sábado 01 2014

Escola britânica muda horário das aulas e reduz faltas em 8%


Adolescente dormindo
Os adolescentes aproveitam melhor o horário da tarde
Uma escola britânica que decidiu iniciar as aulas uma hora mais tarde como parte de um experimento cientifico afirma ter registrado uma queda significativa nos índices de ausência dos alunos.
A escola de ensino secundário Monkseaton High School, em Newcastle, no norte da Inglaterra, tem 800 alunos com idade entre 13 e 19 anos.
Desde outubro do ano passado, as aulas começam às 10h em vez das 9h.
A escola permanece aberta entre 8h e 17h e as aulas são dadas entre 10h e 15h40.
As observações iniciais indicam que as faltas gerais caíram 8% desde a adoção da medida. No mesmo período, as ausências persistentes tiveram uma queda de 27%.
Segundo o diretor Paul Kelley, a mudança no horário das aulas pode ajudar a criar adolescentes “mais felizes e mais bem educados”.
“Podemos ajudá-los a aprender melhor. Podemos ajudá-los a ficarem menos estressados simplesmente mudando o horário das aulas”, disse.
Relógio biológico
O diretor afirmou ainda que exames médicos já comprovaram que o adiamento no horário de início das aulas se enquadra melhor à saúde física e mental de jovens nessa faixa etária. Segundo ele, os adolescentes aprendem melhor no período da tarde.
O experimento de adiar o horário do início das aulas foi supervisionado por cientistas, que monitoraram o efeito da mudança sobre os alunos.
Um desses cientistas, o professor de neurociência da Universidade de Oxford, Russell Foster, realizou testes de memória nos alunos da escola. Segundo ele, os resultados sugerem que as lições mais difíceis devem ser ensinadas no período da tarde.
Foster afirmou ainda que o relógio biológico dos humanos pode ser alterado na adolescência – o que poderia significar que esses jovens querem acordar mais tarde não porque são preguiçosos, mas porque estariam programados para fazê-lo.
De acordo com o especialista em sono Till Roennenberg, é um “absurdo” começar as aulas cedo.
“Isso está relacionado ao modo como nosso relógio biológico se ajusta aos ciclos de claridade e escuridão. Isso claramente se torna mais tarde na adolescência”, disse.
Segundo ele, ao acordar muito cedo, os adolescentes perdem a parte mais essencial do sono.
“O sono é essencial para consolidar o que se aprendeu”, disse.
A escola afirmou que vai decidir antes do próximo ano letivo se vai dar continuidade ao programa. Os resultados finais sobre o experimento na instituição de ensino serão publicados em uma revista científica no próximo ano.

Buenos Aires abre spa para cochilar no intervalo do trabalho


Spa do sono Selfishness (divulgação)
Spa do sono oferece salas com ambiente criado para facilitar o cochilo
Foi inaugurado nesta semana no centro de Buenos Aires o primeiro spa para a siesta(cochilo após o almoço) da Argentina.
O local oferece aos clientes a oportunidade de tirar uma soneca durante o horário de trabalho, aproveitando parte do intervalo de almoço do interessado.
Os donos do empreendimento afirmam que o objetivo é atender à demanda numa área da capital argentina onde estão concentrados bancos e representações de empresas locais e estrangeiras.
O preço é de cem pesos (cerca de R$ 45) por 25 minutos de cochilo e inclui, para os que quiserem, outros 25 minutos de "introdução ao sono", com atividades como massagens, disse à BBC Brasil a psicóloga Viviana Vega, diretora do spa do sono que foi batizado de Selfishness.
"O cochilo reparador diminui o nível de estresse e é mais saudável do que remédios para dormir ou relaxar", disse Vega.
Testes
A psicóloga afirmou que, antes da inauguração, o espaço foi "testado" por convidados durante quase um ano, para saber se sentiam melhor e mais produtivos depois da soneca.
"Fizemos a prova com convidados, com cochilos de entre 20 e 45 minutos, e confirmamos que a proposta funciona", afirmou.
Spa do sono (arquivo)
Clientes pagam cerca de R$ 50 para 25 minutos de cochilo
Segundo Vega, o nível de tensão diminui depois do cochilo.
Os quartos são decorados com a filosofia do feng shui e outras técnicas para gerar "harmonia", de acordo com a psicóloga. O investimento no spa do sono foi de US$ 70 mil (quase R$ 124 mil).
"Cada quarto é uma cabine equipada e ambientada com luz, aromas e sons especialmente desenvolvidos para este descanso", afirmou o outro diretor do empreendimento, Daniel Edgardo Leynaud.
Além de massagens para estimular o sono, o lugar oferece aos clientes chás que complementam o ambiente de relaxamento.
"O telefone não para com clientes pedindo hora. Planejamos, com o tempo, fazer uma franchising", disse Vega.

