sexta-feira 20 2012

Patrick Swayze Jo Soares 1995 pt1

Patrick Swayze Jo Soares 1995 pt2

Patrick Swayze - a última entrevista

Patrick Swayze Jo Soares 1995 pt3

A Memorial For Patrick Swayze

The Righteous Brothers You've Lost That Loving Feeling

Sarah Brightman & Andrea Bocelli - Time to Say Goodbye 1997 Video ster...

Canto de la Terra Andrea Bocelli y Sarah Brightman

Sarah Brightman & Jose Carreras "Amigos Para Siempre " "Friends forever "

FELIZ DIA DO AMIGO PARA TODOS VOCÊS...PESSOAS QUERIDAS!!!

“Bem-vindo ao clube, Demóstenes Torres”…Mais um Promotor de Justiça – Secretário de Segurança – amigo da contravenção(VEJA)



13/03/2012
Direto ao Ponto

O senador esqueceu que defensores da lei não podem ter bandidos de estimação

Integrante do Ministério Público de Goiás desde 1983 e secretário de Segurança entre 1999 e 2002, o promotor licenciado Demóstenes Torres deveria saber que quem prende não pode conviver fraternalmente com candidatos à cadeia. Reeleito em 2010 por brasileiros entusiasmados com o combate movido por Demóstenes contra a corrupção institucionalizada e impune, o senador do DEM deveria saber que a coerência proíbe a quem estigmatiza publicamente parcerias promíscuas o cultivo, na vida privada, de ligações igualmente perigosas. Deveria saber, mas não sabe. Ou finge que não, o que dá na mesma.
Se compreendesse que um defensor da lei não pode ser amigo de um caso de polícia, como ressalta o comentário de 1 minuto para o site de VEJA, o senador não teria admitido no círculo restrito aos muito íntimos o delinquente de estimação Carlos Augusto Ramos, vulgo Carlinhos Cachoeira, condenado há dias a dez anos e meio de prisão. Segundo reportagem de VEJA, escutas telefônicas autorizadas pela Justiça registraram 288 diálogos travados em 2010 entre o parlamentar oposicionista e o oficial graduado da máfia dos caça-niqueis. Uma conversa por dia. Coisa de irmão.
“Carlinhos é meu amigo”, reconheceu. “É uma figura conhecida em Goiás, simpática com todo mundo, é um empresário daqui”. A descrição pode ser estendida aos bicheiros cariocas ─ ou “empresários carnavalescos do Rio”, talvez prefira o senador. “Carlinhos não era conhecido entre nós por explorar jogos de azar”, garantiu. “Para os amigos, dizia que não mexia com nada ilegal”. Todo meliante diz a mesma coisa aos amigos, aos parentes e à polícia. Mas só índios das tribos isoladas  ignoram que, desde o século passado, o risonho mafioso atropela o Código Penal com o desembaraço de quem confia nas relações especiais estabelecidas com poderosos em geral e, em particular, políticos sempre disponíveis para pedidos de socorro emitidos por celular.
Na terça-feira, Demóstenas escalou a tribuna para tratar da história mal contada. Tinha uma única e escassa chance de salvação: reconhecer a gravidade do pecado e pedir desculpas aos brasileiros decentes. Em vez disso, dirigiu-se ao plenário para reafirmar a amizade constrangedora e proclamar a inocência. Depois de reiterar que não cometeu nenhum crime nem foi alvejado por acusações formais, foi homenageado por 44 apartes enfaticamente solidários. Representantes de todas as bancadas ─ de Pedro Simon e Jarbas Vasconcelos a Romero Jucá e Lobão Filho, de Aécio Neves e Aloysio Nunes Ferreira a Alfredo Nascimento e Eduardo Suplicy ─ louvaram as virtudes do colega injustiçado.
Marta Suplicy, por exemplo, presenteou-o com o título de “maior e mais brilhante opositor na Casa” e uma frase em dilmês primitivo: “A atitude de ter vindo se colocar em plenário levou toda a Casa a ter uma postura uníssona, de situação e oposição, o que é muito raro”, disse a vice-presidente do Senado. “Deve ter sido agradável perceber o respeito que seus companheiros têm e a sua presunção de inocência, o gesto que todos lhe fizeram”. A novata Ana Amélia, do PP gaúcho, foi incentivada pelo balanço afirmativo de muitas cabelas ao enunciar a interrogação tremenda: “A quem interessa calar a voz mais dura, mais contundente, às vezes até ferina, às denúncias das mazelas da corrupção em nosso país? A quem interessa?”.
Interessa à maioria dos presentes à sessão, berraria um senador sincero se tal raridade da fauna política ainda existisse. Quase todos os 44 apartes poderiam ser fundidos numa frase: “Bem-vindo ao clube, Demóstenes Torres”. O que pareceu um desagravo coletivo a um colega exposto ao temporal não passou de uma demonstração de força corporativista dos presididos por José Sarney. O aplauso unânime da Casa do Espanto não deixou Demóstenes melhor no retrato. Como sempre, só reforçou a sensação de que o aplaudido fez algo de errado.
É difícil acreditar que o senador nunca viu o vídeo, em cartaz desde 2004, em que Carlinhos Cachoeira contracena com Waldomiro Diniz, um dos incontáveis parceiros bandalhos de José Dirceu. Tenha mentido ou não, Demóstenes está obrigado a assistir à mais recente produção de Carlinhos Cachoeira, divulgada nesta sexta-feira. Agora, o mafioso sem cura trama pilantragens com o deputado federal Rubens Otoni, do PT goiano. “Todo mundo, de todos os partidos, fala com Carlinhos e com os demais empresários”, disse Demóstenes na terça-feira. É verdade, comprova o vídeo.
É improvável que o senador se anime a comentar as cenas de safadeza explícita. Caso resolva provar que já não anda em má companhia, e voltar à tribuna para condenar a dupla de gatunos, ouvirá em sucessivos apartes o mesmo lembrete formulado no diapasão dos indignados: não se abandona um velho amigo em apuros. A Casa do Espanto festejou o discurso de Demóstenes para inibir os próximos. Pela primeira vez, o senador deverá calar-se diante de um escândalo. E o primeiro silêncio é a anunciação da mudez definitiva.

