebistas mais alinhados com o Planalto no Congresso. Ele é cotado ainda para ser o próximo líder do governo. Na base do governo, também é citado, embora com menos chances, o senador Inácio Arruda (PC do B-CE).
Azarões - Como a votação é secreta, há a possibilidade de vitória de azarões, apadrinhados pela minoria. Foi o caso do próprio José Jorge em 2009, que conseguiu aprovação sendo um dos mais ativos opositores do governo Lula. No PSDB, o governador de Alagoas, Teotônio Vilela Filho, é citado para concorrer a uma vaga no TCU.
Fora Pasadena, o gabinete de José Jorge concentra auditorias das maiores obras da Petrobrás, como a refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, e o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). O substituto de Jorge relatará os casos que já estão curso. A partir de 2015, novos processos sobre a Petrobrás serão conduzidos por José Múcio, ex-ministro de Lula.
(Com Estadão Conteúdo)

Sete produtos para pets que ficam sozinhos em casa

Jogos interativos


Para liberar os petiscos escondidos sob as peças, cães e gatos precisam movê-las com a pata ou o focinho. Há desde os modelos mais simples, em que basta mover uma pecinha para revelar o petisco, aos mais complexos, que exigem uma série de movimentos sequenciais para liberar a guloseima. "Comece com os modelos mais simples e, se for preciso, ajude o animal a chegar à recompensa", diz a veterinária Priscila Fragoso. "Se ele não consegue o prêmio logo, fica desestimulado e desiste do brinquedo". Custa a partir de 70 reais.

Bola e brinquedos de borracha que liberam petiscos

Neste caso, o animal precisa rolar, balançar e chacoalhar o brinquedo para tirar o petisco ou a ração de dentro dele. Ou seja, o cachorro (ou gato) precisa se esforçar para ganhar a recompensa. Além de distrair, este tipo de brinquedo estimula a prática de execicio físico. Bolas e outros formatos de brinquedo, com os da marca Kong (foto), são feitos de plástico ou de borracha resistente às mordidas. "Antes de deixar o animal sozinho com o brinquedo, é preciso ter certeza de que ele não tem força para destruir - e engolir - o objeto", diz o adestrador Alexandre Rossi. Há modelos a partir de 20 reais.

Emissor automático de laser

O modelo Bolt, da fabricante americana FroliCat, emite um feixe de laser em movimentos aleatórios para o chão e as paredes distrai gatos e até cachorros mais brincalhões distraídos. É movido a pilha e custa 18 dólares na Amazon.com

Catnip

A erva dos gatos provoca sensação de relaxamento em alguns gatos - a ciência não consegue explicar por que os efeitos do catnip não afetam todos felinos. Há versões em spray, pó e erva seca que o dono pode espalhar ou borrifar sobre superfícies rugosas, como arranhadores, ou brinquedos recheados com o produto. Pode custar a partir de 8 reais.


Feromônio

Trata-se da versão sintética do hormônio secretado pelos gatos quando eles estão tranquilos e seguros. Em forma de spray ou difusor, o produto, comercializado com o nome de Feliway, deixa um odor com efeito calmante que só os felinos sentem. O preço é salago: a partir de 125 reais.

Cubo com câmera e laser

No segundo semestre, chega ao mercado o Petcube, um cubo com câmera de lente grande-angular e laser que pode ser direcionado pelo dono por meio de aplicativo. O cubo também grava e compartilha vídeos dos bichinhos. O produto já pode ser encomendado em pré-venda no site da empresa por 179 dólares ou na Amazon.com por 199 dólares.

Sistema de monitoramento

O Petchartz conta com câmera, monitor, microfone e saída de áudio para o dono ver, ouvir e falar com o pet, vigiando-o e atenuando a solidão. Além de interagir com o animal, o usuário também pode gravar vídeos. Como o aparelho possui um compartimento para petiscos com acionamento remoto, o dono pode oferecer biscoitos a distância ao bicho. O produto será lançado nos próximos meses nos Estados Unidos e deve chegar ao Brasil no primeiro semestre de 2015. Preço de pré-venda no site da empresa: 349 dólares.

Fundador do PT faz graves denúncias contra o Bolsa Família e o PT





Saiba como distrair e acalmar animais que ficam sozinhos

Animais de estimação 

Cães e gatos que enfrentam longos períodos diários de solidão podem desenvolver comportamentos compulsivos decorrentes da ansiedade

Daniela Macedo
Cachorro sozinho em casa
Em geral, os cães sofrem mais que os gatos quando ficam sozinhos (Thinkstock)
Seu animal de estimação se lambe compulsivamente, provocando feridas pelo corpo? Os vizinhos reclamam que seu cão late ou chora o dia inteiro? Os móveis e, principalmente, a porta de casa estão sempre arranhados e roídos - e seu cão nem é mais filhote? Se você respondeu ‘sim’ a uma ou mais dessas perguntas, seu animal de estimação pode ser vítima da ansiedade de separação.
Em diferentes graus, os animais de estimação sofrem com solidão. Para os cães, que são mais sociáveis, a tristeza e o stress podem ser mais ou menos intensos de acordo com os hábitos do proprietário, o treinamento e a raça do animal. Até entre os felinos, que dormem praticamente o dia inteiro, a ausência de humanos pode incomodar bastante (embora alguns gatos nem notem quando o dono sai, sejamos honestos). 
Treinamento – Para ensinar o animal a lidar bem com os momentos de solidão, o treinamento começa desde cedo. O zootecnista Alexandre Rossi, autor do livro Adestramento Inteligente, explica que os primeiros dias do cão ou do gato que acaba de chegar à casa nova são decisivos para determinar o nível de ansiedade do animal no futuro. Isolar na lavanderia o cãozinho que acaba de ser separado da mãe e dos irmãos pode ser desastroso – ele vai passar o resto da vida associando a solidão ao desespero dos primeiros dias. O ideal é deixá-lo sozinho gradativamente: apenas depois que ele se acostumar com a família nova e por poucos minutos. No caso dos felinos, o processo é inverso. “O gato recém-chegado se estressa ainda mais se for solto em um ambiente muito amplo. Deixe-o em um cômodo menor no primeiro dia e espere que ele comece a comer e a usar a caixinha de areia antes de liberar o acesso ao resto da casa”, diz Rossi.
Quando o animal é adulto, os hábitos do dono afetam principalmente os cães, que percebem alterações de humor dos humanos. Quando estiver saindo de casa, por exemplo, controle a tensão e a culpa – dê um ossinho para que ele associe sua saída a um prêmio, pegue a bolsa ou a carteira e vá embora. A recomendação dos especialistas para o momento da chegada vai doer mais em você do que nele: ignore seu cão enquanto ele estiver muito agitado. “Se o dono faz festa sempre que chega em casa, o animal fica ainda mais ansioso para ganhar carinhos e brincadeiras. O ideal é esperar ele se acalmar antes de dar atenção”, explica a veterinária Priscila Fragoso, do Hospital Veterinário Sena Madureira, em São Paulo.
Companhia – Outra dica para quem não tem como evitar os períodos prolongados de solidão do bicho ou para quem mantém o cachorro exclusivamente no quintal é providenciar uma companhia, que pode ser outro cachorro ou um gato. Desde que, é claro, a convivência entre eles seja pacífica.