Sono de beleza´ não é mito, diz estudo


Cortesia de John Axelsson, Karolinska Institute
Pessoas sem dormir são consideradas menos atraentes
Um estudo sueco publicado na revista especializada British Medical Journal diz que a ideia de que as pessoas precisam de um "sono de beleza" está correta.
Os pesquisadores do Instituto Karolinska, em Estocolmo, afirmam que pessoas privadas de sono por longos períodos parecem menos atraentes e saudáveis do que as que dormiram bem.
A equipe de cientistas escolheu 23 homens e mulheres para serem fotografados depois de oito horas de sono e novamente após ficarem acordados por 31 horas.
Em seguida, o grupo pediu a observadores que avaliassem as fotografias.
As imagens obedeceram a um padrão. Todas as pessoas estavam à mesma distância da câmera, nenhuma usava maquiagem e todas tinham a mesma expressão.
Segundo o relatório da pesquisa, os rostos dos voluntários quando estavam privadas de sono foram percebidos como menos saudáveis, mais cansados e menos atraentes do que nas fotos após terem dormido oito horas.
Apesar de ser bastante conhecido, os pesquisadores diziam que faltava comprovação científica do conceito de "sono de beleza".
Os cientistas dizem que os resultados podem ajudar em consultas médicas, permitindo que o médico detecte mais facilmente sinais de doença nos pacientes.

Estudo identifica gene associado a maior necessidade de sono


Atualizado em  6 de dezembro, 2011 - 07:33 (Brasília) 09:33 GMT
Homem dormindo (BBC)
Pessoas que têm o gene ABCC9 precisam de mais sono, segundo cientistas
Especialistas europeus dizem ter encontrado um gene associado a uma maior necessidade de sono.
Um estudo envolvendo mais de dez mil pessoas de diversos países europeus concluiu que os que possuem o gene ABCC9 precisam de cerca de 30 minutos a mais de sono por noite.
Segundo o estudo, publicado na revista científica Molecular Psychiatry, um em cada cinco europeus carrega o gene.
Os pesquisadores da University of Edinburgh, na Escócia, e da Ludwig Maximilians University, em Munique, na Alemanha, dizem que a revelação pode ajudar a explicar comportamentos associados ao sono.
Cada um dos participantes disse quantas horas dormia por noite e teve uma amostra de seu sangue colhida para análise de DNA.
A necessidade de sono pode variar significativamente de uma pessoa para outra.
A ex-primeira-ministra britânica Margaret Thatcher, por exemplo, era conhecida por precisar de apenas quatro horas de sono por noite, enquanto o cientista Albert Einstein precisava de 11 horas.

Mosca de Fruta

O estudo envolveu pessoas das Ilhas Orkney, Croácia, Holanda, Itália, Estônia e Alemanha.
Os pesquisadores queriam saber como era o padrão de sono dos participantes em dias livres, ou seja, quando não tinham de trabalhar ou tomar remédio para dormir.
Ao comparar os dados sobre padrão de sono com os resultados da análise genética, eles concluíram que os participantes que possuíam a variante ABCC9 precisavam de mais tempo de sono do que a média de oito horas.
A equipe investigou então como esse gene influenciava o padrão de sono de moscas de fruta - que também carregam essa variante.
Moscas sem o gene ABCC9 dormem três horas a menos do que as que carregam o gene, os pesquisadores constataram.

Energia

O gene ABCC9 atua como sensor de níveis de energia no corpo humano.
Segundo os cientistas, o estudo abre um novo caminho em pesquisas sobre o sono. Eles dizem esperar que investigações futuras possam estabelecer exatamente como essa variante genética regula o tempo de sono necessário para cada indivíduo.
O especialista Jim Wilson, da University of Edinburgh, disse: "Humanos dormem aproximadamente um terço de suas vidas".
"Com frequência, a tendência a dormir por períodos mais longos ou mais curtos é um traço de família, apesar do fato de que a quantidade de sono de que as pessoas precisam pode ser influenciada pela idade, latitude, estação do ano e ritmo circadiano (período de aproximadamente um dia - 24 horas - em que se baseia o ciclo biológico do corpo humano)", disse ele.

