sexta-feira 07 2012

Comer tomate diminui o risco de AVC, conclui estudo


Alimentação

Fruto é rico em uma substância antioxidante que retarda o envelhecimento das células

suco de tomate
Tomate pode ser aliado para afastar as chances de um AVC (Thinkstock)
Comer tomates e outros alimentos derivados do fruto pode ajudar a prevenir um acidente vascular cerebral (AVC), concluiu uma nova pesquisa finlandesa. Segundo o estudo, esse efeito protetor ocorre pois o tomate é rico em licopeno, uma substância que é responsável por dar a cor avermelhada aos alimentos e que funciona como um agente antioxidante no corpo — ou seja, protege as células dos danos causados pelos radicais livres e, assim, retarda o envelhecimento.
CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Serum lycopene decreases the risk of stroke in men :A population-based follow-up study

Onde foi divulgada: periódico Neurology

Quem fez: Jouni Karppi, Jari Laukkanen, Juhani Sivenius, Kimmo Ronkainen e Sudhir Kurl

Instituição: Universidade do Leste da Finlândia

Dados de amostragem: 1.031 homens de 46 a 65 anos de idade

Resultado: Pessoas com maiores níveis de licopeno na corrente sanguínea, substância obtida especialmente pelo tomate e alimentos derivados do fruto, chegam a ter um risco 55% menor de sofrer um AVC do que indivíduos com baixos níveis de licopeno no sangue
Os resultados desse trabalho foram publicados nesta terça-feira no periódico Neurology, uma publicação da Academia Americana de Neurologia. No início do estudo, foram medidos os níveis de licopeno no sangue de 1.031 homens de 46 a 65 anos de idade, que foram acompanhados ao longo de 12 anos. Até o final da pesquisa, 67 homens sofreram um AVC.
O maior risco do problema foi associado aos menores níveis de licopeno na corrente sanguínea: de acordo com o estudo, os maiores níveis diminuíram as chances de um derrame em 55%. Entre os 258 participantes com os menores níveis do antioxidante, 46 sofreram um AVC, enquanto, entre os 258 homens com os maiores níveis da substância, apenas 11 tiveram o problema.
Segundo Jouni Karppi, pesquisador da Universidade do Leste da Finlândia e coordenador do estudo, como a pesquisa somente mediu os níveis de licopeno no sangue de um indivíduo, a quantidade de tomate que é preciso ingerir para obter esse benefício não foi definida.



 “Mesmo assim, nossa pesquisa fornece ainda mais evidências de que uma dieta rica em frutas e vegetais está associada a um menor risco de AVC. Além disso, reforça a ideia de que comer cinco porções de frutas e vegetais ao dia pode reduzir de forma significativa a incidência de derrames cerebrais ao redor do mundo”, diz Karppi.

Alimentação saudável também protege o coração de quem já tem doença cardíaca


Saúde do coração

Novo estudo sugere que comer mais frutas, legumes e peixes reduz o risco de recorrência de eventos cardiovasculares

Dieta do Mediterrâneo: Alimentação é rica em alimentos como frutas, legumes, azeite e grãos integrais
Alimentação saudável: Hábito também protege corações que já estão comprometidos (Thinkstock)
Começar a seguir uma dieta saudável não só previne que jovens desenvolvam uma doença cardíaca ao longo da vida, mas também protege o coração de idosos que já têm o órgão comprometido. De acordo com uma nova pesquisa, publicada na edição desta semana do periódico Circulation, passar a comer mais legumes e frutas, por exemplo, reduz as chances de uma pessoa mais velha que já sofreu algum evento cardiovascular, como ataque cardíaco ou derrame cerebral, voltar a ser acometida por um desses problemas. 
CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Relationship Between Healthy Diet and Risk of Cardiovascular Disease Among Patients on Drug Therapies for Secondary Prevention

Onde foi divulgada: revista Biological Psychiatry

Quem fez: Mahshid Dehghan e equipe

Instituição: Universidade McMaster, Canadá; Hospital John Radcliffe e Hospital Oxford, Grã-Bretanha; Hospital Dante Pazzanese, Brasil e outros

Dados de amostragem: 31.546 pessoas com idade média de 66 anos e histórico de doença cardíaca

Resultado: Uma alimentação saudável reduz o risco de mortes por doenças cardíacas e a recorrência de eventos cardiovasculares entre pessoas mais velhas que fazem uso de medicamentos para proteger o coração
O estudo, coordenado por Mahshid Dehghan, da Universidade McMaster, no Canadá, acompanhou 31.546 pessoas de 40 países diferentes, incluindo o Brasil, com uma idade média de 66 anos. Todos os participantes apresentavam um histórico de doença cardíaca e diabetes e tinham um alto risco de sofrer outro evento ou complicação cardiovascular. Todos faziam uso de ao menos um medicamento para doenças cardíacas, como drogas que controlam o colesterol no sangue ou a pressão arterial.
Durante cinco anos, esses indivíduos relataram seus hábitos alimentares, contando, por exemplo, com que frequência consumiam alimentos como frutas, vegetais, grãos, peixes, carnes, aves e laticínios. Quanto mais os participantes consumiam alimentos como frutas e verduras, mais saudável era considerada a dieta deles. Comer mais peixe do que carne vermelha, mais ingredientes integrais e pouca fritura também foram fatores levados em consideração para classificar a alimentação de alguém como saudável.




Comparação — Até o final do estudo, foram registrados 5.190 eventos cardiovasculares. Segundo os resultados, as pessoas com a alimentação mais saudável, em comparação com aquelas com as dietas menos saudáveis, apresentaram um risco 35% menor de morrer por alguma complicação cardíaca. Elas também foram 28% menos propensas a sofrer de insuficiência cardíaca; tiveram um risco 19% menor de ter um AVC; e 14% menos chances de ter um ataque cardíaco.
De acordo com os pesquisadores, os resultados foram os mesmos independentemente do tipo de medicação que os participantes estavam tomando. A nacionalidade, a renda e a idade também não interferiram nos dados finais. 
Segundo os autores, embora outros estudos já tenham comprovado os benefícios de uma alimentação saudável sobre a saúde do coração, essa é a primeira vez em que uma pesquisa mostra que uma dieta correta é positiva inclusive para pessoas que já sofreram algum evento cardiovascular e que fazem uso de algum medicamento. Para Dehghan, os resultados devem servir como um alerta para aquelas pessoas que acreditam que fazer uso de medicamentos já é o suficiente para proteger a saúde cardíaca.

Weight Bias in Health Care

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