Demóstenes reassume cargo oficialmente hoje em Promotoria de Goiás(Folha de S.Paulo)




O senador cassado Demóstenes Torres reassumiu nesta sexta-feira (20) oficialmente o cargo de procurador criminal no Ministério Público de Goiás. O ex-senador havia retomado a função no dia 13 de julho, mas pediu um abono de cinco dias para interesses pessoais --e só efetivamente recomeçou a atuar como procurador hoje.
O ex-líder do DEM no Senado chegou à sede do Ministério Público sem dar declarações à imprensa e seguiu para 27ª Procuradoria de Justiça em Goiás, onde permanece isolado trabalhando. Demóstenes estava licenciado da procuradoria desde 1999, no início de sua carreira política.
O trabalho de Demóstenes no Ministério Público é questionado pela Corregedoria-Geral do órgão, que instaurou reclamação disciplinar para apurar eventual falta funcional decorrente dos áudios divulgados da Operação Monte Carlo - pela qual foi flagrado em sucessivas conversas com o empresário Carlinhos Cachoeira.
Ao final da apuração da corregedoria, ele pode vir a ser expulso do órgão. Segundo o Ministério Público, o procedimento tem caráter sigiloso e "visa a coleta criteriosa de elementos seguros para delimitar o objeto da apuração".
Foram solicitados documentos ao Senado Federal e à Procuradoria-Geral da República para apurar se Demóstenes agiu em favor da organização criminosa comandada por Cachoeira.
Ele dará expediente em uma sala no terceiro andar do edifício-sede do Ministério Público e terá à sua disposição dois assessores diretos.
O salário base de um procurador do Estado é de R$ 24,1 mil, o que lhe renderá mensalmente cerca de R$ 22 mil brutos mensais.
O ex-líder da bancada do DEM perdeu o mandato por 56 votos contra 19. Mesmo voltando ao cargo de procurador e tendo tido o mandato cassado, ele continuará a ter um plano de saúde vitalício do Senado.
O benefício é pago a todos ex-congressistas que ocuparam o cargo por ao menos 180 dias --Demóstenes esteve na Casa por nove anos.
O plano cobre despesas médicas, odontológicas, psicológicas e de fisioterapia. Seu limite é de cerca de R$ 32 mil por ano.

