segunda-feira 02 2015

Reflexões sobre o célebre discurso da 'mulher sapiens' Leandro karnal





Planejamento e Estratégia para um Novo Tempo ● Leandro Karnal





"Fomos puxar um fio e surgiu um monstro", afirma Sérgio Moro sobre a Lava Jato


Juiz responsável pelos processos na 1ª instância diz que futuro das investigações é 'imprevisível'
Lava Jato já recuperou quase R$ 1 bilhão de corrupçãoPaulo Whitaker/27.10.2015/Reuters
O juiz federal Sérgio Moro, responsável pela condução da Operação Lava Jato, na Justiça Federal, afirmou nesta terça-feira (27), durante um debate promovido pela revista de negócios britânica The Economist, que a investigação se tornou muito maior do que ele próprio esperava.
— Este caso [da Lava Jato] começou em uma menor dimensão. [...] Fomos puxar um fio e veio um novelo. De repente, quando fomos puxar esse novelo, surgiu um monstro.
A apresentação de Moro teve como tema corrupção, moral e ética. Ovacionado pelos presentes ao ser apresentado, o juiz federal explicou que os próximos passos das investigações do esquema de corrupção na Petrobras ainda são "imprevisíveis".
— É difícil prever o que vai acontecer no futuro. Ninguém sabe.
Moro ainda afirmou estar cansado e disse que gostaria que a Lava Jato estivesse se aproximando de um final, mas avalia que a questão não depende só dele.
— [A Operação] depende muito das provas que vão surgir. Muitas vezes, a investigação nos leva a becos sem saída.
Ao ser questionado pelo público presente no evento se presente sair candidato em uma futura eleição no País, Moro afirmou que se candidatar "não está em seu horizonte".
— Seria algo muito complicado, porque meu trabalho de juiz seria questionado.
Além dos processos que correm na Justiça Federal em Curitiba, conduzidos por Moro, a Lava Jato tem ações em São Paulo. Os processos envolvendo políticos, que têm foro privilegiado, tramitam no STF (Supremo Tribunal Federal), em Brasília. A força-tarefa da Lava Jato envolve também a PGR (Procuradoria-Geral da República) e a Polícia Federal.
Há um mês, juízes federais afirmaram que a Lava Jato já recuperou quase R$ 1 bilhão desviados dos cofres públicos. Desde que começou, a operação colocou na cadeia empresários importantes, incluindo Marcelo Bahia Odebrecht, presidente da maior construtora do País. Também foram presos doleiros, políticos e lobistas.
Poder público
Durante o evento. Moro afirmou ainda que não é possível depender apenas do poder público. Ele afirma que a investigação da Lava Jato deveria servir como um "propulsor" para mudanças mais profundas no setor.
— Os indivíduos são importantes em qualquer instituição, mas não podemos ter uma crença em um governo de homens. Então, nós temos que pensar em mexer nas nossas instituições para que esses problemas não se repitam.
O juiz também destacou a importância da opinião pública para chamar atenção ao esquema de corrupção.
— Os juízes são sensíveis a essas questões. Nós lidamos com fatos, provas e a lei, nas a opinião pública deve ser considerada para inserir os casos na sociedade.
*Colaborou Victor Labaki, estagiário do R7.

Juiz Moro diz que a opinião do povo sobre processos contra 'poderosos' é fundamental



O Juiz que já se tornou ao lado de Joaquim Barbosa, ex-ministro do STF e outros juízes importantes, uma lenda nacional.
E Moro sempre ressalta a importância da opinião do povo sobre os processos que mexem com 'gente que se acha graúda'.
***Durante uma palestra, o juiz Sergio Moro elogiou, sem citar nomes, "importantes medidas" da juíza Celina Regina Bernardes, que determinou buscas no escritório de um dos filhos do ex-presidente Lula, na Operação Zelotes.
Questionado após o painel, ele confirmou se tratar da juíza. "Vi pelo jornal apenas e acredito que está nas mãos de uma colega muito competente. Vamos aguardar o desenvolvimento dos trabalhos. A referência foi a esse caso que vi ontem.  Mas eu só conheço o caso, como todos os senhores, pela imprensa", disse.
Muitos peixes
Questionado pelo mediador do painel, o editor da revista Economist, Michael Reid, sobre se houve excesso nas prisões e delações premiadas e se estas seriam uma maneira de "pescar" acusados, Moro respondeu: "Olha, tem vindo bastante peixe".
Em seguida, foi aplaudido. Reid se referiu à expressão em inglês "fishing expedition", um termo informal usado para definir uma tentativa de descobrir fatos por meio de interrogatórios vagos, sem evidências de que o crime tenha ocorrido. "Acho que existe exagero na crítica", afirmou Moro.
Opinião pública
"Dez pessoas sem julgamento seria um atentado contra o Direito?" Moro também voltou a defender as prisões preventivas decretadas até o momento. "Não tenho nenhuma dúvida de que a opinião pública tem se posicionado a favor dos trabalhos que têm sido feitos", afirmou. "Em processos envolvendo poderosos, a opinião pública é fundamental."  O magistrado disse ainda que trabalha com "muita cautela" para que não haja anulações na operação. "Acredito que até o momento o caso tem sobrevivido aos questionamentos que têm sido feitos", afirmou. ***(Com informações de G1)

Teoria das janelas quebradas -Esta teoria das janelas quebradas, precisa ser aplicada urgentemente aqui no Brasil... Nos quatro cantos... sem exceção!!!