Supermapa do genoma humano abre caminho para novas descobertas médicas


Atualizado em  5 de setembro, 2012 - 18:20 (Brasília) 21:20 GMT
DNA | Cr´dito da foto: BBC
Cientistas publicaram o mapa mais detalhado do genoma humano.
O mais detalhado mapa do genoma humano, publicado nesta terça-feira por uma equipe de 400 cientistas de diversas nacionalidades, abre novas perspectivas de descobertas científicas e tratamento para diversas doenças.
Uma das mais relevantes descobertas do estudo indica que 80% do código genético, antes conhecido como junk DNA (DNA lixo, em tradução livre), tem, sim, papel importante no desenvolvimento e na manutenção do corpo humano.

Interruptor

Os cientistas também identificaram nesse "lixo" quatro milhões de "interruptores", responsáveis por determinar quando e onde os genes são ligados ou desligados, conforme o tipo de célula.
"Isso vai nos ajudar na compreensão da biologia humana. Muitos desses interruptores que identificamos estão ligados a mudanças genéticas que podem causar desde doenças 
cardíacas até diabetes ou distúrbios mentais", afirma Birney.
Além dessas doenças, o estudo mostra que esses "botões" também estão ligados a diversas outras, como esclerose múltipla, lúpus, artrite reumatóide e doença celíaca.
"Essa descoberta dá aos pesquisadores um novo mundo a ser explorado e, em última instância, vai levar a novos tratamentos."
Os especialistas envolvidos no super mapeamento pertencem a 32 laboratórios espalhados por cinco países: Grã-Bretanha, Estados Unidos, Espanha, Cingapura e Japão.
O projeto - batizado de Enciclopédia de Elementos do DNA (Encode) - foi lançado em 2003 com o objetivo de identificar todos os elementos funcionais do genoma humano.
DNA | Crédito da foto: SPL
Cientistas analisaram todos os 3 bilhões de pares de código genético que compõem o DNA.

Humanos herdaram gene do tabagismo de neandertais, indica estudo


Atualizado em  30 de janeiro, 2014 - 18:29 (Brasília) 20:29 GMT
Esqueleto de homem neandertal | Foto: BBC

Estudos do genoma revelam que a nossa espécie (Homo sapiens) cruzou com neandertais após deixar a África em direção à Eurásia, cerca de 65 mil anos atrás.
No entanto, até então não estava claro que tipo de influência teve o DNA neandertal e se havia quaisquer implicações para a saúde humana.
Entre 2% e 4% do código genético de não-africanos atuais veio de neandertais.
Ao selecionar os genomas de 1.004 homens modernos, os cientistas envolvidos no estudo, Sriram Sankararaman e seus colegas da Escola de Medicina de Harvard (EUA), identificaram regiões que apresentavam versões neandertais de diferentes genes.
Uma surpresa foi descobrir que uma variante do gene associado à dificuldade em parar de fumar tem origem neandertal. Mas, obviamente, não há qualquer sugestão de que nossos primos evolutivos consumissem tabaco em suas cavernas.
Em vez disso, os pesquisadores argumentam, essa mutação genética pode ter mais de uma função, e o efeito moderno desse gene no ato de fumar pode ser um efeito entre vários.
Novas paragens
Os pesquisadores descobriram que o DNA neandertal não é distribuído uniformemente no genoma humano, mas é encontrado geralmente em regiões que afetam a pele e o cabelo.
Isso sugere que algumas variações de genes forneceram uma maneira rápida de os humanos modernos se adaptaram aos novos ambientes mais frios que encontraram ao migrarem para a Eurásia. Quando as populações se encontraram, os neandertais já vinham se adaptando a essas condições há centenas de milhares de anos.
A espécie de fortes caçadores se espalhava por uma área que ia da Grã-Bretanha à Sibéria, mas foi extinta há cerca de 30 mil anos, enquanto o Homo sapiens se expandia para além de seu berço africano.
A linhagem neandertal permaneceu nos humanos modernos e foi encontrada, por exemplo, em regiões do genoma ligadas à regulação da pigmentação da pele.
"Encontramos provas de que os genes neandertais da pele fizeram com que europeus e asiáticos do leste se adaptassem melhor à evolução", disse Benjamin Vernot, da Universidade de Washington, coautor de outro estudo sobre o tema publicado na revista Science.
Vernot e sua equipe analisaram o genoma de mais de 600 pessoas da Europa e do leste da Ásia pelo computador, para encontrar variantes de genes que continham marcas neandertais.
Genes responsáveis pelos filamentos de queratina - uma proteína fibrosa que confere resistência a cabelos, pele e unhas - também foram enriquecidos com o DNA neandertal. Isso pode ter ajudado os novos humanos a terem um isolamento maior contra o frio, segundo os cientistas.
"É tentador pensar que os neandertais já estavam adaptados ao ambiente não-africano e deixaram este benefício genético aos humanos (modernos)", disse o professor David Reich, coautor do estudo publicado na Nature.
Mas outros de seus genes variantes influenciaram algumas doenças humanas, como a diabetes tipo 2, a depressão de longo prazo, o lúpus, a cirrose biliar - doença autoimune do fígado - e a doença de Crohn. No caso desta última, os neandertais passaram adiante diferentes marcados que aumentam ou diminuem o risco da doença.
"Acho que o que estamos vendo, de maneira mais ampla, são os restos mortais deste genoma extinto, enquanto ele é lentamente expurgado da população humana."