As ameaças da nova geopolítica do petróleo


RICARDO ABRAMOVAY

Os combustíveis fósseis vivem um novo ciclo de expansão, cujos resultados vão alterar de maneira drástica a geopolítica da energia global. O pré-sal brasileiro é parte deste processo, mas seu epicentro decisivo encontra-se nos Estados Unidos. Longe do declínio previsto por muitos especialistas e sintetizado na expressão "pico do petróleo", a capacidade da produção mundial diária deve passar dos atuais 93 milhões de barris para 110 milhões em 2020. Dois são os requisitos fundamentais deste verdadeiro "oil revival", que tem mobilizado investimentos superiores a US$ 500 bilhões anuais, desde 2010: o primeiro é que o preço do barril do petróleo esteja acima de US$ 70 e o segundo é que sejam vencidas as barreiras socioambientais que ameaçam este avanço.
Sob o ângulo geopolítico, dos quatro protagonistas centrais desta ampliação da oferta (Estados Unidos, Canadá, Brasil e Iraque) três encontram-se fora do círculo de influência do Golfo Pérsico, o que modifica completamente a ligação entre segurança nacional e energia, sobretudo nos Estados Unidos que devem tornar-se a segunda potência petrolífera mundial até 2020. Esta virada torna-se mais provável caso os preços mantenham-se elevados ao menos até 2015, o que estimulará os investimentos necessários a que ela se concretize.
Estas são algumas das conclusões de um trabalho fundamental lançado em junho pelo Belfer Center for Science and International Affairs da Harvard Kennedy School. Leonardo Maugeri, seu autor, hoje pesquisador visitante sênior da prestigiosa instituição, é uma das grandes autoridades mundiais em petróleo e dirigiu a ENI, grande multinacional italiana na área de petróleo e gás. Não há qualquer exagero no título de seu estudo: "Petróleo, a próxima revolução" que vem ocupando um espaço crescente na imprensa e nos círculos especializados em energia no mundo todo.
O que está em jogo nesta discussão são os próprios caminhos pelos quais vai passar o processo de descarbonização da economia global. Mais do que constatar fatos objetivos e estabelecer hipóteses sobre as tendências daí decorrentes, o trabalho de Maugeri preconiza uma rota em que a exploração crescente de petróleo seria compatível com as exigências socioambientais das sociedades contemporâneas. Por um lado, Maugeri procura mostrar que os problemas das novas tecnologias de exploração do petróleo (o fraturamento hidráulico, "fracking", em inglês) são menores do que se imagina.
A infiltração de gás natural nos aquíferos, o envenenamento do sub-solo por meio do uso excessivo de produtos químicos e mesmo os pequenos terremotos em algumas áreas de exploração não passam, a seu ver, de episódios esporádicos derivados de técnicas mal aplicadas. Quanto às consequências do aumento da oferta sobre o aquecimento global, estes são temas que a captura e armazenagem de carbono, bem como a geoengenharia, seriam capazes de enfrentar. Em outras palavras é um caminho em que mais extração e maior uso de combustíveis fósseis em nada comprometem o objetivo de luta contra o aquecimento global.
Apesar de sua importância o trabalho de Leonardo Maugeri deixa na sombra ao menos dois problemas decisivos desta nova geopolítica do petróleo. O primeiro foi denunciado na parte do recém publicado Global Environmental Outlook referente à América do Norte. Estados Unidos e Canadá, diz o trabalho, têm sido "lentos na expansão de fontes renováveis de energia, capazes de reduzir as emissões de gases de efeito estufa". As oportunidades de negócios trazidas por estas novas técnicas de extração de petróleo são imensas. E na prática seu aproveitamento reduz o potencial de investimentos e de inovação nas fontes renováveis. Em 2010, por exemplo, dos US$ 710 bilhões gastos em energia, no mundo, apenas US$ 70 bilhões foram para renováveis, como mostra um importante relatório das Nações Unidas.
Os efeitos desta revitalização do petróleo são de longo prazo: cada dólar investido em energias fósseis (não só na extração, mas também na armazenagem e na distribuição) encarece os investimentos em fontes renováveis. Isso não apenas para o petróleo e o gás, mas para o conjunto da indústria petroquímica. Por mais promissoras que sejam as inovações tecnológicas voltadas à exploração do petróleo em locais e circunstâncias inimagináveis há alguns anos, elas trazem o inevitável inconveniente de fortalecer as estruturas materiais e institucionais da economia baseada em combustíveis fósseis. Quanto a captura e a armazenagem do carbono o jornalista neozelandês Gordon Campbell lembra que, até aqui, trata-se de uma técnica que foi pouco além da prancheta dos engenheiros.
O segundo problema do revigoramento recente da exploração de combustíveis fósseis está em seus custos energéticos. Nenhum dos defensores da tese do pico do petróleo imagina que o precioso líquido negro vá desaparecer das profundezas do planeta. A questão está nos custos de sua exploração. Estes custos devem ser medidos não apenas em termos econômicos, mas também energéticos, com base na pergunta: quanta energia se gasta para obter uma unidade de energia sob a forma de petróleo? Em 1930 a resposta era de 1 para 100. Os poços eram tão férteis que, com técnicas energeticamente pouco dispendiosas, obtinha-se muito petróleo.
O pico do petróleo consiste, em grande parte, no fato de que estes rendimentos vão caindo com o passar do tempo. A média mundial hoje gira em torno de dez unidades de energia para cada uma que se investe na extração de petróleo. E mesmo com as técnicas revolucionárias aplicadas no fraturamento hidráulico norte-americano, as médias das jazidas mais promissoras está muito aquém disso: no local mais emblemático destas novas formas de exploração, no Estado de North Dakota, a média é de apenas quatro unidades de energia para cada uma investida na sua obtenção. Nas areias asfálticas do Estado de Alberta, no Canadá, a proporção é de apenas três para um.
Quando se somam a estes custos energéticos aqueles embutidos na armazenagem e na captura do carbono (condição básica para que o aumento da oferta não agrave ainda mais o aquecimento global) o resultado é inequívoco: há um contraste evidente entre o entusiasmo que este novo ciclo dos combustíveis fósseis desperta em governos e investidores e a ineficiência energética em que ele se apoia. O mais recente boom do petróleo pode contribuir para a segurança energética dos Estados Unidos. Mas certamente não ajuda a aumentar as chances de compatibilizar a expansão do sistema econômico global com a manutenção dos serviços ecossistêmicos dos quais as sociedades humanas dependem.

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