Há alguns anos, a Universidade de Stanford (EUA), realizou uma experiência de psicologia social. Deixou duas viaturas idênticas, da mesma marca, modelo e até cor, abandonadas na via pública. Uma no Bronx, zona pobre e conflituosa de Nova York e a outra em Palo Alto, uma zona rica e tranquila da Califórnia. Duas viaturas idênticas abandonadas, dois bairros com populações muito diferentes e uma equipe de especialistas em psicologia social estudando as condutas das pessoas em cada local.
Resultou que a viatura abandonada em Bronx começou a ser vandalizada em poucas horas. Perdeu as rodas, o motor, os espelhos, o rádio, etc. Levaram tudo o que fosse aproveitável e aquilo que não puderam levar, destruíram. Contrariamente, a viatura abandonada em Palo Alto manteve-se intacta.
Mas a experiência em questão não terminou aí. Quando a viatura abandonada em Bronx já estava desfeita e a de Palo Alto estava há uma semana impecável, os pesquisadores partiram um vidro do automóvel de Palo Alto. O resultado foi que se desencadeou o mesmo processo que o de Bronx, e o roubo, a violência e o vandalismo reduziram o veículo ao mesmo estado que o do bairro pobre. Por quê que o vidro partido na viatura abandonada num bairro supostamente seguro, é capaz de disparar todo um processo delituoso? Evidentemente, não é devido à pobreza, é algo que tem que ver com a psicologia humana e com as relações sociais.
Um vidro partido/quebrado numa viatura abandonada transmite uma idéia de deterioração, de desinteresse, de despreocupação. Faz quebrar os códigos de convivência, como de ausência de lei, de normas, de regras. Induz ao “vale-tudo”. Cada novo ataque que a viatura so fre reafirma e multiplica essa idéia, até que a escalada de atos cada vez piores, se torna incontrolável, desembocando numa violência irracional.
Baseados nessa experiência, foi desenvolvida a ‘Teoria das Janelas Partidas’, que conclui que o delito é maior nas zonas onde o descuido, a sujeira, a desordem e o maltrato são maiores. Se se parte um vidro de uma janela de um edifício e ninguém o repara, muito rapidamente estarão partidos todos os demais. Se uma comunidade exibe sinais de deterioração e isto parece não importar a ninguém, então ali se gerará o delito.
Se se cometem ‘pequenas faltas’ (estacionar em lugar proibido, exceder o limite de velocidade ou passar com o sinal vermelho) e as mesmas não são sancionadas, então começam as faltas maiores e delitos cada vez mais graves.Se se permitem atitudes violentas como algo normal no desenvolvimento das crianças, o padrão de desenvolvimento será de maior violência quando estas pesso as forem adultas.
Se os parques e outros espaços públicos deteriorados são progressivamente abandonados pela maioria das pessoas, estes mesmos espaços são progressivamente ocupados pelos delinquentes.
A Teoria das Janelas Partidas foi aplicada pela primeira vez em meados da década de 80 no metrô de Nova York, o qual se havia convertido no ponto mais perigoso da cidade. Começou-se por combater as pequenas transgressões: lixo jogado no chão das estações, alcoolismo entre o público, evasões ao pagamento de passagem, pequenos roubos e desordens. Os resultados foram evidentes. Começando pelo pequeno conseguiu-se fazer do metrô um lugar seguro.
Posteriormente, em 1994, Rudolph Giuliani, prefeito de Nova York, baseado na Teoria das Janelas Partidas e na experiência do metrô, impulsionou uma política de ‘Tolerância Zero’. A estratégia consistia em criar comunidades limpas e ordenadas, não permitindo transgressões à Lei e às norm as de convivência urbana. O resultado prático foi uma enorme redução de todos os índices criminais da cidade de Nova York.
A expressão ‘Tolerância Zero’ soa a uma espécie de solução autoritária e repressiva, mas o seu conceito principal é muito mais a prevenção e promoção de condições sociais de segurança. Não se trata de linchar o delinqüente, pois aos dos abusos de autoridade da polícia deve-se também aplicar-se a tolerância zero.
Não é tolerância zero em relação à pessoa que comete o delito, mas tolerância zero em relação ao próprio delito.Trata-se de criar comunidades limpas, ordenadas, respeitosas da lei e dos códigos básicos da convivência social humana.
Essa é uma teoria interessante e pode ser comprovada em nossa vida diária, seja em nosso bairro, na rua onde vivemos.
A tolerância zero colocou Nova York na lista das cidades seguras.
Esta teoria pode também explicar o que acontece aqui no Brasil com corrupção, impunidade, amoralidade, criminalidade, vandalismo, etc.
Reflita sobre isso!
SF
Fonte: www.manhattan-institute.org/…/_atlantic_monthly-broken_wind…

Hamlet de Shakespeare e o mundo como palco - Leandro Karnal