Joshua Akey, pesquisador da Universidade de Washington
No entanto, Sriram Sankararaman afirmou que os cientistas ainda não conhecem o suficiente da genética neandertal para afirmar se eles também sofreram destas doenças, ou se as mutações em questão só afetaram o risco das doenças quando transplantadas para o contexto genético do homem moderno.
Ele diz que mais pesquisas sobre o genoma da espécie podem oferecer mais respostas à questão.
"Misturas aconteceram há relativamente pouco tempo em termos evolutivos, então não esperávamos que o DNA neandertal tivesse desaparecido completamente a esta altura", disse Joshua Akey, da Universidade de Washington e coautor do estudo publicado na Science.
"Acho que o que estamos vendo, de maneira mais ampla, são os restos mortais deste genoma extinto, enquanto ele é lentamente expurgado da população humana."
Regiões desérticas
Os cientistas também descobriram que algumas regiões do nosso genoma são desprovidas de DNA neandertal, sugerindo que alguns dos genes tinham um efeito tão prejudicial nos filhos dos casais de humanos modernos e neandertais que eles foram descartados rapidamente pela seleção natural.
"Vemos que há grandes regiões do genoma onde a maioria dos humanos modernos têm pouca ou nenhuma linhagem neandertal", disse Sankararaman à BBC.
"Esta redução na linhagem aconteceu provavelmente pela seleção contra os genes que eram ruins ou deletérios para nós."
As regiões privadas dos genes neandertais englobam genes que se expressam em exames específicos e também o cromossomo X, ligado ao sexo feminino.
Isso sugere que alguns híbridos de neandertais e humanos modernos tinham fertilidade reduzida e, em alguns casos, eram estéreis.
"Isto nos diz que, quando neandertais e humanos modernos se encontraram e se misturaram, eles estavam à beira da compatibilidade biológica", afirmou o David Reich.
Para Joshua Akey, os resultados de sua equipe foram compatíveis com a ideia de que houve múltiplas ondas de cruzamentos entre humanos modernos e neandertais.

Lista de desejos de menina com câncer terminal faz sucesso na internet


Alice Pyne em foto de 2010
Blog de Alice Pyne atraiu mais de 230 mil visitantes desde segunda-feira
Uma adolescente britânica de 15 anos em estado terminal de câncer atraiu mais de 240 mil visitantes para o seu blog no qual relata sua busca em conseguir completar uma lista de 17 coisas que pretende fazer antes de morrer.
Alice Pyne lançou seu blog na última segunda-feira, após seus médicos terem considerado que não há mais tratamentos possíveis para o linfoma descoberto há quatro anos.
“Eu sei que o câncer está me vencendo e não parece que eu vou vencer esta”, diz ela em sua apresentação no blog. “É uma pena, porque há tanta coisa que eu ainda queria fazer”, escreveu ela.
Ela prometeu documentar “o tempo precioso com minha família e meus amigos, fazendo as coisas que eu quero fazer”. “Você só tem uma vida... viva a vida”, complementa.
Em uma mensagem postada após o sucesso do blog, ela escreveu: “Nossa, eu pensei que estava só fazendo um pequeno blog para alguns amigos! Muito obrigado por todas suas adoráveis mensagens para mim”.
Entre os desejos da menina está nadar com tubarões, encontrar a banda Take That, visitar uma fábrica de chocolates e inscrever sua cachorra, Mabel, em um concurso.
Ela também incluiu em sua lista “fazer todo mundo se inscrever para se tornar doador de medula”.
Na quarta-feira, com a repercussão de sua história, o próprio primeiro-ministro britânico, David Cameron, prometeu se tornar um doador após ouvir o relato do caso de Alice no Parlamento por um deputado opositor.
O sucesso também a ajudou a arrecadar mais de 10 mil libras (cerca de R$ 26 mil) em doações para uma organização beneficente de pesquisas sobre o câncer.
Doadores

A LISTA DE ALICE

  • Nadar com tubarões
  • Faz er todos assinarem lista de doadores de medula óssea
  • Viajar ao Quênia (não posso viajar para lá agora, mas gostaria)
  • Inscrever a cachorra Mabel em um concurso
  • Fazer uma sessão de fotos com 4 amigas
  • Ter uma sessão privada de cinema com as melhores amigas
  • Desenhar uma caneca para vender para caridade Viajar em um trailer
  • Passar uma noite em um trailer
  • Ter um iPad roxo
  • Ser uma treinadora de golfinhos (também não posso mais fazer esta)
  • Encontrar a banda Take That
  • Ir ao Cadbury World (parque temático da fábrica) e comer um monte de chocolate
  • Tirar uma boa foto com a Mabel
  • Ficar em um quarto de chocolate no (parque de diversões) Alton Towers
  • Fazer meu cabelo, se alguém puder fazer algo com ele
  • Fazer uma massagem nas costas
  • Ver baleias
No ano passado, Alice Pyne já tinha ganhado certa notoriedade na Grã-Bretanha ao lançar uma campanha com a associação Anthony Nolan, que ajuda pacientes que precisam passar por transplantes, para encontrar doadores de medula óssea que pudessem ajudá-la em seu tratamento.
Mais de mil pessoas se voluntariaram para doar a ela, mas em outubro os exames médicos mostraram que o câncer havia se espalhado e que já não havia opções de tratamento.
Ela passou por várias sessões de radioterapia e quimioterapia, além de se submeter a um transplante com as suas próprias células-tronco, mas os tratamentos não tiveram o resultado esperado.
Em sua apresentação no blog, a adolescente diz que não espera conseguir completar toda sua lista de desejos. “Algumas coisas não vão acontecer, porque eu não posso nem mesmo viajar mais”, diz. Um dos itens de sua lista é “viajar para o Quênia”.
Ela diz, porém, que pensou que seria divertido publicar a lista na internet e ir marcando o que ela for conseguindo fazer, ao mesmo tempo atualizando os leitores do blog sobre o processo.
Graças ao sucesso do blog, porém, ela vem recebendo milhares de ofertas de ajuda para conseguir cumprir seus desejos. Em um comentário postado na quinta-feira, ela conta que vai conhecer o Take That no fim de semana.
“Estou tão excitada que nem posso esperar. Só espero que não fique doente ou algo estúpido”, diz. “Tenho vivido de pijamas no último ano, então minha mãe foi à cidade para comprar roupas para mim”, conta.
“Parece que outras coisas que eu havia desejado estão sendo organizadas para mim, então obrigado a todos por isso. Eu me sinto uma garota de muita sorte”, afirmou.

Livro lista 5 principais arrependimentos de pessoas prestes a morrer


Atualizado em  2 de fevereiro, 2012 - 09:54 (Brasília) 11:54 GMT
Perfil (Foto: BBC)
Segundo autora, o doente terminal passa por várias fases até chegar a aceitação

Uma enfermeira australiana lançou um livro com uma lista de cinco principais arrependimentos de pessoas que estão prestes a morrer.
Bronnie Ware, que é especialista em cuidados paliativos e doentes terminais, afirma que reuniu em seu livro "confissões honestas e francas de pessoas em seus leitos de morte", confissões que, segundo ela, mudaram sua vida.
"Encontrei uma lista grande de arrependimentos, mas, no livro, me concentrei nos cinco mais comuns", disse a autora à BBC.
"O principal arrependimento de muitas pessoas é o de não ter tido coragem de fazer o que realmente queriam e não o que outros esperavam que fizessem", acrescentou.
"Outro arrependimento comum é de não terem trabalhado um pouco menos, o que fez com que perdessem muitas coisas em suas vidas", disse Ware.
O livro de Ware, intitulado The Top Five Regrets of the Dying - A Life Transformed by the Dearly Departing ("Os Cinco Maiores Arrependimentos à Beira da Morte", em tradução livre) relata as experiências da autora durante anos de trabalho em cuidados de doentes terminais.
Os pacientes de Ware, geralmente, eram pessoas que já não tinham chances de recuperação e podiam morrer a qualquer momento.
A enfermeira afirma que isto permitiu que ela compartilhasse com estes pacientes "momentos incrivelmente especiais porque passei com eles as últimas três a doze semanas de suas vidas".

Texto viral

Ware conta que a ideia para o livro surgiu depois que um artigo que publicou em seu blog transformou-se em um texto viral, espalhando-se pela web.
"As pessoas amadurecem muito quando precisam enfrentar a própria mortalidade", afirmou.
"Cada pessoa experimenta uma série de emoções, como é esperado, que inclui negação, medo, arrependimento, mais negação e, em algum momento, aceitação."
A enfermeira garante que cada um dos pacientes que tratou "encontrou sua paz antes de partir".
Ware disse à BBC que, durante os anos em que trabalhou com estes pacientes, percebeu também que muitos se arrependiam de não terem tido "coragem para expressar seus sentimentos".
"E isso se aplica tanto aos sentimentos positivos quanto aos negativos."
"Muitos diziam: 'queria ter tido coragem de falar que não gostava de uma coisa', ou então que queriam ter tido coragem de falar às pessoas o que realmente sentiam por elas", afirmou.

Amigos

Bronnie Ware também destacou outro arrependimento que notou entre seus pacientes: o de ter perdido o contato com os amigos.


A enfermeira afirmou que os amigos são importantes no fim da vida, uma vez que os parentes que acompanham um doente terminal também enfrentam muita dor.
Uma pessoa no leito de morte, segundo Ware, sente falta dos amigos, mas, muitas vezes, a perda de contato ao longo dos anos impede um reencontro.
A enfermeira também chama a atenção para o fato de que as pessoas se arrependem do que não fizeram. Na maioria dos casos observados por ela, as pessoas não pareciam se arrepender de algo que tinham feito.
A autora afirma que espera que seu livro "ajude as pessoas a agir hoje e a não deixar as coisas para amanhã e se arrepender depois".

Bronnie Ware (Imagem: Amanda Jameson/Site de Bronnie Ware)

Ideia para o livro surgiu a partir de blog que Bronnie Ware mantinha


Cinco grandes arrependimentos

1. Queria ter tido a coragem de fazer o que realmente queria, e não o que esperavam que eu fizesse
2.Queria não ter trabalhado tanto
3.Queria ter tido coragem de falar o que realmente sentia
4.Queria ter retomado o contato com os amigos
5.Queria ter sido mais feliz

Repórter faz mamografia para programa de TV e descobre ter câncer


Atualizado em  12 de novembro, 2013 - 18:27 (Brasília) 20:27 GMT

A jornalista Amy Robach (ABC)
Amy Robach contou que vinha adiando fazer a mamografia, por causa do trabalho e dos filhos
Uma jornalista americana revelou que tem câncer de mama e que passará por uma dupla mastectomia nesta semana, um mês após ter feito um exame para detectar a doença durante uma reportagem para o programa de TV no qual trabalha.
Amy Robach fez a mamografia como parte de uma matéria especial sobre o câncer de mama apresentada no programa Good Morning America, da rede americana ABC.
Pouco depois que o programa foi ao ar, a correspondente, que tem 40 anos, foi diagnosticada. Amy disse que estava relutante em fazer o exame, mas que a âncora Robin Roberts a convenceu, dizendo que a matéria valeria a pena mesmo se ajudasse a salvar apenas uma vida.
"Nunca me ocorreu que essa vida seria a minha", disse.

Exame adiado

Os produtores escolheram Amy para fazer a mamografia justamente porque ela tem 40 anos, idade recomendada nos Estados Unidos para que as mulheres comecem a fazer o exame regularmente.
Ela disse que decidiu aceitar a sugestão dos produtores porque vinha adiando havia meses ir ao laboratório fazer a mamografia, por causa do trabalho em tempo integral e da rotina com seus dois filhos.
"Achava que, se eu estava nessa situação, outras mulheres podiam estar adiando seus exames também."
A jornalista disse que os médicos ainda não tinham determinado exatamente o estágio de seu câncer ou se ele havia se espalhado para outras partes do corpo.

Luta

No programa, exibido no dia de conscientização sobre o câncer de mama, Amy aparece comentando o exame que acabara de fazer, dizendo que tinha doído muito menos do que ela esperava.
Ela achava que havia terminado ali sua experiência, mas pouca semanas depois ela foi chamada para fazer mais exames e os médicos confirmaram que ela tinha câncer.
"Estamos nos preparando para a luta que está só começando", disse a jornalista, que terá seus dois seios removidos e, sem seguida, fará uma cirurgia plástica de reconstrução.
Os médicos disseram que o exame feito durante o programa salvou a vida da jornalista.
"Eu espero que minha história inspire mulheres para que façam a mamografia e também o auto-exame", disse. "Nada de desculpas. É a diferença entre a vida e a morte."

Caminhar reduz o risco de câncer de mama

Mulheres na pós-menopausa que andam uma hora por dia podem reduzir significamente o risco de sofrerem de câncer de mama, segundo um estudo.
O relatório, que acompanhou 73.000 mulheres por 17 anos descobriu que andar sete horas durante uma semana diminui os riscos de contrair a doença.
Mulheres andando na praia (foto: BBC)
A equipe da Sociedade Americana do Câncer afirmou que essa foi a primeira vez que a redução de riscos foi especificamente ligada à caminhada.
Especialistas britânicos disseram que o estudo é uma evidência de que o estilo de vida influencia o risco para o câncer.
Uma pesquisa recente da organização beneficente Ramblers mostrou que um quarto dos adultos anda mais de uma hora por semana. Manter uma rotina de atividades físicas é um fator conhecido na redução do risco de se contrair diversos tipos de câncer.

Atividade recreacional

Este estudo, publicado na revista científica Cancer Epidemiology, Biomarkers & Prevention, acompanhou 73.614 mulheres com idades entre 50 e 74 anos recrutadas pela Sociedade Americana do Câncer entre 1992 e 1993 para monitorar a incidência do câncer.
Elas responderam questionários sobre sua saúde e a respeito de quanto tempo permaneciam ativas e participando de atividades como caminhar, nadar e fazer exercícios aeróbicos. Elas também registraram quanto tempo ficavam sentadas assistindo televisão ou lendo.
Elas preencheram os mesmos questionários em intervalos de dois anos entre 1997 e 2009.
Andar como única atividade recreacional foi o hábito mencionado por 47% das pesquisadas.
Aquelas que andavam ao menos sete horas por semana tiveram uma redução de 14% no risco de câncer de mama, comparado com aquelas que andavam apenas três ou menos horas por semana.
Alpa Patel, epidemiologista da Sociedade Americana do Câncer em Atlanta, na Georgia, que liderou o estudo, afirmou: "Dado que mais de 60% das mulheres relataram andar diariamente, promover a caminhada como uma atividade saudável de lazer pode ser uma estratégia efetiva para aumentar a atividade física entre as mulheres em fase de pós-menopausa."
"Ficamos contentes em descobrir que sem nenhuma outra atividade recreacional, apenas andar uma hora por dia foi associado com menor risco de câncer de mama nessas mulheres".
"Atividades mais longas e extenuantes reduziram ainda mais o risco."
A baronesa Delyth Morgan, executive-chefe da Campanha Contra o Câncer de Mama afirmou: "Este estudo adiciona mais evidências de que nossas escolhas de estilo de vida podem influenciar o risco de câncer de mama e mostra que mesmo mudanças pequenas incorporadas às nossas atividades cotidianas podem fazer a diferença."
"Nós sabemos que a melhor arma para superar o câncer de mama é a habilidade de interrompê-lo, em primeiro lugar."
"O desafio agora é saber como transformamos essas descobertas em ação e como identificamos outras mudanças de estilo de vida sustentáveis que nos ajudarão a prevenir o câncer de mama."

Colesterol 'alimenta' câncer de mama, diz estudo


Bom colesterol 'pode se tornar ruim e entupir artérias', diz pesquisa